HISTORIA DO MALANDRO MIGUEL
HISTORIA DO MALANDRO MIGUEL
Miguel Camisa Preta é uma entidade nova da linha dos malandros.
Em vida, era um boêmio das noites cariocas e um amante da escola de samba Portela que não dispensava nenhuma "preta", como ele próprio dizia.
Grande parte de sua vida se passou em Madureira.
Esteve muitas vezes em rodas de samba de raiz do Cacique de Ramos; mais um lugar preferido para as noites de carteado, fora a favela do jacaré.
Na Lapa, foi dono das mais belas prostitutas.
Uma delas, aliás, chamada de Mary do Miguelzinho, com a qual ninguém mexia ou desrespeitava.
Mas, longe de ser violento, era respeitado por todos os malandros e freqüentadores da Lapa por seu elevadíssimo carisma e cuidado com as suas prostitutas.
Era ainda famoso por suas pernadas capoeiristas sempre bem certeiras e pelas músicas seresteiras que aludiam à sua paixão pela loura francesa, uma prostituta que trabalhava nos bares da Lapa para Madame Satã.
Frequentava as sinucas da Lapa, em especial o Bar Ponto Azul, tomando café-com-leite com calma antes de fechar o jogo, da bola vermelha à preta. Gostava também de comer um feijão pingado com corvina frita.
Camisa Preta viveu até seus 44 anos, teve um filho e também uma esposa, além de várias amantes. Era muito requisitado para resolver problemas nas comunidades que freqüentava, o que o tornou amigo de muitos e também cobiçou a inveja em outros.
Em uma sexta-feira de movimento na favela do Jacaré, ele bebia cerveja e jogava cartas em um bar dos becos da favela quando quatro homens o assassinaram pelas costas. Feita a sua passagem espiritual e não tendo se conformado com sua morte, ele passou então a ser uma entidade, passando a linha de malandros.
Inconformado com a sua morte, vingou-se das pessoas que o traíram e matou cada um deles. Ele viveu até os anos oitenta aproximadamente.
Hoje sua missão é ajudar pessoas que se envolvem no tráfico ou que têm problemas com vícios de drogas e bebidas, a fim de cada dia evoluir seu espiríto.
(Autor desconhecido)
Salve a malandragem