Doenças mentais podem ser reflexo de vidas passadas
No Brasil, estima-se que 23 milhões de pessoas precisam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões sofrem com transtornos graves e persistentes.
Para a medicina tradicional, uma questão genética, complexa, que pode ser, talvez, causada por alterações químicas no cérebro. E que, apesar de tantos estudos, ainda não se sabe ao certo a causa deles. Mas para os médicos espíritas, os transtornos mentais têm, sim, explicações. Essa área da medicina, inclusive, é a que mais se distancia da medicina tradicional. Questões emocionais desta e de outras vidas entram em jogo. “O transtorno mental é um resquício do passado”, define o presidente da Associação Mineira dos Médicos Espíritas, Andrei Moreira, apontando aí as vidas passadas como ponto de partida para essa discussão.
Uma vez que as interpretações para os males mentais são diferentes para os médicos espíritas, na série do Estado de Minas, A saúde à luz do espiritismo, que começou ontem (clique e leia), o tema a ser tratado nesta segunda reportagem é referente a essas explicações sobre os males da mente. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, as doenças mentais e neurológicas atingem aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que 23 milhões de pessoas precisam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões sofrem com transtornos graves e persistentes.
Segundo o psiquiatra e diretor-técnico do Hospital André Luiz, Roberto Lúcio Vieira, a psiquiatria é a área da medicina em que os ensinamentos espíritas mais conseguem aparecer. Isso porque, segundo ele, além de levar em consideração questões genéticas, assim como a medicina tradicional, os médicos espíritas, diante de um paciente com transtorno mental grave, levam em conta as vidas passadas. “O adoecer é o caminho para cura. Temos percebido que muitos males, como os quadros graves de esquizofrenia, geralmente são de espíritos que, em outras vidas, abusaram muito do poder que tinham, cometeram homicídios ou tentaram o suicídio várias vezes. Quando eles adoecem nesta vida, é porque bateu a culpa da vida anterior”, explica Roberto.
Por que adoecemos?
Também membro da Associação Mineira Médico Espírita, Roberto, em um artigo escrito no portal da entidade, diz que a doutrina espírita tem mostrado que os processos mentais seriam frutos da atividade espiritual, com repercussão na estrutura física cerebral. “Sendo assim, o cérebro seria apenas o instrumento. No entanto, para ocorrer essa integração entre a essência espiritual, sua manifestação e a estrutura física, é necessária a existência de um elemento que seja intermediário, tanto na função quanto em sua composição. Esse corpo é chamado espiritual ou perispírito”, define.
MATÉRIA
O perispírito, de acordo com o conhecimento espírita, é envoltório fluídico que uniria a alma humana ao corpo físico e, através do qual, o espírito atuaria na matéria. Mas, antes de mais nada, é preciso compreender que, para o espiritismo, somos seres em constante evolução e estar encarnado é o processo para evoluir. No livro a Cura e Auto-Cura, uma visão médico espírita, do homeopata Andrei Moreira, ele explica que a reencarnação é a lei biológica natural, “instrumento da evolução, em que o ser experimenta o contato com a diversidade e desenvolve aptidões necessárias ao progresso.” Ele diz que a reencarnação devolve ao homem o fruto de suas escolhas, “em mecanismos naturais de reencontros, saúde ou doença.”
O médico psiquiatra Jaider Rodrigues diz que usa recursos da ciência acrescidos da compreensão espírita no tratamento dos pacientes.
Segundo explica o psiquiatra espírita Jaider Rodrigues, o paciente da psiquiatria é visto por dois viés: “Levamos em conta a influência espiritual, que pode ser do próprio paciente, ou seja, questões do próprio espírito e, também, as influências externas, que podem ser de outros espíritos que passam a influenciar no quadro mental do paciente”, explica, acrescentando que todos os casos são passivos de auxílio. “Usamos os recursos da ciência, acrescidos da compreensão espírita.”
Jaider lembra do caso de uma paciente que lhe chamou a atenção. Muito bonita e, com no máximo 30 anos, essa mulher, de BH, desenvolveu um quadro de esquizofrenia grave, sem motivo aparente. “Ela entrou em um quadro psicótico e tivemos que interná-la no Hospital André Luiz, pois estava agressiva, falava coisas sem sentido. Durante as sessões mediúnicas que fazemos para os pacientes, apareceu um espírito dizendo ter sido escravo na vida anterior e contou que aquela mulher, na sua última vida, tinha sido casada com um senhor de engenho e abusava muito dos escravos, com requinte de crueldade. Nesta vida, esses espíritos a perturbaram”, conta, dizendo que o espírito avisou ainda que seria difícil livrá-la dessas influências externas, e que por mais que os médicos fizessem, nada ia adiantar. “Por um tempo, ela conseguiu melhorar. Mas não durou muito e faleceu”, lamenta Jaider.Processo de evolução
Geralmente, os transtornos quando se manifestam, é a culpa do que se fez em outra vida, como apontam os estudos espíritas. Mas, de acordo com os médicos, não se trata de um castigo divino. Faz parte do processo de evolução daquele espírito. Ouvir vozes, de acordo com Jaider, pode ser, sim, um espírito falando. A obsessão, de acordo com o precursor do espiritismo, Alan Kardec, é a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. “Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral sem perceptíveis sinais exteriores até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”, diz em seu livro, o Evangelho segundo o espiritismo. Ele diz que a obsessão ocorrerá toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre o outro constrição mental negativa.
De acordo com Kardec, há vários tipos de obsessão, sendo o mais grave o de subjugação, em que o obsessor interfere e domina o cérebro do encarnado. A subjugação pode ser psíquica, física ou fisiopsíquica. Assim, as doenças mentais ou físicas podem, sim, de acordo com o conhecimento espírita, sofrer influências externas. Um dos tratamentos indicados são os passes, idas ao centro espírita e sessões de desobsessão, em que os médicos médiuns ajudam os espíritos desencarnados e encarnados envolvidos no processo a receber esclarecimentos, para que ambos tenham bases sólidas para mudar hábitos e atitudes, condicionando-se a atitudes mentais mais saudáveis. Segundo escreveu Francisco Cândido Xavier, ao psicografar a obra de André Luíz, Mundo maior, “o processo obsessivo não é, na realidade, uma doença, é simplesmente um reflexo de mentes doentias que se unem. Ele não é uma causa, é o efeito de um ‘mal’ anterior”.
REBELDES
Nesses casos de transtornos mentais, além do conhecimento espírita, medicamentos são usados. Kardec acreditava que somente medicação não traria alívio. No Hospital André Luiz, em BH, que tem 45 anos de funcionamento, sendo referência para casos psiquiátricos, os pacientes, de acordo com o diretor, Roberto Lúcio Vieira, são de todas as crenças, sendo o diferencial da unidade o tratamento espiritual. Segundo ele, há no hospital 350 funcionários que trabalham voluntariamente. “Com autorização do paciente ou da família, aplicamos os conhecimentos do espiritismo.” De acordo com ele, algumas doenças psiquiátricas, geralmente, são de indivíduos mais rebeldes.
É o caso, por exemplo, da depressão, que afeta cerca de 35 milhões de pessoas no Brasil. “É uma doença que demarca a grande rebeldia do espírito”, diz Roberto. Segundo Jaider, geralmente, é o espírito não se contentando com a vida que Deus lhe deu. “É como se dissesse ‘já que não tenho a vida que quero, não aceito a vida que tenho’. Se o paciente der espaço, a gente estimula a relação com Deus e o hábito da oração”, conta. Os pensamentos negativos também contribuem para o quadro.
Outro mal apontado pelos médicos é o de Alzheimer. Segundo Roberto, assim como a medicina tradicional vem tentando entender essa doença que afeta a memória do paciente, o espiritismo também busca suas explicações. Um dos esclarecimentos para a causa da enfermidade é que a grande maioria dos portadores da doença foi culturalmente pobre durante a vida, se prendeu a questões materiais e dificuldades de relacionamento. “Quando ocorre o Alzheimer, é como se fosse uma oportunidade para que essa pessoa chegue mais “limpa” espiritualmente no outro plano. E para os familiares, é uma prova de paciência.”
Uma nova visão
Transtorno mental
Os médicos espíritas passaram a perceber, por meio de estudos e casos clínicos, que muitos pacientes que desenvolvem algum transtorno mental sofrem influência da sua vida anterior. No caso da esquizofrenia grave, por exemplo, tem-se percebido que esses espíritos, em vidas passadas, cometeram alguma transgressão às leis divinas e, nesta vida, sentiram o peso da culpa. O paciente pode, sim, sofrer ainda influência de outros espíritos que tiveram alguma ligação com ele nas outras vidas.
Mal de Alzheimer
Assim como a medicina tradicional estuda as causas do Mal do Alzhemeir, a doutrina espírita começa a perceber que as pessoas portadoras do mal, geralmente, foram pessoas apegadas a bens materiais e muito vaidosas, que precisam do desapego, do “esquecimento”, marca da doença, para evoluir e fazer uma limpeza na alma.
Depressão
Para os médicos espíritas, a depressão atinge aqueles espíritos rebeldes, que não estão satisfeitos com a vida que Deus lhe deu. Assim, se abrem para os pensamentos negativos e as influências externas que podem contribuir para o agravamento
do quadro. Fonte
Por que adoecemos? Saiba a explicação do espiritismo..
Médicos espíritas explicam que a resposta para as enfermidades, que há tempos incomoda a humanidade, está na alma de cada um de nós.
O paciente é um ser completo, com suas queixas, dores e doenças. Traz consigo experiências desta e de outras vidas, o que, para o doutor à sua frente, pode ser a chave fundamental para entender os males ali sentidos. A doença passa a ser então a própria cura, e já não é mais vista como o oposto de saúde. É assim, com base em estudos de médicos encarnados e desencarnados, que a medicina à luz do espiritismo vem se fortalecendo cada vez mais no país. São enfermos e médicos, que encontraram na doutrina espírita diferentes interpretações para toda e qualquer enfermidade . Tudo tem uma explicação. E, segundo essa visão, é na alma de cada um de nós que estão as respostas para uma pergunta que há tempos incomoda a humanidade: por que adoecemos?
Bem diferente da medicina tradicional, os médicos espíritas dizem quebrar paradigmas ao considerar, em seus consultórios, o espirito daquele paciente que pede ajuda. Seja para uma gripe, um transtorno mental ou até mesmo um câncer, os médicos que seguem a doutrina explicam que, ao contrário da medicina tradicional, não consideram no enfermo apenas o corpo com o seu organismo. O espírito e suas vivências dizem muito para o diagnóstico. Para conhecer e entender um pouco dessa visão médica, que não descarta a tecnologia atual e muito menos os conhecimentos da ciência, o Estado de Minas começa hoje a série de reportagens A saúde à luz do espiritismo, abordando as interpretações que médicos, muitos deles médiuns, têm sobre os males que nos cercam. Polêmico, o assunto, que pode contrariar muitas crenças, é acima de tudo uma visão de fé.
De acordo com dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 10 anos, os adeptos à doutrina espírita cresceram 65% no Brasil, passando de 2,3 milhões de brasileiros em 2000, para 3,8 milhões em 2010. O aumento mais expressivo foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2% para 3,1% entre 2000 e 2010, crescimento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010). O estado com maior proporção de espíritas em 2010 era o Rio de Janeiro (4%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1%). Entre os adeptos, estão ginecologistas, psiquiátricos, homeopatas, pediatras, psicólogos e outros tantos profissionais de saúde que, com o consentimento de seus pacientes, trazem para os seus consultórios o conhecimento espírita.
“Atendemos pessoas de todas as crenças. Só aconselhamos o espiritismo quando isso é pedido pelo paciente” – Andrei Moreira, médico homeopata e espírita (foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS)
Há 18 anos, foi fundada no país a Associação Médico Espírita (AME – Brasil). Segundo conta a presidente, Marlene Nobre, apesar da existência da entidade, não há um número certo de quantos médicos atendem seguindo a doutrina, mas, calcula-se que haja milhares em todo o território brasileiro. “É um paradigma no modelo de saúde. É uma luta de conceitos e de mudanças, porque enxergamos o homem integral: espírito e matéria”, diz. Marlene é ginecologista e representante da AME Internacional. Ela conta que, o doutor que opta por trabalhar seguindo a doutrina espírita, cursa a faculdade de medicina como outro qualquer, mas o seu diferencial é se dedicar a estudar, a fundo, o espiritismo. “Estudamos muito. São estudos de médicos encarnados (vivos) e desencarnados, como os do médico sanitarista André Luíz”, revela.
TEORIAS
André Luíz, cujos os estudos são base para o conhecimento dessa linha médica, segundo acreditam os espíritas, foi médico sanitarist, que viveu no Rio de Janeiro até os 40 anos. Depois de desencarnado, como dizem os espíritas, ele entrou em contato com o médium Chico Xavier, que psicografou obras de André. Somado a isso, os médicos-espíritas também se baseiam nos princípios do francês Alan Kardec, precursor do espiritismo no mundo. “A partir desses conhecimentos e com a ajuda de espíritos encarnados e desencarnados, estamos tentando construir novas teorias”, conta Marlene.
Um dos princípios é o de que a consciência do ser humano é imaterial. “E não é o cérebro que a produz, mas o espírito. Essa teoria muda inteiramente o que se pensa hoje sobre as coisas do inconsciente”, diz, explicando ainda que não é o cérebro que produz o pensamento. Isso é resultado de muitos estudos e daquilo que surge com as pesquisas. A saúde e a doença, por exemplo, estão no espírito e não na matéria, como enxerga a medicina tradicional. “Levamos em consideração a vida passada daquele paciente. Por exemplo, uma criança com leucemia. Temos visto que, em muitos casos, esse espírito precisa passar por essa evolução nesta vida. Nesse caso, para os médicos espíritas, o tratamento com quimioterapia e outros recursos são feitos, mas é indicado, para o paciente com família que segue a doutrina e ou a aceita, a ida ao centro-espírita e os passes, além da água fluidificada.”
Ao adoecermos, de acordo com os especialistas, a doença não é um instrumento de punição, como muitos preferem vê-la. “Na realidade, é um recurso de aprendizado, na sábia pedagogia divina, convidando-nos não a perguntar “por que adoecemos?”, mas a formular a adequada questão: “para que adoecemos?”, ensina o psiquiatra e diretor-técnico do Hospital André Luiz, Roberto Lúcio Vieira.
TODAS AS CRENÇAS
Os tratamentos à luz do espiritismo não abandonam os remédios tradicionais e tampouco as tecnologias, mas são gratuitos. Segundo comenta o presidente da Associação Mineira dos Médicos Espíritas, Andrei Moreira, médico homeopata e espírita, para o paciente que quer se tratar com base nos conhecimentos espíritas, o especialista geralmente indica um centro-espírita, água fluidificada e o passe – para alguns casos há sessões de desobsessão . “Não quer dizer que para todos serão assim. Atendemos pessoas de todas as crenças. Só aconselhamos o espiritismo quando isso é pedido pelo paciente”, conta. Em Minas, a entidade tem 27 anos e funciona no Bairro Nova Granada, no andar superior da Clínica Renascimento, onde há médicos, psiquiatras, psicólogos, homeopata, fonoaudiólogo e nutricionista.
“Mas existe um trabalho paralelo. Na associação, temos grupos de profissionais que promovem encontros com pacientes e tratam vários problemas no lado espiritual, como o câncer, por exemplo. Já na clínica, é como um lugar qualquer de saúde. Temos pacientes evangélicos, espíritas, católicos e de todas as outras crenças. Não convertemos ninguém”, diz. A homeopatia, por exemplo, é um dos caminhos que muitos doutores da área apostam e muitos pacientes, principalmente os espíritas, preferem. Autor de seis livros que abordam o espiritismo em várias vertentes, Andrei escreve em sua obra, Cura e Auto-Cura, uma visão médico espírita, que a doença pode ser entendida como uma mensagem da alma e que, por meio dela, pode-se chegar a um maior conhecimento de nós mesmos. “Quando a dor e o sofrimento aparecem é porque o equilíbrio precisa ser refeito”, defende.
Tratamentos
Água fluidificada
A água fluidificada é a água normal, acrescida de fluidos curadores. No espiritismo, entende-se por água fluidificada aquela em que fluidos medicamentosos são adicionados à água. É a água magnetizada por fluidos. Em geral, são os espíritos desencarnados, que, durante as sessões de fluidoterapia, fluidificam a água, mas a água pode ser magnetizada tanto pelos fluidos espirituais quanto pelos fluidos dos homens encarnados, sendo necessário, para isso, da parte do indivíduo que vai realizar a fluidificação, a realização de preces e a imposição das mãos, a fim de direcionar os fluidos para o recipiente em que se encontra a água. É voltada para o equilíbrio de alguma enfermidade física ou espiritual.
Passe
O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro.
É considerado a “transfusão de energias fisiopsíquicas”. Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente aos fluidos já existentes. É visto como “equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos”. Os objetivos são os da cura, alívio e reequilíbrios orgânico e psíquico. Os meios utilizados são os da transfusão de energias pela imposição das mãos do médium.
Sessões de desobsessão
É um procedimento terapêutico para libertar uma pessoa obsedada do seu obsessor. Envolve uma série de condutas, tendo em vista livrar o obsedado de sua prisão mental. A técnica básica do tratamento da obsessão fundamenta-se na doutrinação dos espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados. Doutrinar, significa instruir em uma doutrina. É isso que se vai fazer com o paciente, com sua família, se necessário, e com o espírito que lhe atormenta. Fonte
Tratamento pelo Técnica de Hipnoterapia…
Vidas Passadas e a Lei da Atração…
Muitos amigos e clientes têm me perguntado sobre a Lei da Atração e isso gerou uma investigação da questão das Vidas Passadas, pois a maioria das pessoas entende que numa sessão aparecerão as situações que geraram o karma que estão vivendo. Se por acaso o sofrimento é com o companheiro ou companheira é esperado que descubramos uma vida em que aconteceu um grande desacerto, um abandono, uma terrível traição, enfim, algo que justifique o sofrimento atual. Porque o pensamento linear está preso à Lei da Causa e Efeito como um castigo.
Posso dizer que culpa é até uma palavra pouco usada, já que hoje em dia entendemos ser absolutamente necessário nos libertarmos dela, porém o sentimento como vibração persiste na egrégora das pessoas, mesmo daquelas que acham que não têm.
Quando as pessoas me procuram, sempre explico que existe uma condução espiritual para o trabalho e que nos será revelado aquilo que temos capacidade de compreensão e isso se deve exatamente à Lei da Atração, pois essa lei não se aplica apenas a um processo mental simplista que gera resultados, mas a tudo na nossa vida.
Vejo que muitas pessoas estão presas a conceitos superficiais da Lei da Atração imaginando que se tiverem pensamentos positivos tudo se resolve a contento, mas não é bem assim que acontece na prática. Pelo simples motivo que poucos de nós vibram em uníssono, pensamentos, palavras e atitudes. Aliás, poucas são as pessoas que realmente acreditam em suas palavras e refletem as mesmas em atitudes.
Às vezes é até fácil falar em coisas positivas, no entanto, os sentimentos que geram os pensamentos continuam vibrando em ondas cheias de dor, mágoas que conscientemente não queremos ter, mas temos…
Vidas Passadas respeitam a mesma condição. Não adianta apenas pensar que pagamos contas de atos do passado. Muitas vezes é mostrado que hoje enfrentamos os maiores desafios em nossas próprias sombras, pois o motivo não está no outro, mas em nós mesmos.
Vou usar o caso de Antonio para exemplificar o que isso significa.
Ele, um engenheiro formado por uma conceituada universidade daqui de São Paulo me procurou para entender porque sua vida profissional não dava certo. Comprometido com o trabalho, exigente e detalhista em seus projetos, tinha inclusive dificuldade para receber seus serviços. Sofria demais tentando encontrar segurança, buscando empregos fixos que sustentasse o seu padrão de vida espartano. Mesmo assim as coisas não fluíam… Assim ele imaginava que em vidas passadas deveria ter destruído cidades, matado pessoas, e sacrificado a felicidade de alguém. Ele não falou em culpa, mas esse sentimento estava embutido em suas palavras.
Quando explico que autoconhecimento é importante, não estou falando apenas de meditação e de outras técnicas que ensinam como melhorar nossa qualidade de vida mas de um mergulho em nossas reais intenções. Percebo no meu trabalho que as pessoas costumam acobertar suas falhas até de si mesmas. Fecham as portas do inconsciente e jogam fora a chave. Num movimento de autoproteção. Dizem ao mundo que querem fazer tudo certo, mas não aceitam o erro como parte do processo de aprendizado. Falta humildade de assumir falhas e coragem de retomar caminhos.
Como ensinam os Mestres, a aceitação é um caminho importante de cura.
Na sessão de Antonio, ao contrário do que ele esperava, apareceu seguindo a Lei Universal da Atração, uma vida em que ele era filho de um homem muito rico e que não precisava fazer nada para ganhar a vida. Com isso foi perdendo o interesse pelas coisas do mundo já que não tinha que conquistar nada. Sua apatia foi criando uma casca de proteção recheada de inércia. Desse modo, ele não necessitava de nada do mundo, não precisava do aprendizado, nem da movimentação que a vida exige de todos nós. Ele criou um afastamento das pessoas e de tudo ao seu redor.
Ao contrário do que pensou nada foi mostrado no sentido de destruição, de pessoas mortas, batalhas. Ele não estava sendo punido por atitudes externas.
O que esse homem vivia era o fruto de seu plantio anterior no solo de sua mente superconsciente. Ele havia na vida passada se fechado, se afastado do mundo. Disse para a sua parte divina que não precisava de nada. Criou um mundo de negação. Ao mesmo tempo, continuava exigente, gostava de coisas caras, sabia apreciar o belo, mas hoje não tinha mais dinheiro para comprar nada disso.
A negação é uma atitude muito triste. Precisar de coisas em excesso também o é. Neste raciocínio precisamos equilibrar nossos quereres. A sociedade de consumo diz o tempo todo que precisamos de coisas. Você pode observar em sua própria vida, quando vai ao shopping: tudo é lindo, tudo é novidade e nossas roupas, nossa casa parece um antiquário….
- O que fazer?
- Não querer coisas?
- Viver na simplicidade?
No aprendizado espiritual aprendemos que é necessário um equilíbrio em nossa vida. Nosso desenvolvimento espiritual é para aprender a dar valor ao que de fato tem valor, pois a vida é feita de constantes escolhas. Claro que não precisamos de tudo o que vemos de bonito a nossa volta. Inclusive, muitas coisas devem ficar exatamente onde estão.
Os Mestres ensinam que devemos carregar as coisas boas como lembranças felizes em nossas mentes, mas para isso precisamos criar um espaço dentro de nós.
Na sessão de aconselhamento que se seguiu conversando com o Antonio nos deparamos com outras importantes questões que ele não mencionou como o fato de não conseguir permanecer em seus relacionamentos afetivos porque se sentia cobrado… Ele também me confidenciou que detestava morar com sua família já que era um homem feito e acreditava que o certo na sua vida seria viver sozinho.
Raiva e culpa se misturavam em seus sentimentos. Afinal, não há nada de errado alguém querer se sustentar e ser dono de sua vida. Mas porque que isso não se abria para ele?
Conversamos muito sobre sua postura em diversas facetas de sua vida que não cabe aqui mencionar. Enfim, chegamos juntos à conclusão que a cura de tudo isso que ele estava sentindo seria mesmo a aceitação da sua vida e ir tirando a raiva do coração, porque enquanto ele sentisse essa revolta sem nome vibrando no peito, as pessoas e o mundo refletiriam exatamente essa vibração.
Saindo da sessão, resolvi escrever esse artigo porque ficou claro que a Lei da Atração só poderá trazer amor, prosperidade e coisas boas para nossa vida quando estivermos vibrando essa luz. Enquanto apenas desejarmos essa cura sem mergulhar profundamente para limpar nossa alma, nada disso acontecerá e a Lei da Atração será apenas mais um modismo da auto-ajuda. Fonte
Apometria como instrumento na Psicoterapia, tratamento de doenças mentais e espirituais…
O que é Apometria?
Apometria é um conjunto de princípios e técnicas de tratamento espiritual baseado no desdobramento e na dissociação dos múltiplos corpos e níveis do ser humano. Trata as personalidades de vidas passadas e desdobramentos da vida atual, chamada de subpersonalidades. Desfaz também trabalhos de magia, trata e encaminha espíritos obsessores, auto-obsessões e energias diversas. Como se fosse uma desobsessão mais objetiva e direta.
Algumas Técnicas Apométricas
Desdobramento espiritual
Essa técnica é realizada através de pulsos magnéticos, que teriam o poder de criar nos planos sutis determinadas emanações mento-magnéticas capazes de, pela vontade do operador, dissociar os níveis de consciência de uma pessoa, para que seja possível seu tratamento. Os corpos espirituais também poderiam ser incorporados em mediuns e estes podem manifestar as enfermidades e desarmonias existentes, para assim trata-las. Alguns segmentos afirmam que não são os níveis de consciência que incorporam, mas apenas as projeções desses níveis, que seriam as personalidades de vidas passadas e as subpersonalidades(dissociações da personalidade atual). É através do desdobramento da consciência, dos corpos, níveis e subníveis que se realizam grande parte das técnicas da Apometria.
Pulsos Magnéticos
São manifestações da vontade dos operadores da técnica apométrica. Para que se torne possível o desdobramento da consciência em múltiplos níveis, os doutrinadores emitem pulsos magnéticos, através de contagem progressiva, até ocorrer o desdobramento dos corpos espirituais para posterior tratamento. Os pulsos são emanações energéticas que expressam a força de vontade dos doutrinadores em dissociar os níveis. Os pulsos são ritmados e realizam-se através de estalos de dedo com contagem de 1 a 7. O estalo cria uma irradiação sonora que veicula a força do pensamento dos trabalhadores espirituais.
Dialimetria
A dialimetria consiste em emitir pulsos magnéticos no corpo etérico e astral até que estes se tornem maleáveis e flexíveis a ponto de se tornarem bastante permeáveis às energias irradiadas pelo operador. Com o afrouxamento intermolecular das partículas de matéria etérica e astral, os corpos espirituais se tornam menos densos e podemos fazer fluir a energia com muito mais facilidade, sem acumulações e bloqueios energéticos.
Técnicas de Sintonia Psíquica com os Espíritos
Quando houver uma diferença de gradação energética entre o médium e o espírito, é possível, através de pulsos magnéticos, realizar uma sintonia entre ambos, a ponto de permitir o contato por meio de diálogo e tratamento.
Dissociação do Espaço-Tempo
Essa técnica consiste na utilização da condição atemporal e inespacial do Universo. Tempo e Espaço são referenciais objetivos de nossa mente concreta. Essas dimensões podem ser dissociadas no plano espiritual e relativizadas. Passado e futuro encontram-se em estado potencial no presente, o único momento eterno que existe. Sendo assim, podemos romper a barreira do tempo através do comando mental e conduzir um espírito ou uma energia ao passado ou ao futuro. Esta técnica não deve ser realizada sem uma motivação plenamente ancorada no Bem e na caridade desinteressada. É possível levar um espírito a ver seu próprio futuro e assim descobrir o que lhe acontecerá caso insista em agir de determinada forma. Alguns espíritos podem ser acometidos por visões e sentimentos catastróficos de seu futuro e podem se deparar com situações das quais jamais imaginaram que ocorresse. É o Principio de Causa e Efeito sendo sentido diretamente. Dessa forma, podemos mostrar-lhe que seu comportamento terá consequências, mas estas podem ser evitadas. Algumas entidades podem até mesmo ver o exílio planetário. É uma forma de fazer-lhes compreender o quanto seus atos podem ser maléficos para que sintam a necessidade de transformação.
Cromoterapia Mental
Na Apometria, médiuns e doutrinadores se utilizam da irradiação de luzes coloridas sobre a pessoa em atendimento. Para utilizar a cromoterapia mental, basta mentalizar a cor e projeta-la sobre a energia, o nível, a personalidade, o espírito obsessor, etc. Cada cor têm uma propriedade específica. A Cromoterapia mental é vista pelos apômetras como mais eficiente que a cromoterapia de luzes visíveis, pois o tratamento mental ocorre num plano sutil e canaliza as energias que estariam mais próximas da Fonte e da “essência” vibratória de cada cor.
- Amarelo – Conscientização
- Azul – Acalma e tranquiliza
- Verde – Cura moléstias no corpo espiritual
- Violeta – Transmutação
- Prata -Desfazer magia negra ou energias negativas; ajuda a retirar aparelhos parasitas no corpo astral
- Rosa – Estimular o afeto e amor incondicional
- Branco – Faz diagnóstico e protege o ambiente de trabalho
Principais Conceitos de Apometria
Desdobramento
Diz-se da capacidade do espírito de se dissociar em muitas partes, quantas for necessário, até que seja possível descobrir onde está a anomalia ou o desequilibro nos níveis de consciência. O espírito é Uno e indivisível, não pode ser dividido em hipótese alguma, porém seus veículos de expressão, ou seja, as formas que ele encontra para a sua manifestação podem ser divididas infinitamente. O desdobramento na Apometria não se refere apenas a projeção do corpo astral ou do corpo mental. Na Apometria, o desdobramento toma um sentido mais amplo. É encarado como a capacidade do ser de expandir-se infinitamente, sem ao mesmo tempo perder a sua Unidade. Esta possibilidade é utilizada com finalidade terapeutica, identificando os desequilibrios em cada uma das facetas do Ser.
Níveis de Consciência
O espírito é Uno em essência, mas múltiplo em manifestação. Assim, pode se manifestar em todos os planos, formas, tipos, épocas, etc. Cada uma dessas manifestações é chamada de “nível”. Porém, há alguns níveis principais e naturais, que formam a constituição setenária do espírito, suas sete manifestações fundamentais nos sete planos de consciência, os chamados sete corpos. Assim, os níveis de consciência podem incorporar nos médiuns e revelar aspectos das experiências que criaram as fixações dos níveis.
Personalidades Múltiplas (Personalidades de Vidas Passadas)
Alguns pesquisadores da Apometria, como J. S. Godinho, Camila Sampaio e outros, falam das projeções dos níveis de consciência como personalidades múltiplas. As Personalidades Múltiplas seriam personalidades que todos tivemos em vidas passadas. Elas tem nome, forma, costumes, crenças, comportamentos, experiências e podem agir de forma mais ou menos autônoma no plano espiritual. A independência das personalidades de vidas passadas proporcional a energia que a personalidade atual confere, de forma inconsciente, às tendências da personalidade múltipla. Se, por exemplo, uma pessoa foi um padre ortodoxo numa outra encarnação e ela hoje entra na Igreja e passa a manifestar-se com tendencias fundamentalistas, ela está dando energia ao padre e este pode a estar obsediando. Nesse sentido, não apenas os espíritos, mas tambem as personalidades múltiplas podem incorporar nas pessoas. Na visão de alguns apômetras, há casos de incorporação dessas personalidades que os psiquiatras chamam de “Transtorno Dissociativo de Identidade”.
Subpersonalidades
Trata-se de um termo originário de algumas abordagens de Psicologia, Psicologia Transpessoal e Psicossíntese. J S Godinho define as subpersonalidades como “desdobramentos do bloco de ego, consciência, ou projeções da atual personalidade. Podem agir com total consciência de si mesmas, embora essa ação não seja percebida pela consciência física.” Subpersonalidades seriam dissociações da personalidade da vida atual. Essa dissociação pode ocorrer num momento específico da história pessoal do indivíduo. Ela pode ser originada por diversos fatores, como traumas, sofrimentos, dores, apegos, costumes, vícios, idéias fixas, compulsões, etc. Hans Tendam explica como podem ser tratadas as sub-personalidades, através da sua técnica de “estados de ego”, chamadas atualmente de Personismo. As Sub personalidades podem ser comparadas ao conceito de “complexo” de C. G. Jung, que são representações autônomas inconscientes que agem independentemente da vontade da pessoa, criando divisões internas que passam a lutar umas contra as outras. As subpersonalidades podem se opor a vontade consciente do sujeito e podem até mesmo contrastar com outras subpersonalidades, criando uma fragmentação da personalidade.
Incorporação Anímica
No Espiritismo e na Umbanda há uma noção de incorporação que difere da Apometria. A incorporação apométrica pode ser de dois tipos: a incorporação mediúnica e a incorporação anímica. Na primeira o médium manifesta os atributos da entidade espiritual como se tivesse incorporado o espírito. O médium passa a agir como ele e supostamente reproduz fielmente seus comportamentos e seu modo de ser. Na incorporação anímica (que talvez nem deveria ser chamada de incorporação), o médium apenas visualiza o espírito no plano astral e pode conversar com ele sem que este use o corpo do médium para se expressar. Alguns chamam essa faculdade de “projeção mental”. O médium estaria observando os planos sutis e tendo contato com as energias que nele contém. Essa forma de contato espiritual é mais recomendada na Apometria, pois o vidente seria mais independente.Fonte
TERAPIA DE VIDAS PASSADAS – A TERAPÊUTICA DA ATUALIDADE…
O paciente é um ser completo, com suas queixas, dores e doenças. Traz consigo experiências desta e de outras vidas, o que, para o doutor à sua frente, pode ser a chave fundamental para entender os males ali sentidos. A doença passa a ser então a própria cura, e já não é mais vista como o oposto de saúde. É assim, com base em estudos de médicos encarnados e desencarnados, que a medicina à luz do espiritismo vem se fortalecendo cada vez mais no país. São enfermos e médicos, que encontraram na doutrina espírita diferentes interpretações para toda e qualquer enfermidade . Tudo tem uma explicação. E, segundo essa visão, é na alma de cada um de nós que estão as respostas para uma pergunta que há tempos incomoda a humanidade: por que adoecemos?
É cada vez mais freqüente a busca da Terapia de Vidas Passadas para solucionar problemas e ampliar a compreensão de si mesmo. Essa abordagem psicoterápica surpreende pelos resultados e brevidade de tratamento. O fato de não usar hipnose nem exigir crenças específicas, deixa as pessoas à vontade para abordar o assunto e se abrir para o processo de cura.
O método permite acessar e vivenciar memórias subconscientes e inconscientes, desde o período entre vidas, intra-uterino, nascimento, vida atual e passada. É possível descobrir as raízes daquilo que causa sofrimento hoje: problemas de natureza pessoal, interpessoal, transpessoal, psíquica, emocional, anímica, comportamental, social ou física ou espiritual, gravados como registros mnemônicos, afetos, traumas, crenças, sentimentos desarmônicos e ativados por complexos que influenciam a personalidade atual.
Situações freqüentemente resistentes às terapias tradicionais são reveladas e compreendidas neste escopo de trabalho mais abrangente. Com esse maior campo de investigação, a terapêutica conduz o paciente a perceber os traumas gravados no inconsciente que geraram padrões repetitivos em outras vidas, influenciando a personalidade atual que se encontra, muitas vezes, absorvida pela compulsão de recriar suas feridas. Para quebrar esse círculo é necessário liberar os conteúdos traumáticos, desligar-se das gravações inconscientes, tratar os registros impregnados no corpo e reintegrar à psique novas referências ao antigo padrão.
Cada terapeuta adota um conjunto de técnicas que pode contemplar a regressão de memória, cromoterapia mental, catarse de conteúdos traumáticos, indução mental, estados de ego, exploração da aura, integração da personalidade, vidas futuras, relaxamento, espelhos, dentre outras. A combinação devida das técnicas possibilita tratar personalidades passadas, revelar o propósito de vida, liberar emoções, energias reprimidas ou somatizadas, tratar e encaminhar energias intrusas, transmutar energias da aura, recompor corpos e completar assuntos inacabados.
Jung dizia: “O funcionamento da psique se baseia no princípio da oposição entre os elementos contrários e que, a tarefa do homem no caminho de individuação é unir os opostos”. Os elementos contrários são os “eus”, personalidades múltiplas e subpersonalidades, passíveis de tratamento terapêutico eficiente. Diversos autores abordam a Terapia de Vidas Passadas de maneira distinta e usam técnicas variadas. Por exemplo, o Dr. Morris Netherton, enfatiza o período intra-uterino e nascimento e procura reviver cada emoção e sensação experimentada nessa fase. O Inglês Roger Woolger adota Freud, Jung, Reich, Psicodrama, Psicologia Espiritual Tradições Xamânicas e o trabalho com corpo, mente, emoções e espírito. Para Hans TenDam o contato com os conteúdos inconscientes devem produzir limpeza, catarse, liberação e assimilação. No Brasil, J.S. Godinho considera as vidas passadas como personalidades múltiplas que fazem parte do bloco psíquico da personalidade atual e evidencia a necessidade de harmonizar e reeducá-las, uma vez que, como vidas passadas, continuam atuantes influenciando a vida atual.
A Terapia de Vidas Passadas pode solucionar, de maneira muito eficiente, problemas de trauma, medo, enxaqueca, fobia, angústia, depressão, ansiedade, dor, úlcera, asma, dependência química, vergonha, orgulho, inveja, soberba, melindre, irritação, inadequações sexuais, sociais e psíquicas, entre outros. Por acreditar nisso, muitos profissionais dedicaram-se às pesquisas e experimentos científicos, que hoje fundamentam a cura experimentada por muitas pessoas, que conseguem integrar seus vários “EUS”, como numa espiral.
TÉCNICAS…
Dúvidas freqüentes:
Qual a duração do tratamento?
Um processo terapêutico sério demanda tempo, especialmente para rever conteúdos passados, muitas vezes desarmônicos e infelizes, e compreender que atuamos a partir de complexos reproduzidos compulsivamente pelo psiquismo, ao longo da história da humanidade. Comparada às outras técnicas terapêuticas, a TVP é objetiva, abrangente e rápida, uma vez que os conteúdos trabalhados vão além das criações do ego, tanto do terapeuta, quanto do paciente, nas extensas conversas analíticas.
Um tratamento bem feito, com início, meio e fim varia de entre 6 a 20 sessões (de 2 horas cada), de acordo com cada caso. Assim, é possível trabalhar em diversos níveis da consciência e elaborar a estruturação da personalidade de maneira consistente. As primeiras sessões são dedicadas à investigação das situações desarmônicas do passado que mais afetam a vida atual e compreensão das causas geradoras das desarmonias e dos problemas. As últimas são dedicadas às correções de antigos padrões e substituição por idéias de reconstrução, equilíbrio e saúde; à integração e elaboração de novos objetivos e decisões que estejam alinhados ao planejamento original dessa vida e rever processos encarnatórios bem sucedidos. A duração também depende da complexidade dos temas, da capacitação do terapeuta, das técnicas utilizadas, do desejo e comprometimento do paciente com seu processo de autoconhecimento e reformulação interna e da necessidade de aprendizado. No entanto, situações simples podem ser bem resolvidas em apenas uma sessão.
Todos os pacientes conseguem regredir?
Alguns pacientes não regridem, da mesma forma que também não têm sucesso com outras abordagens terapêuticas. Cada pessoa se adapta a um trabalho de forma particular. Mesmo que não haja uma regressão completa, outros recursos como imaginação ativa, desdobramento e estados alterados de consciência e o atendimento de personalidades intrusas podem ser adotados pelo terapeuta o que resulta em movimentação da energia estagnada e liberação dos conteúdos, trazendo resultados, considerável melhora dos sintomas e até rápida cura do distúrbio.
Algum requisito para se fazer a Terapia de Vidas Passadas?
O principal requisito é a intenção de mudar, rever conceitos, liberar-se padrões limitantes e apropriar-se do processo de autoconhecimento e crescimento. Não é aconselhável buscar a TVP motivado pela curiosidade e sim pela necessidade de tratar o que, aparentemente, não tem explicação no contexto da vida atual.
Há alguma possibilidade de ficar “preso” ao passado?
Acessar arquivos da memória não significa retornar ao passado. Com o estado alterado de consciência, é possível experimentar fisicamente as emoções originadas em algum acontecimento passado. Como o paciente não vai, literalmente, para um lugar no passado onde as situações ocorreram, não há o que temer. É impossível ficar preso a uma situação no tempo/espaço sem ter ido para lá, de fato.
A Terapia de Vidas Passadas é arriscada?
Como qualquer outro atendimento, a TVP oferece risco se for conduzida por profissional não qualificado, sem curso de especialização, experiência ou boa técnica. A pessoa pode ficar com questões abertas, não elaborar uma catarse ou trauma por completo ou ainda, não compreender o que aconteceu realmente. Como nas sessões ocorrem situações de naturezas distintas: distúrbios mediúnicos, personalidades passadas desarmonizadas, obsessores ou lembranças traumáticas de passado, é importante buscar um terapeuta qualificado, inclusive com alguma prática no campo mediúnico, para que conheça a diferença entre esses sintomas e saiba conduzi-los adequadamente. Pacientes cardíacos, gestantes, psicóticos, agressivos, esquizofrênicos devem evitar esse tratamento.
Algum risco de voltar a ser influenciado pelas situações do passado?
Ao entrar em contato com a memória e compreender o contexto em que ela ocorreu, o paciente percebe que os sintomas decorrentes da experiência não fazem mais sentido para ele na vida atual e sim para o personagem que o vivenciou. Uma análise crítica, inteligente e lógica, feita pelo paciente, o auxilia a compreender o processo de cura e perceber que a identificação com a antiga personalidade não faz mais sentido e assim, deixar de ser conduzido por estímulos, de maneira compulsória. Por exemplo, se um paciente tem muito medo de armas de fogo acessa a sua história como um personagem que foi morto com um tiro, para quem fazia total sentido esse problema ou trauma, ele perceberá que tudo o que personagem vivenciou não precisa mais ser alimentado por ele nem atualmente e não se justifica estar preso a essa situação. Ao reviver e refletir sobre a experiência, o paciente amplia a consciência e a compreensão do conteúdo adormecido no inconsciente. O trauma é diluído, embora permaneça a lembrança da experiência vivida e o aprendizado que dela decorreu. O paciente se cura do pânico na medida em que não mais se identifica com a antiga personalidade. Neste caso, se confirma a máxima do Cristo que diz: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
É preciso acreditar em reencarnação?
Não é necessário acreditar em reencarnação ou praticar qualquer doutrina espiritualista específica. Basta vontade e determinação do paciente em se conhecer e aceitar suas memórias pretéritas. Mesmo sem uma crença específica, as pessoas regridem naturalmente. Com a melhora dos sintomas e o sentimento de que conteúdos acessados parecem reais e não fruto da imaginação ou indução do terapeuta, as concepções podem mudar, ainda que o paciente permaneça fiel à sua crença ou religião.
Por que optar por essa Terapia ao invés de tratamento médico convencional?
Apesar do avanço da medicina, a saúde não se restringe ao nosso corpo físico pois as doenças psicossomáticas começam num outro nível, num determinado corpo mais sutil, dentre os 7 corpos energéticos que temos. Não se resolve todos os enigmas que envolvem o equilíbrio e a saúde do ser humano apenas tratando do corpo. É preciso ir além e estudar os aspectos psíquicos e espirituais e essa técnica terapêutica pode resolver muitos casos ou situações que a medicina não consegue solucionar.
Qual a diferença entre TVP e a hipnose?
A hipnose é uma técnica diferente, pois quando o paciente é hipnotizado fica mais vulnerável à sugestão do hipnotizador e mais sonolento. Na TVP ou regressão, o paciente permanece consciente, acata as sugestões do terapeuta se quiser, se achar que faz algum sentido e lembra-se dos conteúdos ao terminar a sessão. Também são acionadas áreas diferentes do cérebro: na TVP, o lobo médio temporal; na hipnose, o lobo parietal; na imaginação ou fantasia, o lobo frontal; em sono natural, regiões do bulbo, ponte e cerebelo.
Algum requisito para se fazer uma Terapia de Vidas Passadas?
É aconselhável buscar um recurso terapêutico profundo como a TVP motivado pela necessidade e propósito sinceros de tratar o que aparentemente não tem explicação no contexto da vida atual, curar algum aspecto doentio, mudar comportamentos, sentimentos, atitudes, projeto de vida e assumir o ônus dessa mudança. Portanto, a curiosidade vazia não faz sentido no escopo deste trabalho. Como a TVP também é uma ferramenta de autoconhecimento, pode ser conduzida com objetivo de conhecer o projeto de encarnação da vida atual. Ao optar pelo processo regressivo, é preciso ter em mente que a ampliação da consciência também implica em profunda revisão de conceitos e visão de mundo e, conseqüentemente, mudança de atitudes e reformulação interna.
A TVP é considerada eficaz como tratamento terapêutico?
Sim. Em alguns casos, mais eficaz do que outros atendimentos terapêuticos em função da abrangência e do alcance. Como o paciente acessa conteúdos da memória inconsciente e subconsciente, tem a oportunidade de compreender a origem e causa das desarmonias atuais, revisar histórias do passado que ficaram inacabadas, liberar cargas traumáticas somatizadas nos corpos sutis (físico, emocional e mental) e o mais importante, dar um novo significado à experiência. O quantum energético gerado no passado reverbera ainda hoje. Assim, ao colocar para fora aquilo que ficou aprisionado, por meio da catarse, a energia desarmônica é diluída e equilibrada. A revisão das crenças e padrões repetidos possibilita integrar a personalidade passada à atual, ancorar o poder e deixar de ser controlado por emoções desequilibradas.
Quais são os benefícios?
O paciente tem contato com ancestrais e mestres que auxiliam o trabalho e a compreensão do processo terapêutico. É possível rever seu programa de vida, as experiências e lições pelas quais deve passar nesta vida para cumprir seu propósito de evolução estabelecido antes de encarnar (de acordo com a lei de causalidade) e se está caminhando nesta direção. Quando se desvia da proposta, sucessivas situações negativas começam a afetar a pessoa de modo a impulsionar de volta ao caminho mais oportuno. Terapeuta e paciente podem, juntos, perceber esse alinhamento e alternativas para seguir em direção à proposta original.
A Terapia de Vidas Passadas cura doenças?
De acordo com estudos em diversas áreas, a maioria das doenças está relacionada a questões emocionais, mentais ou e espirituais. As doenças podem ser causadas por energias desarmônica originadas em vidas passadas mal resolvidas. Traumas e situações indesejáveis vividas no passado podem afetar a integridade física atual. A TVP atua no acesso aos conteúdos, desbloqueio das emoções do passado, análise dos padrões repetitivos e liberação das cargas psicossomáticas e estruturação do ser. Quanto mais abertura, confiança e dedicação ao enfrentamento das questões, tanto mais profundo é o trabalho e a liberação das cargas, o que resulta em melhoria dos sintomas ou a cura completa.
Há alguma possibilidade de ficar “preso” ao passado?
Quando se acessa arquivos da memória, não se retorna ao passado. O que acontece é um estado alterado de consciência, onde é possível experimentar novamente as emoções originadas em algum acontecimento passado, seja fisicamente ou apenas como uma visão na tela mental, de imagens, sentimentos e emoções retidas no tempo. Ao manter a consciência focada nos acontecimentos pretéritos, dá a sensação de “voltar ao passado”. Como o paciente não vai, literalmente, para um lugar no passado, não há o que temer. É impossível ficar preso a uma situação no tempo/espaço sem ter ido para lá, de fato. Alegações de que o paciente pode não retornar da regressão, ficar preso em uma vida passada, ou a um estado desarmônico vivido em outro tempo, não tem base lógica e significa ignorância sobre o assunto.
A Terapia de Vidas Passadas é arriscada?
Assim como outras situações e procedimentos médicos oferecem risco por determinados fatores, da mesma forma, a TVP se for conduzida de forma irresponsável, por uma pessoa sem adequada formação, pode criar uma situação de difícil condução. Um profissional qualificado é aquele que fez um curso especializado, pesquisou, observou muito e desenvolveu boa técnica. Também é importante que o terapeuta conheça a Doutrina Espírita, o funcionamento da mediunidade e obsessão e saiba lidar com os espíritos. Principalmente, saber a diferença entre sintomas causados por mediunidade perturbada ou obsessão; desarmonias geradas pelas personificações múltiplas, ativas; ou desarmonias causadas por lembranças traumáticas de passado, uma vez que ambas as situações podem ocorrer na sessão.
Reações também podem acontecer pelo fato do inconsciente já está trabalhando nesse sentido, seja motivado por uma sessão de regressão ou por outra técnica qualquer. Neste caso, a ferramenta serve apenas como indutor daquilo que, inevitavelmente seria trabalhado pelo psiquismo. É importante salientar que a experiência com TVP é guiada pelo Self, a parte consciente e absolutamente sábia do psiquismo humano, que conhece profundamente a necessidade e limitações de cada um e protege o Ser de situações difíceis de serem elaboradas. É bom salientar que, atribuir a algo externo as conseqüências dos desequilíbrios é negar a responsabilidade pelo que se cria e experimenta na vida.
O tratamento não é recomendado para cardíacos, gestantes, pessoas com obsessão grave (como nos casos de pacientes psicóticos, agressivos, esquizofrênicos ou com TOC), nem para pessoas refratárias que não querem fazer o tratamento. Ainda, do ponto de vista da Doutrina Espírita, em hipótese alguma se faria regressão por mera curiosidade vazia.
Existe relação entre TVP e Espiritismo?
Algumas idéias e princípios são compartilhados pela TVP e pelo Espiritismo, como: pluralidade de vidas, lei de causa e efeito, vida após a morte, influência de personalidades espirituais, livre arbítrio, evolução, existência de um corpo espiritual e de energias corporais, consciência de que a pessoa não é apenas um Ser físico tendo uma experiência material, mas um Ser espiritual tendo uma experiência física.
Bibliografia: As Várias Vidas da Alma, Roger Woolger Psiquismo em Terapia, J.S. Godinho Vida Passada – Uma Abordagem Psicoterápica, Morris Neterthon Cura Profunda, Hans Tendam O Livro Tibetano dos Mortos, W.Y.Evans-Wentz Nascer, Morrer, Renascer, Célia Resende O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Sogyal Rinponche