terça-feira, 14 de junho de 2022

QUEM É SHIVA? Shiva (também conhecido como Xiva ou Siva) é o deva (divindade hindu) da destruição:

 QUEM É SHIVA?


Shiva (também conhecido como Xiva ou Siva) é o deva (divindade hindu) da destruição:

QUEM É SHIVA?

Shiva (também conhecido como Xiva ou Siva) é o deva (divindade hindu) da destruição: o que destrói para que algo novo seja construído, desta forma também é conhecido como “renovador” ou “transformador”. É o criador do ioga, prática que ajuda física, mental e emocionalmente. Junto a Brahma (O Criador) e Vishnu (O Preservador), Shiva (O Destruidor) compõe a Trimurti (a tríade de divindades supremas hindu).
O nome Shiva significa “auspicioso”, ou ainda “aquele que traz boa sorte”, um nome apropriado para um deva que protege os seus devotos e os traz verdadeira felicidade.
Desposa Parvati (Shakti), tida como manifestação feminina suprema no hinduísmo, e juntos são conhecidos como Pai e Mãe do Universo. Com esta, Shiva teve dois filhos: Ganesha e Kartikeya (também chamado de Scanda).
Alguns de seus epítetos são Mahadeva (Deus Supremo), Shankara (Meditador), e Shambo (Benevolente). A ramificação do hinduísmo que tem Shiva como deus supremo é denominada shivaísmo ou xivaísmo.

Conta o mito que Shiva veio à Terra, e encontrou sábios, homens e mulheres, rezando. As mulheres, ao verem-no, foram ao seu encontro. Já os homens, não gostaram disso. E então lhe enviaram um tigre, para atacá-lo. Shiva não gostou disso, matou o tigre com uma mão apenas e usou sua pele, como um xale. Os sábios então, mandaram um cervo em sua direção, para pisá-lo. Shiva o segurou em uma só mão, e desde então continua segurando-o. Os sábios então criaram uma serpente poderosa, e enviaram a Shiva, que simplesmente a colocou no pescoço, como um colar. Eles então lhe enviaram um demônio amedrontador, com uma maça chamada Katanga. Shiva tomou a maça do demônio, segurou-a em uma de suas quatro mãos, enquanto o segurava, pisoteando-o. Shiva então ficou muito bravo, e começou a dançar furiosamente. Todos ficaram maravilhados, e amedrontados, e pararam para observar o Bharata Natyam, a dança de Shiva.

ALGUMAS FACETAS DE SHIVA

O deva possui alguns aspectos, ou facetas, podemos assim dizer, entre as mais conhecidas estão as retratadas a seguir.
Pashupati (pashu “animais” + pati “senhor”) é o “Senhor dos Animais”. É uma das primeiras manifestações de Shiva, surgida no período neolítico, em meados de 4.000 a.C., encontrada em pinturas, em cavernas. O deus em algumas versões, neste aspecto, tem três rostos, e cada uma deles encara uma direção do “passar do tempo”: passado, presente e futuro. Pashupati se coloca em posição meditativa, dando indícios de o quão antigas são as práticas de meditação.O deus usa uma coroa em formato de chifres de búfalo, denotando sua proximidade com este animal, com a virilidade que este representa, e às foras telúricas (ou seja: da terra). Como “Senhor das Feras”, meditar entre os animais selvagens sem ser atacado é uma clara amostra de seus poderes, e também pode significar, simbolicamente, que ele os domou, ou pelo menos o que representam, em seu interior: o orgulho (tigre), a força bruta (elefante), o ódio (rinoceronte) e a sexualidade desenfreada (touro).Os devas estavam em confronto com os demônios, mas sem conseguir vencê-los, pediram ajuda a Shiva Pashupati, que disse-lhes: “Eu sou o Pashupati! Os demônios só poderão ser vencidos se todos os devas assumirem sua natureza animalesca.” Muitos devas hesitaram, pensando ser uma humilhação assumir uma forma animal. Pashupati falou, agora mais forte: “Não é demérito nenhum reconhecer seu animal – a espécie que representa seus princípios no mundo animalesco. Apenas aqueles que se reconhecem como pashupatas – irmãos dos animais – podem ultrapassar sua condição.” Assim, os devas fizeram o que ele disse, e venceram a guerra.Nataraja (nata “dançarinos” + raja “rei”) é o “Rei dos Dançarinos”. Nesta representação o círculo de chamas representa o princípio cíclico da renovação, e sua dança representa a eterna moção do universo, em seu ritmo. Sua dança é bem dinâmica – e aparenta ser rápida, pelos movimentos esvoaçantes de seus cabelos – mas seus olhos continuam denotando introspecção meditativa, já que aparentam olhar interiormente.
Em uma das mãos, Nataraja segura o damaru, seu tambor em forma de ampulheta, que marca o ritmo de sua dança, e o fluir do tempo. A chama em outra de suas mãos representa a transformação, que vem pelo elemento Fogo, elemento da transmutação. As duas outras mãos gesticulam mudras: a da direita, em pose do abhaya mudra, é um gesto de proteção e bênçãos. A esquerda, representa a tromba de um elefante, a destruir obstáculos.
Nataraja pisa em um demônio, o qual representa a ignorância interior, que nos impede de analisar o nosso eu interior e evoluir através das mudanças do que pode ser mudado. Muitas vezes, tudo isto é representado dentro de uma lótus.

ADHANARÍSHVARA

Ardhanaríshvara, também conhecido como Shiva-Parvati é uma forma oriunda da fusão de ambos os deuses. A metade masculina tem a forma, trejeitos e atributos de Shiva, e o mesmo ocorre com a do lado esquerdo, exceto que como Parvati.
Esta divindade simboliza a união do masculino com o feminino, em seu equilíbrio, mostrando os princípios e forças da criação do cosmos.

Pesquisado e editado por Nega San.