OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim: "Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici"), conhecida como Cavaleiros Templários, Ordem do Templo (em francês: Ordre du Temple ou Templiers) ou simplesmente como Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria.
Os cavaleiros templários começaram com elevados ideais de cavalaria, cruzadas e fé cristã, praticados por um grupo exclusivo de cavaleiros monásticos. Foi fundada entre 1119 e 1188 por Hugh de Payens de Champagne, França, e um pequeno grupo de 8 cavaleiros, que se juntaram e juraram proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, mais precisamente o caminho de Jafa a Cesareia, vítimas de ladrões em todo o percurso e, já na Terra Santa, dos ataques que os muçulmanos faziam aos reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.
A ordem acumulou grande riqueza e poder, que dois séculos depois trouxe sua queda em meio a acusações sórdidas de heresia, adoração ao Diabo, blasfêmia e homossexualidade.
Após a sua criação, os cavaleiros templários rapidamente ganharam reputação e respeito. Sua bandeira, uma bandeira branca com uma cruz carmesim, tornou-se símbolo da guerra cristã contra os infiéis e dos mais altos ideais. Grupos foram organizados por toda a Europa e Inglaterra, mas a França continuou sendo a fortaleza. Todos os membros juraram lealdade total a um Grão-Mestre. os cavaleiros faziam votos de pobreza, humildade e castidade, que eram rigorosamente cumpridos.
Assim como o voto de pobreza e de fé em Cristo, denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
Para ser admitido como cavaleiro, o postulante deveria ser cristão, conhecer a regra templária (antes mesmo de ser admitido), jurar viver em castidade e pobreza e ser obediente ao mestre do templo. A iniciação se dava com uma cerimônia religiosa realizada por um dos padres da ordem.
Como ordem religiosa, os Templários não eram tributados pela Coroa e não estavam sujeitos às leis da terra; eles eram responsáveis apenas perante o papa.
A ordem templaria nunca teve um número grande de membros, mas ainda assim eram bastante ferozes em batalhas e temidos pelo inimigo.
Apesar da pobreza dos cavaleiros individuais, a ordem solicitou doações para financiar sua guerra santa. o dinheiro entrou e a ordem cresceu em poder.
As doações vieram tanto de fiéis, igreja e até mesmo receberam herança e doações de alguns reis. Os ritos da ordem eram mantidos em profundo sigilo. Com o tempo, isso deu origem a muitas especulações e rumores curiosos sobre o que realmente acontecia nas fortalezas dos Templários. Por gerações, foram contadas histórias de ritos blasfemos em que Cristo foi renunciado como um falso profeta e a cruz foi cuspida, urinada e pisoteada. Além disso, havia rumores de que os Templários praticavam rituais homossexuais e adoravam o Diabo, que aparecia na forma de um gato preto, que eles beijavam sob a cauda. Eles também foram ditos para adorar um ídolo chamado Baphomet, em algumas versões uma cabeça humana empalhada, em outras uma caveira ou uma cabeça artificial com três faces. Os Templários, dizia-se, assavam crianças e espalhavam sua gordura ardente sobre esse ídolo. Durante anos, ninguém agiu com base nessas histórias.
Na Terra Santa, a ordem usou sua imensa riqueza para entrar no comércio. Emprestou dinheiro e fez negócios com o inimigo em tempos de trégua. O poder financeiro da ordem, bem como sua imunidade à lei secular, provocou crescente ressentimento entre a nobreza - em particular, o rei Filipe IV da França, que era um dos devedores da ordem.
O colapso das Cruzadas fez pouco para prejudicar a ordem. No século 14, estava no auge do poder. Então Filipe, cobiçando a vasta riqueza da ordem, partiu para tomar suas riquezas e terras acusando os cavaleiros de heresia. O cúmplice do rei foi o Papa Clemente V.
Em 13 de outubro de 1307, Filipe prendeu o grão-mestre Jacques de Molay e 140 cavaleiros no templo de Paris. mais prisões se seguiram em toda a França. Os Templários foram submetidos a tortura em massa. muitos confessaram as blasfêmias e crimes demoníacos dos quais foram acusados, embora as confissões fossem tão variadas que poucas provas conclusivas foram reunidas. No entanto, Philip prosseguiu sua perseguição em massa da ordem.
Em 22 de novembro, Filipe persuadiu o Papa Clemente a emitir uma bula ordenando que todos os Templários fossem presos e todas as suas propriedades confiscadas. Nem todos os países obedeceram com tanto zelo quanto Filipe desejava; foi necessária uma segunda bula papal para forçar o rei Eduardo II da Inglaterra a torturar os Templários em seu domínio. Em outros países, foi demonstrada clemência para com os Templários, alguns dos quais foram absolvidos ou autorizados a ingressar em outras ordens.
Em 1310, os julgamentos públicos dos Templários começaram em Paris. Aqueles que sobreviveram à tortura brutal foram apresentados, acusados de uma longa lista de crimes e interrogados. Alguns cavaleiros defenderam a ordem. Cinquenta e quatro que se recusaram a confessar foram ordenados por Philip a serem levados para os subúrbios e queimados até a morte. Ainda assim, não havia nenhuma prova definitiva de heresia. Os relatos do ídolo Baphomet variaram muito. muitos Templários diziam apenas que tinham ouvido falar de tal coisa, mas nunca a tinham visto. No entanto, os opositores da ordem alegaram que o ídolo era a prova de que os Templários haviam adotado o maometismo dos infiéis. Em toda a Europa, os Templários foram condenados por feitiçaria e heresia e queimados na fogueira.
Clemente dissolveu oficialmente a ordem em 1312. O papa especificou que todos os bens deveriam ser entregues a uma ordem rival, os Hospitalários, mas isso não foi seguido universalmente. Bens na França e na Inglaterra foram apreendidos por Philip e Edward, que os usaram para fins pessoais ou os esbanjaram para amigos. Em outros lugares da Europa, outros pedidos levaram os ativos.
Grão-mestre de Molay permaneceu na prisão por sete anos. Em 1314 ele foi colocado em um cadafalso em Paris e ordenado a fazer uma confissão pública. Em troca, ele seria preso por toda a vida em vez de ser executado. Para surpresa das autoridades, De Molay denunciou com raiva sua perseguição e disse que havia sido torturado para mentir. Ele era, protestou vigorosamente, inocente de todas as acusações. Enfurecido, Philip ordenou que de molay fosse queimado vivo. Ele morreu ao pôr do sol no mesmo dia, lenta e dolorosamente nas chamas.
Segundo a lenda, o moribundo de Molay declarou que, como prova de sua inocência, Filipe e Clemente seriam convocados para encontrá-lo diante do trono de Deus dentro de um ano. Ambos os homens morreram dentro desse tempo.
É possível que algumas das acusações contra os Templários tivessem alguma base de fato, embora sem dúvida as histórias fossem bastante exageradas.
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V pretendia absolver a ordem das acusações de heresia, e que poderia ter dado eventualmente a absolvição ao último grão-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia, contudo afirma que, pelo bem da Igreja, a Ordem deveria ser suprimida ou remodelada.
Podemos dizer que como sempre as perseguições e acusação de idolatria e bruxaria tinham mais motivos políticos e econômicos do que culpa da igreja.
Com o tempo mitos surgiram os ligando falsamente a maçonaria e uso de magia em seus rituais secretos.
Ao que tudo indica e somente acusações falsas especulações.
Texto: pesquisa e edição azi dahak.
Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim: "Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici"), conhecida como Cavaleiros Templários, Ordem do Templo (em francês: Ordre du Temple ou Templiers) ou simplesmente como Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria.
Os cavaleiros templários começaram com elevados ideais de cavalaria, cruzadas e fé cristã, praticados por um grupo exclusivo de cavaleiros monásticos. Foi fundada entre 1119 e 1188 por Hugh de Payens de Champagne, França, e um pequeno grupo de 8 cavaleiros, que se juntaram e juraram proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, mais precisamente o caminho de Jafa a Cesareia, vítimas de ladrões em todo o percurso e, já na Terra Santa, dos ataques que os muçulmanos faziam aos reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.
A ordem acumulou grande riqueza e poder, que dois séculos depois trouxe sua queda em meio a acusações sórdidas de heresia, adoração ao Diabo, blasfêmia e homossexualidade.
Após a sua criação, os cavaleiros templários rapidamente ganharam reputação e respeito. Sua bandeira, uma bandeira branca com uma cruz carmesim, tornou-se símbolo da guerra cristã contra os infiéis e dos mais altos ideais. Grupos foram organizados por toda a Europa e Inglaterra, mas a França continuou sendo a fortaleza. Todos os membros juraram lealdade total a um Grão-Mestre. os cavaleiros faziam votos de pobreza, humildade e castidade, que eram rigorosamente cumpridos.
Assim como o voto de pobreza e de fé em Cristo, denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
Para ser admitido como cavaleiro, o postulante deveria ser cristão, conhecer a regra templária (antes mesmo de ser admitido), jurar viver em castidade e pobreza e ser obediente ao mestre do templo. A iniciação se dava com uma cerimônia religiosa realizada por um dos padres da ordem.
Como ordem religiosa, os Templários não eram tributados pela Coroa e não estavam sujeitos às leis da terra; eles eram responsáveis apenas perante o papa.
A ordem templaria nunca teve um número grande de membros, mas ainda assim eram bastante ferozes em batalhas e temidos pelo inimigo.
Apesar da pobreza dos cavaleiros individuais, a ordem solicitou doações para financiar sua guerra santa. o dinheiro entrou e a ordem cresceu em poder.
As doações vieram tanto de fiéis, igreja e até mesmo receberam herança e doações de alguns reis. Os ritos da ordem eram mantidos em profundo sigilo. Com o tempo, isso deu origem a muitas especulações e rumores curiosos sobre o que realmente acontecia nas fortalezas dos Templários. Por gerações, foram contadas histórias de ritos blasfemos em que Cristo foi renunciado como um falso profeta e a cruz foi cuspida, urinada e pisoteada. Além disso, havia rumores de que os Templários praticavam rituais homossexuais e adoravam o Diabo, que aparecia na forma de um gato preto, que eles beijavam sob a cauda. Eles também foram ditos para adorar um ídolo chamado Baphomet, em algumas versões uma cabeça humana empalhada, em outras uma caveira ou uma cabeça artificial com três faces. Os Templários, dizia-se, assavam crianças e espalhavam sua gordura ardente sobre esse ídolo. Durante anos, ninguém agiu com base nessas histórias.
Na Terra Santa, a ordem usou sua imensa riqueza para entrar no comércio. Emprestou dinheiro e fez negócios com o inimigo em tempos de trégua. O poder financeiro da ordem, bem como sua imunidade à lei secular, provocou crescente ressentimento entre a nobreza - em particular, o rei Filipe IV da França, que era um dos devedores da ordem.
O colapso das Cruzadas fez pouco para prejudicar a ordem. No século 14, estava no auge do poder. Então Filipe, cobiçando a vasta riqueza da ordem, partiu para tomar suas riquezas e terras acusando os cavaleiros de heresia. O cúmplice do rei foi o Papa Clemente V.
Em 13 de outubro de 1307, Filipe prendeu o grão-mestre Jacques de Molay e 140 cavaleiros no templo de Paris. mais prisões se seguiram em toda a França. Os Templários foram submetidos a tortura em massa. muitos confessaram as blasfêmias e crimes demoníacos dos quais foram acusados, embora as confissões fossem tão variadas que poucas provas conclusivas foram reunidas. No entanto, Philip prosseguiu sua perseguição em massa da ordem.
Em 22 de novembro, Filipe persuadiu o Papa Clemente a emitir uma bula ordenando que todos os Templários fossem presos e todas as suas propriedades confiscadas. Nem todos os países obedeceram com tanto zelo quanto Filipe desejava; foi necessária uma segunda bula papal para forçar o rei Eduardo II da Inglaterra a torturar os Templários em seu domínio. Em outros países, foi demonstrada clemência para com os Templários, alguns dos quais foram absolvidos ou autorizados a ingressar em outras ordens.
Em 1310, os julgamentos públicos dos Templários começaram em Paris. Aqueles que sobreviveram à tortura brutal foram apresentados, acusados de uma longa lista de crimes e interrogados. Alguns cavaleiros defenderam a ordem. Cinquenta e quatro que se recusaram a confessar foram ordenados por Philip a serem levados para os subúrbios e queimados até a morte. Ainda assim, não havia nenhuma prova definitiva de heresia. Os relatos do ídolo Baphomet variaram muito. muitos Templários diziam apenas que tinham ouvido falar de tal coisa, mas nunca a tinham visto. No entanto, os opositores da ordem alegaram que o ídolo era a prova de que os Templários haviam adotado o maometismo dos infiéis. Em toda a Europa, os Templários foram condenados por feitiçaria e heresia e queimados na fogueira.
Clemente dissolveu oficialmente a ordem em 1312. O papa especificou que todos os bens deveriam ser entregues a uma ordem rival, os Hospitalários, mas isso não foi seguido universalmente. Bens na França e na Inglaterra foram apreendidos por Philip e Edward, que os usaram para fins pessoais ou os esbanjaram para amigos. Em outros lugares da Europa, outros pedidos levaram os ativos.
Grão-mestre de Molay permaneceu na prisão por sete anos. Em 1314 ele foi colocado em um cadafalso em Paris e ordenado a fazer uma confissão pública. Em troca, ele seria preso por toda a vida em vez de ser executado. Para surpresa das autoridades, De Molay denunciou com raiva sua perseguição e disse que havia sido torturado para mentir. Ele era, protestou vigorosamente, inocente de todas as acusações. Enfurecido, Philip ordenou que de molay fosse queimado vivo. Ele morreu ao pôr do sol no mesmo dia, lenta e dolorosamente nas chamas.
Segundo a lenda, o moribundo de Molay declarou que, como prova de sua inocência, Filipe e Clemente seriam convocados para encontrá-lo diante do trono de Deus dentro de um ano. Ambos os homens morreram dentro desse tempo.
É possível que algumas das acusações contra os Templários tivessem alguma base de fato, embora sem dúvida as histórias fossem bastante exageradas.
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V pretendia absolver a ordem das acusações de heresia, e que poderia ter dado eventualmente a absolvição ao último grão-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia, contudo afirma que, pelo bem da Igreja, a Ordem deveria ser suprimida ou remodelada.
Podemos dizer que como sempre as perseguições e acusação de idolatria e bruxaria tinham mais motivos políticos e econômicos do que culpa da igreja.
Com o tempo mitos surgiram os ligando falsamente a maçonaria e uso de magia em seus rituais secretos.
Ao que tudo indica e somente acusações falsas especulações.
Texto: pesquisa e edição azi dahak.
