Dona Garoa é uma mulher de poucas palavras e sua gargalhada apesar de rara, é certeira.

Malandra Garoa

Dona Garoa é uma mulher de poucas palavras e sua gargalhada apesar de rara, é certeira.
Quando menina, Dona Garoa viveu na grande São Paulo, gostava de ficar perto de seu pai e tios para vê-los jogando baralho até altas horas da madrugada. Ela gostava dos números e das figuras que havia nas cartas, além do jogo ser algo envolvente e animado pelos gritos de aposta e comemoração. Seu pai a colocava em seu colo e a explicava com paciência como se jogava e qual era a função de cada carta. Antes da adolescência, ela já jogava melhor do que muitos homens de sua família. Uma noite, um de seus tios usou a desculpa de colocá-la pra dormir e abusou dela. Sua vida foi tomada por um só sentimento, vergonha e raiva. Dona Garoa não se conformava com o acontecimento e sem poder contar para ninguém, ela decidiu sozinha a acabar com seu sofrimento, tirando assim a sua própria vida.
Dona Garoa vagou por muito tempo sem perdoar seu tio e sem se conformar pela vida ter sido da forma que foi. Após muito tempo convivendo com espíritos zombeteiros, seu Zé Pelintra se apresentou e lhe ofereceu auxílio. Hoje, mesmo sendo pouco conhecida, Dona Garoa se apresenta em casas de Umbandas para trabalhar através da caridade.
Sua vestimenta é composta por uma saia de cetim branca, blusa listrada ou lisa nas cores preta e branca. A bebida de sua preferência é a cerveja preta ou branca, amendoins e petiscos de frios são sempre bem-vindos. Suas Guias podem ser compostas das cores preta e branco, podendo também ter poucos detalhes vermelhos.
Ainda não há quem consiga vencê-la num jogo de cartas e não há energia que a derrube, quem tem a companhia de Dona Garoa nunca andará desprotegido.