terça-feira, 9 de novembro de 2021

Dona Rosa Vermelha teve várias histórias, e em sua grande maioria foi violentada.

 

 Dona Rosa Vermelha teve várias histórias, e em sua grande maioria foi violentada.


Nenhuma descrição de foto disponível.E irei mostrar uma delas:

ROSA VERMELHA

Esta Pombogira é muito forte e de caráter inflexível. É famosa por ser severa e fiel a seus critérios. Tem um tipo de beleza hispânica mas é genuinamente brasileira.

A História:

Há muito tempo atrás

Há tantas primaveras que

Ela mesma já perdeu a conta

Ela viveu em carne e osso.

Ela era belíssima

Rosana seu nome.

Uma moça simples filha

De camponeses agricultores.

Morava em uma cidadezinha

No interior do interior.

Cidade essa governada por

Coronel que castigava o povo

Os fazendo trabalhar

Tal como escravos.

Ela não tinha ainda nem 15 anos

Quando o filho do Coronel

Passou a lhe incomodar.

Todos os dias ele a seguía

Todo día ele a ofendia dizendo

Palavras maliciosas

E a tratando como lixo.

O que ela havia feito para merecer isso?

Nada.

Mas para as mulheres pobres

A beleza era uma maldição.

Todas as moças bonitas eram

Visadas pelos ricos que

Tentavam a todo custo possui-las.

O tempo foi passando

E ela agora já com seus dezoito anos

Começou a correr perigo real.

Uma noite saiu de casa para colher

Ervas de chá no mato,

No meio do caminho ouviu o trote

Do cavalo do filho do coronel.

Ele estava espreitando.

Ela correu para dentro da mata

E ele correu atrás,

Ele era um homem grande

Desses do tamanho

De um guarda-roupa.

Ela tentou fugir mas ele a alcançou.

Ela tentou gritar mas ele tapou

Sua boca.

Ele a estuprou.

Para o filho do Coronel

Estuprar as aldeãs era comum

Ele sempre fez isso e ninguém

O impedia.

Ele ao sair de cima de Rosana

Se apressou em fechar os botões

De sua calça

Ostentando nos lábios um sorriso

De vitória ao ter desgraçado

Mais uma moça.

Mas ao se levantar ele

Não se deu conta que havia

deixado sua garrucha cair no chão.

Garrucha era o revólver da época

Cujo so podia disparar um tiro

Por vez, uma bala de chumbo

E nada mais.

Rosana viu a arma caida ao seu lado

Não sabia muito bem como usar

Mas resolveu tentar a sorte

Empunhou a pistola e gritou para

Que o maldito olha-se para ela.

Ele em pé se virou e viu ela

Na sua frente com a Garrucha

Apontada para seu rosto.

Ele sorriu e falou

"Uma lavradora dando uma valent..."

Ele não pode terminar

A ultima Palavra

Ela antes puxou o gatilho

E o balaço arrebentou no meio

Dos olhos do homem

Tingindo as árvores do fundo

Com o sangue vermelho que

Espirrou dele.

Rosana sabia as consequências

De matar o filho do coronel

E então dali mesmo fugiu

Nem da família ela se despediu.

Pegou nos bolsos do cadáver

Dinheiro, pólvora, balas e se foi.

Rosana criou naquele dia

Uma revolta muito grande interna

Que a deixou fría como gelo.

Ela andou muito, viajou por semanas

E toda vez que o dinheiro acabava

Ela encontrava algum infeliz

Que oferecia dinheiro

Para desfrutar de seu corpo

Ou então encontrava algum

Apossado ingenuo que na mira

Da garrucha esvaziava os bolsos

E dava tudo para ela.

Foi assim

Até chegar na capital.

A maldade do mundo tirou o amor

De dentro dela e por isso

Nunca conseguiu se

Apaixonar por ninguém.

Ela era linda e mesmo puida

Pela longa viagem ela ainda

Mostrava grande beleza.

Na capital ela conheceu Zé Pelintra

Por quem soube que a mulher

Mais rica da cidade se chamava

Maria Padilha dona do maior Cabaré.

Ele a levou até Padilha

E Rosa conseguiu um emprego

De Marafona.

Sim agora era fato

Rosana havia caido na vida.

Quando entrou na casa ninguém sabia

Ao certo seu nome

E por sempre usar uma rosa vermelha

Presa no cabelo

Os clientes iam até Maria Padilha

E perguntavam

"Onde está aquela moça da rosa vermelha? "

E foi deste modo que ela

Passou a ser chamada

ROSA VERMELHA!

Maria Padilha viu em Rosa

Um pouco de si mesma

Pois Rosa não gostava dos homens

Ela gostava do dinheiro.

Entre todas as moças ela foi

Escolhida para sair do salão

E ir trabalhar com as finanças.

Rosa Vermelha deixou

De ser messalina e passou a cafetina.

Pouco tempo depois

Maria Padilha morreu

E Rosa ficou sendo a nova

Dona do Cabaré.

Se Padilha foi rica

Rosa Vermelha foi dez vezes mais.

Nunca se viu cabaré tão fino

Quanto o de Rosa.

Por décadas foi um sucesso.

Em meio a isso mandou um

Rapaz a sua cidade natal no interior

Para saber de sua família

E o rapaz voltou com más noticias.

Disse a ela que quando o coronel

Soube da morte do filho

Não teve dúvidas que

Ela o havia Matado.

Ele interrogou bruscamente a família

E ao ver que não sabiam de nada

Ateou fogo na casa com todos dentro.

E familia dela estava morta.

Rosa ao saber disso se revoltou

E seu coração ficou mais frio do

Que ja era.

A vida seguiu e os anos correram

Os bolsos de Rosa cada vez mais

Abarrotados de dinheiro.

Porem um dia passando pelo salão

Ela reconheceu o Rosto do

Coronel que passava pela cidade

E estava de visita ao Cabaré.

Ela então pediu que a moça que

Ele escolhesse o levasse para o

Ultimo quarto

O mais afastado.

Rosa pediu também que os músicos

Tocassem mais alto aquela noite.

O velho ja estava nú na cama

Enquanto a moça dançava para ele

Quando Rosa Vermelha entrou

No quarto.

A moça rápidamente saiu e

Fechou a porta.

O coronel disse

"O que esta a acontecer aquí? "

Rosa sorridente respondeu

"Soube que o senhor é um coronel muito importante, e eu como dona da casa vim lhe atender pessoalmente."

O coronel se impressionou

Com a regalia

E então Rosa subiu em cima

Do corpo do homem como uma

Rameira que se insinua

Para um cliente.

O velho ria e pedia para

Ela tirar a roupa

E ela pôs as mãos nas costas como

Quem desamarra o espartilho

Mas na hora que voltou as mãos

Para frente o velho viu a arma.

Rosa estava armada.

Ela pos o cano da arma no peito do velho e disse:

"Essa é a garrucha do seu filho, quando eu o matei eu tomei ela para mim como pagamento do mal que ele me fez."

O velho nada dizia, mas lagrimas

Saiam de seus olhos ja prevendo

O que ia acontecer ali.

Ela continuou:

"Matei seu filho com essa arma e agora mato tu também para que encontre ele no mesmo buraco sujo no inferno!"

Ela puxou o gatilho

A bala atravessou o coração do homem

Os lençóis brancos se

Tingiram de vermelho.

Rosa sumiu com o corpo

E agora vingada continuou a enricar

E não so de cafetina trabalhava

Mas passou a fazer a vez de agiotas

Emprestando dinheiro e enricando

Com os juros.

Foi uma das poucas Pombagiras

Que não morreu jovem

Pois Rosa morreu de velha

Em sua mansão suntuosa

Podre de rica.

Lá ela tinha de tudo

Mas não tinha amor.

O peito de Rosa era vazio.

Quando morreu encontrou

Rosa Negra, sua antiga aliada

E conheceu Rosa Caveira

Rosa dos Ventos

Rosa de Fogo

Sete Rosas

Rosa Menina

Rosa Cigana

E com elas e outras formou

A falange das Rosas

A qual lidera.

É proxima a muitas Pombagiras

E todas gostam dela.

Rosa vermelha viveu sem amor

E por isso sua missão e fazer o oposto

Trazendo amor na vida dos que

Lhe pedem socorro.

Rosa vermelha é mulher que nasceu

Com os pés no barro

Mas morreu deitada no ouro!

É uma Pombagira que pertence a falange das Rosas, junto com Rosa Caveira, Rosa Negra e diversas outras Pombagiras Rosas.

É uma Pombagira que atua nas 7 encruzilhadas, Está ligada a sensualidade, ao campo amoroso, ao luxo, prosperidade, na abertura de caminhos, e és também uma grande feiticeira