*ÒSUN*
E O PODER DA PALAVRA
A segunda esposa de Xangô, tendo vivido em outras épocas com Ogum e Oxóssi, possui poderes sobre o ocultismo, a arte da magia e a fertilidade.
Na África, Oxum é chamada de IYALODE, o cargo ocupado pela mulher mais importante, mais instruída e a RAINHA DA NAÇÃO.
Quando Oxum foi a rainha de Oyó, as mulheres que queriam engravidar procuravam Oxum para alcançarem à fertilidade.
Oxum é a deusa do ouro e a prata. Os poderes sobre o ocultismo vinham através de um espelho que possuía que lhe mostrava toda a verdade oculta.
Certa vez, sua irmã Iansã, a dona dos raios, pegou o espelho de Oxum e descobriu que era muito mais bonita do que ela. Então, como toda a aldeia ficou
sabendo, Oxum ficou muito brava e resolveu dar uma lição em Iansã.
Oxum colocou em seu quarto um outro espelho que revelava somente o lado ruim de todas as coisas. Iansã quando viu ficou tão chocada que entrou em uma tristeza profunda que acabou morrendo.
Oxum foi castigada pelos deuses mais velhos quando descobriu a sua vingança. Por esse motivo, Oxum Opará tem em suas mãos um espelho e em outra uma espada que representa Iansã. (VERGER, 1987, p. 85).
Além de Oxum exercer uma grande influência no
comportamento das pessoas. Ela também rege principalmente o lado teimoso e manhoso, e o espírito maquiavélico que existe em todos nós. O que é colocado em “relevo a capacidade que Oxum tem de cuidar do bem-estar dos outros, de promover o conforto das pessoas que estão ao seu lado” .
Em outro sentido, Oxum “é o veneno das palavras", é o modo piegas das pessoas, é a forma "metida", esnobe apresentada principalmente pelo sexo
feminino. É o cochicho, o segredinho, a fofoca.
Os poderes da divindade vão além dos seus encantos e formosura.
Foi de Oxum a responsabilidade atribuída por Olodumaré de religar o céu (orum) e a terra (o aiê).
Os orixás não podiam mais conviver com os humanos e Oxum veio a terra para prepará-los para recebê-los em seus corpos.
Entretanto, Oxum é a inventora do candomblé. Através de Oxum os orixás vem a terra dançarem ao som dos atabaques e xequerês.
ORE YEYE ÒSUN !
Texto:Fonte: SABER CIENTÍFICO Porto Velho
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