São Cipriano
(16 de Setembro)
São Cipriano
(16 de Setembro)
Este Santos é figura brilhantíssima na igreja africana no século III. Filho de pais nobres, dotado de extraordináros talentos, foi São Cipriano, um dos maiores sábios do seu tempo e orador de inesgotáveis recursos. A princípio pagão, converteu-se ao catolicismo e, em marcha ininterrupra, galgou as culminâncias das virtudes cristãs, a ponto de operar grandes milagres.
Pela vontade do povo inteiro e do clero, foi ordenado sacerdote e em 248 sagrado bispo de Cartago. Ao zêlo sem par, à vida santa e piedosa de São Cipriano deveu a diocese de Cartago o fato de ter vindo a ser a primeira da África.
Quando em 249 o Imperador Décio decretou a perseguição da Igreja, muitos católicos selaram a fé com o próprio sangue, outros apostataram. Não tardou que a perseguição tivesse entrada também em Cartago. Os pagãos reuniram-se no grande fórum e, em altos e apaixonados gritos, manifestavam o ódio ao Santo Bispo: "Cipriano aos leões! Cipriano às feras!" - era a sorte que lhe destinavam.
Cipriano, em fervorosas orações, procurava conhecer a vontade de Deus. Para poupar o rebanho, embora desse preferência ao martírio, achou mais acertado seguir o conselho de Nosso Senhor, que disse: "Se vos seguirem numa cidade, procurai outra".
Um sinal que recebeu do céu mostrou-lhe também a conveniência dessa medida e assim resolveu fugir. Do esconderijo pôde prestar grandes serviços aos pobres católicos perseguidos, os quais animava, consolava e fortificava. Grande rigor opunha aos apóstatas. Muitos deles mais mais tarde, se mostravam arrependidos, pedindo para serem aceitos novamente.
Como outros bispos e sacerdotes tratassem com mais benignidade esses infelizes, formou-se uma corrente fortíssima com ares de cisma contra Cipriano.
O movimento adversário era chefiado por Novaciano. Contra este e outros sacrdotes descontentes, Cipriano convocou um Concílio, cujas resoluções foram apresentadas ao Papa Cornélio, que as aprovou e sancionou. Em um outro Concílio foi confirmado o valor do batismo das crianças.
Numa nova perseguição, que veio sob o governo do Imperador Galo, Cipriano tornou a fortalecer a fé dos cristãos.
Quando a Peste, no espaço de quinze anos, dizimava a população, o santo Bispo permaneceu com os diocesanos, consolando e socorrendo-os com orações e auxílios.
Muitos cristãos que caíram prisioneiros, resgatou ele com dinheiro de sua propriedade.
Surgiu uma Grande controvérsia sobre o valor do batismo administrado por hereges. Quando o Papa Santo Estevão estava pela conservação da tradição, que considerava válido esse batismo, Cipriano impugnava-o e com ele muitos bispos da África e da Ásia, que exigiam o segundo batismo para pessoas batizadas por hereges. A questão ficou, a princípio, sem solução, devido às dificílimas complicações políticas daquele tempo.
Embora contrariando a opinião do Papa, não era intenção de Cipriano desrespeitar a pessoa do mesmo. A Igreja Romana era para ele "a cadeira de São Pedro, a Igreja por excelência, e que a união entre os bispos se origina e nal qual é inadmissível uma traição, por menor que seja". Se houve de sua parte um excesso de ardor nas discussões e uma certa falta de ponderação, dela se penitenciou na perseguição que rompeu, quando Valeriano era imperador.
Foi em 257 que pela primeira vez se viu citado perante o tribunal do Procônsul africano Aspásio. As declarações sobre sua posição, religião e modo de pensar cristão, foram tão positivas, que o juiz o condenou ao exílio em Curubis. Por uma visão do céu, soube que só um dia, isto é, um ano apenas o separaria do martírio.
Do exílio escreveu uma carta consoladora e enviou uma quantia de dinheiro aos cristãos condenados a trabalhos forçados nas minas de cobre.
Ainda pôde voltar para Cartago, onde Galério Máximo tinha sucedido a Aspásio. Lá tomou ainda muitas providências, repartiu os tesouros da Igreja entre os pobres, exortou os fiéis à constância e rejeitou o conselho de esconder-se. Em 13 de setembro de 258 foi levado à presença do novo Procônsul. Uma enorme multidão acompanhou-o apreensiva com o que poderia acontecer-lhe. Como se negasse a prestar homenagens aos deuses, o juiz romano condenou-o à morte pela espada. A execução foi imediata e Cipriano, preparando-se para o último sacrifício, deu ao carrasco 25 moedas de ouro. Os cristão estenderam panos de linho branco em redor, para apanhar o sangue do mártir.
O cadáver foi sepultado com grande solenidade. Duas igrejas ergueram-se: Uma no lugar onde Cipriano foi decapitado e outra sobre o seu túmulo. A festa do Santo Bispo foi transferida de 14 para 16 de setembro.
REFLEXÕES
A carreira de evangelização que São Cipriano enfrentou, encontra-se repleta de lutas e adversidades. Galgou todos os degraus da perfeição cristã até ao ápice, recebendo por prêmio a coroa gloriosa do martírio. A rocha, sobre qual Cristo edificou a sua Igreja, solifidicou-se ainda mais com o sangue dos mártires da Igreja Primitiva, a exemplo do Preciosíssimo Sangue do Divino Mestre derramado na Cruz.
São Cipriano, de opinião compartilhada pela a igreja do Oriente e bispos da África, impôs resistência à aceitação do batismo ministrado por hereges (era de opinião que os convertidos ao catolicismo deveriam ser batizados novamente). O Papa Santo Estevão, já havia manifestado sua contrariedade a duplicidade do batismo, mesmo que ministrado por hereges, desde que os ritos tradicionais tivessem sido observados, especialmente da invocação da Santíssima Trindade, considerando grave erro a duplicidade da invocação.
São Cipriano custou muito a assimilar a opinião do Santo Padre, e tal divergência alastrou-se, como mencionamos, entre a igreja do oriente e da África. Foi diante disso que o Papa lavrou determinação oficial, ordenando a inadmissibilidade de duplo batismo, sob pena de excomunhão. Os bispos da África, do Oriente e São Cipriano, então, atenderam imediatamente à norma ora promulgada. Embora possa parecer o contrário, esta foi uma ocorrência história da obediência que os pastores devem a Pedro. Tanto São Cipriano como os bispos, tinham plena consciência da infalibilidade papal que, embora ainda não promulgada, mas explícita pelo Divino Mestre ao conferir s São Pedro o poder das chaves. Uma vez deliberada a questão pela assistência sobrenatural do Espírito Santo, prevaleceu a obediência em comunhão com o Sagrado Magistério Romano. Pelas convicções iniciais de São Cipriano e dos demais clérigos, observa-se que o episódio não converteu-se em cisma porque a Igreja do Oriente e da África era composta por homens santos, onde o sopro do Espírito Santo agiu neles e varreu qualquer dúvida posterior a respeito. Basta lembrar que São Cipriano tinha horror à heresia e ao cisma, perseguiu a heresia novaciana com veemência, e não admitia qualquer tipo de traição ao Papa, por menor que fosse ela. Enquanto São Cipriano e os Padres revolveram-se em suas opiniões pessoais, talvez até ultrapassando os limites da ponderação, o exemplo mais eloqüente da máxima latina "Roma locuta, causa finita" (Roma falou, causa encerrada), concretizou-se no momento em que oficialmente o Papa define essa questão. Lançaram, nossos santos da época, suas opiniões pessoais à margem da estrada. Tão logo o Papa deliberou oficialmente o assunto, deram por encerrada a questão. (Mais detalhes sobre este episódio, acesse a biografia do Papa Santo Estevão)
Este exemplo, infelizmente, não o vislumbramos nos dias atuais, onde muitos padres, religiosos e bispos, teimam em estabelecer modismos, segundo suas convicções pessoais, apelando ao que chamam de "inculturação" ou "realidades regionais", à revelia das determinações romanas. Não erramos em afirmar que o Papa Bento XVI carrega no costado um pesado fardo dentro de seu próprio quintal. Fazemos aqui alusão à suas próprias palavras proferidas maio de 2010, na Praça de São Pedro: "o verdadeiro inimigo que precisa ser temido e combatido é o pecado, o mal espiritual, que às vezes, infelizmente, contagia também os membros da Igreja”.
A lição disso tudo fica também para nós, católicos leigos. Este portal, composto exclusivamente por leigos, busca mostrar a verdade nua e crua como ela é. Nossas opiniões pessoais restringem-se à obediência às determinações romanas. Nosso principal objetivo é justamente este, o de conscientizar a "união com Pedro". Se não houver em nós a consciência do poder divino e infalível do Papa, arrumemos as malas, porque "aguou" o catolicismo por deixarmos prevalecer nossas opiniões e paixões em detrimento da verdade proferida por Cristo. Ele mesmo estabeleceu a Sua Igreja sobre rocha firme, sobre a quas as portas do inferno nunca prevalecerão. Se contestamos os dogmas da Igreja e as deliberações romanas, firmadas pelo Papa, não acreditamos, por conseguinte nas Palavras do Divino Mestre. Logo, somos estrelas errantes, homens sem rumo piores que pagãos, consideremo-nos qualquer coisa, menos católicos.
Há ritos estranhos dentro da nossa Igreja? Há padres, bispos e religiosos com discursos e atitudes que ultrapassam os limites da razão? Na minha paróquia, tornou-se uma penitência ir à Missa aos Domingos pela poluição sonora, visual ou ideológica imposta pelo pároco? Que faremos nós? Só existe uma resposta para tudo isso, prestem bem a atenção! : É A ORAÇÃO. É A ORAÇÃO. É A ORAÇÃO, e nada mais do que isso, nada mais mesmo! Se parte da Igreja está adoecida, a responsabilidade também é nossa. Estamos rezando pela Igreja, pelas vocações pelos nossos bispos e sacerdotes? Estamos cumprindo os Mandamentos de Deus e da Igreja? Ou somos aquele tipo de católicos que saem da Igreja criticando este ou aquele padre, fomentando sua revolta publicamente a terceiros, aniquilando a possibilidade de novas conversões?. Não sejamos nós instrumentos do maligno para disseminar aos gentios o ódio a Igreja de Cristo do qual você se diz pertencer. Há católicos que pior ainda, invertendo tudo, fazem o jogo do maligno, levando ao bispo diocesano denúncias relacionadas a este ou aquele padre de sua paróquia, à moda de futriqueiros que, por questões na maoria das vezes banalíssimas, se dispõe a recolher firmas em abaixo assinados junto ao bispo, contra um pároco que eventualmente não atenda às suas opiniões ou à paixões pessoais deste ou daquele movimento paroquial. As mãos de um católico, por mais santas que sejam, jamais podem se comparar às de um sacerdote, por pior que ele seja. No universo inteiro, não se encontram mãos mais poderosas que a de um sacerdote. Inadmissível utilizar nossas mãos pecadoras, e nela constar assinaturas com intuito de acusar, denunciar ou buscar banir da nossa paróquia mãos que têm o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Cristo. A desproporção entre uma coisa e outra revela quão pecamisosa e bárbara é a atitude de quem fomenta ou participa desse tipo de ação. Mesmo nos casos em que membros do clero se deixem envolver em ações escandalosas, ou que campeiem o terreno da heresia, entreguemo-nos confiadamente ao Espírito Santo de Deus, que providenciará o quando, o como e através de quem irá agir. Não sejamos temerários! Nossas pernas são demasiadamente fracas para agir por impulso próprio.
Lembremo-nos, antes de tudo, por melhor ou por pior que seja um padre, ele é a autoridade máxima dentro de sua paróquia. Tanto a ele quanto ao bispo, devemos obediência. Mesmo que contrafeitos por algumas barbaridades que, de fato, existem em nossas paróquias, devemo-lhes obediência. Não somos juízes dos ministros da Igreja. Da mesma forma que os maus pastores prestarão contas no dia do Juízo, nós também o prestaremos. Se algum presbítero da Igreja impôr para nós ordenamento absurdo, seja quanto à liturgia ou às determinações romanas, obedeçamos ao Papa e guardemos isso em nosso coração, como fazia Nossa Senhora. Confiemos nossa Igreja e nossos padres ao Coração materno de Maria Santíssima, EM ORAÇÃO, EM ORAÇÃO, EM ORAÇÃO. Afinal, efetivamente, acreditamos ou não, que Jesus Cristo está no leme dessa embarcação divina?
Para finalizar, que nossos religiosos, sacerdotes e bispos sigam o exemplo de São Cipriano, lançando fora opiniões pessoais em obediência a Pedro. E que nós também, leigos, sempre com o olhar voltado para Roma, obedeçamos aos nossos ministros. Pela obediência e pela oração, alcançaremos a perfeição cristã, como o fizeram nossos santos pastores da Igreja Primitiva
(16 de Setembro)
Este Santos é figura brilhantíssima na igreja africana no século III. Filho de pais nobres, dotado de extraordináros talentos, foi São Cipriano, um dos maiores sábios do seu tempo e orador de inesgotáveis recursos. A princípio pagão, converteu-se ao catolicismo e, em marcha ininterrupra, galgou as culminâncias das virtudes cristãs, a ponto de operar grandes milagres.
Pela vontade do povo inteiro e do clero, foi ordenado sacerdote e em 248 sagrado bispo de Cartago. Ao zêlo sem par, à vida santa e piedosa de São Cipriano deveu a diocese de Cartago o fato de ter vindo a ser a primeira da África.
Quando em 249 o Imperador Décio decretou a perseguição da Igreja, muitos católicos selaram a fé com o próprio sangue, outros apostataram. Não tardou que a perseguição tivesse entrada também em Cartago. Os pagãos reuniram-se no grande fórum e, em altos e apaixonados gritos, manifestavam o ódio ao Santo Bispo: "Cipriano aos leões! Cipriano às feras!" - era a sorte que lhe destinavam.
Cipriano, em fervorosas orações, procurava conhecer a vontade de Deus. Para poupar o rebanho, embora desse preferência ao martírio, achou mais acertado seguir o conselho de Nosso Senhor, que disse: "Se vos seguirem numa cidade, procurai outra".
Um sinal que recebeu do céu mostrou-lhe também a conveniência dessa medida e assim resolveu fugir. Do esconderijo pôde prestar grandes serviços aos pobres católicos perseguidos, os quais animava, consolava e fortificava. Grande rigor opunha aos apóstatas. Muitos deles mais mais tarde, se mostravam arrependidos, pedindo para serem aceitos novamente.
Como outros bispos e sacerdotes tratassem com mais benignidade esses infelizes, formou-se uma corrente fortíssima com ares de cisma contra Cipriano.
O movimento adversário era chefiado por Novaciano. Contra este e outros sacrdotes descontentes, Cipriano convocou um Concílio, cujas resoluções foram apresentadas ao Papa Cornélio, que as aprovou e sancionou. Em um outro Concílio foi confirmado o valor do batismo das crianças.
Numa nova perseguição, que veio sob o governo do Imperador Galo, Cipriano tornou a fortalecer a fé dos cristãos.
Quando a Peste, no espaço de quinze anos, dizimava a população, o santo Bispo permaneceu com os diocesanos, consolando e socorrendo-os com orações e auxílios.
Muitos cristãos que caíram prisioneiros, resgatou ele com dinheiro de sua propriedade.
Surgiu uma Grande controvérsia sobre o valor do batismo administrado por hereges. Quando o Papa Santo Estevão estava pela conservação da tradição, que considerava válido esse batismo, Cipriano impugnava-o e com ele muitos bispos da África e da Ásia, que exigiam o segundo batismo para pessoas batizadas por hereges. A questão ficou, a princípio, sem solução, devido às dificílimas complicações políticas daquele tempo.
Embora contrariando a opinião do Papa, não era intenção de Cipriano desrespeitar a pessoa do mesmo. A Igreja Romana era para ele "a cadeira de São Pedro, a Igreja por excelência, e que a união entre os bispos se origina e nal qual é inadmissível uma traição, por menor que seja". Se houve de sua parte um excesso de ardor nas discussões e uma certa falta de ponderação, dela se penitenciou na perseguição que rompeu, quando Valeriano era imperador.
Foi em 257 que pela primeira vez se viu citado perante o tribunal do Procônsul africano Aspásio. As declarações sobre sua posição, religião e modo de pensar cristão, foram tão positivas, que o juiz o condenou ao exílio em Curubis. Por uma visão do céu, soube que só um dia, isto é, um ano apenas o separaria do martírio.
Do exílio escreveu uma carta consoladora e enviou uma quantia de dinheiro aos cristãos condenados a trabalhos forçados nas minas de cobre.
Ainda pôde voltar para Cartago, onde Galério Máximo tinha sucedido a Aspásio. Lá tomou ainda muitas providências, repartiu os tesouros da Igreja entre os pobres, exortou os fiéis à constância e rejeitou o conselho de esconder-se. Em 13 de setembro de 258 foi levado à presença do novo Procônsul. Uma enorme multidão acompanhou-o apreensiva com o que poderia acontecer-lhe. Como se negasse a prestar homenagens aos deuses, o juiz romano condenou-o à morte pela espada. A execução foi imediata e Cipriano, preparando-se para o último sacrifício, deu ao carrasco 25 moedas de ouro. Os cristão estenderam panos de linho branco em redor, para apanhar o sangue do mártir.
O cadáver foi sepultado com grande solenidade. Duas igrejas ergueram-se: Uma no lugar onde Cipriano foi decapitado e outra sobre o seu túmulo. A festa do Santo Bispo foi transferida de 14 para 16 de setembro.
REFLEXÕES
A carreira de evangelização que São Cipriano enfrentou, encontra-se repleta de lutas e adversidades. Galgou todos os degraus da perfeição cristã até ao ápice, recebendo por prêmio a coroa gloriosa do martírio. A rocha, sobre qual Cristo edificou a sua Igreja, solifidicou-se ainda mais com o sangue dos mártires da Igreja Primitiva, a exemplo do Preciosíssimo Sangue do Divino Mestre derramado na Cruz.
São Cipriano, de opinião compartilhada pela a igreja do Oriente e bispos da África, impôs resistência à aceitação do batismo ministrado por hereges (era de opinião que os convertidos ao catolicismo deveriam ser batizados novamente). O Papa Santo Estevão, já havia manifestado sua contrariedade a duplicidade do batismo, mesmo que ministrado por hereges, desde que os ritos tradicionais tivessem sido observados, especialmente da invocação da Santíssima Trindade, considerando grave erro a duplicidade da invocação.
São Cipriano custou muito a assimilar a opinião do Santo Padre, e tal divergência alastrou-se, como mencionamos, entre a igreja do oriente e da África. Foi diante disso que o Papa lavrou determinação oficial, ordenando a inadmissibilidade de duplo batismo, sob pena de excomunhão. Os bispos da África, do Oriente e São Cipriano, então, atenderam imediatamente à norma ora promulgada. Embora possa parecer o contrário, esta foi uma ocorrência história da obediência que os pastores devem a Pedro. Tanto São Cipriano como os bispos, tinham plena consciência da infalibilidade papal que, embora ainda não promulgada, mas explícita pelo Divino Mestre ao conferir s São Pedro o poder das chaves. Uma vez deliberada a questão pela assistência sobrenatural do Espírito Santo, prevaleceu a obediência em comunhão com o Sagrado Magistério Romano. Pelas convicções iniciais de São Cipriano e dos demais clérigos, observa-se que o episódio não converteu-se em cisma porque a Igreja do Oriente e da África era composta por homens santos, onde o sopro do Espírito Santo agiu neles e varreu qualquer dúvida posterior a respeito. Basta lembrar que São Cipriano tinha horror à heresia e ao cisma, perseguiu a heresia novaciana com veemência, e não admitia qualquer tipo de traição ao Papa, por menor que fosse ela. Enquanto São Cipriano e os Padres revolveram-se em suas opiniões pessoais, talvez até ultrapassando os limites da ponderação, o exemplo mais eloqüente da máxima latina "Roma locuta, causa finita" (Roma falou, causa encerrada), concretizou-se no momento em que oficialmente o Papa define essa questão. Lançaram, nossos santos da época, suas opiniões pessoais à margem da estrada. Tão logo o Papa deliberou oficialmente o assunto, deram por encerrada a questão. (Mais detalhes sobre este episódio, acesse a biografia do Papa Santo Estevão)
Este exemplo, infelizmente, não o vislumbramos nos dias atuais, onde muitos padres, religiosos e bispos, teimam em estabelecer modismos, segundo suas convicções pessoais, apelando ao que chamam de "inculturação" ou "realidades regionais", à revelia das determinações romanas. Não erramos em afirmar que o Papa Bento XVI carrega no costado um pesado fardo dentro de seu próprio quintal. Fazemos aqui alusão à suas próprias palavras proferidas maio de 2010, na Praça de São Pedro: "o verdadeiro inimigo que precisa ser temido e combatido é o pecado, o mal espiritual, que às vezes, infelizmente, contagia também os membros da Igreja”.
A lição disso tudo fica também para nós, católicos leigos. Este portal, composto exclusivamente por leigos, busca mostrar a verdade nua e crua como ela é. Nossas opiniões pessoais restringem-se à obediência às determinações romanas. Nosso principal objetivo é justamente este, o de conscientizar a "união com Pedro". Se não houver em nós a consciência do poder divino e infalível do Papa, arrumemos as malas, porque "aguou" o catolicismo por deixarmos prevalecer nossas opiniões e paixões em detrimento da verdade proferida por Cristo. Ele mesmo estabeleceu a Sua Igreja sobre rocha firme, sobre a quas as portas do inferno nunca prevalecerão. Se contestamos os dogmas da Igreja e as deliberações romanas, firmadas pelo Papa, não acreditamos, por conseguinte nas Palavras do Divino Mestre. Logo, somos estrelas errantes, homens sem rumo piores que pagãos, consideremo-nos qualquer coisa, menos católicos.
Há ritos estranhos dentro da nossa Igreja? Há padres, bispos e religiosos com discursos e atitudes que ultrapassam os limites da razão? Na minha paróquia, tornou-se uma penitência ir à Missa aos Domingos pela poluição sonora, visual ou ideológica imposta pelo pároco? Que faremos nós? Só existe uma resposta para tudo isso, prestem bem a atenção! : É A ORAÇÃO. É A ORAÇÃO. É A ORAÇÃO, e nada mais do que isso, nada mais mesmo! Se parte da Igreja está adoecida, a responsabilidade também é nossa. Estamos rezando pela Igreja, pelas vocações pelos nossos bispos e sacerdotes? Estamos cumprindo os Mandamentos de Deus e da Igreja? Ou somos aquele tipo de católicos que saem da Igreja criticando este ou aquele padre, fomentando sua revolta publicamente a terceiros, aniquilando a possibilidade de novas conversões?. Não sejamos nós instrumentos do maligno para disseminar aos gentios o ódio a Igreja de Cristo do qual você se diz pertencer. Há católicos que pior ainda, invertendo tudo, fazem o jogo do maligno, levando ao bispo diocesano denúncias relacionadas a este ou aquele padre de sua paróquia, à moda de futriqueiros que, por questões na maoria das vezes banalíssimas, se dispõe a recolher firmas em abaixo assinados junto ao bispo, contra um pároco que eventualmente não atenda às suas opiniões ou à paixões pessoais deste ou daquele movimento paroquial. As mãos de um católico, por mais santas que sejam, jamais podem se comparar às de um sacerdote, por pior que ele seja. No universo inteiro, não se encontram mãos mais poderosas que a de um sacerdote. Inadmissível utilizar nossas mãos pecadoras, e nela constar assinaturas com intuito de acusar, denunciar ou buscar banir da nossa paróquia mãos que têm o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Cristo. A desproporção entre uma coisa e outra revela quão pecamisosa e bárbara é a atitude de quem fomenta ou participa desse tipo de ação. Mesmo nos casos em que membros do clero se deixem envolver em ações escandalosas, ou que campeiem o terreno da heresia, entreguemo-nos confiadamente ao Espírito Santo de Deus, que providenciará o quando, o como e através de quem irá agir. Não sejamos temerários! Nossas pernas são demasiadamente fracas para agir por impulso próprio.
Lembremo-nos, antes de tudo, por melhor ou por pior que seja um padre, ele é a autoridade máxima dentro de sua paróquia. Tanto a ele quanto ao bispo, devemos obediência. Mesmo que contrafeitos por algumas barbaridades que, de fato, existem em nossas paróquias, devemo-lhes obediência. Não somos juízes dos ministros da Igreja. Da mesma forma que os maus pastores prestarão contas no dia do Juízo, nós também o prestaremos. Se algum presbítero da Igreja impôr para nós ordenamento absurdo, seja quanto à liturgia ou às determinações romanas, obedeçamos ao Papa e guardemos isso em nosso coração, como fazia Nossa Senhora. Confiemos nossa Igreja e nossos padres ao Coração materno de Maria Santíssima, EM ORAÇÃO, EM ORAÇÃO, EM ORAÇÃO. Afinal, efetivamente, acreditamos ou não, que Jesus Cristo está no leme dessa embarcação divina?
Para finalizar, que nossos religiosos, sacerdotes e bispos sigam o exemplo de São Cipriano, lançando fora opiniões pessoais em obediência a Pedro. E que nós também, leigos, sempre com o olhar voltado para Roma, obedeçamos aos nossos ministros. Pela obediência e pela oração, alcançaremos a perfeição cristã, como o fizeram nossos santos pastores da Igreja Primitiva