A MARAVILHOSA MEDITAÇÃO VIPASSANA - OSHO
Vipassana pode ser feita de três modos – você pode escolher qual se ajusta melhor a você.
A primeira é: consciência de suas ações, seu corpo, sua mente, seu coração. Caminhando, deve caminhar com percepção. Movendo sua mão, deve mover com percepção, sabendo perfeitamente que você está movendo a mão. Você pode movê-la sem nenhuma perceptividade, como uma coisa mecânica. Você está passeando pela manhã; pode continuar caminhando sem estar cônscio de seus pés. Fique alerta dos movimentos de seu corpo. Comendo, fique atento aos movimentos que são necessários para comer. Tomando banho, fique alerta da frescura que está vindo para você, a água caindo sobre você e a imensa alegria disso... Basta ficar alerta. Isso não deve continuar acontecendo num estado inconsciente.
E o mesmo com relação a sua mente: seja qual for o pensamento que passe na tela de sua mente, basta ser um observador. Seja qual for a emoção que passe pela tela de seu coração, basta permanecer uma testemunha – não se deixe envolver, não fique identificado, não avalie o que é bom, o que é ruim; isso não faz parte de sua meditação. Sua meditação tem que ser percepção sem escolha.
Um dia você será capaz de ver até mesmo humores bem sutis: como a tristeza descendo em você assim como a noite desce, aos poucos, lentamente ao redor do mundo, quão subitamente uma pequena coisa lhe faz alegre.
Basta ser uma testemunha. Não pense: “Estou triste”. Saiba que: “Há tristeza ao meu redor, há alegria ao meu redor. Estou confrontando uma certa emoção ou um certo humor.” Mas você está sempre afastado: um observador nos montes, e tudo mais está acontecendo no vale. Essa é uma das maneiras que vipassana pode ser feita.
E para a mulher, meu sentir é que é mais fácil, pois uma mulher é mais cônscia do seu corpo do que um homem. Essa é sua natureza. Ela é mais consciente de como olha, mais cônscia de como move-se, mais cônscia de como ela senta: Ela está sempre cônscia de ser graciosa. E isto não é somente um condicionamento; é algo natural e biológico.
Mães que tiveram a experiência de ter pelo menos dois ou três filhos, passam a sentir depois de certo tempo, se estão carregando um menino ou menina em seus úteros. O garoto começa a jogar futebol. Começa a chutar aqui e ali, ele começa a se fazer sentir – anuncia que está ali. A garota permanece silenciosa e relaxada, ela não joga futebol, não chuta, não se anuncia. Permanece tão quieta quanto possível, tão relaxada quanto possível..
Então isso não é uma questão de condicionamento, pois mesmo no útero você pode ver a diferença entre o menino e a menina. O menino é agitado, ele não pode ficar sentado num lugar. Está por toda parte. Ele quer fazer tudo, quer saber de tudo. A menina comporta-se de um modo totalmente diferente...
A segunda forma é respirando, tornar-se cônscio da respiração.
E o mesmo com relação a sua mente: seja qual for o pensamento que passe na tela de sua mente, basta ser um observador. Seja qual for a emoção que passe pela tela de seu coração, basta permanecer uma testemunha – não se deixe envolver, não fique identificado, não avalie o que é bom, o que é ruim; isso não faz parte de sua meditação. Sua meditação tem que ser percepção sem escolha.
Um dia você será capaz de ver até mesmo humores bem sutis: como a tristeza descendo em você assim como a noite desce, aos poucos, lentamente ao redor do mundo, quão subitamente uma pequena coisa lhe faz alegre.
Basta ser uma testemunha. Não pense: “Estou triste”. Saiba que: “Há tristeza ao meu redor, há alegria ao meu redor. Estou confrontando uma certa emoção ou um certo humor.” Mas você está sempre afastado: um observador nos montes, e tudo mais está acontecendo no vale. Essa é uma das maneiras que vipassana pode ser feita.
E para a mulher, meu sentir é que é mais fácil, pois uma mulher é mais cônscia do seu corpo do que um homem. Essa é sua natureza. Ela é mais consciente de como olha, mais cônscia de como move-se, mais cônscia de como ela senta: Ela está sempre cônscia de ser graciosa. E isto não é somente um condicionamento; é algo natural e biológico.
Mães que tiveram a experiência de ter pelo menos dois ou três filhos, passam a sentir depois de certo tempo, se estão carregando um menino ou menina em seus úteros. O garoto começa a jogar futebol. Começa a chutar aqui e ali, ele começa a se fazer sentir – anuncia que está ali. A garota permanece silenciosa e relaxada, ela não joga futebol, não chuta, não se anuncia. Permanece tão quieta quanto possível, tão relaxada quanto possível..
Então isso não é uma questão de condicionamento, pois mesmo no útero você pode ver a diferença entre o menino e a menina. O menino é agitado, ele não pode ficar sentado num lugar. Está por toda parte. Ele quer fazer tudo, quer saber de tudo. A menina comporta-se de um modo totalmente diferente...
A segunda forma é respirando, tornar-se cônscio da respiração.
Quando a respiração vai para dentro, sua barriga começa a subir, quando a respiração sai, sua barriga começa a assentar-se novamente. Assim o segundo método é para ficar cônscio da barriga, sua subida e descida. Apenas a percepção da barriga subindo e descendo ... E a barriga está bem próxima das fontes da vida pois a criança está ligada a vida da mãe através do umbigo. Atrás do umbigo está a fonte da vida dela. Então quando a barriga sobe, é realmente a energia da vida, a mola da vida que está subindo e descendo a cada respiração. Isto também não é difícil, e talvez possa ser até mais fácil, pois é uma técnica simples.
Na primeira, você precisa ficar atento ao corpo, tem que ficar atento a mente, precisa estar cônscio de suas emoções, humores. Então esta tem três passos. O segundo tipo tem um único passo: apenas a barriga, subindo e descendo. E o resultado é o mesmo. Quando você fica mais cônscio da barriga, a mente torna-se silenciosa, o coração fica em silêncio, os humores desaparecem.
E o terceiro é de ficar atento a respiração na entrada, quando a respiração vai para dentro através de suas narinas.
Na primeira, você precisa ficar atento ao corpo, tem que ficar atento a mente, precisa estar cônscio de suas emoções, humores. Então esta tem três passos. O segundo tipo tem um único passo: apenas a barriga, subindo e descendo. E o resultado é o mesmo. Quando você fica mais cônscio da barriga, a mente torna-se silenciosa, o coração fica em silêncio, os humores desaparecem.
E o terceiro é de ficar atento a respiração na entrada, quando a respiração vai para dentro através de suas narinas.
Sinta-a naquele extremo – a outra polaridade da barriga – sinta-a do nariz. A respiração entrando dá uma certa serenidade as suas narinas. Depois a respiração saindo... respiração entrando, respiração saindo...
Isso também é possível. É mais fácil para o homem do que para a mulher. A mulher é mais consciente da barriga. A maioria dos homens nem mesmo respiram tão fundo como a barriga. O peito deles sobe e desce porque um tipo atlético errado prevalece por todo o mundo. Certamente isso dá uma forma mais bela ao corpo se seu peito for saliente e sua barriga quase não existente.
O homem preferiu respirar somente até seu peito, então o peito fica cada vez mais saliente e a barriga murcha. Isso parece a ele ser mais atlético. Ao redor do mundo, exceto no Japão, todos os atletas e instrutores dos atletas enfatizam respirar sentindo seus pulmões, expandindo o peito, e puxando a barriga para dentro. O ideal é o leão cujo peito é grande e cuja barriga é bem pequena. Então seja como o leão; isto se torna a regra dos atletas e das pessoas que trabalham com o corpo.
O Japão é a única exceção, onde eles não se interessam que o peito deva ser largo e a barriga puxada para dentro. Precisa de certa disciplina para encolher a barriga; não é natural. Japão escolheu o caminho natural; daí você ficará surpreso de ver uma estátua Japonesa de Buda. Esse é o modo de como você pode imediatamente discriminar se a estátua é Indiana ou Japonesa. As estátuas Indianas de Gautama Buda têm um corpo bem atlético: a barriga é muito pequena e o peito bem saliente. O Buda Japonês porém, é totalmente diferente; seu peito é quase silencioso pois ele respira da barriga, mas sua barriga é bem grande. Isso não parece muito bom pois a idéia que prevalece no mundo é da outra maneira, e isso é muito antigo. Contudo, respirar a partir da barriga é mais natural, mais relaxado.
Durante a noite acontece quando você dorme: você não respira a partir do peito, respira da barriga. Eis porque a noite é uma experiência tão relaxante. Após seu sono, pela manhã você se sente tão refrescado, tão jovem, pois a noite toda esteve respirando naturalmente... você estava no Japão!
Estes são os dois pontos: se você estiver com receio de respirar da barriga e ficar atento que o subir e descer desta irá destruir sua forma atlética... homens estão mais interessados nessa forma atlética. Então para eles é mais fácil observar junto às narinas por onde a respiração penetra. Observe, e quando a respiração sair, observe.
Estas são as três formas. Qualquer uma servirá. E se você quiser fazer duas formas juntas, pode fazer; desse modo o esforço ficará mais intenso. Se quiser fazer as três formas juntas. Então o processo será mais rápido. Mas isso depende de você, o que for mais fácil para você.
Lembre-se: O mais fácil está certo."
Osho em The New Dawn, Chapter 16
Isso também é possível. É mais fácil para o homem do que para a mulher. A mulher é mais consciente da barriga. A maioria dos homens nem mesmo respiram tão fundo como a barriga. O peito deles sobe e desce porque um tipo atlético errado prevalece por todo o mundo. Certamente isso dá uma forma mais bela ao corpo se seu peito for saliente e sua barriga quase não existente.
O homem preferiu respirar somente até seu peito, então o peito fica cada vez mais saliente e a barriga murcha. Isso parece a ele ser mais atlético. Ao redor do mundo, exceto no Japão, todos os atletas e instrutores dos atletas enfatizam respirar sentindo seus pulmões, expandindo o peito, e puxando a barriga para dentro. O ideal é o leão cujo peito é grande e cuja barriga é bem pequena. Então seja como o leão; isto se torna a regra dos atletas e das pessoas que trabalham com o corpo.
O Japão é a única exceção, onde eles não se interessam que o peito deva ser largo e a barriga puxada para dentro. Precisa de certa disciplina para encolher a barriga; não é natural. Japão escolheu o caminho natural; daí você ficará surpreso de ver uma estátua Japonesa de Buda. Esse é o modo de como você pode imediatamente discriminar se a estátua é Indiana ou Japonesa. As estátuas Indianas de Gautama Buda têm um corpo bem atlético: a barriga é muito pequena e o peito bem saliente. O Buda Japonês porém, é totalmente diferente; seu peito é quase silencioso pois ele respira da barriga, mas sua barriga é bem grande. Isso não parece muito bom pois a idéia que prevalece no mundo é da outra maneira, e isso é muito antigo. Contudo, respirar a partir da barriga é mais natural, mais relaxado.
Durante a noite acontece quando você dorme: você não respira a partir do peito, respira da barriga. Eis porque a noite é uma experiência tão relaxante. Após seu sono, pela manhã você se sente tão refrescado, tão jovem, pois a noite toda esteve respirando naturalmente... você estava no Japão!
Estes são os dois pontos: se você estiver com receio de respirar da barriga e ficar atento que o subir e descer desta irá destruir sua forma atlética... homens estão mais interessados nessa forma atlética. Então para eles é mais fácil observar junto às narinas por onde a respiração penetra. Observe, e quando a respiração sair, observe.
Estas são as três formas. Qualquer uma servirá. E se você quiser fazer duas formas juntas, pode fazer; desse modo o esforço ficará mais intenso. Se quiser fazer as três formas juntas. Então o processo será mais rápido. Mas isso depende de você, o que for mais fácil para você.
Lembre-se: O mais fácil está certo."
Osho em The New Dawn, Chapter 16