Quem protege os médiuns, o Anjo da Guarda ou as Entidades?
Quem protege os médiuns, o Anjo da Guarda ou as Entidades?
Um assunto que dá um pequeno nó na cabeça dos umbandistas é quem protege os médiuns, o Anjo da Guarda ou as Entidades, ou seja, este papel cabe a qual de nos proteger como encarnados.
Aqui não vamos nos preocupar com textos ou visões que alguns autores colocam, e sim passar uma visão do conhecimento que obtivemos por meio da caminha espiritual
Primeiramente, precisamos entender a figura do Anjo da Guarda
A palavra anjo vem do latim, angelus, e do grego ángelos, ambas significam mensageiro. A palavra anjo, que pronunciamos atualmente, era chamado de daemones pelo povo grego, a qual significa, gênio, anjo, ser sobrenatural.
De acordo, com a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no Ocidente, conforme os relatos bíblicos, anjos são seres celestiais e espirituais, que servem como ajudante ou mensageiros de Deus.
A imagem mais comum quando ilustramos esses seres, os anjos, geralmente têm asas de ave, um halo (anel de luz que rodeia um corpo) e com uma beleza delicada, emitindo um forte brilho. Por vezes, são representados com uma criança, por sua inocência e virtude.
Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã, contam que os anjos muitas vezes foram responsáveis por fenômenos milagrosos, e a crença corrente nesta tradição é que uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus.
De acordo com estudos, os anjos são figuras importantes em muitas outras tradições religiosas, tanto do passado como do presente, e o nome de anjo é dado com frequência incertamente a todas as classes de seres celestes.
No entanto, muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e budistas, todos aceitam como fato sua existência, dando-lhes diversos nomes, mas descritos com características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã, de certa forma apresentando contradições de acordo com os vários autores que escreveram sobre este tema.
Além disso, a cultura popular em vários países do mundo, deu origem a um amplo folclore sobre os anjos que, muitas vezes, se afasta bastante da descrição mantida pelos credos legitimados por essas regiões.
A figura das entidades na Umbanda
As entidades que trabalham na Umbanda em sua grande maioria já tiverem sua passagem pela Terra como encarnados, e obtiveram sua evolução espiritual e foram liberados pelo plano espiritual mais elevado para que pudessem trabalhar na Umbanda, e também em outros locais se assim permitido pela espiritualidade.
Sempre é bom lembrar que os espíritos que trabalham na Umbanda estão em constante evolução, isso não quer dizer que são espíritos atrasados, pelo contrário, são espíritos de grande evolução , isso mostra o tamanho da evolução desses espíritos, motivo pelos quais estão em constante evolução, pois não param de aprender.
Entendendo um pouco de cada uma dessas figuras divinas a quem cabe nos proteger, será que realmente merecemos essa proteção divina? Será que somos merecedores desses zelos que Deus teve por nós, que por muitas vezes passam despercebidos ou nem mesmo agradecemos.
Sabendo disso, mesmo que a humanidade tenha a proeza de agradecer somente quando é cabível de seus agrados, é difícil ela agradecer as dificuldades que lhe dão o aprendizado para um caminho melhor.
As entidades
As entidades que trabalham nos terreiros têm sua missão definida dentro da Umbanda, e tem uma responsabilidade assumida junto com seu médium no desenvolvimento e no papel de sua caminhada espiritual dentro da religião.
Sabendo disso, cabe notar que dentro da Umbanda muitos médiuns acabam se perdendo durante sua caminhada espiritual, e em vez de assumir a sua culpa, acabam a colocando na religião, ou até mesmo nas entidades que, por sua vez, não é obrigada a acompanhar esse médium, sendo que seu papel e missão é com a Umbanda.
Na espiritualidade, cabe ao médium manter o contato com a religiosidade. Contudo, manter esse elo com a espiritualidade para que a entidade acompanhe o médium, dificilmente irá ocorrer se este virar as costas para o sagrado e o atingir com injúrias, falsos testemunhos e ares de agressividade contra essa entidade e a religião.
As entidades não estão aqui para nos julgar, independente de nossos erros, eles estão aqui para nos orientar, acolher e nos colocar em um caminho melhor, para que sejamos dignos em ser filho de Deus, assim como ele ama a todos, nós precisamos amar uns aos outros.
O Anjo da Guarda
Aos seres celestiais cabe a tarefa bem mais vasta, indiferente do que vamos seguir como religião, a qual linha vamos seguir, a missão deles são nos orientar e proteger em nossa passagem aqui na Terra.
Há aqueles que dizem que os anjos não têm obrigação de nos proteger, que não ficam 24 horas ao nosso lado, que não tem asas, que são todos homens e não existem mulheres, etc.
Mas, para nós o que importa é que temos um Anjo da Guarda, e que Deus que tanto nos ama, lembrou-se de separar milhões de Anjos para que cuidassem das pessoas aqui na Terra, já sabendo de nossas fraquezas e falhas como espíritos em um planeta em evolução.
Se o Anjo desenvolvesse o mesmo papel que o Guia, não teria necessidade de ter o ritual da firmeza do Anjo da Guarda, que é comum em muitos terreiros, e sim teria o ritual de firmar a entidade, pois sabemos que são rituais diferentes dentro da Umbanda.
Um axé a todos vocês!
Saravá Fraterno!
Márcio Paxá