FALANGES DE IANSÃ

FALANGES DE IANSÃ
Para deixar bem claro, os Falangeiros são Entidades que estão somente abaixo do Orixá. Eles comandam as legiões de Entidades e Espíritos que se cruzam na vibração do Orixá que os governa.
E os Falangeiros de Iansã, que também chamamos de Oyá, vem relacionados da seguinte forma:
Oyá Egunitá: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Ogum, Oxossi e Nanã Buruquê.
Tem como característica uma forma madura, nem muito jovem, nem muito idosa. Do reino das Igbalés (Iansã ligado as Almas), essa Falangeira tem um culto ligado aos eguns. É ela que encaminha os espíritos arrependidos ao encaminhamento, pois ela caminha com os mortos. Tem roupagem nas cores amarelo e branco e traz nas mãos uma espada de ouro, na qual abre caminho para encaminhar os espíritos perdidos. Dizem que todo vento que atravessa o bambuzal e conduzido por Oyá Egunitá, e quando se ouve o zumbido desse vento, é essa Falangeira que está encaminhando os espíritos caídos.
Oyá Onira: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Ogum, Oxaguiã e Obaluaiê.
Falangeira de característica jovem, arrojada e ao mesmo tempo guerreira e doce (dependendo da vibração que venha). Ela é vista muitas vezes como uma ninfa das águas doces, as vezes se confundindo com as outras Falangeiras por ser uma grande guerreira igualmente. Ela têm uma ligação fortíssima com Oxum, e a lenda diz que foi essa Falangeira que ensinou a Oxum Apará a lutar. Sua roupagem vem nas cores coral e amarelo, podendo ser também totalmente rosa. Tráz nas mãos uma espada curta e uma longa, na qual utiliza ao chegar em Terreiros ou roças para seu trabalho de caridade. Vista como uma rainha dentre as Falangeiras de Iansã, sendo respeitada como tal. Muitos a temem pela ligação com Ogum (guerreiro), Obaluaiê (varíola) e Oxaguiã (poder).
Oyá Balé: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Omulú e Nanã Buruquê.
Falangeira de forma e característica idosa. Também conhecida como Gbalé. É aquela que retorna a terra, a Deusa dos mortos, a senhora dos Eguns, ou a senhora dos cemitérios. É ela que têm domínio sobre os mortos para fazer o encaminhamento, mostra o caminho as Entidades resgatadoras, e demonstra o entendimento a quem busca por ele. Nunca se deve vestir essa Falangeira de vermelho, pois isso poderá trazer quizilas, por sua ligação com Egum. Sua roupagem deve ser totalmente na cor branco. Ao chegar em Terreiros ou roças, essa Falangeira dança como se estivesse expulsando os espíritos errantes do ambiente onde se encontra. Dizem que ela manda esses espíritos ao encontro de Omulú para que ele os encaminhem fora do trabalho de caridade, para que assim o trabalho não seja prejudicado.
Oyá Biniká: Vem em vibração ou fundamento com Oxumaré, Oxum e Omulú.
De formas e características não muito jovem, mas também não muito idosa, essa Falangeira é conhecida como a Senhora dos ventos quentes. Têm uma ligação muito especial com Oxum, e sempre se apresenta em Terreiros e Roças trazendo a Falangeira dessa Orixá, Oxum Apará, na qual tem um trabalho muito semelhante, e uma ligação espiritual constante em prol da caridade. Sua roupagem vem nas cores azul escuro, amarelo, com detalhes em preto e verde raiado de amarelo. Traz nas mãos uma espada, na qual faz sua dança utilizando esse instrumento, fazendo assim que muitas pessoas a confundam com Oxum Apará.
Oyá Senó: Vem em vibração ou fundamento com Iemanjá, Oxumaré e Xangô (Airá)
Também conhecida como Sinsirá, essa Falangeira de características e forma jovem, têm um modo carismático de se demonstrar, fazendo de seus consulentes verdadeiros protegidos; esta Falangeira é raríssima de se apresentar em Terreiros ou Roças, sendo quase uma benção para aqueles que tiveram a sorte de um dia poderem ver seu trabalho de caridade. Sua roupagem se consiste nas cores azul claro, marrom e amarelo raiado de verde clar o.
Oyá Abomi: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Oxum.
Também conhecida como Oiá Bomin, é uma Falangeira de forma e característica bem jovem. Além de guerreira se utiliza da razão e da justiça para realizar seus trabalhos de caridade. Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul anil e marrom em detalhes. Traz nas mãos três pequenas conchas, na qual faz a limpeza em seu consulentes com elas.
Oyá Gunán: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Xangô, Ogum e Exú.
Também conhecida como Gigan, esta, Falangeira, têm como característica a forma madura, trazendo a sabedoria no olhar profundo. Com uma chegada muito particular nos Terreiros e Roças, as vezes chega com uma grande força jovial, trazendo uma vibração a muitos Médiuns que tenham na coroa a Orixá Iansã. Essa forma mais rápida de chegada se consiste no momento de vibração com Exú. Caso sua vibração do momento se consistir com Omulú, sua chegada vem mais pesada, devagar, e muitas das vezes sem a dança tradicional. Sua roupagem vem na cor Marrom, com detalhes em vermelho e preto. Algumas vezes pode ter nas mãos duas cabaças, na qual se dizem trazer espíritos errantes, que por ela foram presos e não trazer mazelas para o trabalho de caridade a consulentes.
Oyá Bagán: Vem em vibração ou fundamento com Oxossi, Ossãe, Ogum e Exú.
Falangeira de características e formas muito jovial. Grande guerreira, audaciosa, batalhadora, e que não deixa uma pergunta sem resposta. Deusa dos ventos estreitos corrente por entre as matas, e essa Falangeira não admite que mencionem a ela algo injusto, não aceita ouvir sequer palavras que vão contra os semelhantes. Se veste na cor amarelo e verde, com muitos detalhes em vermelho e preto. Tem um capuz cobrindo a cabeça, para demonstração que essa Falangeira não a tem. Nas mãos pode trazer uma espada curta ou um arco e flecha, dependendo da vibração maior que esteja presente. Sua chegada em Terreiros e Roças se consiste em movimentos fortes e rápidos, deixando muitas vezes algumas pessoas em dúvida, por parecer a chegada de Exú.
Oyá Kodun: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Nanã Buruquê, Iemanjá e com Oxaguiã.
Falangeira de forma e característica jovem/madura, que vibra sobre as águas. Protetora de seus filhos, amável e carinhosa. Porém em algumas vezes pode vir de forma mais radical, com palavras um tanto mais duras para alertar a seus consulentes. Como uma mãe protetora, sabe muito bem a hora de acariciar e a hora de mostrar o erro. Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul, com detalhes em roxo e branco. Sua dança de chegada se consiste em erguer as mãos, e puxar para si, como se estivesse buscando as forças de Oxalá para seu trabalho de caridade .
Oyá Maganbelle: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Iroko.
Também conhecida como Oyá Agangbele, têm como característica a forma madura/idosa. Se utiliza da justiça e do tempo passado, presente e futuro para seus trabalhos de caridade. De semblante fechado, sem muitas palavras, se faz presente em Terreiros e Roças sem a dança tradicional nas chegadas ou partidas. Aprecia o silêncio, e demonstra irritação a aqueles que não entendem que tudo tem o tempo certo de acontecer. Muitas Médiuns que tem essa Falangeira na coroa, possivelmente terão dificuldades para engravidar, pois e nessa qualidade que é demonstrado o qual a dificuldade para a gestação. Tendo essa Falangeira na coroa, e desejando engravidar sem preocupações, se deve fazer um firmamento aos pés de uma grande árvore, para que assim a gestação seja protegida. As vestes dessa Falangeira se consiste nas cores Marrom, amarelo e branco, com detalhes em palha da costa.
Oyá Yapopo: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.
Falangeira de forma e característica jovem. Têm grande ligação com Obaluaiê, e nele vibra quando tem sua chegada em Terreiros e Roças. Seu modo de trabalho é virado a cura de doentes, e traz nas mãos uma pequena cruz em madeira, na qual faz limpeza em consulentes tomados por males físicos. Sua roupagem é na cor branco com bordas em amarelo.
Oyá Onisoni: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.
Falangeira de característica e forma idosa. De palavras curtas, sem expressão na face, não se apega a conversas desnecessárias, fazendo seu trabalho de uma forma lenta, calma, serena, isso se caso o consulente não expressar algo que venham fora da regra da religião, como pedir mal a semelhantes, ou amarrações de diversas formas. Essa Falangeira tem um trabalho especial em encaminhamento e busca de espíritos desencarnados. Têm como finalidade buscar e levar espíritos errantes, para que não fiquem rondando nas caminhadas de consulentes. Sua roupagem é nas cores amarelo e preto, tendo detalhes em branco. Sua forma de chegada e partida de Terreiros e Roças é de forma lenta, pesada, de fronte voltada ao chão.
Oyá Bagbure: Não vem em vibração ou fundamento com nenhum Orixá.
Como não tem ligação ou fundamentos com nenhum Orixá, essa Falangeira tem várias formas e características, podendo se apresentar na forma jovial ou idosa. Seu trabalho é exclusivo ao culto de Egunguns, chamado de, Bamila Âçô Eró Olufon. Sua roupagem é totalmente branca. E muito pouco vem em Terreiros e Roças.
Oyá Topé: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Xangô, Ogum e Exú.
De formas e característica muito jovem, Oyá Topé é uma Falangeira de extremo conhecimento que vai da paz a guerra no mesmo instante. Têm um jeito carismático e de grande teor de inteligência. Dizem que essa Falangeira mora no templo onde reside Oxum e Exú, e por isso sempre que vem a terreiros e roças, traz os dois junto a si. Em alguns casos a Oyá Topé é vista como uma Igbalé. E também pode ser conhecida como Yatopé, ou Tupé. Tudo depende da região. Sua roupagem vem na cor branco, azul, marrom, com detalhes em vermelho raiado de preto. Traz nas mãos uma espada curta e uma longa, que dança mostrando e cruzando ambas. Isso para demonstrar que está ali tanto para a paz quanto para guerra, claro que isso se referindo aos espíritos sem luz.
Oyá Filiaba: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.
De forma e característica muito idosa, essa Falangeira vem com passos pesados, lentos, de corpo um tanto curvado. Ligada diretamente a encaminhamento dos desencarnados, tem como finalidade principal a demonstração de entendimento as almas recém desencarnadas, caso essas não compreendam a nova situação. Têm suas vestes em cores branco e preto, raiadas de amarelo nas bordas. Traz nas mãos uma pequena cruz de madeira, e tem em seu semblante um ar de seriedade intenso. Nunca se viu essa Falangeira esboçar um ar de sorriso, tem seu olhar muito penetrante, e algumas vezes a vemos olhando para o vazio. Muitos dizem que nessa condição, Oyá Filiaba está mostrando os caminhos a serem seguidos, pelos espíritos errantes, que possam estar tentando atrapalhar uma Gira de caridade.
Oyá Semi: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.
Falangeira de característica e formas jovens. Pela sua ligação ou fundamento com o Orixá Obaluaiê, tem o domínio das doenças e pestes. Suas vestes são nas cores amarelo e preto. Sua chegada em terreiros ou roças vem de uma forma mais agitada, com uma dança na qual levanta e abaixa os braços, que quando no movimento de abaixar os braços, faz como se puxasse algo para si. Dizem que seria a captura de males dos corpos dos filhos presentes no ambiente religioso.
Oyá Sire: Vem em vibração ou fundamento com Ossãe e Xangô (Airá).
De formas e características jovem/madura, Oyá Sire têm como finalidade principal questionar as coisas que acredita estar erradas, tanto na casa onde vem, como nos pedidos de consulentes. Caso os argumentos sejam satisfatórios, ela faz de tudo, possível e impossível para ajudar. Mas se caso os argumentos pedidos não respondam as questões dela, não adianta pestanejar, pois a conversa acabou naquele ponto. De grande inteligência e de enorme experiência em manipulação das ervas, ela sempre está presente na irradiação de outras Falangeiras de Iansã, caso necessário ter algum tipo de auxílio com ervas e raízes. Suas vestes vem nas cores marrom, amarelo e verde, raiadas nas bordas de branco. Traz nas mãos o símbolo de Ossãe, na qual tem imensa ligação, esse símbolo seria um Ferro com sete pontas com um pássaro na ponta central. (Representa uma árvore de sete ramos com um pássaro pousado sobre ela).
Oyá Funán: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Nanã Buruquê, Ogum e Omulú
Falangeira de característica e forma madura/idosa. De grande poder e imensa demonstração de força sobre tudo que venha a trabalhar em prol da caridade. Senhora dos grandes ventos, Deusa do interior dos bambuzais, mostra uma grade força superior que demonstra a rapidez de chegar da guerra a paz em pouco tempo. Ela também pode ser conhecida como Igbalé Fumán ou Afefe Yku Funan, a senhora do fogo e dos ventos da morte. Também encaminhadora de desencarnados, suas vestes vem na cor branco, preto, com bordas raiadas de vermelho e roxo. Chegando nos terreiros e roças podendo ser divididas em atos e ações rápidas, ou em passos e dança pesadas. Tudo vai depender do Orixá que está lhe acompanhando no momento do trabalho.
Oyá Furé: Vem em vibração ou fundamento com Nanã Buruquê, Oxalá, Omulú e com a própria Iansã.
Com característica madura, mas de forma jovem. Essa Falangeira é guerreira, forte e poderosa nas ações contra as mazelas levadas as casas espiritualistas. Pode ser conhecida também pelo nome de Oyá Tanan. É ela que recebe os desencarnados na passagem da vida para a morte. Suas vestes vem na cor branco, por cima dessa roupagem tem palhas da costa cobrindo a maioria dessas vestes. Ela usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na mão direita. Chega em terreiros e roças dançando como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, e no tornozelo direito uma pulseira de aço. Têm ligação direta com culto aos Eguns, pois ela preside a vida e a morte.
Oyá Guere: Vem em vibração ou fundamento com Ogum e Omulú.
Com forma e característica madura/idosa, essa Falangeira é extremamente guerreira e poderosa. Conhecida também como Logunere, ela é um tanto temida pela sua ligação com a força da guerra e a destreza da morte. Ao chegar em terreiros e roças, vem de uma forma sagaz, dançando de uma forma como em ataque o tempo todo. Dizem que essa forma de dança equivale aos ataques a espíritos obsessores que possam atrapalhar a jornada dos trabalhos de caridade. Usando a força de Ogum com a própria força de Iansã para esse ataque, e a sabedoria e o encaminhamento do Orixá Omulú, para levar para longe do ambiente essas forças obscuras. Suas vestes vem nas cores amarelo ouro, vermelho e bordas raiadas em preto. Traz nas mãos uma espada longa, na qual usa nas suas danças de desobsessão .
Oyá Toningbe: Vem em vibração ou fundamento com Ogum, Exú e Omulú.
De forma e característica jovem/idosa, essa Falangeira tem uma ligação muito grande com Exú e Ogum, também tendo ligação com Omulú, fazendo disso então uma grande legião de força e poder para vencer mazelas e pelejas. Elas estão ligadas ao culto dos mortos, assim como algumas outras Falangeiras de Iansã, tendo a diferença da ligação com Exú e Ogum, fazendo assim o trabalho de limpeza das cargas deixado por espíritos errantes ficarem muito mais intensos. Ao chegar em Terreiros e Roças, elas dançam parecendo expulsar os obsessores com os braços. Suas vestes vem na cor vermelho, com bordas pretas, raiadas na cor branco.
Oyá Fakarebó: Vem em vibração ou fundamento com Bará e Ogum.
De característica e forma muito jovem, essa Falangeira tem como finalidade principal guerrear, vencer sempre essa guerra constante contra espíritos sem luz e nunca termina, pois como diz, são os sentimentos humanos que dão forças a esses espíritos. Oiá Fakarebó, também pode ser conhecida como Fakarebô, ela não é feita em seus eleitos. Dizem que é a verdadeira senhora dos Ebós, diz a lenda, que é a ela que se é entrega todos os Ebós feitos por seus filhos. Têm uma ligação extrema com Exú e Egum, todos seus rituais são feitos no morim (tipo de pano), cabaças (vasilha feita da casca da abóbora depois de seca) e porrões (artefato de barro). Sua chegada em Terreiros ou Roças é de uma forma agitada, rápida, dançante, rodopiante, modo raramente visto em outros Falangeiros. Têm atos e ações rápidos, que muitas vezes deixa até os consulentes apreensivos. Sua roupagem vem nas cores preto e branco, raiado de vermelho nas bordas.
Oyá De: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê/Omulú, Oxossi e Oxum.
Falangeira de característica jovem/idosa, têm grande ligação com o momento inicial de uma doença física, até o momento da morte. Pela sua ligação extrema com o Orixá Obaluaiê (forma jovem do Orixá) e Omulú (forma idosa do Orixá), a Oyá De, tem esse controle sobre os males físicos e desencarne. Sua roupagem é na cor branco, podendo em alguns casos terem as bordas em azul anil e verde. Têm nas mãos duas cabaças, na qual traz e leva as doenças. Ao chegar em Terreiros e Roças, ela vem em uma dança constante, girando, com as duas cabaças nas mãos.
Oyá Min: Vem em vibração ou fundamento com Exú, Omulú e Ogum.
De característica e forma madura. Encaminhadora de Eguns, guerreira que luta contra espíritos errantes. De poucas palavras, de olhar que se fixa no olhar de seu consulente como se estivesse vendo a alma de cada um, não aceita a falsidade e nem as mentiras. Caso seja colocado algum pedido, na qual o consulente tente esconder algo relevante, ela o olha bem no fundo dos olhos e questiona o porquê daquele ato. Quando chega nos Terreiros e Roças, chega de uma forma extrovertida, mas sempre se focando em algum ponto da casa. Dizem que seria para colocar nesse ponto todos os espíritos errantes, para quando levá-los para o encaminhamento, levaria todos de uma só vez. Têm suas vestes nas cores amarelo ouro ou toda preta, podendo também ser na cor preto com bordas em vermelho e branco. Traz nas mãos uma espada longa, na qual em sua dança, guerreia contra todos os males.
Oyá Lario: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Ogum e Exú.
Falangeira de característica e forma de idosa para jovem, têm seu maior tipo, a forma jovem, pela sua ligação extrema com Exú. Sendo ele também quem domina o modo de roupagem, de chegada em Terreiros e Roças. Têm um jeito extremamente extrovertido, falante, sorridente em suas consultas de caridade. Está sempre se mexendo, falando com um e com outro ao mesmo tempo que conversa com seu consulente. Não é difícil ver essa Falangeira parar uma consulta no meio para ir ao centro do Terreiro dançar ao sons mágicos do atabaque. E logo que faz sua performance, retorna a seu trabalho, sobre os olhares encantados de todos os consulentes presentes. Sua roupagem vem nas cores vermelho e preto, muitas das vezes tem as bordas raiadas em amarelo ouro. Nunca deixa um consulente sem resposta, mesmo que não seja a resposta que o consulente deseja ouvir. Para essa Falangeira o que interessa é o entendimento das coisas, e se caso um consulente pedir algo, esse algo for levar esse consulente a um caminho de escuridão, ele será avisado com todos os detalhes, e se mesmo assim esse consulente teimar com esse pedido, Oyá Lario vai ficar mostrando a todo custo a cobrança que esse consulente sofrerá, até ele entender.
Oyá Adagangbará: De forma e característica jovem, grande ligação com Exú, essa Falangeira por muitas vezes se confunde com Oyá Lario, pois tem características, forma de chegada em terreiros e roças, e até roupagem muito parecido com a Falangeira Lario. A diferença maior se consiste em uma espada curta dourada, que Oyá Adagangbará traz na mão esquerda, na qual gira enquanto dança. O restante dos detalhes são praticamente iguais a Falangeira Oyá Lario.
Essas são as Falangeiras dessa poderosa e linda Orixá, que descrevemos resumidamente, pois precisaríamos muito mais que um texto para descrever tamanho poder dessa linha de falangeiros.
Fonte: https://umbandayorima.blogspot.com/
PARA SALIENTAR, CADA CASA PODE DIFENRENCIAR OU DIVERGIR DO QUE TENTEI PASSAR, NESSE CASO SIGA A ORIENTAÇÃO DO SEU DIRIGENTE. ALÉM DISSO, ALGUNS PODEM RELACIONAR ESSAS FALANGEIRAS COM CANCOMBLÉ, MAS NÃO PODEMOS ESQUECER QUE NOSSA UMBANDA HÁ SINCRETISMO COM NOSSA CO-IRMÃ.
ESPERO PODER CONTRIBUIR COM ESTAS INFORMAÇÕES
AXÉ!!!
Para deixar bem claro, os Falangeiros são Entidades que estão somente abaixo do Orixá. Eles comandam as legiões de Entidades e Espíritos que se cruzam na vibração do Orixá que os governa.
E os Falangeiros de Iansã, que também chamamos de Oyá, vem relacionados da seguinte forma:
Oyá Egunitá: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Ogum, Oxossi e Nanã Buruquê.
Tem como característica uma forma madura, nem muito jovem, nem muito idosa. Do reino das Igbalés (Iansã ligado as Almas), essa Falangeira tem um culto ligado aos eguns. É ela que encaminha os espíritos arrependidos ao encaminhamento, pois ela caminha com os mortos. Tem roupagem nas cores amarelo e branco e traz nas mãos uma espada de ouro, na qual abre caminho para encaminhar os espíritos perdidos. Dizem que todo vento que atravessa o bambuzal e conduzido por Oyá Egunitá, e quando se ouve o zumbido desse vento, é essa Falangeira que está encaminhando os espíritos caídos.
Oyá Onira: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Ogum, Oxaguiã e Obaluaiê.
Falangeira de característica jovem, arrojada e ao mesmo tempo guerreira e doce (dependendo da vibração que venha). Ela é vista muitas vezes como uma ninfa das águas doces, as vezes se confundindo com as outras Falangeiras por ser uma grande guerreira igualmente. Ela têm uma ligação fortíssima com Oxum, e a lenda diz que foi essa Falangeira que ensinou a Oxum Apará a lutar. Sua roupagem vem nas cores coral e amarelo, podendo ser também totalmente rosa. Tráz nas mãos uma espada curta e uma longa, na qual utiliza ao chegar em Terreiros ou roças para seu trabalho de caridade. Vista como uma rainha dentre as Falangeiras de Iansã, sendo respeitada como tal. Muitos a temem pela ligação com Ogum (guerreiro), Obaluaiê (varíola) e Oxaguiã (poder).
Oyá Balé: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Omulú e Nanã Buruquê.
Falangeira de forma e característica idosa. Também conhecida como Gbalé. É aquela que retorna a terra, a Deusa dos mortos, a senhora dos Eguns, ou a senhora dos cemitérios. É ela que têm domínio sobre os mortos para fazer o encaminhamento, mostra o caminho as Entidades resgatadoras, e demonstra o entendimento a quem busca por ele. Nunca se deve vestir essa Falangeira de vermelho, pois isso poderá trazer quizilas, por sua ligação com Egum. Sua roupagem deve ser totalmente na cor branco. Ao chegar em Terreiros ou roças, essa Falangeira dança como se estivesse expulsando os espíritos errantes do ambiente onde se encontra. Dizem que ela manda esses espíritos ao encontro de Omulú para que ele os encaminhem fora do trabalho de caridade, para que assim o trabalho não seja prejudicado.
Oyá Biniká: Vem em vibração ou fundamento com Oxumaré, Oxum e Omulú.
De formas e características não muito jovem, mas também não muito idosa, essa Falangeira é conhecida como a Senhora dos ventos quentes. Têm uma ligação muito especial com Oxum, e sempre se apresenta em Terreiros e Roças trazendo a Falangeira dessa Orixá, Oxum Apará, na qual tem um trabalho muito semelhante, e uma ligação espiritual constante em prol da caridade. Sua roupagem vem nas cores azul escuro, amarelo, com detalhes em preto e verde raiado de amarelo. Traz nas mãos uma espada, na qual faz sua dança utilizando esse instrumento, fazendo assim que muitas pessoas a confundam com Oxum Apará.
Oyá Senó: Vem em vibração ou fundamento com Iemanjá, Oxumaré e Xangô (Airá)
Também conhecida como Sinsirá, essa Falangeira de características e forma jovem, têm um modo carismático de se demonstrar, fazendo de seus consulentes verdadeiros protegidos; esta Falangeira é raríssima de se apresentar em Terreiros ou Roças, sendo quase uma benção para aqueles que tiveram a sorte de um dia poderem ver seu trabalho de caridade. Sua roupagem se consiste nas cores azul claro, marrom e amarelo raiado de verde clar o.
Oyá Abomi: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Oxum.
Também conhecida como Oiá Bomin, é uma Falangeira de forma e característica bem jovem. Além de guerreira se utiliza da razão e da justiça para realizar seus trabalhos de caridade. Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul anil e marrom em detalhes. Traz nas mãos três pequenas conchas, na qual faz a limpeza em seu consulentes com elas.
Oyá Gunán: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Xangô, Ogum e Exú.
Também conhecida como Gigan, esta, Falangeira, têm como característica a forma madura, trazendo a sabedoria no olhar profundo. Com uma chegada muito particular nos Terreiros e Roças, as vezes chega com uma grande força jovial, trazendo uma vibração a muitos Médiuns que tenham na coroa a Orixá Iansã. Essa forma mais rápida de chegada se consiste no momento de vibração com Exú. Caso sua vibração do momento se consistir com Omulú, sua chegada vem mais pesada, devagar, e muitas das vezes sem a dança tradicional. Sua roupagem vem na cor Marrom, com detalhes em vermelho e preto. Algumas vezes pode ter nas mãos duas cabaças, na qual se dizem trazer espíritos errantes, que por ela foram presos e não trazer mazelas para o trabalho de caridade a consulentes.
Oyá Bagán: Vem em vibração ou fundamento com Oxossi, Ossãe, Ogum e Exú.
Falangeira de características e formas muito jovial. Grande guerreira, audaciosa, batalhadora, e que não deixa uma pergunta sem resposta. Deusa dos ventos estreitos corrente por entre as matas, e essa Falangeira não admite que mencionem a ela algo injusto, não aceita ouvir sequer palavras que vão contra os semelhantes. Se veste na cor amarelo e verde, com muitos detalhes em vermelho e preto. Tem um capuz cobrindo a cabeça, para demonstração que essa Falangeira não a tem. Nas mãos pode trazer uma espada curta ou um arco e flecha, dependendo da vibração maior que esteja presente. Sua chegada em Terreiros e Roças se consiste em movimentos fortes e rápidos, deixando muitas vezes algumas pessoas em dúvida, por parecer a chegada de Exú.
Oyá Kodun: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Nanã Buruquê, Iemanjá e com Oxaguiã.
Falangeira de forma e característica jovem/madura, que vibra sobre as águas. Protetora de seus filhos, amável e carinhosa. Porém em algumas vezes pode vir de forma mais radical, com palavras um tanto mais duras para alertar a seus consulentes. Como uma mãe protetora, sabe muito bem a hora de acariciar e a hora de mostrar o erro. Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul, com detalhes em roxo e branco. Sua dança de chegada se consiste em erguer as mãos, e puxar para si, como se estivesse buscando as forças de Oxalá para seu trabalho de caridade .
Oyá Maganbelle: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Iroko.
Também conhecida como Oyá Agangbele, têm como característica a forma madura/idosa. Se utiliza da justiça e do tempo passado, presente e futuro para seus trabalhos de caridade. De semblante fechado, sem muitas palavras, se faz presente em Terreiros e Roças sem a dança tradicional nas chegadas ou partidas. Aprecia o silêncio, e demonstra irritação a aqueles que não entendem que tudo tem o tempo certo de acontecer. Muitas Médiuns que tem essa Falangeira na coroa, possivelmente terão dificuldades para engravidar, pois e nessa qualidade que é demonstrado o qual a dificuldade para a gestação. Tendo essa Falangeira na coroa, e desejando engravidar sem preocupações, se deve fazer um firmamento aos pés de uma grande árvore, para que assim a gestação seja protegida. As vestes dessa Falangeira se consiste nas cores Marrom, amarelo e branco, com detalhes em palha da costa.
Oyá Yapopo: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.
Falangeira de forma e característica jovem. Têm grande ligação com Obaluaiê, e nele vibra quando tem sua chegada em Terreiros e Roças. Seu modo de trabalho é virado a cura de doentes, e traz nas mãos uma pequena cruz em madeira, na qual faz limpeza em consulentes tomados por males físicos. Sua roupagem é na cor branco com bordas em amarelo.
Oyá Onisoni: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.
Falangeira de característica e forma idosa. De palavras curtas, sem expressão na face, não se apega a conversas desnecessárias, fazendo seu trabalho de uma forma lenta, calma, serena, isso se caso o consulente não expressar algo que venham fora da regra da religião, como pedir mal a semelhantes, ou amarrações de diversas formas. Essa Falangeira tem um trabalho especial em encaminhamento e busca de espíritos desencarnados. Têm como finalidade buscar e levar espíritos errantes, para que não fiquem rondando nas caminhadas de consulentes. Sua roupagem é nas cores amarelo e preto, tendo detalhes em branco. Sua forma de chegada e partida de Terreiros e Roças é de forma lenta, pesada, de fronte voltada ao chão.
Oyá Bagbure: Não vem em vibração ou fundamento com nenhum Orixá.
Como não tem ligação ou fundamentos com nenhum Orixá, essa Falangeira tem várias formas e características, podendo se apresentar na forma jovial ou idosa. Seu trabalho é exclusivo ao culto de Egunguns, chamado de, Bamila Âçô Eró Olufon. Sua roupagem é totalmente branca. E muito pouco vem em Terreiros e Roças.
Oyá Topé: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Xangô, Ogum e Exú.
De formas e característica muito jovem, Oyá Topé é uma Falangeira de extremo conhecimento que vai da paz a guerra no mesmo instante. Têm um jeito carismático e de grande teor de inteligência. Dizem que essa Falangeira mora no templo onde reside Oxum e Exú, e por isso sempre que vem a terreiros e roças, traz os dois junto a si. Em alguns casos a Oyá Topé é vista como uma Igbalé. E também pode ser conhecida como Yatopé, ou Tupé. Tudo depende da região. Sua roupagem vem na cor branco, azul, marrom, com detalhes em vermelho raiado de preto. Traz nas mãos uma espada curta e uma longa, que dança mostrando e cruzando ambas. Isso para demonstrar que está ali tanto para a paz quanto para guerra, claro que isso se referindo aos espíritos sem luz.
Oyá Filiaba: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.
De forma e característica muito idosa, essa Falangeira vem com passos pesados, lentos, de corpo um tanto curvado. Ligada diretamente a encaminhamento dos desencarnados, tem como finalidade principal a demonstração de entendimento as almas recém desencarnadas, caso essas não compreendam a nova situação. Têm suas vestes em cores branco e preto, raiadas de amarelo nas bordas. Traz nas mãos uma pequena cruz de madeira, e tem em seu semblante um ar de seriedade intenso. Nunca se viu essa Falangeira esboçar um ar de sorriso, tem seu olhar muito penetrante, e algumas vezes a vemos olhando para o vazio. Muitos dizem que nessa condição, Oyá Filiaba está mostrando os caminhos a serem seguidos, pelos espíritos errantes, que possam estar tentando atrapalhar uma Gira de caridade.
Oyá Semi: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.
Falangeira de característica e formas jovens. Pela sua ligação ou fundamento com o Orixá Obaluaiê, tem o domínio das doenças e pestes. Suas vestes são nas cores amarelo e preto. Sua chegada em terreiros ou roças vem de uma forma mais agitada, com uma dança na qual levanta e abaixa os braços, que quando no movimento de abaixar os braços, faz como se puxasse algo para si. Dizem que seria a captura de males dos corpos dos filhos presentes no ambiente religioso.
Oyá Sire: Vem em vibração ou fundamento com Ossãe e Xangô (Airá).
De formas e características jovem/madura, Oyá Sire têm como finalidade principal questionar as coisas que acredita estar erradas, tanto na casa onde vem, como nos pedidos de consulentes. Caso os argumentos sejam satisfatórios, ela faz de tudo, possível e impossível para ajudar. Mas se caso os argumentos pedidos não respondam as questões dela, não adianta pestanejar, pois a conversa acabou naquele ponto. De grande inteligência e de enorme experiência em manipulação das ervas, ela sempre está presente na irradiação de outras Falangeiras de Iansã, caso necessário ter algum tipo de auxílio com ervas e raízes. Suas vestes vem nas cores marrom, amarelo e verde, raiadas nas bordas de branco. Traz nas mãos o símbolo de Ossãe, na qual tem imensa ligação, esse símbolo seria um Ferro com sete pontas com um pássaro na ponta central. (Representa uma árvore de sete ramos com um pássaro pousado sobre ela).
Oyá Funán: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Nanã Buruquê, Ogum e Omulú
Falangeira de característica e forma madura/idosa. De grande poder e imensa demonstração de força sobre tudo que venha a trabalhar em prol da caridade. Senhora dos grandes ventos, Deusa do interior dos bambuzais, mostra uma grade força superior que demonstra a rapidez de chegar da guerra a paz em pouco tempo. Ela também pode ser conhecida como Igbalé Fumán ou Afefe Yku Funan, a senhora do fogo e dos ventos da morte. Também encaminhadora de desencarnados, suas vestes vem na cor branco, preto, com bordas raiadas de vermelho e roxo. Chegando nos terreiros e roças podendo ser divididas em atos e ações rápidas, ou em passos e dança pesadas. Tudo vai depender do Orixá que está lhe acompanhando no momento do trabalho.
Oyá Furé: Vem em vibração ou fundamento com Nanã Buruquê, Oxalá, Omulú e com a própria Iansã.
Com característica madura, mas de forma jovem. Essa Falangeira é guerreira, forte e poderosa nas ações contra as mazelas levadas as casas espiritualistas. Pode ser conhecida também pelo nome de Oyá Tanan. É ela que recebe os desencarnados na passagem da vida para a morte. Suas vestes vem na cor branco, por cima dessa roupagem tem palhas da costa cobrindo a maioria dessas vestes. Ela usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na mão direita. Chega em terreiros e roças dançando como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, e no tornozelo direito uma pulseira de aço. Têm ligação direta com culto aos Eguns, pois ela preside a vida e a morte.
Oyá Guere: Vem em vibração ou fundamento com Ogum e Omulú.
Com forma e característica madura/idosa, essa Falangeira é extremamente guerreira e poderosa. Conhecida também como Logunere, ela é um tanto temida pela sua ligação com a força da guerra e a destreza da morte. Ao chegar em terreiros e roças, vem de uma forma sagaz, dançando de uma forma como em ataque o tempo todo. Dizem que essa forma de dança equivale aos ataques a espíritos obsessores que possam atrapalhar a jornada dos trabalhos de caridade. Usando a força de Ogum com a própria força de Iansã para esse ataque, e a sabedoria e o encaminhamento do Orixá Omulú, para levar para longe do ambiente essas forças obscuras. Suas vestes vem nas cores amarelo ouro, vermelho e bordas raiadas em preto. Traz nas mãos uma espada longa, na qual usa nas suas danças de desobsessão .
Oyá Toningbe: Vem em vibração ou fundamento com Ogum, Exú e Omulú.
De forma e característica jovem/idosa, essa Falangeira tem uma ligação muito grande com Exú e Ogum, também tendo ligação com Omulú, fazendo disso então uma grande legião de força e poder para vencer mazelas e pelejas. Elas estão ligadas ao culto dos mortos, assim como algumas outras Falangeiras de Iansã, tendo a diferença da ligação com Exú e Ogum, fazendo assim o trabalho de limpeza das cargas deixado por espíritos errantes ficarem muito mais intensos. Ao chegar em Terreiros e Roças, elas dançam parecendo expulsar os obsessores com os braços. Suas vestes vem na cor vermelho, com bordas pretas, raiadas na cor branco.
Oyá Fakarebó: Vem em vibração ou fundamento com Bará e Ogum.
De característica e forma muito jovem, essa Falangeira tem como finalidade principal guerrear, vencer sempre essa guerra constante contra espíritos sem luz e nunca termina, pois como diz, são os sentimentos humanos que dão forças a esses espíritos. Oiá Fakarebó, também pode ser conhecida como Fakarebô, ela não é feita em seus eleitos. Dizem que é a verdadeira senhora dos Ebós, diz a lenda, que é a ela que se é entrega todos os Ebós feitos por seus filhos. Têm uma ligação extrema com Exú e Egum, todos seus rituais são feitos no morim (tipo de pano), cabaças (vasilha feita da casca da abóbora depois de seca) e porrões (artefato de barro). Sua chegada em Terreiros ou Roças é de uma forma agitada, rápida, dançante, rodopiante, modo raramente visto em outros Falangeiros. Têm atos e ações rápidos, que muitas vezes deixa até os consulentes apreensivos. Sua roupagem vem nas cores preto e branco, raiado de vermelho nas bordas.
Oyá De: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê/Omulú, Oxossi e Oxum.
Falangeira de característica jovem/idosa, têm grande ligação com o momento inicial de uma doença física, até o momento da morte. Pela sua ligação extrema com o Orixá Obaluaiê (forma jovem do Orixá) e Omulú (forma idosa do Orixá), a Oyá De, tem esse controle sobre os males físicos e desencarne. Sua roupagem é na cor branco, podendo em alguns casos terem as bordas em azul anil e verde. Têm nas mãos duas cabaças, na qual traz e leva as doenças. Ao chegar em Terreiros e Roças, ela vem em uma dança constante, girando, com as duas cabaças nas mãos.
Oyá Min: Vem em vibração ou fundamento com Exú, Omulú e Ogum.
De característica e forma madura. Encaminhadora de Eguns, guerreira que luta contra espíritos errantes. De poucas palavras, de olhar que se fixa no olhar de seu consulente como se estivesse vendo a alma de cada um, não aceita a falsidade e nem as mentiras. Caso seja colocado algum pedido, na qual o consulente tente esconder algo relevante, ela o olha bem no fundo dos olhos e questiona o porquê daquele ato. Quando chega nos Terreiros e Roças, chega de uma forma extrovertida, mas sempre se focando em algum ponto da casa. Dizem que seria para colocar nesse ponto todos os espíritos errantes, para quando levá-los para o encaminhamento, levaria todos de uma só vez. Têm suas vestes nas cores amarelo ouro ou toda preta, podendo também ser na cor preto com bordas em vermelho e branco. Traz nas mãos uma espada longa, na qual em sua dança, guerreia contra todos os males.
Oyá Lario: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Ogum e Exú.
Falangeira de característica e forma de idosa para jovem, têm seu maior tipo, a forma jovem, pela sua ligação extrema com Exú. Sendo ele também quem domina o modo de roupagem, de chegada em Terreiros e Roças. Têm um jeito extremamente extrovertido, falante, sorridente em suas consultas de caridade. Está sempre se mexendo, falando com um e com outro ao mesmo tempo que conversa com seu consulente. Não é difícil ver essa Falangeira parar uma consulta no meio para ir ao centro do Terreiro dançar ao sons mágicos do atabaque. E logo que faz sua performance, retorna a seu trabalho, sobre os olhares encantados de todos os consulentes presentes. Sua roupagem vem nas cores vermelho e preto, muitas das vezes tem as bordas raiadas em amarelo ouro. Nunca deixa um consulente sem resposta, mesmo que não seja a resposta que o consulente deseja ouvir. Para essa Falangeira o que interessa é o entendimento das coisas, e se caso um consulente pedir algo, esse algo for levar esse consulente a um caminho de escuridão, ele será avisado com todos os detalhes, e se mesmo assim esse consulente teimar com esse pedido, Oyá Lario vai ficar mostrando a todo custo a cobrança que esse consulente sofrerá, até ele entender.
Oyá Adagangbará: De forma e característica jovem, grande ligação com Exú, essa Falangeira por muitas vezes se confunde com Oyá Lario, pois tem características, forma de chegada em terreiros e roças, e até roupagem muito parecido com a Falangeira Lario. A diferença maior se consiste em uma espada curta dourada, que Oyá Adagangbará traz na mão esquerda, na qual gira enquanto dança. O restante dos detalhes são praticamente iguais a Falangeira Oyá Lario.
Essas são as Falangeiras dessa poderosa e linda Orixá, que descrevemos resumidamente, pois precisaríamos muito mais que um texto para descrever tamanho poder dessa linha de falangeiros.
Fonte: https://umbandayorima.blogspot.com/
PARA SALIENTAR, CADA CASA PODE DIFENRENCIAR OU DIVERGIR DO QUE TENTEI PASSAR, NESSE CASO SIGA A ORIENTAÇÃO DO SEU DIRIGENTE. ALÉM DISSO, ALGUNS PODEM RELACIONAR ESSAS FALANGEIRAS COM CANCOMBLÉ, MAS NÃO PODEMOS ESQUECER QUE NOSSA UMBANDA HÁ SINCRETISMO COM NOSSA CO-IRMÃ.
ESPERO PODER CONTRIBUIR COM ESTAS INFORMAÇÕES
AXÉ!!!