Adê, na cultura iorubá, os reis e os nobres da sociedade usam adê (coroas); autêntica guerreira, carrega um alfanje (espada curva) ou espada, braceletes e pulseiras de cobre; Eruexim de rabo e Oguês de chifre.
Recebeu de Oxóssi uma espécie de erukerê especial, chamado de Eruexim, com o qual estaria protegida dos Eguns (espíritos desencarnados).
Oiá aprendeu com Omolu os segredos da morte, foi até o Reino dos Eguns para saber mais. Porém, chegando lá, os eguns começaram a atacá-la. Oiá não sabia como lutar. Oxóssi, que viu aquilo, lembrou-se de certa vez, quando estava caçando na mata e viu um egun correndo de um cavalo, mas percebeu que ele não estava com medo do cavalo e sim, de seu rabo.
Para ajudar Oiá, correu até a mata, caçou um cavalo, cortou seu rabo, amarrou em várias cordas, colocou dentro do bambu de Oiá e formou a ferramenta ERUEXIM.
Entregou a Oiá, que bateu com ele pra cá e pra lá, formando uma imensa tempestade, afugentando todos os eguns.
Oge (Oguê) – chifre.
Símbolo da cultura afro brasileira, inerente aos Orixás Oiá, Oxóssi e Obá.
Feito com chifre de boi ou de búfalo, utilizado para chamar os Orixás é também instrumento de percussão nos rituais internos de aguerê, sasanha, ilu, acará e agueré.
São os Oguês, que marcam e identificam as danças de Odé, Oxóssi o caçador.
Trazem a ancestralidade do orixá, tem finalidade específica de emanar a energia da fartura.
Os chifres de animais, como símbolo de
realeza, remontam os primeiros adornos de cabeça utilizados para distinguir o poder
de mando, precedendo, então, o uso das coroas.
Carybé, "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia".
Via Filhos do Rei de Oyó
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