Pomba Gira Sete Coroas: A Rainha das Coroas Terrenas e Celestes
Sua Vida, Amores e Queda
Pomba Gira Sete Coroas: A Rainha das Coroas Terrenas e Celestes
Sua Vida, Amores e Queda
Conta-se que, em vida, seu nome era Leonor de Almeida, nascida em uma família aristocrática do século XIX, em uma antiga fazenda de café no interior de São Paulo. Filha de um barão e de uma mulher mestiça — cuja origem africana era escondida como um segredo de família —, Leonor cresceu entre salões luxuosos e rezas de terreiro feitas em segredo pela ama de leite, Tia Zulmira, uma antiga filha-de-santo.
Desde jovem, Leonor deslumbrava a todos com sua beleza, inteligência e postura real. Mas, mais que isso, fascinava pelos olhos que pareciam ver além das aparências. Aprendeu francês, piano e etiqueta — mas também aprendeu, em silêncio, os pontos riscados, os banhos de descarrego e o poder das oferendas.
Seus amores foram intensos e sempre atravessados por desejo e poder:
- Dom Estevão, um coronel viúvo que a quis como esposa, mas não como igual.
- Isabel, uma costureira da casa, com quem trocava olhares proibidos nas varandas da fazenda.
- Padre Miguel, que a confessava e, nas sombras, a amava com culpa e paixão.
Quando seu pai descobriu seus “desvios” — os encontros secretos, as rezas africanas, a recusa em casar por conveniência —, a expulsou da casa. Disse que ela manchara o nome da família. Naquela noite, Leonor partiu com apenas uma mala, sete moedas de ouro e uma coroa de flores secas que Tia Zulmira lhe dera.
Sua Morte e Ascensão
Vagou por vilas, cidades e cortiços. Tornou-se curandeira, cartomante e conselheira das mulheres oprimidas. Dizem que usava vestidos rasgados, mas com colares de ouro; que bebia champanhe em taças rachadas; que dançava sozinha sob a lua, coroada de sete rosas vermelhas.
Foi traída por um amante que roubou suas moedas e espalhou boatos de que ela era bruxa. Perseguida, refugiou-se em uma igreja abandonada, onde, exausta e ferida, colocou sete coroas sobre a cabeça:
- A coroa da nobreza (que lhe foi negada)
- A coroa do amor (que nunca foi livre)
- A coroa da sabedoria (que a tornou perigosa)
- A coroa da dor (que a purificou)
- A coroa da vingança (que nunca usou)
- A coroa da liberdade (que conquistou)
- E a coroa da espiritualidade (que a elevou)
Ali, de joelhos diante de um altar quebrado, entregou sua última respiração.
Mas não morreu.
Naquela mesma noite, sete relâmpagos iluminaram o céu, e uma voz ecoou pelas ruas:
— Agora, todas as coroas me pertencem.
Assim nasceu Pomba Gira Sete Coroas — não uma alma penada, mas a soberana das honras terrenas e espirituais, aquela que concede reconhecimento, dignidade, status e poder justo.
Como Ela Trabalha e Em Que Linha Atua
Pomba Gira Sete Coroas atua na Linha das Almas, mas com forte ligação à Falange das Rainhas dentro da Quimbanda e da Umbanda de esquerda. Diferente de outras Pombas Giras mais ligadas à paixão ou à vingança, Sete Coroas trabalha com honra, prestígio, justiça social e elevação de status.
É invocada em situações como:
- Conquista de reconhecimento profissional
- Restauração da dignidade após humilhação
- Proteção contra inveja de sucesso
- Abertura de portas em ambientes de elite ou poder
- Fortalecimento da autoestima e carisma
Seu campo de força é o salão, o tribunal, o palco, o escritório de poder — qualquer lugar onde honra, nome e posição estejam em jogo.
Como Montar Seu Altar
O altar de Sete Coroas deve refletir realeza, elegância e poder espiritual:
- Cores: Vermelho-rubi, dourado, roxo e preto nobre
- Local: Local elevado, limpo e com dignidade (nunca no chão ou em banheiros)
- Itens essenciais:
- Sete coroas simbólicas (podem ser de metal, papel dourado, flores ou até tiaras)
- Velas douradas e vermelhas
- Taça de cristal com champanhe ou vinho tinto
- Espelho dourado (ela adora contemplar sua realeza)
- Cartas de baralho (Rainha de Copas, Rainha de Ouros)
- Bijuterias finas (colares, pulseiras, anéis)
- Flores vermelhas e douradas (rosas, orquídeas)
- Ponto riscado de Sete Coroas
- Foto de uma mulher negra ou mestiça coroada (em respeito às raízes)
Evite objetos quebrados, sujos ou de plástico barato. Ela é rainha — exige beleza com intenção.
Oferendas para Situações Específicas
Para conquistar reconhecimento profissional:
Ofereça sete moedas douradas, champanhe e uma coroa de papel dourado com seu nome. Acenda uma vela dourada e diga:
“Sete Coroas, rainha dos tronos invisíveis, faze com que meu nome seja lembrado com respeito e admiração.”Para restaurar a dignidade após traição ou humilhação:
Use sete pétalas de rosa vermelha, mel e um espelho limpo. Olhe-se nos olhos e declare:
“Sete Coroas, devolve-me minha coroa. Que ninguém mais me faça sentir menor.”Para proteção contra inveja de sucesso:
Coloque sete alfinetes dourados em uma laranja. Enterre na raiz de uma árvore frutífera com uma vela roxa, pedindo:
“Sete Coroas, cerca-me com teu manto real. Que a inveja se quebre diante do meu brilho.”
Magia Simples: Banho da Coroação
Na véspera de domingo (dia de realeza), prepare um banho com:
- 7 pétalas de rosa vermelha
- 7 folhas de louro
- 1 colher de mel
- Água de coco
Após seu banho comum, jogue do pescoço para baixo, dizendo:
“Sete Coroas, coroa-me com dignidade, com poder e com graça. Que eu caminhe como rainha, mesmo nos dias de lama.”
Pomba Gira Sete Coroas não dá riqueza fácil — dá dignidade que atrai riqueza.
Não oferece fama vazia — concede reconhecimento merecido.
Ela não serve a quem se ajoelha por medo — mas abençoa quem se levanta com orgulho.
Para quem honra seu nome com verdade, ela é a mãe que devolve a coroa que o mundo roubou.
#PombaGiraSeteCoroas #SeteCoroas #Umbanda #Quimbanda #RainhaDasCoroas #PombaGiraReal #EspiritualidadeAfroBrasileira #MagiaDeHonra #ElevaçãoEspiritual #ForçaFeminina #ReconhecimentoJusto #AltarDePombaGira #MagiaComRespeito #LeonorDeAlmeida #CoroasTerrenas #PrestígioEspiritual #MagiaPrática #Dignidade #RainhaDasAlmas #PoderComGraça