Pomba Gira Maria Mulambo das Rosas: A Rosa que Floresceu nas Sombras
Por uma alma que conheceu o abismo e se ergueu como chama sagrada
Pomba Gira Maria Mulambo das Rosas: A Rosa que Floresceu nas Sombras
Por uma alma que conheceu o abismo e se ergueu como chama sagrada
Capítulo I: O Nascimento de uma Alma Marcada
Na virada do século XIX, nas vielas úmidas e esquecidas do subúrbio de Salvador, Bahia, nascia Maria das Rosas, filha de Dona Elvira, uma costureira solteira e devota de Santa Bárbara, e de Sebastião, um marinheiro errante que jamais soube da existência da menina. A gravidez foi fruto de um encontro passageiro, uma noite de carnaval sob luar prateado, onde promessas foram feitas e quebradas antes do amanhecer.
Desde cedo, Maria foi marcada pela pobreza, mas também por uma beleza incomum — olhos escuros como breu, lábios vermelhos mesmo sem batom, e uma risada que ecoava como sino de igreja abandonada. Sua mãe, apesar do amor, vivia atormentada pelo julgamento alheio. Criaram-na entre retalhos de tecido e rezas baixas, na tentativa de protegê-la do mundo cruel que já a apontava como “filha do pecado”.
Capítulo II: Amores que Queimaram como Fogo
Na adolescência, Maria encantava todos os rapazes do bairro. Seu primeiro amor foi Joaquim, um sapateiro de mãos calejadas e coração mole. Juraram-se eternidade aos pés de uma mangueira em flor. Mas Joaquim, pressionado pela família, casou-se com uma moça “de boa linhagem” e abandonou Maria grávida.
Sozinha novamente, ela perdeu o bebê em um parto prematuro, chorando sob um céu sem estrelas. Foi então que conheceu Zé Pequeno, um malandro de sorriso fácil e promessas ainda mais fáceis. Ele a levou para o Rio de Janeiro, prometendo fama, luxo e liberdade. Lá, Maria se tornou “Mulambo” — apelido dado por sua elegância mesmo em trapos, por sua capacidade de brilhar mesmo na lama.
Mas Zé a traiu com todas as mulheres do cabaré onde ela dançava. Humilhada, Maria voltou para Salvador, agora com o coração endurecido e os olhos cheios de fumaça.
Capítulo III: A Morte que Não Foi o Fim
Foi numa noite de São João, em 1923, que Maria Mulambo das Rosas encontrou seu fim terreno. Após uma discussão violenta com um cliente que a insultara chamando-a de “mulher perdida”, ela foi empurrada de um sobrado antigo no Pelourinho. Caiu sobre um canteiro de rosas vermelhas — suas flores prediletas — e morreu com um sorriso triste nos lábios, como se soubesse que aquilo era apenas o começo.
Seu corpo foi enterrado em cova rasa, sem nome na lápide. Mas sua alma... sua alma não descansou.
Capítulo IV: A Ascensão como Pomba Gira
No plano espiritual, Maria foi acolhida por Exu Tranca-Ruas, que viu nela a chama da justiça, da paixão e da vingança sagrada. Sob sua tutela, ela se fortaleceu, purificou suas dores e transformou seu sofrimento em poder. Foi então apresentada a Oxum, a orixá do amor, da beleza e da riqueza, que a abraçou como filha espiritual.
Assim nasceu Pomba Gira Maria Mulambo das Rosas — uma entidade da Linha das Almas, mais especificamente da Falange das Pombas Giras Encruzilhadas, comandada por Exu Rei das Sete Encruzilhadas. Ela atua nas sombras do desejo, da justiça kármica, da libertação feminina e da magia do amor verdadeiro — mas também do amor que fere, quando necessário.
Ela não é do bem nem do mal. Ela é da verdade.
Capítulo V: Como Trabalha Maria Mulambo das Rosas
Maria Mulambo das Rosas trabalha com as almas feridas, especialmente mulheres que sofreram abusos, traições ou opressão. Ela desmancha demandas, abre caminhos amorosos, atrai paixões intensas, mas também devolve o mal feito com justiça implacável. Sua energia é forte, sensual, direta — e jamais tolera falsidade.
Ela é comandada por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e tem ligação direta com Oxum, embora também dialogue com Iansã, por sua força guerreira, e com Pomba Gira Rainha das Sete Encruzilhadas, sua irmã espiritual.
Capítulo VI: Montando o Altar de Maria Mulambo das Rosas
O altar deve ser montado em local reservado, preferencialmente sobre uma toalha vermelha com detalhes pretos ou roxos. Elementos essenciais:
- Imagem ou ponto riscado de Maria Mulambo das Rosas (pode ser uma representação de uma mulher com vestido vermelho, cigarro na mão, coroa de rosas murchas e espelho ao lado).
- 7 rosas vermelhas (frescas ou de pano, renovadas semanalmente).
- 1 taça de licor de cereja, morango ou coca-cola (ela adora bebidas doces e fortes).
- 1 vela vermelha (acendida às quartas ou sextas-feiras).
- 1 espelho pequeno (para refletir energias e atrair autoestima).
- Perfume de jasmim ou patchouli (pulverizado no altar).
- Moedas antigas ou bijuterias (símbolos de valorização feminina).
- Cigarro de palha ou incenso de mirra (para limpeza e conexão).
Nunca use velas brancas — sua energia é da paixão, não da pureza ingênua.
Capítulo VII: Oferendas para Situações Específicas
🔥 Para atrair um amor verdadeiro:
- Ofereça 7 pétalas de rosa vermelha + mel + canela em um pires, sob a luz da vela vermelha. Peça com sinceridade:
"Maria Mulambo, rainha das rosas caídas, traze-me um amor que me respeite, me deseje e me eleve. Que não me use, não me minta, não me abandone. Assim seja!"
⚖️ Para justiça contra traição:
- Escreva o nome da pessoa em um papel vermelho, envolva com espinhos de rosa e queime com uma vela preta. Diga:
"Maria Mulambo, espelho da verdade, devolve a essa alma o peso de sua falsidade. Que ela sinta na carne o que fez meu coração sangrar."
💎 Para autoestima e empoderamento:
- Banho de água de rosas + sal grosso + vinagre de maçã após o banho comum. Enquanto se enxuga, diga:
"Sou rosa entre espinhos, sou fogo entre cinzas. Maria Mulambo, me ensina a brilhar sem pedir licença."
Capítulo VIII: Magias Simples com Maria Mulambo
🌹 Magia do Espelho Encantado (para atrair paixão):
- Pegue um espelho pequeno. Passe perfume de jasmim nele. Acenda uma vela vermelha diante dele e diga por 7 noites seguidas:
"Maria Mulambo, rainha das encruzilhadas, que meus olhos sejam desejados, meu nome sussurrado, meu corpo venerado. Que [nome da pessoa] sinta minha falta como o corpo sente o fogo. Assim eu peço, assim será."
🕯️ Magia da Rosa Murcha (para cortar laços tóxicos):
- Pegue uma rosa vermelha murcha. Enterre-a sob uma árvore à meia-noite, dizendo:
"Maria Mulambo, corta com teu punhal de espinhos todo vínculo que me prende à dor. Que [nome] se vá como pétala ao vento, sem olhar para trás."
Epílogo: A Rosa que Nunca Murchou
Maria Mulambo das Rosas não é uma lenda. Ela é memória viva de todas as mulheres que foram chamadas de “mulambos” por ousarem amar, sonhar, existir. Sua morte foi triste, sim — mas sua ascensão foi gloriosa. Hoje, ela dança nas encruzilhadas, fuma charutos com Exu, bebe licor com Oxum e sussurra nos ouvidos das que choram:
“Levanta, filha. Tua dor é tua coroa. Teu sangue, tua magia.”
E onde há uma rosa vermelha caída no chão... saiba: ela esteve ali.
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Respeite. Ofereça. Agradeça. E nunca peça o que seu coração não possa sustentar. 🌹🔥