*Exú Calunga*
(Syrach) -Chamava-se Sebastião e sabe-se que teria tido uma existência no século XIX, algures no estado de Minas Gerais. Terá sido filho de ex-escravos, e que "a abolição havia sido proclamada quando ele nasceu", o que remete ao ano de 1888. Relatou que teve 11 irmãos e que faleceu aos 54 anos, vítima de meningite.Ele era revoltado com as maldades que os negros sofriam na época. Em virtude desse sentimento começou a praticar trabalhos espirituais contra aqueles que considerava merecedores, acreditando então que estava fazendo algum tipo de "justiça".
A sua existência mudou em um dia em que estava numa cachoeira, praticando um de seus trabalhos, quando teve a visão de um "espírito de Luz", uma mulher, que o alertou sobre o mal que fazia e que, do mesmo modo que trazia coisas más com a sua "prática", também poderia trazer coisas boas. Esta visão marcou-o e levou-o a repensar nas suas práticas.Permaneceu no Umbral por muito tempo, onde perdeu a sua forma humana e se transformou numa entidade sofrida e isolada. Quando cansado de sofrer se rendeu, começou o processo do auto-perdão, vindo a ser recolhido a uma instituição de assistência. Aí passou a auxiliar espíritos que, como ele, faleceram com culpa, e também aqueles que havia prejudicado.
Atua na ordenança de Omulú e comanda uma falange de 18 Exús, apresentando-se como um anão. Também chamado de Gnomo, Calunguinha, Duende ou Saci. Comanda mais quinze outros Exús, que são: Quebra-Galho, Pombo-Gira, Tranqueira, Sete Poeiras, Gira Mundo, Das Matas, Dos Cemitérios, Morcego, Sete Portas, Sombra, Tranca Tudo, Pera negra, Capa preta e Marabá.
CARACTERÍSTCAS
Fumo:Charuto comum
Bebida:Whisky, conhaque, gim e cachaça.
Atuação:Cemitério.
Ferramentas: Ponteira, madeira de cedro, folhas de cedro, pemba, tridente em ferro, crucifixo em ferro.
Velas:Preta, preta e vermelha.
Guias:Preta com firma ou ponteira em tridente ou crucifixo