Como nossas entidades nos escolhem?
A resposta é simples. Eles (entidades) são nossos ancestrais. Já foram nossos familiares e ou estiveram conosco em vidas passadas.
É importante compreender que todos nós somos protegidos por espíritos e isso não está relacionado a nossa religião ou a mediunidade. Muitos desses protetores são espiritos com os quais já tivemos contato em algumas de nossas passagens aqui na Terra.
É provável que seu exu, por exemplo seja o seu tataravo, ou foi alguém de seu convívio em vidas passadas.
O fato é que eles nos escolhem por afinidade, por amor e por ter a missão de nos conduzir aos bons caminhos, porque somos espíritos importantes para eles.
Mas cuidado!! Esses espíritos além de nos proteger também executam diversos trabalhos no campo espiritual e não estão exclusivamente atuando por nós. Muitas vezes essa relação de proximidade não nos é revelada para não interferir em nossa evolução espiritual, pois talvez não saberíamos lidar com essa relação.
Para exemplificar o que foi explicado acima, vou deixar um breve relato de um fato ocorrido entre mim e o Caboclo 7 Flechas, entidade com a qual eu trabalho:
Este mesmo caboclo trabalhava e protegia meu avô materno (médium de umbanda) que era filho de portugueses. Isso indica que ele (7 Flechas) é meu ancestral, pois vem protegendo a minha família há algumas gerações.
Certo dia, em uma de nossas giras, ele revelou que havia sido padre nas duas últimas reencarnações e que em uma dessas existências, éramos muito próximos e atuávamos juntos realizando exorcismos pela Igreja Católica. O detalhe interessante dessa estória é que desde criança eu sonhava com exorcismos. Eram sonhos recorrentes onde eu me via expulsando espiritos trevosos do corpo de outras pessoas. Isso nunca me causou medo, mas sim um deja vu. Além disso, sempre tive um certo fascínio por igrejas antigas e badalar de sinos (sempre que ouço meu coração dispara). Depois que ele trouxe esse relato (há cerca de 3 anos), parei de sonhar com exorcismos.
Nesse mesmo dia ele contou também que em sua última passagem pela Terra, nasceu em Portugal (detalhe para ascendência de meu avô) atuando novamente como padre. No meio de sua vida, veio para o Brasil recém colonizado, para trabalhar na catequização de índios, onde foi morto a flechadas por uma tribo indígena. Por esse motivo recebeu a oportunidade de trabalhar na egrégora do caboclo 7 Flechas.
Imagino que ele seja um dos primeiros espíritos dessa falange, levando em consideração o período de sua última vida aqui no plano físico, há aproximadamente 500 anos, antes mesmo do surgimento da umbanda.
E você? Também tem alguma estória interessante com suas entidades? Deixe aí seu relato nos comentários.
Texto: André Luiz
Zelador do Terreiro de Umbanda Caboclo 7 Flechas (TUCASF)