Falamos lá que a nossa Aura é um halo energético resultante de diversas energias que criamos ou geramos, entre as quais as próprias energias metabólicas, dissemos que funciona como um Escudo Energético e descrevemos algumas situações relativas ao seu possível enfraquecimento.
Falamos também sobre como um obsessor esperto mina esse escudo e até mesmo as defesas psíquicas de um "sujeito alvo", não o atacando frontalmente, a não ser a partir do momento em que ele se entrega ou, diretamente sim, somente se encontrá-lo já enfraquecido e chegamos a dizer exatamente isto:
Falamos também sobre como um obsessor esperto mina esse escudo e até mesmo as defesas psíquicas de um "sujeito alvo", não o atacando frontalmente, a não ser a partir do momento em que ele se entrega ou, diretamente sim, somente se encontrá-lo já enfraquecido e chegamos a dizer exatamente isto:
"Quando uma pessoa chega ao ponto de estar obsedada por uma entidade espiritual é sinal de que suas defesas espirituais e energéticas (aura) já foram vencidas e a própria vontade dessa pessoa já depende em maior ou menor grau, da vontade do obsessor. Qualquer tentativa de afastamento por meios descontrolados pode ser fatal, pois em não poucos casos, a presença do obsessor torna-se fator importante na vida do obsedado."
Para uma melhor compreensão do que se vai dizer daqui pra frente, vamos considerar:
ENCOSTO ESPIRITUAL = Um ente espiritual ou energético (forma - pensamento) que se aproxima da "vítima" por algum interesse que pode ser momentâneo ou até duradouro, o que vai depender do fato do "encostado" continuar a fornecer-lhe, ou não, o ou os elementos que atraíram esse ente. Pode ter se agregado à vida do encarnado por puro acaso, por atração do próprio em função de ter a Aura irradiando a energia necessária ao ente, podendo, o primeiro contato, ter se dado até mesmo em algum lugar freqüentado (casa de parentes, amigos, bares, boates, etc.) ou na passagem pela porta de um desses lugares que "expulsam diabos" mas não os encaminham, deixando-os soltos para se apegarem ao mais próximo descuidado.
Chamamos assim, de ENCOSTO, porque esses entes não costumam CRIAR RAÍZES ENERGÉTICAS profundas, a não ser, como já disse, se encontrarem facilidades crescentes no fornecimento do que esperam absorver.
Há também o "Encosto Familiar". Neste caso, um ser familiar e desencarnado encosta-se em alguém, ou por maldade ou mesmo achando poder ajudar, ainda que não saiba como, acabando por atrapalhar ainda mais. Esse tipo de Encosto costuma acontecer muito quando os entes encarnados, por sofrerem demais com a "perda", acabam atraindo a atenção e a presença do desencarnado ainda não encaminhado. E há também aqueles entes familiares que, ou por não entenderem já terem desencarnado, ou acharem que devem, por si próprios permanecem agarrados ao seio familiar.
A positividade ou negatividade deste tipo de Encosto ficará por conta do grau evolutivo do desencarnado e a compreensão de seu estado pós desencarne, já que "os sofredores materiais" estarão sempre de "guarda aberta" para que a atuação se dê.
Se o ente familiar encostado for daquele tipo dominador, tenderá a exercer seu domínio sobre o encarnado mais frágil, mediunicamente, ou o que mais elos energéticos de simpatia ou medo teve com ele quando em vida - esta situação poderá evoluir para um tipo de obsessão.Neste caso específico, já que estamos aprofundando os estudos, há também a possibilidade do encarnado atrair, não o ESPÍRITO familiar e sim seu Cascão Astral(1) caso o desencarnado já se tenha desvencilhado dele, pelo fato de já ter migrado dos Planos Astrais para Planos Superiores cujas especificações não nos cabe ainda aqui. Este acaba virando "um caso sério", já que esses Cascões, por não possuírem raciocínio (serem como zumbis), apenas absorvem energias exaladas pelos encarnados, energias estas que são estimuladas através de RECORDAÇÕES que causem tristezas e "dores íntimas" (e conseqüentes depressões em diversos níveis) por fatos ou pela pessoa que se foi, transformando-se, instintivamente, em verdadeiros vampiros astrais. Neste nível já acontece a obsessão - ato irracional, compulsão.
Ainda sob a classificação de ENCOSTOS, podemos enquadrar a atuação de entidades espirituais e/ou elementais que, de certa forma, são enviadas para uma determinada tarefa, quase sempre nefanda - destruição de uma forma geral, seja lá em que aspecto da vida.
Mas estes não seriam obsessores? Perguntariam alguns!
Podem até se transformar em, mas inicialmente atuam como Encostos e já neste nível conseguem, pela fúria e estimulados por "presentes", provocar desequilíbrios na vida do "sujeito alvo".
Não são obsessores em sua essência porque:
1- Não possuem vínculos energéticos anteriores, atuais, ou de vidas anteriores com o "sujeito alvo";
2- Tendem a executar suas tarefas o mais rápido que podem e se afastarem, retornando ao mandante em busca de mais "presentes" e talvez mais "tarefas", tal qual fazem os cães que atacam as vítimas ao comando de seus donos;3- São mais facilmente detectáveis e até "mais facilmente afastáveis" pelo fato de agirem mais violentamente, logo acusando sua(s) presença(s) e normalmente em função do que vão ganhar. Sabendo disto, muitos grupamentos espirituais os tratam através de trocas - oferecem o que ganharam e talvez mais alguma coisa, para que deixem a vida do encarnado e até mesmo se voltem contra quem os enviou, não sendo este o procedimento natural (é preciso que fique bem claro) de um Real Terreiro de Umbanda, por "N" motivos que podem ser especificados em outra oportunidade.
OBSESSOR ESPIRITUAL = Um ente do Plano Astral (humano ou elemental, ambos elementares) que, seja por motivo de cobranças entre vidas, seja por um processo de evolução da fase de Encosto para esta, seja por endividamento criado ainda nesta encarnação (pessoas que prometem, alcançam e não pagam, por exemplo) PERSEGUE A SUA VÍTIMA causando-lhe um sem número de males, tanto espirituais quanto materiais.
Diferentemente dos processos de Encosto, neste sempre há elos (vínculos) energéticos que atam encarnados e desencarnados, o que pode vir a ser um tremendo problema para a "cura espiritual" tanto de um quanto de outro, sendo essa dificuldade diretamente proporcional ao grau de INVOLUÇÃO ESPIRITUAL e às vezes até CULTURAL, tanto da entidade atuante quanto do encarnado. No primeiro caso devido ao grau de ainda selvageria mental com que se apresentam estas entidades e no segundo devido à pouca ou nenhuma compreensão sobre o que se pode lhes transmitir de mensagens edificantes, evolutivas, etc.
Esses vínculos, elos, enlaces que se formam por dívidas, sejam elas cármicas ou não, são elementos dignos de análise mais profunda porque em todos os casos, parece haver uma interação, um entrelaçamento energético tão forte entre uns e outros que a simples retirada ou afastamento do obsessor chega a causar, em alguns casos (que dependem do quanto de enraizamento energético exista entre os entes envolvidos), diversos males, agora de natureza psíquica no encarnado que passa a sentir como se lhe "faltasse algo" na vida, em sua existência.
Alguns podem até achar uma comparação esdrúxula (incomum e até extravagante), mas a sensação é bem próxima ou até igual em muitas vezes, àquela por que passa um encarnado que, mesmo sofrendo ao lado de seu cônjuge, por décadas, sofre ainda mais se por algum motivo ele ou ela se afastar ou morrer. Só quem já passou por uma experiência destas pode aquilatar o "vazio de alma" daí decorrente e a falta até mesmo das brigas e discussões por motivos fúteis, às vezes, mas que já faziam parte da vida comum.
Quem já não ouviu a famosa frase: "Ruim com ele(a), pior sem ele(a)?"
Em nosso caso específico de obsessão espiritual, "a coisa" não é muito diferente, principalmente se essa obsessão advier de causas anteriores à vida atual, porque não só o mental encarnado, como o próprio Espírito do encarnado em si, de tão vinculado que está ao obsessor, acaba por lhe sentir a falta, AINDA QUE INCONSCIENTEMENTE!
Resultado disto?
Muitas vezes (se não houver um acompanhamento psicológico) processos depressivos bastante complicados, síndromes de pânico, etc., que poderão desencadear processos auto-obsessivos conforme já analisamos.
Mas Claudio! Você acha que uma pessoa que se livre de um fardo espiritual pode mesmo sentir falta dele a ponto de se predispor a uma auto-obsessão?
Não só pode como não é muito incomum não!
É claro que quando o ataque do obsessor é grosseiro e provoca grande males físicos e espirituais, a tendência não é esta e sim a de se ver livre o mais rápido possível do estorvo, voltando à vida normal sem sequer se lembrar que um dia aquilo aconteceu - o fato da descoberta e do afastamento. No entanto há processos obsessivos mais elaborados em que o obsessor vai se infiltrando devagarinho na vida do encarnado e muitas vezes, até que demonstre seu real objetivo, "vai dando corda" (como se costuma dizer) na vida do "alvo".
Já vimos o caso daquela senhora que julgava receber um "MEDALHÃO ESPIRITUAL" que falava em várias línguas ainda no primeiro volume e vimos também no que deu, certo?
Então vou repetir o que já disse lá, palavra por palavra:
Veja bem!
"Qualquer obsessor, por mais burro que seja (e normalmente eles não são nada burros), se tem em mente dominar uma pessoa, vai facilitar-lhe sempre aquilo que ela ache que mais precisa - nesse caso a admiração de tantos quanto cercavam essa senhora. É desse modo que ele ganha confiança! É desse modo que ele vai conseguindo aos poucos, estreitar os laços que o unem ao ser encarnado até chegar ao ponto de se tornar imprescindível, em muitos casos, a sua presença. Anote isso!"
E quem anotou e passou a observar melhor certas manifestações mediúnicas ainda existentes ou analisou a "queda mediúnica" de muitos "EX BABÁS" ou "EX YAYÁS", com suas conseqüentes fugas para outros grupos religiosos, inclusive seus ataques às mesmas coisas que eles mesmos faziam antes, entendeu bem o quanto de reais ENCOSTOS e OBSESSORES se apresentavam como GUIAS ESPIRITUAIS dessas pessoas, normalmente movidas pela intenção de FAMA, DINHEIRO E PODER. Será que mudaram também seus objetivos primários nessa outra religião ou seita? Ou estão apenas "cuspindo nos pratos em que comeram"?
-"Mas fulana eu conheci. Recebia "Vovó X" e curava os filhos com suas rezas".
-"Cicrano tinha um "Caboclo Y" que só de chegar já botava tudo que é kiumba pra correr".
-"Como é que eles poderiam ser Obsessores ou Encostos?"
Mais uma vez uma análise superficial da entidade pelos "efeitos especiais" com que consegue enfeitiçar os mais ingênuos.
Retorne ao que eu disse acima (sobre como agem os obsessores menos burros) e lembre-se claramente de uma coisa: Qualquer "Nome" ou "Título" que uma entidade possa vir a dar, também pode ser puramente fictício e puramente fruto de MISTIFICAÇÃO. Curas, qualquer entidade mais terra a terra é capaz de fazer, desde que tenha aprendido a manipular energias, não sendo necessário qualquer tipo de EVOLUÇÃO ESPIRITUAL, mas sim conhecimento de técnicas de manipulação energética. Pseudo-afastamentos de kiumbas pela simples presença, podem não passar de simples acordo entre entidade e seus próprios asseclas com fins de, como já explicamos: PURO IMPRESSIONISMO VISUAL! Com que fins? Deixo pra você esta conclusão! Só não subestime a inteligência de qualquer espírito, seja para o bem ou para o mal em cada situação, sob pena de ser brutalmente penalizado(a) e acabar tendo que migrar também para outras religiões ou seitas.
Os que gostam de viver de ilusões, no mundo da fantasia; os que continuam achando que porque o espírito está "do outro lado", já virou anjo, deva ou orixá, são, certamente, os alvos mais visados, tanto para ENCOSTOS quanto para OBSESSORES que tenham trazido de outras eras ou com os quais tenham assumido dívidas na presente vida!
Uma outra técnica utilizada, tanto por Encostos, quanto por Obsessores (mais por estes últimos), é aquela em que o "sujeito alvo" não é atacado diretamente e sim por tabela, como costumamos dizer.
Nesta técnica o ente espiritual, não conseguindo atuar diretamente no "alvo", procura alguém próximo a ele - normalmente irmão ou irmã, mãe, pai, amigo(a) muito chegado(a), esposa ou marido, etc. - e, atuando em seus psiquismos, começa a provocar brigas, desentendimentos e/ou todas as formas possíveis de confusões, de uma forma tal que "o alvo", se for médium, mesmo atuante, vai ficando sensibilizado por essas situações, chega a duvidar da própria Guarda Espiritual que julga acompanhá-lo, no que não costuma estar errado, pois caso contrário o processo obsessivo se daria diretamente sobre ele(a).
Por desconhecimento pessoal desse tipo de "técnica de ataque" (falta de estudos específicos) e mesmo sendo um bom médium e estando acompanhado de entidades positivas para si, mas de não grande visão espiritual(2) (esse é um outro detalhe ao qual muitos de nós não damos importância, mas é primordial, principalmente para quem almeja posto de Direção de Terreiro) o antes bom médium começa enveredar pelo caminho da dúvida que provoca a hesitação, que provoca aos poucos a desconexão com seu(s) antes protetor(es), que provoca, por fim, a abertura de guarda para a infiltração do obsessor. Este por sua vez, se for daqueles espertos, vai aparecer, não como um vigoroso atacante, mas sim como o "salvador da pátria" - "uma entidade bem forte que vem pra acabar com aquela demanda toda" (observe as aspas e entenda o que quer dizer).
O que faz nosso "alvo" diante de toda aquela demonstração de força e vigor? Claro ... confia inteiramente seus caminhos a esse "novo amigo", "forte e poderoso", como se mostra.
E tome trabalhos, e tome matanças, e tome isto e mais aquilo, sem que o "alvo" consiga perceber que passou a alimentar e fortalecer ainda mais os amiguinhos de seu "novo amigo" e a ele próprio, é claro. Seus antigo protetores? Nem aí! E se aparecer alguém dando o mesmo nome ritual anterior, ou sempre foi da gang ou é outro que aparece agora desta forma, para dar um certo ar de confiabilidade a tudo que se está fazendo.
Como o "pessoalzinho" que criava toda a confusão familiar, por exemplo, era dessa mesma gang, (ou era até ele mesmo) com a entronização do "chefe", vão deixando de atuar nos familiares, amigos, etc., dando ao "alvo" a sensação de que "tudo está correndo às mil maravilhas" - mais uma "prova de que o caminho escolhido foi o correto" (observe novamente as aspas).
Como testar poder-se estar passando por um processo parecido? Simples. Uma das formas é esta: Pare de fornecer as "obrigações" regadas a ejé (menga, sangue), pare de servir este "novo amigo" com todos os objetos materiais que costuma pedir, para causar seus impressionismos visuais, "suas curas", e veja como vai ficando a sua vida.
Mas será que você será corajoso(a) o suficiente para tentar isto? Porque se você a ele acorrer pelo novo avesso em sua vida, com certeza a resposta será algo parecido com: "Você não está cumprindo com suas obrigações! Como posso ajudá-lo?"
- "E se o "salvador da pátria" não me pedir nada em particular?"
Perceba o teor das "obrigações" que ele(a) passa a pedir dos consulentes. Os mais espertos, com a finalidade de não espantar "o alvo", pedem de outros o que necessitam para si próprios, sempre no intuito de "se materializarem" cada vez mais e com isto assumirem ainda mais a vida, não só de seu médium, como também a de outros incautos encarnados (lembre-se de que não costumam trabalhar sozinhos) que com eles comunguem em formas de pensar e agir.
-"E se nem isto de pedir aos outros acontece?"
Se é um espírito obsessor, com certeza já está tão misturado na essência energética do médium, que nem precisa mais dessas coisas - não é mais um simples obsessor porque já controla o encarnado o suficiente para comandar-lhe todas as vontades.
Lembro aqui, de novo, o caso da senhora que acabou se atirando pela janela por contrariar o desejo de seu "protetor" e, novamente, as mortes trágicas dos sucessivos médiuns do "famoso Dr. Fritz".
E aqui vai mais um aviso aos ingênuos que acham não precisarem estudar e estarem sempre atentos.
Um dos grandes problemas atuais da Umbanda concentra-se no pouco preparo cognitivo de alguns que se alçam aos postos de Chefes de Terreiro, com seja lá o título que resolvam assumir. Não é só a avareza, a prepotência, as futilidades, a vaidade, etc., ("qualidades" estas sempre atrativas para espíritos do mesmo naipe) que acabam levando o médium ao desastre, mas também e principalmente o GRAU DE INGENUIDADE E DESPREPARO no reconhecimento sobre QUEM ESTÁ DO OUTRO LADO E SUAS VERDADEIRAS INTENÇÕES.
Duvida disto? Então pague pra ver! Mas não se esqueça de que muitos também duvidaram antes e hoje ...
E tenha sempre em mente o que já nos dizia o célebre Caboclo Mirim: "UMBANDA É COISA SÉRIA PARA GENTE SÉRIA!"
Eu diria: para gente MUITO SÉRIA!
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(1) - Uma boa explicação sobre Cascões Astrais você pode encontrar no Livro "O Plano Astral" de C.W. Leadbeater - EDITORA PENSAMENTO
(2) - Dependendo do Nível Astral em que se encontrem determinadas entidades, elas podem ou não, perceber a presença de outros tipos que pertençam a Níveis Astrais diferentes daquele em que se encontra. Entidades de Baixos Níveis Astrais, por exemplo, ainda que possam ser positivas para o médium, podem não perceber a presença de outras de nível imediatamente superior, não querendo isto dizer que estas últimas sejam mais positivas.