domingo, 8 de julho de 2018

PROCESSOS OBSESSIVOS II

PRAGAS E MALDIÇÕES - PRESENTES OU "HERDADAS"

Antes de tudo e para que você não esqueça, ampliando um pouquinho mais os conceitos, considere:
SENSITIVO: Indivíduo que é capaz de sentir (e até ver) influências de energias extra-corpóreas até mesmo de entidades espirituais a ele alheias, ou não. Pode aprender a lidar com sua sensibilidade e usar este aprendizado, tanto para se defender quanto para ajudar, por orientações, a outras pessoas. Não é obrigatoriamente um médium porque seu corpo físico, ou qualquer parte dele, não é tomado por outras entidades espirituais para contatos diretos com outros vivos.

MÉDIUM: Indivíduo que pode, além de sentir (e até ver) essas energias e entidades, servir de intermediário desses espíritos para contatos com outros seres encarnados. Nesse caso, entidades espirituais podem lhe tomar emprestada a mente, partes do corpo (como no caso da psicografia), ou todo ele.

Vamos ao tema então.

Quem já não ouviu a célebre frase: "Praga de madrinha ..." ?

Quem, por atrasos em sua vida, já não escutou de alguém: "Isso é praga de ..." ?

E quem já não soube ou mesmo passou pela experiência de se sentir amaldiçoado, de tanto que a "vida dá pra trás"?

E mais recentemente, quem não está escutando por aí, nas televisões, em certas pregações, que existe uma tal de "maldição hereditária", do tipo que vem de pai pra filho e segue até a "enésima" geração, se não houver intercessão?

Acontece que, na maioria das vezes, Maldições e Pragas, nada mais são do que frases ou afirmações negativas proferidas com muita ira e direcionadas por alguém, que consegue, com muita "força psíquica" (chamavam magnetismo animal), afetar o inconsciente de outro alguém ou até mesmo "alguéns" que, por MEDO, por FRAGILIDADE PSÍQUICA, por CRENÇA FANÁTICA, por COMPLEXOS DE INFERIORIDADE ainda que LATENTES, deixa-se impressionar de uma forma tal que, a partir deste momento (do momento em que escuta a praga ou maldição, ou mesmo que alguém afirme que exista - é importante frisar isto), começa a criar seus próprios fantasmas, diabos, infelicidades, doenças ...

Mas como é que isto, às vezes, é capaz de levar uma pessoa a ter todas as espécies de "má sortes", de atrasos, de doenças ...?

Vamos analisar bem calmamente, tentando fazer as devidas conexões.

Duas opções a serem analisadas:

1- O "amaldiçoador" ou "praguejador" tem realmente fortes contatos com o que chamamos de Baixo Astral e, sabendo-o ou não, consegue jogar (por força mental) pra cima do "alvo" ENTIDADES ELEMENTARES NATURAIS, não pensantes ainda e apenas obedientes, que a partir daí vão "se colar" na vida do "alvo", obedecendo, letra por letra, aquilo que lhes foi passado em pensamento - não se esqueça de que as palavras não existem sem que antes nelas tenhamos pensado, mesmo que disso não nos apercebamos e, neste caso, muito fortemente (a ponto de determinar COMANDO), e absorvendo dele toda e qualquer energia contrária às suas "vontades".

Este é o caso dos que chamamos de Magos Negros que às vezes nem mesmo sabem que o são, mas o são por terem como acompanhamento, provavelmente por injunções cármicas, tanto Espíritos como Elementais, ELEMENTARES e suficientemente "robôs" para que o obedeçam "sem pestanejar".

Ainda nesta possibilidade, o "amaldiçoador" pode ter um grau de "força de pensamento" tão forte, pode imprimir tanta ira em cada palavra, que no momento da praga ou maldição, cria, ele mesmo, as FORMAS PENSAMENTO de que falamos na primeira parte. Essas formas-pensamento artificiais (formas muito elementares de energia), sob as mais diversas formas físicas (até de diabos) passam então, a atazanar (supliciar) a vida do "alvo", que, se tiver medos, se absorver, mesmo que inconscientemente as palavras das pragas ou maldições como verdades, acaba por facilitar sobremaneira a atuação.

Como são apenas formas-pensamento em suas orígens, passam a se nutrir dos medos, receios e pânicos que semeiam ainda mais no "alvo", já que dessas emoções, ou melhor, da ENERGIA QUE PERDEMOS OU EXALAMOS QUANDO AS TEMOS se nutrem e, através delas (e outras de orígem orgânica) que vão crescendo ao longo do tempo se nada lhes vier contra.

2- Na segunda opção, teremos aquelas pessoas tão inseguras, tão medrosas dos "diabos" que infestam suas mentes, tão dependentes, que nem precisam de um real mago negro lhes envie uma praga ou maldição e até pelo simples fato de saberem ser isto possível e acharem que alguém que conheçam lhe lançou a "maldição", ou é "um macumbeiro", acabam criando para si próprios, o inferno, através do que já explicamos como Auto-Obsessão.

É interessante observarmos que os processos, tanto de MALDIÇÕES PROFERIDAS quanto das INEXISTENTE MAS ACEITAS COMO VERDADEIRAS, a situação piora muito a partir do momento em que "o alvo", ou fica sabendo que alguém o amaldiçoou ou se torna ciente de que "pode ter acontecido" e isto está diretamente relacionado aos seus medos e fragilidades psíquicas que, acabam fazendo com que comece a exalar (pela Aura), exatamente a energia que certos elementares tanto apreciam. E é mais interessante ainda quando observamos que, se "o alvo" for submetido a alguém ou a algum ritual, mesmo que "marmoteiro", mas que O FAÇA CRER QUE ESTÁ SE LIVRANDO DE SUAS PRAGAS (quanto mais impressionismos visuais neste caso, melhor para uma grande parte), ele acaba sentindo imediata melhora de seu estado geral. Seu ânimo se restabelece, sente-se "mais forte", menos atuado e crê mesmo que tudo está se encerrando ali, naquele momento.


Quando "a coisa" é recente e o sujeito ainda não está passando por alguma espécie de "vampirismo astral", até que isso vira verdade mesmo, mas em caso contrário ... é melhorar ali (efeito psicológico) e piorar logo adiante.
E nos casos em que a pessoa nem sabe que está sofrendo porque recebeu um "presentinho" destes - uma praga ou maldição?

Estes talvez, sejam os casos mais complicados em função de, na grande maioria das vezes, o encarnado estar sendo verdadeiramente atuado por energias-pensamento projetadas, que formam placas energéticas que se colam à Aura, aparecendo-nos como manchas escuras em uma ou diversas regiões.

Como essas energias se alimentam na própria Aura do "alvo", as primeiras sensações que ele costuma sentir são: desânimo, preguiça, fraqueza, vontade de se isolar sem manter contato com outros, pode ir ficando "assexuado", chegando a doenças agudas e/ou crônicas que podem ir se instalando, na medida em que "as placas vampiras" vão se fortalecendo e exigindo cada vez mais energia através da Aura para subsistirem.

Como essa placas não são entidades (seres que existem por si) e sim subprodutos de energias- pensamento alimentadas pela energia irradiada da matéria (tipo ectoplasma), instintivamente, como bactérias ou vírus, vão exaurindo o próprio meio que as alimenta com fortes conseqüências sobre a saúde de um modo geral.
Aí vem a parte psíquica.

Quando a saúde se abala, seja da forma que for, normalmente o humano se enfraquece psicologicamente. Se ele antes era alegre, pode se tornar soturno, calado, voltado cada vez mais para dentro de si mesmo e, como decorrência disto, alimentar, cada vez mais, pensamentos e atitudes negativas de fraqueza que o levem, não só a ceder mais alimento às placas, como também a sentir-se um derrotado, o que, por decorrência, fatalmente o levará àquelas sensações de inferioridade, de dificuldade para tudo, de que o mundo conspira contra ele, plasmando por isto, ele mesmo, mais dessas placas, desta vez auto- obsessivas.

Observemos que em todos esses casos o tempo entre o início da atuação da energia enviada e as primeiras sensações físicas (digamos assim), pode ser grande ou curto, dependendo do estado inicial de defesa em que se encontra a Aura do "alvo". Este ainda, se for do tipo que em nada crê, pode ser até um dos que vão demorar mais tempo para sentir (e mesmo assim não acreditar), já que, psicologicamente, não estará alimentando sequer a possibilidade do fato poder estar acontecendo, o que, de certa maneira (pelo fato dele não alimentar medos e "superstições"), o escuda por algum tempo e muitas vezes chega a fazer crer ao invejoso ou rancoroso, por exemplo, ser ele invulnerável ou "muito forte", a ponto deste desistir de seus intentos (desistir de enviar seus pensamentos rancorosos, etc) antes ainda dos primeiros efeitos físicos.

Como energias-pensamento, ao serem criadas, têm que ser fortalecidas inicialmente pelo criador (através da insistência), até que realmente se agreguem ao "alvo", o fato deste não acreditar ser possível, acaba dificultando a atuação. Se o criador acabar vacilando na possibilidade, por não ver seus anseios alcançados rapidamente, pode até deixar de lado seu objetivo, fazendo com que a forma-pensamento, em boa parte das vezes nem chegue a atuar realmente como deveria. Está aí uma das respostas para quem pergunta: "Por que quem não acredita em nada está quase sempre se dando bem?"

Mas ... se o invejoso, o rancoroso, o vingativo, continuar a nutrir suas formas-pensamento fortemente, por mais tempo, mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente, o "alvo" vai ser alcançado, principalmente se for dado a vícios que lhe causem alterações do estado de consciência (drogas, álcool) que normalmente enfraquecem o escudo áurico, desde que não tome providências para, pelo menos, reforçar seu isolamento ou até mesmo, através de uma atitude amistosa (quem sabe?) conseguir que o "criador" deixe de criar suas formas elementares de energia através de suas pragas e maldições, fazendo amizade com ele, por exemplo.
Resumindo: Sabendo ou não sabendo haver uma praga ou maldição, tanto ela pode "pegar", como não, dependendo, na maior parte das vezes, de quanto o indivíduo lhe for vulnerável e na razão direta do quanto as temer. Sintetizei?

E as tais maldições hereditárias? Elas passam de pais para filhos?

Isso é uma coisa bem mais rara e depende de alguns parâmetros a serem observados.

Pragas e maldições auto-induzidas (essas que o indivíduo acha que lhe jogaram e por isto já sai sentindo os possíveis efeitos), com certeza não serão hereditárias, a não ser que os filhos também sofram das mesmas vulnerabilidades psíquicas. Isto pode fazer parecer serem hereditárias, mas na verdade os efeitos são recriados em cada um por subconscientes influenciados por seus antecessores e suas crenças, que acabam se enraizando em mentes um pouco mais fracas. Em outras palavras, a vulnerabilidade psíquica pode ser hereditária e por causa disto, os filhos passarem a sofrer dos mesmos tipos de desvarios que seus genitores.

Nos casos mais graves em que a atuação existe mesmo, seja ela através de formas-pensamento ou de entidades elementares (espíritos humanos e/ou elementais), assim como existem entidades positivas que nos ficam de herança, também toda esta carga negativa pode ficar, sempre dependendo de alguns elementos a serem considerados:

1- Tenha existido um forte elo emocional, mesmo que positivo (amistoso) entre antecessores e antecedidos;
2- Tenham existido fortes sentimentos de culpa entre uns e outros;
3- Haja fragilidades áuricas (pelo lado Astral) ou psicológicas (pelo lado mental físico) que predisponham a esta situação;
4- Haja algum comprometimento cármico entre genitores e gerados.


No primeiro caso os elos emocionais fazem, às vezes, até que uns sintam as dores e sofrimentos de outros enquanto ambos encarnados e, já que é assim, a absorção, não só dos efeitos, como também dos causadores destes, não costuma ser difícil - já falamos sobre isto em outros textos - podendo acontecer até mesmo antes do desencarne de um deles.

O sentimento de culpa de que fala o ítem 2, também se traduz como uma forma emocional, mas o destaquei porque, neste caso, como aquele que o sente costuma se auto-flagelar, ainda que apenas mentalmente, a facilidade de absorção de energias e/ou "acompanhantes astrais" para seu próprio "carrêgo" ainda é mais fácil se dar.

O ítem 3 nos fala de fragilidades (psíquica e áurica) e, é claro, que mesmo não havendo a participação do que nos dizem os ítens anteriores, se os filhos forem fracos, esses elementares, ao abandonarem a matéria antes viva dos genitores, vão procurar ali mesmo, na família, alguém que possa servir, doravante, de "fast food" para suas vampirizações.

O quarto ítem é mais difícil de ser analisado pelo fato de também ser difícil afirmarmos que alguém tem, sem sombra de dúvidas, algum tipo de carma com seu descendente (e vice-versa) que predisponha a este tipo de situação. Este é um caso que tem que ser avaliado minuciosamente e só aceito no caso de se constatar não haver possibilidade alguma para estar acontecendo o que os ítens anteriores sugerem.

Se você que nos lê, parar para raciocinar agora, perceberá que, até aqui, o maior problema humano relativo a auto-obsessões e a pragas e maldições, está em suas relações com suas próprias mentes que, por vulnerabilidade natural, emocional ou provocada espiritualmente, acaba por facilitar, ou até mesmo amplificar seus efeitos.

Percebeu?



PAZ, SAÚDE E HARMONIA em suas vidas!
Este texto já faz parte e estará no Volume III de UMBANDA SEM MEDO