quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Povo da Encruzilhada da Mata: Guardiões da Floresta Sagrada nas Sete Encruzilhadas

 

Povo da Encruzilhada da Mata: Guardiões da Floresta Sagrada nas Sete Encruzilhadas



Povo da Encruzilhada da Mata: Guardiões da Floresta Sagrada nas Sete Encruzilhadas

Na vasta e mística estrutura da Quimbanda, o Reino das Encruzilhadas ocupa um lugar de destaque absoluto. É um reino de poder, sabedoria e justiça, regido por duas entidades soberanas: Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pomba-gira Rainha das Sete Encruzilhadas. Sob a autoridade divina desses regentes, diversas falanges atuam em diferentes planos e forças da natureza, cada uma com sua especialidade espiritual.

Entre essas falanges, destaca-se o Povo da Encruzilhada da Mata, cujo chefe é o vibrante e protetor Exu Tiriri — uma entidade profundamente ligada à força da floresta, da natureza virgem e dos segredos escondidos entre as árvores.

Quem é Exu Tiriri?

Exu Tiriri é um Exu de energia jovem, ágil e intensa, com forte ligação aos elementos da terra, da vegetação e dos caminhos silvestres. Seu nome ecoa pelos matos, rios e trilhas escondidas — é o grito da floresta, o sussurro das folhas ao vento, o alerta das aves quando algo se aproxima. Tiriri é guardião dos saberes ancestrais da mata, dos segredos das ervas medicinais e dos caminhos que só os espíritos conhecem.

Diferentemente de Exus que atuam nas cidades ou cemitérios, Tiriri vive onde a civilização não chegou — nas encruzilhadas entre as árvores, nas clareiras sagradas, nas margens dos rios limpos. Ele é protetor de animais, de povos da floresta, e de todos aqueles que buscam refúgio, cura ou silêncio na natureza.

Origem do Povo da Encruzilhada da Mata

A falange do Povo da Encruzilhada da Mata surgiu como uma extensão espiritual da força telúrica e vegetal do Reino das Encruzilhadas, manifestada para proteger os equilíbrios naturais e espirituais da Terra. Seus integrantes são almas que, em vida, foram caçadores, curandeiros, pajés, caboclos, índios, guardiões de matas ou pessoas que morreram em plena floresta, assumindo um papel espiritual de proteção após a passagem.

Essas entidades foram recebidas e elevadas por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pomba-gira Rainha das Sete Encruzilhadas, que as confiaram a Exu Tiriri para liderança — por seu profundo entendimento com os ritmos da natureza e sua capacidade de agir com firmeza, mas sem destruição.

Como Atua o Povo da Encruzilhada da Mata?

O trabalho dessa falange é profundamente curativo, protetor e harmonizador. Eles não buscam o caos, mas sim o restabelecimento do equilíbrio natural. Atuam especialmente em:

  • Proteção espiritual em ambientes naturais (trilhas, acampamentos, cachoeiras);
  • Cura por meio de ervas, banhos e defumações da mata;
  • Desobsessão de espíritos presos à natureza (como os chamados "mortos na mata");
  • Fortalecimento da ligação entre o ser humano e a Mãe Terra;
  • Abertura de caminhos bloqueados por energias densas de inveja, magia negra ou desarmonia ambiental;
  • Apoio a médiuns ligados à linha dos Caboclos, Pretos Velhos e entidades da natureza.

O Povo da Encruzilhada da Mata também é chamado quando se precisa romper com vícios, ilusões, ou padrões destrutivos, pois a mata é símbolo de renovação: o que apodrece no chão vira adubo para o novo brotar.

Entidades que Compõem o Povo da Encruzilhada da Mata

Sob a chefia de Exu Tiriri, outras entidades importantes também atuam nessa falange:

  • Exu Caboclo da Encruzilhada – ponte entre os Exus e os Caboclos;
  • Pomba-gira Jurema da Mata – guardiã dos segredos femininos da floresta;
  • Exu Sete Matas – especialista em trabalhos de proteção em áreas verdes;
  • Maria Mulambo da Floresta – ajuda almas perdidas a encontrar seu caminho de volta;
  • Exu Curupira das Sete Encruzilhadas – protetor dos animais e das árvores;
  • Pomba-gira Cipó da Encruzilhada – mestra em laços amorosos naturais e verdadeiros.

Todas essas entidades trabalham em sintonia com as forças da natureza e com o mandato espiritual dos regentes do Reino das Encruzilhadas.

Como Montar um Altar para o Povo da Encruzilhada da Mata

Se você sente a aproximação de Exu Tiriri ou deseja prestar respeito a essa falange, é possível montar um altar simples, mas significativo:

  • Local ideal: jardim, varanda com plantas, ou próximo a uma árvore (nunca dentro de banheiro ou cozinha);
  • Cores predominantes: verde, marrom, preto e vermelho;
  • Itens essenciais:
    • Velas verdes, pretas e vermelhas;
    • Bebida: cachaça de boa qualidade ou água de coco;
    • Cigarro de palha ou charuto;
    • Ervas da mata (alecrim, arruda, guiné, jurema, etc.);
    • Frutas silvestres ou da estação (banana, laranja, goiaba);
    • Pedras como quartzo verde, turmalina negra ou jaspe;
    • Galho seco, penas ou símbolos naturais (sem ferir animais ou arrancar plantas vivas).

Ofereça com intenção pura. Essa falange não atua para prejudicar, mas sim para proteger, curar e equilibrar — sempre guiada pelo amor e pela missão espiritual que lhes foi confiada.

Por Amor, Não por Medo

O Povo da Encruzilhada da Mata, comandado por Exu Tiriri, é uma falange de coração verde, que respira com a floresta e age com a sabedoria dos antigos. Eles não buscam o caos, nem se alimentam do sofrimento alheio. Pelo contrário: seu trabalho é feito por amor à humanidade, à natureza e à evolução espiritual.

Se você caminha pelos matos, ouve o canto dos pássaros, sente paz junto às árvores — saiba que Tiriri e seu povo já estão com você, abrindo caminhos, limpando energias e ensinando que a verdadeira força está na harmonia.


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