EXU DAS ALMAS: O SENHOR QUE GUARDA OS ÚLTIMOS SUSPIROS
Uma revelação inédita sobre o guardião das fronteiras entre a vida e a morte
EXU DAS ALMAS: O SENHOR QUE GUARDA OS ÚLTIMOS SUSPIROS
Uma revelação inédita sobre o guardião das fronteiras entre a vida e a morte
Antes que os sinos tocassem pela última vez, antes que a terra cobrisse os olhos que já não viam, ele já estava lá.
Não como juiz.
Não como carrasco.
Mas como testemunha.
Seu nome mortal foi Eduardo Cordeiro — mas na Quimbanda, na encruzilhada onde o véu é mais fino, ele é invocado como Exu das Almas.
A VIDA: O MENINO QUE OUVIA OS MORTOS
Nascido em 1848, numa fazenda isolada nos arredores de Itaparica, Bahia, Eduardo era filho de uma escrava liberta chamada Mãe Cipriana e de um tropeiro português que nunca o reconheceu. Desde os cinco anos, o menino falava com "gente invisível". Via vultos junto aos cemitérios, ouvia choros vindos dos rios, sentia o frio da morte chegar antes que ela batesse à porta.
Sua mãe, temendo pela alma do filho, levou-o a um velho Babalorixá nagô chamado Otávio de Xangô, que, após um jogo de búzios, disse:
“Esse menino não está louco. Ele foi marcado. Um dia, será ponte entre os que vão e os que ficam.”
Eduardo cresceu entre os vivos e os mortos. Aprendeu a rezar pelas almas penadas, a acalmar os espíritos inquietos com cantos em língua yorubá e português arcaico, e a colocar oferendas nas encruzilhadas mais antigas, onde até os cães têm medo de latir.
Tornou-se um coveiro — não por necessidade, mas por vocação. Dizia que cada cova era uma oração enterrada, cada cruz, um pedido de paz. Enquanto os outros fugiam da morte, Eduardo a abraçava com respeito.
Nunca se casou. Dizia que seu coração pertencia às almas sem nome, aos mortos sem velório, aos anônimos que ninguém chora.
A MORTE: A ÚLTIMA PROMESSA
Em 1910, uma forte enchente assolou o Recôncavo Baiano. O rio Paraguaçu transbordou, levando casas, igrejas e cemitérios inteiros. Corpos de enterrados há décadas voltaram à superfície — ossos envoltos em trapos sagrados, caveiras com rosários entre os dentes.
Eduardo, já com 62 anos, passou dias recolhendo ossos, rezando Ave-Marias e enterrando os restos com dignidade. Não dormia. Não comia. Só repetia:
“Não deixarei ninguém sem sepultura. Nem os esquecidos.”
Na sétima noite, exausto, ele adormeceu ao lado de um túmulo aberto.
Nunca mais acordou.
Dizem que, quando o encontraram, suas mãos estavam postas sobre um crânio feminino, como se o consolasse. E em seu peito, repousava um colar de contas pretas e brancas — símbolo das almas em transição.
Seu corpo foi enterrado no próprio cemitério que ele cuidava. Mas naquela mesma noite, sete velas brancas acenderam sozinhas sobre seu túmulo — e, ao redor, as flores murchas refloresceram.
Foi então que os médiuns ouviram a primeira manifestação:
“Eu não sou mais Eduardo. Eu sou Exu das Almas.
Guardo os últimos suspiros.
Acolho os que partem sem despedida.
E guio os vivos que carregam o luto como coroa.”
QUEM É EXU DAS ALMAS?
Exu das Almas não pertence à linha do Cruzeiro, nem à das Matas, nem à dos Cemitérios comuns.
Ele é Exu da Fronteira — aquele que opera no limiar entre o mundo dos vivos e o reino dos ancestrais.
Sua linha é chamada de Linha das Almas em Transição, ou Falange dos Últimos Momentos.
É regido pelo Orixá Omolu (ou Obaluaiê), senhor das doenças, da cura e da morte justa — aquele que veste o manto de palha e caminha onde outros não ousam.
Exu das Almas não leva almas para o sofrimento.
Ele ajuda as almas a cruzarem com paz.
E, aos vivos, ensina o respeito pelo ciclo final da existência.
É invocado em casos de:
- Luto complicado (quando não se consegue aceitar a perda)
- Almas penadas (espíritos que não conseguem partir)
- Morte súbita ou violenta
- Proteção contra ataques espirituais de espíritos descontrolados
- Pedidos de justiça póstuma (para almas injustiçadas na vida)
COMO MONTAR SEU ALTAR
O altar de Exu das Almas é sóbrio, silencioso e reverente — como um túmulo bem cuidado.
Local ideal: canto esquerdo da casa, perto de uma janela que dá para o leste, ou ao lado de um cemitério (nunca dentro dele, a menos que orientado por guia espiritual).
Itens essenciais:
- Toalha preta com bordas brancas (simbolizando a passagem)
- Vela branca e preta entrelaçadas (ou duas velas: uma de cada cor)
- Taça com água de coco fresca (para purificação das almas)
- Crânio simbólico de cerâmica ou madeira (nunca real)
- Colar de contas pretas e brancas (7 de cada cor)
- Incenso de mirra ou sândalo
- Foto de um ente querido falecido (opcional, para ligação)
- Pão simples e café preto (oferecidos sempre em pares)
Nunca ofereça: sangue, álcool barato, carne crua ou qualquer oferenda feita com intenção de prender ou aprisionar.
OFERENDAS E TRABALHOS ESPIRITUAIS
🔹 Para acalmar uma alma penada
- Levar ao cemitério (ou encruzilhada):
- 1 vela branca
- 1 copo com água de coco
- 1 pão francês simples
- Rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria
- Pedir: “Exu das Almas, guie esta alma para a luz. Que encontre paz e não assombre os vivos.”
🔹 Para aliviar um luto profundo
- Em casa, diante do altar:
- Acender vela branca e preta
- Oferecer café e pão
- Falar o nome do falecido e dizer:
“Eu te libero. Vá em paz. Exu das Almas, proteja sua jornada e alivie meu coração.”
- Fazer isso por 7 noites seguidas.
🔹 Proteção contra ataques de espíritos desencarnados
- Banho com:
- Folhas de arruda, guiné, espada-de-ogum e alfavaca
- 7 gotas de vinagre de maçã
- Após o banho comum, jogar do pescoço para baixo
- Pedir: “Exu das Almas, fecha meus caminhos espirituais para os que não têm paz. Que só os guias e os ancestrais justos se aproximem.”
UMA ORAÇÃO SAGRADA A EXU DAS ALMAS
*“Exu das Almas, Senhor dos Últimos Suspiros,
Tu que caminhas onde o medo cala os vivos,
Guarda meus mortos com dignidade.
Guia os que partiram sem despedida.
Acalma os que choram sem consolo.
E ensina-me que a morte não é fim —
mas passagem.Que tua mão firme abra os portões da luz
para quem merece descanso.
E que teu olhar justo afaste os que usam a dor
para manipular os corações.Eu te respeito.
Eu te reconheço.
Eu te chamo com verdade.Axé, meu Senhor da Fronteira.”*
AVISO FINAL
Exu das Almas não é um Exu para iniciantes.
Seu trabalho exige maturidade espiritual, respeito pela morte e intenção pura.
Nunca o invoque por curiosidade, vingança ou medo.
Ele reconhece a verdade — e não tolera a manipulação das almas.
Mas se você carrega um luto silencioso, se chora um morto sem túmulo, se sente a presença de alguém que não consegue partir…
ele virá.
Silencioso.
Firme.
Como sempre foi.
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