Toda ação necessita de energia para concretizar-se. Seja ação mental (pensamento), emocional (sentimentos, emoções) ou física. Desde o mover de um dedo à elaboração de um quadro mental e à forma-pensamento que daí resulta.
Essa energia é convocada, automaticamente, do plano correspondente ao corpo ou veículo da consciência que está executando a ação, que é o reservatório respectivo.
Se for ação física, o comando do cérebro aciona nervos e músculos, e instantaneamente a energia acumulada no organismo é encaminhada para efetuar o movimento. E se for o pensamento, normalmente conjugado ao sentimento ou emoção? Não acontece diferente. A energia mental e astral precisa alimentar a ação mental-astral, emitindo ondas mentais e criando formas de pensamento (1). E depois?
Ramatís nos esclarece, delineando o processo pelo qual, no mundo oculto de nosso próprio ser, são gestadas as enfermidades:
“Durante os momentos pecaminosos (pensamentos e atitudes contrárias ao bem), o homem mobiliza e atrai, do mundo oculto, os fluidos do instinto animal, os quais, na sua “explosão emocional”, convertem-se num resíduo denso e tóxico, que adere ao corpo astral ou perispírito, dificultando então, ao homem, estabelecer ligação com os espíritos do plano superior, devido ao abaixamento da sua vibração mental. E se ele não reage, termina por embrutecer-se. Porém, mais cedo ou mais tarde, a consciência do pecador dá rebate; e então, o espírito decide recuperar-se e alijar a “carga tóxica” que o atormenta. Mas, nesta emergência, embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de purificar-se, ele não pode subtrair-se aos imperativos da lei cármica do Universo Moral. E assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que ele veste agora, ou outro, em encarnação futura, terá de ser, justamente, o dreno ou válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e o impedem de firmar a sua marcha na estrada da evolução.
As toxinas psíquicas, durante a purificação espiritual, convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo.
Nessa vertência cruciante de venenos para a matéria, que os hindus chamam “a queima do carma”, a dor atroz escalda a carne e corresponde ao estado de comburência psíquica durante a purificação espiritual, seja o câncer, a morféia, a tuberculose ou o fogo selvagem, provenientes da drenação incessante dos tóxicos nocivos à estrutura da sua personalidade espiritual. (in Mediunidade de Cura).
(1) Vide “Formas de Pensamento”, de C.W.Leadbeater, Ed.do Conhecimento.