domingo, 17 de fevereiro de 2019

Apometria - Estudo baseado na obra “Evolução no Planeta Azul”


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Estudo baseado na obra “Evolução no Planeta Azul”
Psicografia de Norberto Peixoto
Espírito Ramatís e Vovó Maria Conga

Estamos vivendo um momento de intensas mudanças em nosso planeta.

Esse movimento abrangente atinge a todos em todos os níveis de consciência, além de provocar mudanças de hábitos em todas as pessoas.

As religiões não são imunes à força desse movimento e vêm de alguma forma, se modificando/adequando diante da urgência que a Terra impõe no sentido de modificar e rever velhos conceitos.

A Apometria, por exemplo, que consiste em técnica amplamente utilizada nos dias de hoje por vários segmentos espiritualistas, aparece no cenário tal qual “poderosa” ferramenta destinada ao auxílio, à renovação dos seres aqui encarnados e aos desencarnados promovendo, junto à espiritualidade, eficaz e efetiva “varredura” das forças malignas ainda presentes em nosso planeta.

A todo instante, surge um novo grupo apométrico, porém, a espiritualidade nos alerta que, sem amor e comprometimento com o bem, a apometria será apenas mais uma técnica a disposição dos maus intencionados.

Apoiada no Evangelho de Jesus e na Doutrina Espírita, a Apometria vem se revelando importante e necessária ferramenta em auxílio a todos que a ela recorrem.

Divaldo Franco em sua obra “Mediunidade”, página 47, diz o seguinte:

“Allan Kardec não teve tempo de nos ensinar técnicas de concentração, de desdobramentos da personalidade; cuidou da essência da Doutrina e estabeleceu que o futuro se encarregasse de ampliar suas lições; seria, portanto, uma contribuição do Mundo Espiritual e do científico para que, preservando-se as bases essenciais, estejamos atualizando-as e desdobrando-as sem ferir as matrizes doutrinárias, o pensamento da Codificação.”

Diante de tal afirmativa, facilmente se conclui que a Apometria veio para somar, ficar, e não dividir ou separar forças. Podemos entender ainda que, de alguma forma, é a continuação da colaboração de Kardec ao mundo, muito embora a técnica apométrica não esteja atrelada a nenhuma religião, filosofia ou doutrina.

Ramatís, o grande Mestre Espiritualista, nos diz que os limites das amarras doutrinárias, nessa nova era, já não serão mais aceitas e que, a tendência para o futuro, será o triunfo do amor que é universal e independe de religiões, doutrinas, seitas.

Até que o amor universal triunfe, porém, há muito trabalho a ser feito. A própria Terra precisa de cura, pois vem dando sinais de mudança e, se o planeta está mudando, nada mais lógico que seus habitantes também mudem e busquem reciclar conceitos e posturas.

A Apometria surge, portanto, como forte instrumento de promoção dessa renovação do habitante terrestre.

Segundo Ramatís, a Apometria recoloca os médiuns a serviço dos doentes e necessitados de toda ordem.

A resistência à técnica apométrica se deve à rigidez com que alguns grupos seguem seus trabalhos em nada querendo inovar até mesmo por medo de retaliações.

Certo é que, esse período que estamos vivendo, de transição planetária, causa, conforme nos informa Ramatís, alterações em nossos padrões de sono, relacionamentos sociais e a sensação que o tempo esteja passando mais rápido. Causa ainda, sintomas como enxaquecas, cansaço, sensações elétricas na coluna, dores musculares, sinais de gripe e sonhos intensos.

A maioria de nós, espíritos encarnados e desencarnados, no planeta Terra, está em fase de evolução primária, como fossemos recém nascidos para as questões do espírito.

Apegados à matéria, e às sensações, pouco pensamos sobre os tesouros da alma e gastamos enorme tempo e energia nos apegando a coisas, pessoas, etc. Talvez seja esse um dos pontos pelos quais desprezemos a reflexão sobre a vida em outros planetas.

Qualquer um de nós, que se disponha a raciocinar, chegará sim à conclusão que não estamos sós nessa imensidão que é a criação de Deus e, se não conseguimos alcançar outros mundos, estabelecer contato, é, talvez, porque ainda não estejamos preparados, muito embora, durante os trabalhos de Apometria, seres, em formas estranhas a nós, se apresentem e colaborem com o trabalho.

Provavelmente, esses seres “estranhos”, sejam mais evoluídos que nós ou tenham formas diferentes de evoluir das nossas. O fato é que se apresentam aos clarividentes nos trabalhos de Apometria.

Para que possamos ter uma idéia do nosso grau evolutivo, Ramatís nos diz que somos divididos em quatro grupos, a saber:

1 Os irremediavelmente perdidos;
2 Os passíveis de “salvamento”;
3 Os já redimidos ou “salvos”;
4 Os benfeitores, guias e instrutores da humanidade.

A grande maioria estagia ainda nos grupos 1 e 2.

Se o planeta Terra se prepara para evoluir e abrigar seres compatíveis com essa evolução, é justo que os espíritos catalogados, pelo menos no grupo 1, acima descrito, não mais reencarnem aqui e sim em outros orbes onde poderão, segundo seus padrões vibratórios, seguir evoluindo.

Creio que o trabalho realizado pelos grupos apométricos sérios, tenha por função principal colaborar com esse movimento de remanejamento dos espíritos.

A responsabilidade é muito grande e o assunto, sério.

Embora não saibam, ou não queiram saber, alguns cientistas estão sendo intuídos e conduzidos, pelos espíritos responsáveis pela transição do planeta, a teoricamente provarem e comprovarem, tudo aquilo que até hoje era atribuído às religiões, filosofias, doutrinas. Com um pouco de boa vontade serão capazes de admitir que a apometria, como técnica, é eficaz ferramenta para o tratamento de inúmeras doenças que acometem os seres humanos.

Sugerimos, no entanto, que os trabalhadores, médiuns de apometria, não se inquietem, no sentido de provar a eficácia da técnica, mas sim que trabalhem, estudem, busquem aprimorar-se individual e coletivamente, deixando que a ciência os procure a seu tempo.

Esse é o caminho, permitir que tudo ocorra a seu tempo e espontaneamente.

Ramatís nos diz que com a mudança de estágio planetário, nosso inconsciente coletivo também mudará e o ajuste de débitos passados será natural e assim seguiremos evoluindo para um estado muito mais ameno de ânimo e boa vontade.

Tempo virá onde a fraternidade reinará espontânea e natural ao habitante da Terra.

Faz sentido que a técnica aplicada pela apometria colabore também para que essa e outras mudanças se promovam.

Sabemos que tudo evolui sem exceção e, no caso da religião de Umbanda, segundo Ramatís, acontecerá evolução gradual até que se consolide e unifique preservando, porém, a diversidade que nesses novos tempos primará pela aceitação de uns para com os outros em espírito fraterno como deve ser.

A nova fase da religião de Umbanda será regida pelo Orixá Oxossi que estimula o conhecer e compartilhar, retrato fiel dos novos tempos.

A vibração do Orixá Ogum deu início ao movimento Umbandista e tal afirmação, de Ramatís, faz todo o sentido, uma vez que é preciso força para reunir aqueles que a Terra vieram destinados ao movimento.

A Apometria surgiu e, de alguma forma, se aliou à Umbanda, dentro da vibração de Ogum, energia de força, Lei, Ordem que possivelmente fortaleceu a técnica e uniu-a aos trabalhos de Umbanda.

Tal raciocínio merece um estudo mais aprofundado, uma análise minuciosa.

Segundo Ramatís, a Umbanda terá sete fases que acompanharão a formação da nova consciência planetária.

Estamos nos aproximando do final da fase de Ogum para passarmos para a de Oxossi.

Para o terceiro milênio, espíritos estão sendo preparados para uma encarnação que muito colaborará no sentido de desmistificar e esclarecer o trabalho da Umbanda.

A apometria, unida à Umbanda, será cada vez mais importante ferramenta de trabalho.

A terceira fase da Umbanda, ainda segundo Ramatís, será regida por Xangô, a quarta por Yorimá, a quinta Yori, a sexta por Yemanjá e a sétima por Oxalá.

Faz todo sentido, para os que conhecem ao menos um pouco a Umbanda, suas Leis e características dos Orixás acima citados, esse esquema de fases evolutivas da religião de Umbanda.

Se nos detivermos e analisarmos as vibrações e virtudes dos Orixás, facilmente chegaremos à conclusão anunciada sobre a modificação energético-vibratória do planeta em transição.

Se estamos passando da fase de Ogum para a de Oxossi, isto ocorreu em 2012, imagino quanto tempo levará até que o planeta, e a Umbanda, cheguem à fase de Oxalá.

Ramatís nos revela que será no quarto milênio.

Dessa forma, podemos concluir que temos muito trabalho pela frente, cada um de nós em diferentes religiões e ainda os ditos “ateus”, pois todos têm muito a fazer no sentido de nos melhorarmos e auxiliar outros a melhorarem e ainda contribuir, de alguma maneira, com a preservação planetária.

Para melhor compreensão das fases de transição do planeta sob a regência dos Orixás, recomendo consultar a obra “Evolução no Planeta Azul” Ramatís-Norberto Peixoto.

Pelo acima exposto, penso que as técnicas apométricas, unidas ao movimento evolutivo da Umbanda, também se aprimorarão e evoluirão de acordo com a necessidade que a espiritualidade considerar adequada para que cada vez mais pessoas sejam beneficiadas.

Caminhamos para a compreensão universalista e, tempo virá, no qual as religiões se unirão e o clima de fraternidade se efetivará entre a humanidade, conforme nos afirma Ramatís.

Certamente muito contribuirá a Apometria com esse movimento, uma vez que liberta consciências, auxilia a espiritualidade a remover do plano denso, moradas onde a Luz não brilha há milênios promove o perdão entre desafetos renovando assim a esperança de muitos encarnados e desencarnados.

Essas são as forças em movimento na Apometria caritativa e comprometida com o bem, com a verdade e o auxílio ao próximo.

Muitas pessoas pensam que a Apometria é muito complicada, difícil de ser assimilada, porém isso não é verdade, pois, toda pessoa que sentir vontade de aprender, terá sim recurso e respaldo da espiritualidade.

Seja homem simples ou “letrado”, o conhecimento está a disposição de todos, para tanto basta a fé e a boa vontade, além de não dar ouvidos aos arrogantes quando rotulam a Apometria como algo difícil e disponível apenas para alguns.

É preciso derrubar esse mito e cada vez mais abrir a técnica a todos que por ela se interessem, seja lá em qual religião estiverem desde que assumam a responsabilidade pelos trabalhos.

Se a Apometria é uma técnica antiga, utilizada por sacerdotes no passado, hoje não mais se esconde nos templos, mas sim está disponível e acessível a todos, desde que haja vontade e disposição para os estudos que, em verdade, são simples.

Não é preciso ser físico nem matemático para compreender as Leis da Apometria.

Ramatis diz que conquistamos o direito de acesso aos conhecimentos apométricos e que se não foram antes revelados, é porque não havia preparo suficiente.

O fundamental em Apometria não é tanto a técnica em si, mas a egregora que se forma pela união dos médiuns que sustentam, mentalmente, o trabalho de socorro e cura desobssessivos.

A força da Apometria vem dos médiuns bem treinados e educados mediunicamente, além do amor que sentem uns pelos outros e por seus semelhantes, essa é a força que tudo pode, que tudo cura, seja em apometria ou fora dela.

Segundo Ramatís, o desdobramento consciente dos médiuns, durante os trabalhos de Apometria, permite que grande quantidade de energia animal (humana), fundamental aos trabalhos em níveis de vibrações densos, seja doada à espiritualidade facilitando o trabalho de resgate de milhões de espíritos em sofrimento.
O grupo apométrico unido à espiritualidade realiza assim um trabalho de parceria onde cada um doa o que tem de melhor em benefício de todos.

A Apometria não promete curas fantásticas, não é superior a qualquer outro trabalho espiritualista e não deve alimentar a vaidade, de forma alguma, entre seus médiuns trabalhadores.

Apenas e tão somente é mais um recurso abençoado que a espiritualidade, por amor, concede a todos, mesmo porque, durante o sono físico, os médiuns continuam trabalhando sem fronteiras físicas ou rótulos de religiões, doutrinas, filosofias. Todos são livres para interagir uns com os outros num movimento verdadeiramente caritativo, desapegado e universalista.

Nesse momento, de sono, unem-se médiuns das mais diversas religiões e ordens com um único objetivo: o de auxiliar e ser útil à Vinha Sagrada do Mestre Excelso.

A humildade, acima de tudo, é o que realmente habilita o médium a servir e, ao consulente, cabe o merecimento.

Humildade e merecimento, ou hora certa da chegada da cura, alivio, orientação, porém, sem humildade, de ambas as partes, nada pode efetivamente ser feito.

Não existe método ou técnica melhor, existe sim merecimento que se conquista e aptidão para servir nas lides específicas sendo todas necessárias, úteis e abençoadas quando almejam o bem.

Em Apometria, para que os resultados dos trabalhos sejam eficazes, é necessário que o grupo seja coeso, harmonioso.

Sabemos que nos encontramos em evolução e que não existem pessoas totalmente boas ou más, porém, o que se deve observar, com cuidado num grupo, é sua fé, vontade de evoluir, disposição para o estudo e a firme vontade de servir em benefício dos outros e de si mesmos, além da imprescindível confiança em Deus.

A eficácia dos trabalhos apométricos, nos atendimentos de casos de magia negra, está diretamente ligada à força mental do grupo, sendo capaz de formar potente campo magnético de detenção, interferência, higienização de ambientes deletérios, etc.

Por essa razão a necessidade de o grupo ser sério e coeso acima de tudo, pois tais forças podem, a qualquer momento, caso o grupo permita, voltar-se contra o trabalho prejudicando inclusive o bem estar de todos.

Há quem diga que Apometria desrespeita o livre arbítrio das pessoas, porém, como nos adverte Ramatís, o verdadeiro desrespeito ao semelhante é ter recursos e conhecimento e não colocá-los à disposição de quem necessita, aliás, é de bom tom que se saiba que a Apometria só é técnica recomendada à pessoa que pede o atendimento, que vai a busca, e não a revelia, o que caracterizaria falta de respeito.

Vale lembrar que a grande responsabilidade acerca da cura, fica por conta do próprio “doente” que, sem rever seus valores, hábitos e condutas, não poderá ser beneficiado com nenhum tratamento de ordem espiritual.

Quanto aos médiuns que desejem candidatar-se às mesas apométricas, o ideal é que busquem conhecer a técnica através de boas leituras, cursos sérios, conversem com pessoas confiáveis e experientes sobre o assunto antes de se aventurarem ao trabalho que no mais das vezes exige muito dos médiuns, principalmente em concentração, imparcialidade, seriedade, sigilo, etc., além de exposição a todo o tipo de situação e/ou entidades.

Quem não tiver a caridade como objetivo primordial, aconselha-se que fique longe da apometria, uma vez que a técnica, sem amor e evangelização, pode se transformar, em mãos irresponsáveis, em feitiçaria, o que de modo algum convém.

A parceria Umbanda/Apometria resulta em maior segurança e equilíbrio aos médiuns que durante os atendimentos se expõem a baixas vibrações e ambientes pouco agradáveis.

As entidades de Umbanda, trabalhando em parceria com o grupo apometrico, além de garantirem eficácia ao tratamento, promovem a limpeza energética em seus médiuns ajustando-os e livrando-os de todas as cargas às quais estiveram em contato, além de purificarem o ambiente onde as reuniões acontecem.

Certamente, grupos não Umbandistas, têm suas proteções e são amparados pela espiritualidade benfeitora em nome do bem que não ostenta bandeiras.

Quanto ao temido animismo, Ramatís, como sempre, de forma sábia, nos diz:

“Os que desprezam o animismo são mais aptos a serem enganados por entidades mistificadoras de grande conhecimento, como se estivessem entronizados em reino do mediunismo que perdeu o contato com os vassalos das funções psíquicas e dos estados alterados de consciência do ser humano.

Confundis anímico com mistificação. A sinceridade de propósito, o amor e a humildade com que os sensitivos se doam é que determinam os relatos verídicos daquilo que presenciam, sentem e percebem no Plano Astral, estando acima de vossos preconceitos. “As capacidades anímicas de todos vós são valiosas ferramentas de que dispomos”.

Num grupo apometrico bem formado, todos são estimulados ao trabalho. Não existe médium melhor ou superior, cada um tem sua habilidade e é importante na composição do grupo, embora alguns considerem mais “importante” os médiuns videntes e com facilidade para o desdobramento astral.

Tal pensamento é equivocado, pois todos são “importantes” e necessários. Sem o grupo composto por tipos diferentes de habilidades mediúnicas, não se formaria a egregora que é o fator essencial para um bom e produtivo trabalho.

É ela, a egregora, formada pelo grupo, que sustenta e alimenta energeticamente o trabalho do começo ao fim.

O resultado dessa harmonia é o sucesso do grupo no sentido de ser eficaz no socorro aos que buscam a apometria.

Sabemos que, através das técnicas apometricas, numa fração de segundo, se o grupo estiver bem afinado e harmonioso, é possível resgatar um número considerável de espíritos em sofrimento, promover varreduras em locais densos (umbrais), porém há de se ter muito cuidado e discernimento para impedir que o excesso de imaginação se sobreponha à realidade.

Médiuns que vêm o mal o tempo todo, dentro e fora do trabalho mediúnico, podem estar sofrendo assédio e necessitando de tratamento.

Sabemos que vivemos cercados por energias e vibrações diversas, mas, sentir e “ver” somente coisas ruins é sinal que se faz necessária investigação séria e tratamento espiritual, energético e, quem sabe até clínico.

Pensar nas bases montadas no plano astral, por espíritos perversos, às quais muitos grupos apometricos têm desativado, é como pensar nos grupos terroristas terrenos que sucumbem à ação de exército bem treinado e intencionado, essa pode ser uma boa comparação para ilustrar os trabalhos de apometria, além de alertar seus médiuns quanto ao teor de seus pensamentos que, de modo algum podem ser alimentados pelo mal, seja esse mal de que ordem/natureza for.

Devemos compreender que, desativar bases alimentadas pelo mal, socorrer bolsões de espíritos sofredores, é uma tarefa que exige algum equilíbrio e muita seriedade. É necessário, ainda, que se tenha amor à vida e à criação do Pai, mesmo porque não sabemos se porventura, amanhã, não seremos nós mesmos os necessitados, por isso, o Evangelho, bem como sua prática, são imprescindíveis neste mister.

Nem todos os espíritos que se encontram em bolsões, locais onde sofrem de males iguais ou semelhantes, são malévolos.

Ramatis nos esclarece que, no mais das vezes, são pessoas que sofreram desencarne abrupto, como acidentes fatais, por exemplo, e que não conseguem se libertar da cena fatídica, atraindo, pelo poder de suas mentes, outros espíritos em situação semelhante.

Esse é apenas um exemplo de bolsões de espíritos sofredores, outros existem em situações diversas.

Quando alguém sintoniza com bolsões, estando encarnado, é porque viveu situação parecida no passado e, estando esse individuo por alguma razão, obsedado por espíritos malévolos, habilmente esses “mestres” do mal estimularão a mente do encarnado doente a fim de colocá-lo em sintonia com o sofrimento pretérito, causando transtornos sendo o mais grave, a doença sem diagnóstico.

Para que se desfaça essa sintonia, na maioria dos casos, basta que a pessoa seja conduzida, pelos mentores espirituais, à faixa de freqüência vibratória que causa o trauma, como fosse dar passividade a um espírito sofredor, trabalho que pode ser realizado em qualquer casa socorrista, onde a mediunidade seja ferramenta de trabalho.

Essa manifestação deve ser conduzida de forma tal que seja natural e espontânea e o resultado é a purgação que desfaz a sintonia do enfermo com o passado. Nesse momento a espiritualidade aproveita a ocasião para libertar outros espíritos ligados à mesma freqüência, libertando todos que estiverem prontos para seguir em melhores condições.

Nos casos mais graves, é necessário que o grupo apométrico atue e que um dos médiuns sintonize com a faixa vibratória no lugar do enfermo a fim de despolarizar a memória que o faz sofrer e adoecer, desligando-o e libertando-o sem que com isso ele venha a esquecer dessa passagem como espírito imortal que é.

O que se faz, é apenas libertá-lo dessa lembrança que causa dor e sofrimento na presente encarnação, conservando o mesmo, toda a sua história de vida espiritual.

Sintonizar corretamente a memória do passado que afeta o consulente e que lhe causa sofrimento no presente não é trabalho do grupo ou do médium que dará passividade, mas sim da espiritualidade que conduz os trabalhos. São os espíritos protetores os encarregados dessa tarefa que fornecem o quadro exato, ou seja, a freqüência na qual os médiuns devem sintonizar a fim de libertar o consulente.

Para tanto, vale lembrar que a coesão do grupo é fundamental e que o livre arbítrio da pessoa deve ser respeitado.

Todo atendimento apométrico deve ser realizado com o consentimento do atendido.

Não somos apenas o aqui e agora como encarnados, fomos muitos, embora como espíritos, sejamos sempre um.

Memórias de vidas passadas que interferem no equilíbrio hoje, são resíduos cármicos que emergem do inconsciente milenar que, por sua vez, podem ser aproveitadas por entidades malévolas que, por alguma razão, nos queiram atingir.

O objetivo da Apometria, segundo Ramatís, é o bem estar e a cura das pessoas fornecendo condições para que as mesmas progridam em todos os sentidos existenciais, malgrado a oposição de muitos quanto à eficácia da técnica.

A Lei do Carma não é sádica nem torturante, em alguns casos, a espiritualidade pode interferir modificando o carma do consulente seja por merecimento ou em benefício da coletividade que o cerca.

Nem todos os problemas que afligem as pessoas são carmicos e, nesses casos, a espiritualidade é autorizada a interferir em benefício e socorro do consulente.

Apometria não é Terapia de Vida Passada.

A terapia é realizada em consultório e prevê remuneração. O terapeuta induz o paciente a retornar em suas memórias.

Apometria é técnica realizada por grupos com a finalidade de assistência anímico-mediúnica, espiritual. Em apometria não deve existir remuneração por se tratar de atendimento caritativo e espiritual.

O médium apômetra deve ser muito bem educado mediunicamente e a maturidade, fruto do tempo de trabalho, é outro importante quesito para que a técnica seja aplicada com sucesso.

Os afoitos que por conseguirem bons resultados se promovem a “poderosos” podem, com tal postura, cair nas malhas dos que combatem, principalmente quando comercializam o inegociável, ou seja, o dom mediúnico.

Da seriedade do médium dependem seu avanço e os bons resultados da técnica, mesmo porque o médium apômetra, assim como o Umbandista, lida com forças e energias densas estando sujeito a assédios de toda ordem.

Por essa razão, a seriedade, a sinceridade, a boa fé e a humildade são virtudes a serem cultivadas com perseverança pelos médiuns que realmente querem fazer e promover o bem.

Ressonância vibratória elucida Ramatís, de vidas passadas são traumas vividos pelo espírito. São memórias que oscilam no mental da pessoa e que podem causar problemas graves como insônia, síndrome do pânico entre outras patologias e que a apometria, geralmente, pode ajudar.

Um dos pontos mais polêmicos e criticados pelos não simpatizantes da técnica apometrica é, sem duvida, a questão sobre a “prisão” dos obsessores que mal tratam ou vampirizam suas vitimas.

Alguns dizem que tal atitude contraria o livre arbítrio da pessoa, porém, não atinam ao fato de que nem sempre o livre arbítrio é concedido a quem abusa de sua condição. Tal qual o criminoso encarnado, o de além tumulo também está sujeito a punições e encarceramento, além de julgamento previsto pela Lei Maior.

Diante disso, dizer que prender obsessores à sua revelia é desrespeito ao livre arbítrio do individuo não faz sentido, mesmo porque a liberdade de um termina onde começa o direito e o merecimento do outro.

Uma vez constatado o abuso do obsessor, ele deve sim ser conduzido à local próprio que tanto pode ser prisão, escola, hospital, sempre sendo observada a justiça cósmica que, no caso da Umbanda, é promovida pelos espíritos ligados à vibração do Orixá Xangô.

Não existe livre arbítrio para quem abusa dos direitos dos outros.

Jesus não doutrinava obsessores, antes sim os “expulsava”, certamente tal “expulsão” significasse encaminhamento a locais adequados ao teor vibratório da criatura.

Ramatís esclarece:

“Isto não quer dizer que todos os obsessores ficam retidos. Os julgamentos são feitos individualmente e cada um será encaminhado para o local que lhe seja justo. Sendo assim, há muitos que, após serem esclarecidos no Astral, são soltos para retornarem às suas caminhadas como lhes aprouver, já que essa decisão lhes é de merecimento no exercício do livre arbítrio. Na maioria dos casos, não retornam aos atos nefastos que vinham praticando, acatando de bom coração as recomendações. Muitos intrépidos e altivos torturadores de aluguel, após se refazerem e terem seus corpos astrais refeitos, não se vendo mais como monstros assustadores, suas vestes imundas trocadas, os ferimentos sarados, a fome e a sede satisfeitas durante o período de tempo em que ficaram retidos, aceitam em choros copiosos de arrependimento ser deslocados para comunidades no Astral, onde se prepararão para futuras encarnações”.

Nossa mente tem poder para atuar tanto no mundo físico quanto no espiritual. Compreender a mente não é fácil. Ramatís diz que o pensamento antecede o sentimento do corpo astral e as sensações físicas.

Pensar se relaciona com todos os nossos corpos sutis e quando o fluxo das ideias superiores, por alguma razão, não esteja em harmonia, a relação do individuo com os corpos mais densos sofre influencia levando a pessoa até a loucura (desequilíbrio).

Muitas doenças decorrem de traumas passados instalados no subconsciente e, o não conhecimento cientifico acerca dos corpos sutis e dos pensamentos, dificulta diagnósticos e tratamentos adequados.

Desprezar o poder mental do qual todos somos portadores é uma das maiores causas dos males do corpo.

Em apometria, a força mental coletiva é de extrema importância, pois que determina o sucesso do trabalho.

A força mental cura, porém, o grupo que se reúne, a fim de praticar a caridade pelas vias da apometria, necessita de coesão, reafirma Ramatís, comprometimento, seriedade e muita fé, assim, o poder mental canalizado pelo grupo pode atingir resultados extraordinários, sempre, porém, amparados pela espiritualidade benfeitora que garante a segurança e o bem estar de todos os médiuns trabalhadores.

Lembrando ainda que a humildade, boa vontade, entendimento, harmonia e disposição para servir são quesitos fundamentais para que os resultados dos trabalhos apométricos surtam o efeito positivo de cura e paz a todos.

O Evangelho de Jesus é o roteiro mais seguro e eficiente a ser seguido por um grupo que esteja realmente disposto a fazer o bem.

Orar e vigiar, mesmo porque a vaidade é uma erva daninha a ser energicamente combatida, uma vez que, é por seu intermédio que os espíritos perversos encontram brechas e se infiltram nos grupos incautos, causando toda ordem de transtornos e quedas energéticas.

Em apometria, a contagem numérica, acompanhada de estalar de dedos e pontos cantados, são induções mentais que remetem os médiuns à concentração, formando egregora necessária ao bom andamento do trabalho, porém, que não se incentivem excessos, pois que os mesmos têm efeito contrário à harmonia.

Quanto às colônias espirituais, às quais os grupos se unem no astral, Ramatís nos revela que existem algumas compostas apenas por espíritos que utilizam o corpo mental, dispensando assim qualquer traço de perispirito.

Por se encontrarem em nível superior, avançado, é que necessitam do auxílio dos médiuns para realizar, por exemplo, varreduras em planos astrais mais densos. Ocorre que, esses socorristas espirituais, unem-se ao corpo astral dos médiuns pelos chacras, formando assim uma terceira força capaz de resgatar espíritos sofredores nos umbrais mais densos.

Sua força amorosa e mental, unida ao fluído animal, do qual é portador o ser encarnado, médium, quando juntas são capazes de realizar grandes obras caritativas e de limpezas energéticas em cidades umbralinas estabelecidas nos sítios naturais terrenos.

Em alguns casos, como nos de cirurgia astral, somente o corpo mental do médium basta e o medianeiro relata ao grupo apometrico o que está se passando no plano espiritual, enquanto os demais mantêm a concentração.

Essa energia grupal é utilizada em beneficio de vários espíritos ao mesmo tempo. Em apenas um atendimento, por exemplo, outros podem e são beneficiados em grande escala, por isso a importância da coesão e concentração do grupo.

Na dimensão mental, onde o espaço/tempo não existe, o médium que consegue alcançá-la, pode estando lá, acessar as vidas passadas do consulente, bem como situações futuras e pensamentos que estejam ocultos são trazidos à tona, tanto dos encarnados quanto dos desencarnados.

Os dons de clarividência, telepatia e ideação dos médiuns, são utilizados pelos mentores a fim de transmitirem conhecimentos aos encarnados como fossem flashs. O conteúdo desses flashs pode variar desde uma curta mensagem a um livro inteiro.

Crer na reencarnação significa que aceitamos o fato de termos vivido e morrido, ao longo dos séculos, muitas vezes. Aceitando tal pensamento, interpretamos as doenças físicas, sem aparente solução, como doenças da alma, ou seja, nossa memória espiritual milenar lança em nossa mente física, dores e dissabores experimentados em outras vidas e uma vez absorvidas essas informações, pelo cérebro físico, doenças como a depressão, ansiedade, irritabilidade, violência, entre outros transtornos, se manifestam.

Essas memórias negativas sobrepõem-se às positivas por conta da inferioridade da grande maioria de nós encarnados.

Tais dores e doenças, dissabores, são, contudo, como fossem uma espécie de expurgo, descarte, de vivências negativas pregressas, como se os corpos sutis que possuímos quisessem “se livrar “daquilo que já não serve mais, lançando assim para fora através do corpo físico, patologias como as já citadas e outras tantas como, por exemplo, a síndrome do pânico, num processo de busca pela purificação da alma.

Muitas vezes tais doenças instalam-se em nosso corpo astral que por sua vez reflete no físico os sintomas desagradáveis dessas enfermidades.

A apometria propõe a cura do corpo astral. A espiritualidade, unida aos médiuns, que cedem ectoplasma, é que realiza os procedimentos necessários aos atendimentos muitas vezes realizando complexas cirurgias a fim de auxiliar o doente a se restabelecer, porém, é parte fundamental à cura, o desejo de ser curado, mesmo porque alguns de nós ainda nos valemos da doença para obter favores ou atenção dos outros.

É importante que o paciente seja honesto com ele próprio, pense sobre seu estado. Nos casos de impossibilidade de raciocínio, a espiritualidade fará o possível para auxiliar o paciente.

Na apometria se considera o fenômeno anímico auto obsessivo, uma questão rechaçada por alguns espiritualistas acomodados, que não se dão ao trabalho de conhecer, preferindo a critica severa e infundada.

Considerando que vivemos muitas vidas, faz todo sentido que soframos por questões vivenciadas no passado e que está devidamente gravado em nossa memória imortal fazendo parte do chamado inconsciente, uma vez que não faz parte, tal experiência negativa, da atual existência, portanto nosso cérebro, na encarnação atual, dela não tem registro.

Estamos diante da questão anímico auto obsessiva que nada tem a ver com a obsessão clássica provocada por outro ser.

Essa possibilidade, rejeitada, por ser desconhecida por alguns, dificulta, por exemplo, que se auxiliem, efetivamente, quem esteja sofrendo por conta desse tipo de transtorno, apesar de esse tipo de obsessão causar sintomas e problemas semelhantes à obsessão clássica, tais como:

Quadros de histeria e comportamentos violentos oriundos de flashs de vidas passadas, flashs quase sempre dolorosos, ou seja, de maus momentos vividos em outras existências.

Pelo acima exposto, vemos, portanto, que nem sempre a obsessão é causada pelo outro, seja esse outro encarnado ou desencarnado, mas sim pode ser transtorno imposto a si próprio e isto se chama auto obsessão.

A apometria propõe tratamento valendo-se de recursos como trabalhos desobssessivos, por exemplo, e não questiona, ou perde tempo em discutir se os fenômenos que ocorrem durante os trabalhos são anímicos ou mediúnicos, antes sim, a atenção e o objetivo são auxiliar e socorrer a quem busca ajuda.

Ainda sobre auto obsessão, a espiritualidade nos aconselha a buscar o autoconhecimento como caminho para a cura dos males atuais e pretéritos.

Lembranças ruins, inconscientes, sobre as vidas passadas, em geral são a causa de problemas como:

Depressão, pânico, fobias em geral.

Tal estado desarmônico atrai, por sua vez, espíritos na mesma condição de angustia e sofrimento agravando o quadro da pessoa doente, por isso se diz sempre que devemos nos acautelar dos nossos pensamentos, uma vez que os mesmos atraem ou repudiam espíritos afins.

Em casos nos quais as pessoas sintonizam com outros espíritos sofredores, há agravamento do quadro geral do doente chegando até o possível desencarne pelo suicídio, por exemplo.

Ramatis atribui à mediunidade reprimida, a causa de vários distúrbios psíquicos, mentais que acometem as pessoas alertando pela necessidade de se educar a mediunidade para que a mesma seja recurso de cura, de auxilio ao próximo e não de doença.

Cada caso é um caso e em apometria o diagnóstico correto para o mal que aflige o doente é de fundamental importância.

Segundo Ramatis, nos casos de auto obsessão, o doente é, na verdade, algoz de si próprio e seus pensamentos são os responsáveis pelas suas próprias dores, fracassos e frustrações.

Tal estado de coisas, por sua vez, enseja que a ele se unam comparsas do passado encarnados e desencarnados agravando assim sua situação.

Ramatis é enfático ao dizer que a cura do obsedado depende dele mesmo e que de nada adianta afastar obsessores eventuais se o doente não for capaz de modificar seu próprio teor vibratório.

É certo que existem espíritos mal feitores que vivem para planejar o mal, mas valem-se, na maioria das vezes, das imperfeições e fraquezas de seus alvos, por isso, diz Ramatis:

“Refleti no que pensais e sabereis com quem andais”.

Quanto aos aparelhos parasitas que são colocados nos corpos astrais das pessoas, a fim de lhes sugar energia, ou vampirizar, Ramatis esclarece que não apenas os magos negros utilizam tal forma de atormentar seus alvos, mas sim seres envolvidos com ciência e tecnologia que habitam os Umbrais inferiores.

Esses aparelhos causam transtornos sérios às pessoas e seus gatilhos são normalmente disparados pelos sentimentos negativos quais sejam:

Vaidade, ódio, ciúme, etc.

Podem ainda os aparelhos parasitas, valerem-se, para funcionarem, das memórias pregressas do doente debilitando-o na encarnação presente por ressonância de vidas passadas, porém, diz Ramatis que:

“Em arado e cuidado jardim, o inço e as ervas daninhas não crescem”.

O mago negro, que é manipulador de energias telúricas, só alcança resultado onde encontra brechas.

Uma vez detectadas essas brechas, eles interferem na freqüência vibracional de seus alvos imantando energias negativas e deletérias nos mesmos.

Sua interferência pode ser observada, com mais intensidade, na casa mental de seu alvo causando tormentos psicológicos, insegurança, irritabilidade, violência, podendo com isso desencadear as fobias, síndromes, depressões.

Enfatiza, porém, Ramatis, que os gatilhos que disparam todo esse negativismo repousa no psiquismo de profundidade do ser e tem ressonância com as vidas passadas, sendo simplório demais, portanto, atribuir apenas à magia negra tal estado de coisas.

Questionado sobre a Magia Negra, Ramatis responde que para que se pratique esse ato basta apenas o pensamento sem necessidade de formulas ou materiais. Coloca a força mental como verdadeira magia negra e revela que todo aquele que deseje interferir no livre arbítrio do outro poderá estar praticando magia negra.

Diz ainda que a magia não é maldosa, ela existe e tanto pode ser praticada para o bem quanto para o mal, depende de quem a pratique e das intenções desse alguém.

Segundo Ramatis, ninguém está imune ao ataque das “sombras” porque somos todos frágeis e nossos padrões vibratórios oscilam demais diante dos problemas cotidianos rebaixando assim, em alguns momentos, nosso teor vibracional, brecha aberta, portanto, às criaturas do astral inferior que estudam, em pormenores, essas brechas pelas quais irão atuar.

As induções de campos vibratórios negativos sobre os encarnados encontram maior campo de atuação nas criaturas invigilantes que não buscam melhorar seus defeitos e imperfeições morais.

O mais grave, em alguns casos, dentro desse processo, é a aproximação de bolsão de espíritos sofredores que barganham para satisfazerem seus instintos ainda grosseiros junto ao encarnado alvo da baixa magia.

Os sítios vibracionais, tão puros, como as matas, os rios, cachoeiras, também são utilizados pelos praticantes de baixa magia. Eles corrompem a pureza e revertem, para atender a seus caprichos, aquilo que é puro em seu beneficio próprio num pacto nefasto com os seres sombrios que por sua vez também manipulam estas energias com fins egoístas.

Ramatis esclarece que a magia negra é uma ação imediatista que visa atender às urgências dos encarnados. Passa, porém, a ser um processo obsessivo no momento que o mago negro contrata espíritos mal feitores a fim de alcançar seu objetivo. Nesse caso, esses espíritos se comportam como obsessores ferrenhos e, quando o alvo da magia também foi mago, em vidas passadas, essa magia costuma atingir em cheio e implacavelmente seu objetivo.

Diz-se isso das pessoas que “pegam”, com facilidade, os feitiços ou magias, por qualquer razão. Se uma pessoa, no conjunto de suas vivências terrenas, tiver praticado magia negativa e, na vida atual, sofre dos mais diversos distúrbios, nesse caso a pessoa não é vitima de magia encomendada contra ela na presente encarnação, mas sim vitima de si mesma, de suas memórias pregressas.

Nesse sentido, o atendimento apometrico pode ter bons resultados, pois se trata do inconsciente, ou seja, a pessoa nem mesmo sabe que se liga, por rebaixamento vibratório, a espíritos sofredores.
Falando agora um pouco sobre campos magnéticos, Ramatis diz:

“A geometria é ciência com princípios matemáticos perfeitos no cosmo”.

As civilizações antigas eram eximias na formação de campos magnéticos. Usavam a mente para manipular e criar as formas geométricas condensando energia e doando movimento aos campos de força etéreos.

Algumas formas geométricas usadas em apometria dependem do trabalho que está sendo feito, por exemplo:

Pirâmides são excelentes para envolver e reter grupos de espíritos sofredores nas atividades de socorro;

Cilindros e cones são ótimos para proteção, limpeza astral e transmutação de fluidos enfermiços e formas pensamento destrutivas;

A estrela de David, devidamente impulsionada mentalmente, para girar em sentido anti horário, cria forte campo de força para higienização astral;

Triângulos também são recomendados para contenção, porém, nesses casos, a forma piramidal ainda é a mais indicada por se deslocar com maior facilidade multidimensional.

O estudo acima é baseado na obra “Evolução no Planeta Azul”, citada no titulo, o livro contem ainda, material rico fornecido pela entidade Vovó Maria Conga que responde às questões sobre a Umbanda, leitura recomendada a todos que se interessem pelo assunto e queiram sempre conhecer e saber mais.

Para encerrar este estudo, transcrevo abaixo, um caso de atendimento apometrico relatado na obra fonte dessa pesquisa/estudo.

Página 195 – Evolução no Planeta Azul –

“Recentemente atendemos uma consulente no grupo mediúnico de aproximadamente 35 anos que havia emagrecido 18 quilos em dois meses. Encontrando-se completamente enfraquecida, viu-se constrangida a pedir licença do emprego, ficando sob atestado médico, o que felizmente não lhe causou maiores danos por ser funcionária publica. Encontrava-se em grave quadro de abatimento nervoso, com sérias dificuldades para dormir, pesadelos constantes e sensação de peso nas costas. Escutava sussurros, palavras que a amaldiçoavam. Na semana anterior ao comparecimento a nosso grupo, sempre que ia pegar no sono, sentia respiração gélida na altura do pescoço, atrás da nuca, o que a fazia sobressaltar-se, dificultando as minguadas horas de sono que conseguia manter.
O dirigente, ao desdobrar os corpos dessa senhora, em pausada contagem de pulsos magnéticos, facilitou-nos a sintonia, o que imediatamente nos levou a verificar, por meio da clarividência, “entidade” escura de baixíssima vibração acoplada ao seu corpo etéreo, com braços em forma de asas de morcego, sendo que as mãos eram espécie de ventosas que grudavam-lhe nas costas e nos cotovelos; tinha espécie de garras que lhe penetravam embaixo das axilas, mantendo-o colado na encarnada, literalmente como se fosse uma planta parasita. Esse fato foi confirmado pela vidência de outra médium do grupo.
Fomos auxiliados por Vovó Maria Conga que nos informou “que se tratava de trabalho de magia negra, previamente contratado por mandante encarnado e que trabalhava junto à atendida com a finalidade de levá-la à loucura. Tinha sido feito um feitiço com terra de cemitério, visando a implantar campo de força de baixa freqüência naquela mulher, que rebaixaria a sua vibração para se imantar forma-pensamento artificial vampirizadora, o que seria mais eficaz e duradouro do que a técnica “simplória” de se manipular espírito sofredor que fica vagueando nas tumbas mortuárias e capelas durante os velórios, se “alimentando” dos restos fluídicos e ultimas energias vitais dos cadáveres. É que o artificial é mais especifico e requer maior habilidade desses engenheiros do mal, exigindo analise previa do alvo visado para se achar a brecha vibratória, geralmente pela localização de ressonância vibratória de vida passada que ainda repercute no encarnado em somatizações da vida presente e se definir o tipo de forma pensamento que será moldada para a eficácia do concurso funesto.

Efetivamente, a pessoa que estava em atendimento, havia sido hábil feiticeira em vidas passadas, o que facilitou enormemente a sua derrocada ante o “artificial” que lhe fora colocado, já que ainda vibravam em seu inconsciente todos os rituais utilizados em proveito próprio ao desfavor dos outros. Contudo, tratando-se de pessoa em franco processo de reforma intima, teve merecimento para a atuação dos Exus que dão apoio aos trabalhos. É autorizada pelos Pretos Velhos, a movimentação desses irmãos que, quando agem, restabelecem a justiça, o que está acima dos nossos limitados julgamentos e não se prende à definição do bem ou do mal como entendemos.
O que Vovó Maria Conga nos diz é que “quando Exu atua, restabelece-se o equilíbrio carmico e o merecimento individual que está distorcido, o que pode significar, na precária concepção dos filhos, o mal para os agentes que levaram a efeito a prática funesta da magia negra, mas, na verdade, nada mais é que um efeito de retorno das leis que determinam o equilíbrio cósmico.

Foi realizado o desmancho do trabalho feito, a desintegração do “artificial” e toda a comunidade de desencarnados liderados pelo mago negro contratado foi retirada e suas cidadelas no astral inferior foram desativadas. Compreendemos que os desmandos que tal organização trevosa estava levando a efeito em muito já tinham ultrapassado o livre arbítrio dos seus lideres e seguidores para prejuízo maior da harmonia coletiva.

Quanto ao encarnado contratante, e ao médium que intermediou com as sombras, não nos foram autorizadas maiores informações, mas aferimos que a justiça do Além tem amplitudes que, em certas ocasiões, não nos são devidos maiores detalhes pela nossa limitação de entendimento.

Posteriormente ficamos sabendo do restabelecimento da saúde da consulente objeto dessa narrativa, o que se mostrou de suma importância para o seu prosseguimento rumo à reforma intima e à evangelização. O equilíbrio distorcido, tendo sido restaurado, fez retornar as condições mínimas adequadas para a sua volta ao emprego e às palestras e passes.

Embora o caso acima pareça assustador, é mais comum do que se imagina.

Como médium de apometria e Umbanda, tive a oportunidade de me deparar com casos semelhantes tanto na mesa apometrica quanto em giras.

Dizer que é tranquilo lidar com energias densas não é verdade, é sempre estressante, requer muito equilíbrio e fé, requer ainda, muita disposição para o trabalho, a firme convicção de que se está no caminho certo ao servir de ponte para a espiritualidade amiga.

Durante as giras de Umbanda é mais difícil perceber quando um trabalho de desmancho está sendo feito, a não ser pelo material usado e/ou comportamento do guia incorporado, do contrário, apenas médiuns videntes e/ou clarividentes percebem porque vêm além dos outros que são portadores de faculdades diferentes.

Considero a apometria uma boa ferramenta de auxilio ao próximo e a nós mesmos. A cada trabalho, lições profundas podem ser assimiladas, exemplos de vida são expostos e nos fazem refletir sobre as conseqüências de nosso comportamento ao longo da vida.

A espiritualidade nos fala ao coração em alguns momentos e reforça nossa fé e vontade de seguir servindo no bem e para o bem em prol de nós e dos outros, mesmo porque, cada vez que ferimos alguém, é a nós mesmos que estamos ferindo e a Lei Maior é eximia “cobradora” de nossas dividas, ações, reações e posturas.

A apometria não é uma aventura, não é intromissão na vida passada alheia, antes sim é uma, das tantas formas que a espiritualidade tem para nos ajudar e evoluir por conseqüência porque a vida não para nem aqui, na Terra, nem no plano espiritual que se mostra muito mais dinâmico.

Julgar a apometria tão somente pelo seu aspecto de fornecer informações sobre vidas passadas dos consulentes é limitá-la e, definitivamente, não é só isso, vai muito além.

Na apometria o médium deve estar disposto a tudo, uma vez que vai, fatalmente, se deparar com espíritos perversos, densos e irá adentrar, junto aos guias espirituais, em seu universo nada agradável.

Há, porém, o lado manso e muito bom, ensinamentos, momentos de profunda emoção, enfim, é uma montanha russa de sentimentos e sensações, vale a pena.

Annapon

30.01.2015