Quem é Umbandista de verdade sabe que Gabriel Malagridarepresenta uma das encarnações do Caboclo Sete Encruzilhadas. Gabriel nasceu em Menaggio no dia 5 de dezembro de 1689 e faleceu em Lisboa no dia 21 de setembro de 1761. Ele foi condenado como herege no Processo de Távora. Permaneceu encarcerado após o julgamento, mas depois foi estrangulado e queimado.
Filho de um médico (Giácomo Malagrida), aos 12 anos entrou para o seminário na cidade de “Como”, na Itália. Após concluir os primeiros estudos, foi encaminhado a Milão para prosseguir com sua preparação religiosa. Em 23 de outubro de 1711 ingressou na “Companhia de Jesus”, em Génova. Após sua primeira formação, trabalhou como professor na ilha de Córsega. Mas, prosseguiu seus estudos e, como teólogo formado, ingressou na Ordem dos Jesuítas, onde foi enviado às Índias.
Em 1721, Gabriel Malagrida embarcou para o Brasil, onde ordenou-se como padre. Durante o ano de 1723 ele se aproximou das tribos que habitavam a Capitania do Maranhão. Gabriel viveu entre os índios dessa região até o ano de 1727, onde enfrentou epidemias e diversas revoltas. De 1729 à 1734 lecionou no Colégio de São Luís. A partir de 1735, viajou para a Capitania da Bahia, passando por Piauí e realizando diversas paradas para o reconhecimento dos povoados.
No ano de 1738 chegou a Salvador e ali trabalhou como clérigo por três anos. Em seguida, de 1741 a 1745, viajou e atuou entre os Sertões da Capitania de Pernambuco e, também, nos povoados do Vale do Paraíba. Em 1746 Malagrida retornou ao Maranhão, onde permaneceu por dois anos e meio. Em 1749 viajou para o Pará, onde deu continuidade a sua missão de pregador popular.
NOTA: Até hoje existe uma capela no Colégio Santa Teresa, em São Luís do Maranhão, fundada por Gabriel Malagrida, durante a época em que atuou como padre. Nesse local existem objetos pessoais do jesuíta, como um banco usado para pernoite e uma santa de sua devoção. Mediante a permissão das irmãs é possível visitar o local.
Depois de todas essas viagens, Gabriel decidiu voltar à Portugal para pedir a aprovação do Rei e conseguir recursos para legalizar suas obras. Em 1750 chegou em Lisboa, onde presenciou os últimos momentos de vida de D. João V. Ele permaneceu por mais um ano na capital de Portugal. Depois retornou ao Maranhão, no Brasil, onde se manteve até 1754. Porém, retornou definitivamente a Portugal, a pedido de Dona Mariana da Áustria, viúva de D. João V.
A sua presença na Corte não agradou o futuro Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Mello). Ele era Primeiro Ministro de Portugal na época e irmão de Francisco Xavier de Mendonça Furtado – governador das Capitanias do Pará e do Maranhão. Este não concordava com as atividades dos Jesuítas no Brasil e fazia de tudo para impedir o progresso das missões, por serem elas “abolicionistas“.
Durante o Sismo de Lisboa em 1755, Malagrida e outros jesuítas, aproveitaram a oportunidade para exortar todos os Lisbonenses à reforma dos seus costumes. O processo de discussão entre os nobres e os jesuítas gerou diversos documentos e inúmeras contendas. Os Jesuítas foram acusados de Motim e as missões no Brasil foram extintas. Muitos envolvidos foram presos…
Mais tarde, Malagrida passou a defender obstinadamente as suas crenças… Por causa de sua idade avançada (72 anos) e das privações que enfrentou nos calabouços, ele tornou-se aparentemente “demente”. Continuamente ouvia “vozes de anjos que falavam dentro de sua cabeça“. Por conselho de um carcereiro, publicou diversos textos enquanto esteve na prisão; dentre eles: “O Anti-Cristo” e “A Vida Heróica e Maravilhosa da Gloriosa Santa Ana, mãe da Virgem Maria”.
Por conta desses documentos foi facilmente denunciado à Inquisição, como falso profeta, impostor e herege. Foi entregue ao tribunal do Santo Ofício de Lisboa, onde foi acusado e condenado. Malagrida foi executado no dia 21 de setembro de 1761, em Rocio, na praça principal de Lisboa. Na Igreja Paroquial de Menaggio, existe um monumento em honra ao Padre Jesuíta Gabriel Malagrida, erigido em 1887.
Em 1721, Gabriel Malagrida embarcou para o Brasil, onde ordenou-se como padre. Durante o ano de 1723 ele se aproximou das tribos que habitavam a Capitania do Maranhão. Gabriel viveu entre os índios dessa região até o ano de 1727, onde enfrentou epidemias e diversas revoltas. De 1729 à 1734 lecionou no Colégio de São Luís. A partir de 1735, viajou para a Capitania da Bahia, passando por Piauí e realizando diversas paradas para o reconhecimento dos povoados.
No ano de 1738 chegou a Salvador e ali trabalhou como clérigo por três anos. Em seguida, de 1741 a 1745, viajou e atuou entre os Sertões da Capitania de Pernambuco e, também, nos povoados do Vale do Paraíba. Em 1746 Malagrida retornou ao Maranhão, onde permaneceu por dois anos e meio. Em 1749 viajou para o Pará, onde deu continuidade a sua missão de pregador popular.
NOTA: Até hoje existe uma capela no Colégio Santa Teresa, em São Luís do Maranhão, fundada por Gabriel Malagrida, durante a época em que atuou como padre. Nesse local existem objetos pessoais do jesuíta, como um banco usado para pernoite e uma santa de sua devoção. Mediante a permissão das irmãs é possível visitar o local.
Depois de todas essas viagens, Gabriel decidiu voltar à Portugal para pedir a aprovação do Rei e conseguir recursos para legalizar suas obras. Em 1750 chegou em Lisboa, onde presenciou os últimos momentos de vida de D. João V. Ele permaneceu por mais um ano na capital de Portugal. Depois retornou ao Maranhão, no Brasil, onde se manteve até 1754. Porém, retornou definitivamente a Portugal, a pedido de Dona Mariana da Áustria, viúva de D. João V.
A sua presença na Corte não agradou o futuro Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Mello). Ele era Primeiro Ministro de Portugal na época e irmão de Francisco Xavier de Mendonça Furtado – governador das Capitanias do Pará e do Maranhão. Este não concordava com as atividades dos Jesuítas no Brasil e fazia de tudo para impedir o progresso das missões, por serem elas “abolicionistas“.
Durante o Sismo de Lisboa em 1755, Malagrida e outros jesuítas, aproveitaram a oportunidade para exortar todos os Lisbonenses à reforma dos seus costumes. O processo de discussão entre os nobres e os jesuítas gerou diversos documentos e inúmeras contendas. Os Jesuítas foram acusados de Motim e as missões no Brasil foram extintas. Muitos envolvidos foram presos…
Mais tarde, Malagrida passou a defender obstinadamente as suas crenças… Por causa de sua idade avançada (72 anos) e das privações que enfrentou nos calabouços, ele tornou-se aparentemente “demente”. Continuamente ouvia “vozes de anjos que falavam dentro de sua cabeça“. Por conselho de um carcereiro, publicou diversos textos enquanto esteve na prisão; dentre eles: “O Anti-Cristo” e “A Vida Heróica e Maravilhosa da Gloriosa Santa Ana, mãe da Virgem Maria”.
Por conta desses documentos foi facilmente denunciado à Inquisição, como falso profeta, impostor e herege. Foi entregue ao tribunal do Santo Ofício de Lisboa, onde foi acusado e condenado. Malagrida foi executado no dia 21 de setembro de 1761, em Rocio, na praça principal de Lisboa. Na Igreja Paroquial de Menaggio, existe um monumento em honra ao Padre Jesuíta Gabriel Malagrida, erigido em 1887.
Ele é citado em várias obras de escritores europeus, inclusive de Voltaire e de Stendhal. No Brasil, Renato Barbieri filmou o documentário “Malagrida” no ano de 2000 e ganhou três prêmios: do Ministério da Cultura, do OCIC para a América Latina e do Caribe Award. Em 2005, o escritor português Pedro Almeida Vieira publicou o romance “O Profeta do Castigo Divino“, que tem como personagem principal o Padre Gabriel Malagrida.
Em 2011 foi criada a Comenda da Ordem de Mérito “Gabriel Malagrida”, pelo Governador do Estado da Paraíba – Diário Oficial do Estado, nº 14.729, de 31 de agosto de 2011. Essa comenda é concedida às autoridades civis e militares que tenham prestado notáveis serviços à Casa Militar do Governador daquele Estado.