segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ramunha


Ramunha é o cântico e dança da Nação Jêje e significa não tenho guerra, não sou guerra, não quero confusão, não sou confusão, eu só sou alegria. Então, a Ramunha é cantada para por as pessoas para fora do barracão, os iaôs que vem dançando para sair na Ramunha, para recolher na Ramunha. Algumas casas de Ketú também tocam a Ramunha para os Orixás dançarem, e ela na verdade pertence à outra nação que é o Jêje. Por causa da briga do povo Ketú e dos povos Iorubas que são os anketus com o povo do Jêje na África, foi a maior causa da escravatura acontecer no mundo, pois eles vêm a ser os prisioneiros de guerra.

Quando começaram o jatobá, começaram a invadir as cidades, das cidades às regiões rurais, das regiões rurais aos sacerdotes e aos reis. Então, quando eles vieram para o Brasil, principalmente na Bahia, no porto de Salvador, eles não tinham outra alternativa a não ser serem amigos. Guerrearam lá, causaram a escravatura, os antepassados deles e aqui tiveram que se unir com os índios, com os caboclos, com o povo de todas as nações e assim nasceu o Candomblé no Brasil. Então, quando se solta a Ramunha nos barracões é para mostrar que todos podem ser unidos e nós não queremos guerra e não queremos confusão.