quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Dragões - Vocês sabem o que são os Dragões?

Eles são seres humanos, integram nossa raça. Inteligentes. Com larga soma de conhecimento das leis divinas e com rara habilidade de manipular as energias naturais. Conhecem a psicologia da alma, avançaram em tecnologia e são tenazes na busca de seus ideais. Adquiriram o domínio do inconsciente, tornando-se manipuladores dos sentimentos. Foram transmigrados de vários planetas em levas de bilhões de criaturas rebeldes aos sublimes estatutos de Deus, para recomeçarem a caminhada evolutiva no reerguimento de si próprios perante a consciência.
     Chegados a Terra em degredo, formaram castas de rebelião usando as tendências inatas de inconformaçao com o exílio. Renascidos nos troncos antropológicos mais remotos do que hoje e o continente africano, foram, paulatinamente, resgatando as reminiscências da bagagem intelectiva e social que armazenaram.
     Vieram em naves, cuja atual tecnologia mais avançada da ciência supersônica, nem sequer alcança os níveis de engenharia aeroespacial dominada aquele tempo pelos tutores interplanetários que lhes fizeram o transporte galáctico.
     Um trabalho de minúcias, planejamento e milênios de execução.
     Quatro troncos1 de transmigrados foram decisivos para a construção da historia da Terra nos últimos 15.000 anos. Eles se disseminaram pelos povos da Suméria e Mesopotâmia. Espalharam-se pela Caldeia e depois pelos povos que originaram a família indo-europeia. Deixaram relatos claros de seu poder criador no Egito, na China, na Índia e na velha civilização Greco-romana.
     Entre os quatro troncos, dois deles, o ariano e o povo da casa de Israel ou tronco judaico-cristao2, sempre estiveram presentes nos mais conhecidos episódios da historia humana. Ora como egípcios, ora como hebreus, Ora como romanos, ora como palestinos, ora como nazistas, ora como judeus.
     Tais espíritos se revezaram em uma das mais sangrentas e antigas disputas que transcende a chegada de todos eles a esta casa planetária. Os arianos como cultores da raça pura e do progresso pelo domínio, amantes do poder, das castas. Os judeus cristãos como o grupo mais afeiçoado a religião, amantes do Deus único e também os mais pretensiosos proprietários da verdade. Nos primeiros, a arrogância nacionalista. Nos segundos, a arrogância religiosa.
1 Nota da editora: consulte o livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, pelo médium Francisco Candido Xavier.
2 Nota do Autor: o que os autores espirituais chamam de tronco judaico cristão teve como origem o povo hebreu.
      Digladiam por milênios afora dando continuidade a uma velha disputa pelo poder. Ambos adoecidos pela vaidade. Os arianos acreditam na força bélica, e os judeus cristãos na força divina. Religião e armas são duas extremidades de um processo antropológico milenar deste planeta. Ódio e amor. Poder e Fe. Velhos arquétipos dominantes nas mentes exiladas.
     Foi nessa fieira de ódio e incompreensão, há mais de 10.000 anos, que se organizou a primeira força militar da maldade na Terra. Eles se denominaram dragões, a mais antiga casta de poder formalizada no astral inferior de nosso orbe. Descendentes de ambos os troncos de exilados, como facínoras da hipnose coletiva, entrincheiraram-se na revolta e no ódio milenar.
     A migração interplanetária e uma ocorrência continua e natural no universo. Da mesma forma, o ir e vir de comunidades no ambiente terrestre e uma Constant. Obedecendo a fatores sócio espirituais, diversos grupos reunidos por compromisso e afinidade deslocam-se conforme a extensão de suas necessidades de aprimoramento evolutivo dentro do planeta ou para fora dele, nas esferas mais próximas de suas manifestações vibratórias.
     Houve uma grande reação das trevas com as conquistas do século XX, pelo fato de serem avanços realizados pelos aborígenes, o povo da Terra. As comunidades sombrias zombam desse fato recordando as contribuições que deram ao velho Egito e as civilizações primitivas. Essa insurreição também se deve ao estratégico renascimento corporal de dragões, cujo objetivo seria destruir a humanidade incendiando a cultura, a política e a economia mundial.
     O noticiário comum não pode afirmar, mas inúmeros lideres políticos de facções fundamentalistas desenvolveram uma industria bélica, socialmente invisível, com o aval de países ricos que não tinham noção dos perigos que a que expunham o planeta.
     As forças sombrias continuam acirradamente o feroz ataque ao bem.
     O fundamento basilar dessas hordas consiste em colocar o instinto como núcleo estratégico da derrocada humana. Convencer o homem da Terra de que não vale a pena mudar de reino, subir o degrau do instinto para a razão. O prazer, nessa concepção decadente e astuta, reside em manter-se na retaguarda dos cinco sentidos, buscando as gratificações imediatistas e passageiras. Viver, dentro dessa ótica enfermiça, significa gozar os prazeres da matéria, fruir todos os interesses pessoais.
     Estamos em um instante delicado. Daí a razão de conclamarmos servidores fieis em todas as plagas do mundo. Existem embaixadores do Senhor em todos os flancos nos quais nos quais haja poder de influencia sobre multidões.
     Uma retaguarda de almas de coração puro e experimentadas na arte de construir o bem foi acionada em regime de prontidão permanente nestes últimos trinta anos. Entre elas, muitos baluartes respeitados nas searas da religião transferiram suas enorme responsabilidades aos sucessores naturais, para atenderem ao chamado do Celeste Orientador da caminhada planetária junto ao turbilhão de desordem e interesse nos ambientes administrativos das sociedades.
     O Templo de Luxor3 e o Hospital Esperança4 representam uma vasta equipe de cooperadores nos serviços redentores, nos porões do submundo astral. Os dragões são nossa família pelos elos do coração. Filhos transviados que mendigam amor incondicional.
     Essa manifestação de amor deve constituir a orientação essencial a quem almeja somar nas oficinas de abnegação e socorro pela iluminação das sombras abissais.
     Quando estendemos a Mao a um vizinho, quando desenvolvemos um gesto de solidariedade ou educação, quando tornamo-nos um exemplo de cidadão, enfim, quando exercemos a cidadania cósmica, estamos efetivamente cooperando para um mundo melhor e atendendo ao clamor pela regeneração, que acena um futuro promissor em favor da paz mundial.
3 Nota da editora – O Templo de Luxor, no Egito, foi iniciado na época de Amenhotep III e só foi acabado no período muçulmano. E o único monumento do mundo que contem em si mesmo documentos das épocas faraônicas, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e ate uma Mesquita (Abu AL – Haggag).
4 Nota da editora – Obra de amor erguida por Eurípedes Barsanulfo no mundo espiritual.
Magister Seraphis Bey, mestre do Templo de Luxor.
Belo Horizonte, janeiro de 2009.
Fonte: Livro Os Dragões (O diamante no lodo não deixa de ser diamante).
Psicografado por Wanderlei Soares de Oliveira
Pelo espírito de Maria Modesto Cravo.   

Trecho do Livro Libertação: pelo Espírito Andre Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Cap.VIII - Inesperada intercessão 
    
     A sala em que fomos recebidos pelo sacerdote Gregório semelhava-se a estranho santuário, cuja luz interior se alimentava de tochas ardentes.
     Sentado em pequeno trono que lhe singularizava a figura no desagradável ambiente, a exótica personagem rodeava-se de mais de cem entidades em atitude adorativa. Dois áulicos, extravagantemente vestidos, manejavam grandes turíbulos, em cujo bojo se consumiam substancias perfumadas, de violentas emanações.
     Trajava ele uma túnica escarlate e nimbava-se de halo pardo-escuro, cujos raios, inquietantes e contundentes, nos feriam a retina.
     Fixou em nos o olhar percuciente e inquiridor e estendeu-nos a destra, dando-nos a entender que podíamos aproximar.
     Fortemente empolgado, acompanhei Gubio.
     Quem seria Gregório naquele recinto? Um chefe tirânico ou um ídolo vivo, saturado de misterioso poder?
     Doze criaturas, ladeando-lhe o dourado assento, ajoelhavam-se, humildes, atentas as ordens que lhe emanassem da boca.
     Com um simples gesto determinou regime sigiloso para a conversação que entabolaria conosco, porque, em alguns segundos, o recinto se esvaziou de quantos dentro dele se achavam, estranhos a nossa presença.
     Compreendi que cogitaríamos de grave assunto e fitei nosso orientador para copiar-lhe os movimentos.
     Gubio, seguido por Eloi e por mim, a reduzida distancia, acercou-se do anfitrião que o contemplava de fisionomia rude, passando, de minha parte, a espreitar o esforço de nosso Instrutor para contornar os obstáculos do momento, de modo a não classificar-se por mentiroso, a face da própria consciência.
     Cumprimentou-o Gregório, exibindo fingida complacência, e falou:
    -Lembra-te de que sou juiz, mandatário do governo forte aqui estabelecido. Não deves, pois, faltar a verdade.
     Decorrida pequena pausa, acrescentou:
     -Em nosso primeiro encontro, enunciaste um nome...
     -Sim – responde Gubio, sereno -, o de uma benfeitora.
    -Repete-o! – ordenou o sacerdote, imperativo.
    - Matilde.
     O semblante de Gregório fez-se sombrio e angustiado. Dire-se-ia recebera naquele instante tremenda punhalada invisível. Dissimulou, no entanto, dura impassibilidade e, com a firmeza de um administrador orgulhoso e torturado, inquiriu:
    _Que tem de comum comigo semelhante criatura?
      Nosso orientador redargüiu, sem afetação:
    _asseverou-nos querer-te com desvelado amor materno.
    -Evidente engano! – aduziu Gregório, ferino –minha mãe separou-se de mim, há alguns séculos. Ao demais,  ainda que me interessasse tal reencontro, estamos fundamentalmente divorciados um do outro. Ela serve ao Cordeiro, eu sirvo aos Dragões (1).
(1) – Espíritos caídos no mal, desde eras primeiras da Criaça Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida,personificando lideres de rebelião, ódio, vaidade e egoismo; não são, todavia, demônios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens. – nota do autor espiritual.