quinta-feira, 27 de julho de 2017

VENCENDO A ÚLTIMA BARREIRA VIAGENS NO TEMPO

Por Rosângela Maria Dolis

É possível uma pessoa visitar lugares distantes no passado ou no futuro ?  Sim, através da viagem astral - quando o organismo físico é "abandonado" pelo corpo astral, com densidades variável e capaz de conduzir-se, segundo sua preparação, aos mais variados lugares e períodos.  Embora tais projeções sejam usualmente involuntárias, existem técnicas para controlá-las, apresentadas na matéria a seguir.

Habituado por tradição e educação a considerar o tempo uma seqüência lógica de três fases - o antes, o agora e o depois - e jamais adaptar sua imaginação a qualquer idéia que se não prenda a lógica de que o agora vem depois do antes e antes do depois, o homem recusa-se a aceitar, em nome do bom senso, que algo que só poderá vir depois já esteja ao seu lado agora.
Em uma viagem astral a pessoa torna-se capaz de, numa completa inversão de todos os conceitos de tempo, adiantar-se ou sobrepor-se ao fato consumado para tornar-se conhecedora daquilo que ainda não aconteceu, fazer parte de um passado que não viveu e, ignorando o tempo, vencer grandes distâncias.
Têm sido constantes os relatos de pessoas que dizem que, durante o sono ou mesmo desperta, viram-se, de repente, voando pela casa, dando um passeio pela rua, visitando amigos, percorrendo grandes distâncias na velocidade do raio.  E mais: alguns relatos deixam ver que a rota seguida não pode ser calculada em quilômetros, pois envolvem o tempo.
A esse respeito, o teósofo hindu C. Jinarajadasa escreveu:
"Não se trata de uma imagem que se passa no campo da visão do pesquisador, nem um panorama que se revela a ele como em um teatro.  A pessoa vive realmente no referido passado.  Basta escolher o trecho do passado que o mesmo deseja estudar e então o passado esta nele e lhe pertence totalmente.  Quereis ouvir um discurso de Péricles em Atenas ? Então a vida daquela época cerca o viajante; ele ouve falar em grego, contempla os atores do drama da vida naquela época.  O livro do tempo fica inteiramente aberto à sua frente."
É assim que acontece, por exemplo, com o americano Alex Tanous, um homem de 47 anos citado no livro The Astral Journey, de Herbert B. Greenhouse (Doubleday & Co., New York, 1975).  Tanous se projeta e viaja no tempo à vontade.  Diz a si mesmo algo como "mente fora" e se encontra no presente, no passado, no futuro, em qualquer tempo ou lugar que eleja.  Uma vez, em uma reunião de psicólogos, retrocedeu até à revolução russa e descreveu muitas das cenas históricas de 1917.  Falou dos revolucion0ários, dos soldados, do czar no palácio de inverno de Petrogrado (São Petersburgo)   Quando visitou a Rússia alguns anos depois, reconheceu os lugares que apareceram em sua viagem astral.
Em outra ocasião, Tanous se transportou para o futuro.  Uma monja e sua irmã o procuraram e lhe falaram de sua preocupação com um irmão que vivia na Alemanha e ao qual acabavam de prender, acusado de assassinar sua esposa.  Tanous viajou em direção ao tempo e ao lugar do julgamento e no seu regresso deu a boa nova à irmãs:
"Não o condenarão.  Não matou a mulher e o porão em liberdade."
Tal como predisse Tanous, tempos depois o homem foi absolvido e posto em liberdade.  Tanous não via seu segundo corpo durante suas viagens, mas percebia-se a si mesmo como uma massa de energia, uma bola de luz.
Goethe, aos 21 anos, teve também contato com o futuro: "Cavalgava por um caminho em direção a Drusenheim e (...) me vi a mim mesmo vir ao meu encontro montado em um cavalo, mas com uma roupa que eu nunca havia usado.  Era um traje cinza-claro, mesclado de amarelo.  Logo que despertei dessa fantasia a visão desapareceu.  Oito anos depois, me achei no mesmo lugar, com o propósito de ir visitar Frederica (sua prometida) e vestindo as mesmas roupas da visão."




A REALIDADE DO CORPO ASTRAL

A parte do ser que sai em viagem nessas ocasiões, que escapa do organismo vivo e que é capaz de viver separada do corpo físico, tem sido vista tanto pelo viajante como pelas pessoas que ele visita, e por isso se chama segundo corpo.
O segundo corpo recebe um nome distinto em cada uma das culturas antigas.  Os hebreus o chamavam ruach; os egípcios, o ka, réplica exata do corpo físico, mas menos densa; os gregos o denominavam ameidolon; os romanos, larva; no Tibete, bardo; na Noruega, fylgja, enquanto os antigos bretões lhe davam vários nome - fetch, waft, task, fye.
Na China, o thankhi abandonava o corpo durante o sonho e podia ser visto por outras pessoas.  Os antigos chineses praticavam a meditação para liberar o segundo corpo, que se formava no plexo solar, pela ação do espírito.  A sua saída pela cabeça aparece representada em desenhos antigos.
Os antigos hindus falam do segundo corpo com pranamayakosha.  Os budistas lhe chamam rupa.  Textos budistas tântricos do Tibete e da Mongólia, citados por D. Scott Rogo no International Journal of Parapsychology descrevem as viagens astrais e afirmam que Buda não aprovava que seus seguidores tratassem de provocá-la.
Os viajantes astrais e suas testemunhas descrevem o segundo corpo de muitas maneiras, desde uma presença insubstancial até um corpo idêntico em todos os aspectos ao organismo físico.  Outros viajantes nunca viram seu segundo corpo; só sabem que sua consciência sai de seu corpo físico, movendo-se em direção a um outro ponto do espaço ou do tempo.
Segundo Celia Green, diretora do Institute of Psychophysical Research, da Universidade de Oxford (Inglaterra), os projetores menos avançados conscientes de que seu "eu" não se acha no corpo físico não experimentam a sensação de um segundo corpo, mas de uma extensão espacial ou temporal de sua consciência.  Por exemplo, uma das pessoas por ela pesquisadas se percebia sem substância ou formato, mas como uma área de controle vagamente oval, de uns 70 cm de largura e 30 cm de profundidade.  Outros se percebem como um olho iluminado, como um vapor, um globo de luz, de aspecto nebuloso, desde uma figura translúcida até um corpo físico sólido.  Às vezes só se divisa a cabeça, um débil contorno.  No Peru, depois de haver tornado uma droga, o xamã imagina que sua alma abandona o corpo em sua forma de pássaro para ir matar um inimigo na selva distante.

UM CORPO ECTOPLÁSMICO

            O segundo corpo varia em densidade, dependendo das condições em que se projeta ou da quantidade de vitalidade que retém.  A maioria dos viajantes não sente peso algum em seus astrais, nem percebe batidas do coração, a respiração ou outras funções do corpo físico.  Em grande porcentagem dos casos, o segundo corpo desprende um resplendor capaz de iluminar um aposento às escuras ou se apresenta envolto às escuras ou se apresenta envolto em cores brilhantes - a aura de cores que circunda o corpo físico.
Alguns estudiosos da viagem astral, como Robert Crookall, acreditam que o segundo corpo é formado em proporções variáveis por um corpo semifísico e um corpo da alma.  O componente semifísico, pode ser o ectoplasma, o que Robert Crookall denomina a parte gasosa ou eletromagnética do corpo físico total.  Quanto maior é a porcentagem do componente semifísico, tanto mais o astral se comporta como o faria o corpo físico e menos capaz se mostra de atravessar a matéria.  E quando esse componente, que Robert Crookall chama o "veículo da vitalidade", diminui e retorna ao organismo físico, o corpo da alma fica livre para mover-se através das barreiras físicas, mas já não exerce ação sobre a matéria - ao tentar abrir uma porta, sua mão atravessará a maçaneta.  É difícil estabelecer divisões claras entre os corpos físico e semifísico e o corpo da alma, pois dá-se uma constante separação, mistura e fusão de formas astrais.
Há quem acredite também que em sua forma mais sutil o segundo corpo se compõe de luz branca, e que sua natureza é basicamente elétrica.
Entre muitas experiências, somente um pequeno número apresenta o segundo corpo sólido - um organismo vivo e palpitante, idêntico em aparência e comportamento ao corpo físico, que pode, inclusive, ser fotografado e manter uma conversação inteligente.



O corpo astral pode exercer dois tipos de ação sobre a matéria.  De acordo como o primeiro, os objetos físicos não representam um obstáculo para o sujeito, capaz de passar através deles sem problemas.  O segundo se exerce quando o segundo corpo faz barulhos, toca e move objetos materiais e estabelece contato físico com a pessoas.  Como regra geral, o sujeito que possui uma dessas capacidades não possui a outra, e a existência de uma ou de outra parece depender da quantidade de substância física retida pelo segundo corpo ao empreender sua viagem.
Uma e outra forma de ação sobre a matéria podem alternar-se durante a viagem, pois o segundo corpo não tem uma composição fixa.

O INÍCIO DA AVENTURA

            A experiência de Sylvan Muldoon - um norte-americano que viveu no começo deste século, um dos pioneiros no estudo das viagens astrais e um dos primeiros a proporcionar um informe reflexivo e detalhado de suas experiências - constitui um exemplo tradicional de como os corpos se separam para dar início à viagem astral.
            Sylvan Muldoon despertou no meio da noite com o corpo paralisado, incapaz de mover-se.  De repente, teve a sensação de flutuar e todo seu corpo começou a vibrar.  Sentia uma forte pressão na parte posterior da cabeça.  Em seguida se encontrou flutuando horizontalmente sobre a cama, elevando-se até o teto.  O corpo lhe parecia muito leve.  Desde uma altura de 1,80 m, girou 90º, a partir do plano horizontal, passando à posição vertical e descendo até chegar ao solo.  Então, começou a relaxar, ainda com a incômoda tensão na nuca, e deu um passo à frente.
            E então aconteceu o mais surpreendente.  Olhou para trás na direção da cama e se viu ali, dormindo.  Tinha dois corpos: um de pé no solo, consciente, e o outro deitado passivamente no leito.  Dois corpos idênticos, unidos por um cabo elástico, com um dos extremos entre os olhos do corpo que ocupava a cama e o outro na parte posterior da cabeça do corpo em pé.
            Sylvan Muldoon pensou com tristeza que estava morto.  Começou a andar, mas vacilou ao sentir um repuxo do cabo.  Tratou de abrir uma porta, mas a atravessou.  Tentou sacudir os que dormiam, conseguindo transpassar seus corpos com suas mãos.  Confuso, ficou dando voltas sem rumo, sem saber o que fazer.  Notava o repuxo na parte posterior de sua cabeça cada vez com mais intensidade.  Vacilou de novo e se imobilizou.  Elevou-se no ar e foi lançado acima da cama, onde ficou suspenso horizontalmente.  Vibrou como no princípio de sua aventura e se incorporou ao seu corpo físico.
            Segundo Sylvan Muldoon, a separação dos corpos se dá com maior facilidade durante os sonhos, mas há muitos casos de pessoas acordadas.  Caroline Larsen - conforme conta Herbert Greenhouse em seu livro "Viagem Astral"- decidiu retirar-se uma noite mais cedo e escutar na cama a música de Beethoven que o grupo de câmara de seu marido interpretava no piso inferior.  De repente, a sensação de tranqüilidade que sentia se converteu em um profundo temor e opressão.  Sentiu que seu corpo se intumescia membro a membro, até chegar a um estado cataléptico total.  Teve um desmaio momentâneo.  Após um instante, estava de pé ao lado da cama, surpresa ao ver a si própria sobre o leito.
            Enquanto a consciência viaja, o corpo físico mostra todos os sintomas de morte - catalepsia, ausência de respiração, de pulso.  Por exemplo: o filósofo do século VI a.C. Hermótimo de Clazomenes sentia uma grande curiosidade ante a morte e recorria aos seus talentos psíquicos para investigá-la.
            Freqüentemente caía em transe e vagava longe de seu corpo, que entrava em catalepsia e tomava uma aparência cadavérica.  Em uma dessas ocasiões, sua mulher, irritada por suas saídas astrais - ou talvez desejosa a declará-lo morto e a incinerá-lo.  Segundo o livro "A History of Experimental Spiritualism", de César de Vesme, os médiuns revelaram logo que Hermótimo ficara muito contrariado ao regressar e não encontrar seu corpo físico.
           
OS MOTIVOS DE UMA VISITA

            A maioria das pessoas que se projetam saem de seus corpos de maneira involuntária.  No entanto, algumas têm aprendido a fazê-lo conscientemente, como Eileen Garrett, médium irlandesa, ou os xamãs de sociedades primitivas.



            No livro "The Sacred Mushroom", de Andrija Puharich diz que os xamãs da Sibéria oriental (Rússia) submetem seus corpos físicos a uma dura prova que lhes conduz a um vôo extracorporal.  O xamã passa primeiro por um período de jejum, meditação e privações.  Depois,  toma parte de uma cerimônia, tocando um tambor especial, improvisando cantos e hinos aos espíritos para solicitar sua ajuda na separação da alma e do corpo.  Então empreende uma dança febril que o deixa exausto e bebe álcool ou uma droga alucinógena.  Depois de uma nova dança ainda mais frenética, desmaia subitamente e cai em profundo estado de transe.  Assim começa sua viagem astral.  Ele vê pessoas não presentes e cai e descreve seus atos.  Às vezes também retrocede no tempo, para ser testemunha de um assassínio ou roubo já cometido.
            Para se locomover, o segundo corpo mais que caminha - desliza, seguindo um movimento para cima e para baixo.  Quando viaja grandes distâncias, eleva-se acima da Terra e transporta-se à velocidade de um raio, enquanto a paisagem desliza vertiginosamente lá embaixo.
            Sylvan Muldoon se movia a três velocidades durante suas viagens.  Adotava um passo normal pelo quarto ou casa, ou mesmo ao passear pela rua.  Havia uma velocidade intermediária, mais rápida do que a normal, na qual ele não se movia, mas tudo parecia vir sobre ele.  A terceira velocidade era extraordinária: permitia viagens de grande distância num tempo muito curto.  Nesse tipo de viagem, ele experimentava sem dúvida períodos de inconsciência, uma vez que lhe era impossível registrar todos os detalhes vistos.
            Geralmente, as experiências extracorporais vêm motivadas por um lado afetivo pessoal, com objetivos espirituais, humanitários e práticos.  Existem inúmeros relatos de separação dos corpos ocorridas em momento de crise, em particular quando uma pessoa está para morrer.  Na grande maioria das vezes é o agonizante que se projeta, mas às vezes o conhecimento consciente ou inconsciente, por parte de uma pessoa sã, de que uma grave enfermidade ameaça um conhecido, leva-a à projeção.
            Existem também razões do tipo prático para projetar-se, com resultados tão divertidos como passíveis de prova de uma viagem.  Em um caso de consciência acompanhada de clarividência e com testemunhas, uma mulher residente na Irlanda buscava uma casa para comprar.  Encontrou-a durante uma viagem astral.  A casa satisfazia todas as exigências, mas havia um problema:  ignorava onde ela se encontrava.  Voltou a visitar a casa muitas outras vezes.  No ano seguinte, ela e sua família se mudaram para Londres.  Respondendo ao anúncio de um jornal, ficou surpresa ao entrar na casa das suas viagens.  Ao vê-la, a proprietária gritou: "Você é fantasma!"
            Mesmo quando existe uma forte motivação, a separação não acontece - a menos que o corpo e a mente estejam preparados para isso.  Paradoxalmente, tanto o estado de relaxamento como o de tensão contribuem para o fenômeno.  No primeiro caso, o projetor talvez se encontre cochilando, dormindo, enfermo, exausto ou sob influência de um anestésico, talvez sonhando acordado ou em transe hipnótico, superficial ou profundo, sem prestar atenção ao que o rodeia.
           
EM BUSCA DA ENERGIA CÓSMICA

            No outro extremo, a projeção pode ser provocada por um stress corporal ou mental, como durante uma enfermidade em que, além de uma debilitação física, há dor e tensão, alternando às vezes com passividade e o relaxamento.  Os remédios muitas vezes criam uma tensão mental e física, e por isso nenhum ambiente é mais adequado do que um hospital.  O forte cheiro de medicamentos, a sensação de enfermidade e morte que flutua no ambiente criam uma atmosfera própria para algumas viagens astrais significativas.
            Sylvan Muldoon acreditava que, para haver uma separação o corpo físico deve estar em condições abaixo das normais.  Ele padeceu enfermidades durante a maior parte de sua vida e considerava a debilidade física o fator mais importante em sua capacidade de projetar-se.
            Eileen Garrett se inclinava pelo mesmo ponto de vista: "Tive muitas experiências extracorporais.  Quase sempre ocorrem quando me sinto enferma ou exausta."
            Ao que tudo indica, porém, as projeções involuntárias se dão com maior facilidade com o corpo em má forma, e as saídas voluntárias têm mais probabilidades de ser levadas a cabo durante os períodos de boa saúde.
            As situações de pura tensão têm lugar quando um perigo ameaça o sujeito: afogamento, asfixia, um acidente inevitável, etc.  Quando uma pessoa está a ponto de se afogar, experimenta uma grande agitação mental, afora o dispêndio de um extremo esforço físico.  Toda a energia mental se dirige à introspeção.  É por causa disso que o segundo corpo de pessoas envolvidas com afogamento se mostra particularmente disposto a manifestar-se a distância.  Hebert Greenhouse relata o caso de um garoto de 13 anos que caiu de um barco na água, em Java (Indonésia).  Viu claramente sua mãe e as três irmãs em sua casa na Inglaterra e as chamou.  As quatro confessaram, depois, ter ouvido um aterrador grito de agonia.
            Quando o corpo está abaixo de seu nível energético habitual, acredita-se que o segundo corpo sai a recolher energia para transmitir ao corpo físico através do cordão de conexão (cordão de prata).  Na opinião de Sylvan Muldoon, o objetivo do sonho consiste em restaurar o vigor do organismo físico graças a uma desconexão do "eu astral".  Segundo sua teoria, durante o sonho, os dois corpos se desunem tenuemente e o segundo corpo absorve então uma espécie de energia cósmica, que transfere ao corpo adormecido.  O mesmo ocorre durante as enfermidades e em outras ocasiões em que o corpo possui um nível de energia abaixo do normal.
            O monótono movimento das pernas e o balanço dos braços numa caminhada podem provocar algum modo de separação dos corpos e/ou induzir uma espécie de dissociação psicológica que conduz a ela.  O ato de escrever, a mão ou a máquina, é outra classe de movimento rítmico suscetível de induzir uma experiência extracorporal.

AS DIFERENÇAS FORMAS DA CONEXÃO

            A idéia de que o segundo corpo está de alguma forma conectado ao corpo físico encontra exemplos em todos os tempos.  No ano de 79, no livro "A Vingança Divina", de Plutarco, conta que um tal de Arideo, da Ásia Menor, caiu doente e abandonou seu corpo.  Com a percepção tornada aguda ao extremo, como acontece em muitas experiências, podia ver em todas as direções.  Arideo falou então com os mortos, já que parte de sua alma permanecia firmemente ligada ao corpo, através de um fio.  Arideo reparou também na diferença entre seu segundo corpo e os dos mortos.  O seu tinha um contorno tênue e impreciso, enquanto os dos mortos brilhavam e eram transparentes.  Enquanto estudava esse fenômeno, foi violentamente aspirado por um tubo e despertou de novo em seu corpo físico.  Esse tubo recorda de alguma maneira o túnel que muitos projetores crêem atravessar ao abandonar seus corpos físicos.
Em algumas tribos primitivas, o laço de conexão aparece como uma serpente; em outras, como uma árvore ou uma trepadeira.  Em algumas tribos asiáticas, se vê o cordão como uma cinta, um fio ou um arco-íris.  Os africanos os vêem como uma corda, e os nativos de Bornéu (Indonésia), como uma escada.
O cordão de conexão proporciona aos sujeitos um indício de que seu eu passou para o segundo corpo.  Como o cordão se estende, geralmente, desde a frente ou plexo solar do corpo físico até a parte posterior da cabeça astral, normalmente não é percebido; sua percepção depende do projetor virar a cabeça para trás.
Algumas pessoas falam sobre uma luz que palpita no cordão, sendo que o cordão de prata aparece já mencionado na Bíblia.  Há o caso de um homem que, depois de elevar-se horizontalmente por cima de seu corpo, de deter-se a uns 30 cm do teto, olhou para baixo e divisou uma luz prateada entre o corpo físico e o segundo corpo.  Outro divisou o cordão como uma corrente de luz vindo de trás.  Uma modelo francesa chamada Reine, em 1913, comparou seu cordão a um raio de sol filtrando-se em uma habitação.
Segundo o relato da maioria dos projetores, o cordão tem uma grossura de 5 cm a 7 cm quando o corpo físico não dista mais de 3 metros.  Se o segundo corpo se afasta, o cordão torna-se mais fino, mas continua conectado, ainda que o segundo corpo viaje a centenas de quilômetros.
A consciência do eu parece vibrar ao longo do cordão entre os corpos astral e físico, residindo em um ou em outro, ou em ambos.
Como em todos os métodos para comprovação de fenômenos paranormais, a comprovação das viagens astrais no espaço e no tempo deve estabelecer em primeiro lugar a credibilidade do projetor - se é uma pessoa estável, se não confunde fantasia e realidade.



Outras questões referem-se à consciência, à comparação do seu relato de abandono de corpo com os já catalogados, à visão de seu corpo físico inerte, à presença de um cordão, à descrição do lugar visitado, se seu segundo corpo foi visto, ouvido ou sentido por testemunhas, se causou alguma modificação no ambiente (movendo objetos, por exemplo).  É claro que nem todos esses elementos precisam estar presentes em uma viagem, pois o segundo corpo pode estar retendo tão pouca vitalidade que não exercerá assim nenhuma ação sobre a matéria.
Em alguns casos, a viagem astral pode ser confundida com clarividência.  Vicent Turvey, um dos principais psíquicos do início do século, teve experiências tanto do tipo telepático-clarividente como extracorporal.  Assim as distingue: "Na clarividência simples à grande distância, me dá a impressão de olhar o outro extremo de um túnel"; na projeção extracorporal, ao contrário, Vicent Turvey era plenamente consciente de achar-se em seu segundo corpo, podia ver seu corpo físico no lugar onde o havia deixado e tinha uma vívida sensação de mover-se em direção ao seu destino através do tempo e do espaço.
Os depoimentos das testemunhas revelam-se um outro elemento importante para determinar a realidade da viagem, muitas vezes sugerindo a falta de consciência do próprio viajante.




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