Ruben A Cons, F.R.C.
Fonte: Ordem
RosaCruz - AMORC
A projeção é o ato de liberar o Eu
psíquico, com todas as suas funções, transcendendo as limitações de tempo e
espaço.
As projeções têm como finalidade
fazer-nos entrar em contato com aqueles que necessitam de ajuda, ou de quem
desejamos receber assistência ou orientação.
Com algum treinamento adequado e
específico, poderemos projetar o corpo psíquico à vontade; todavia, podem
ocorrer durante o sono projeções espontâneas.
Então, mesmo dormindo, temos plena consciência da dualidade.
A projeção psíquica torna possível a
expansão dos poderes de percepção, de modo que anulam o tempo e espaço.
Um dos grandes poderes da mente
reside em sua capacidade de criar imagens.
Com o seu poder de desenvolver pensamentos e coisas, pode exercer real
poder no trato da matéria.
Através da vontade, o poder da mente
pode ser aplicado para expandir a consciência a lugares distantes, com pleno
conhecimento. A expansão da consciência
para a mente de outrem pode levar consigo todas as características da
personalidade, de forma que o receptor pode sentir uma espécie de
materialização ou visão de quem está expandindo a consciência.
O processo de harmonização de duas
imagens pode ser comparado com a ressonância de dois diapasões do mesmo
tom. Assim sendo, a criação de uma
imagem clara na consciência é indispensável à perfeita harmonização e ao
contato com o objeto com que estamos nos harmonizando.
A título de experimento, procuremos
criar uma imagem mental de um objeto que já tenhamos desejado. Deixemos que isso seja uma experiência total
ou plena para nós. As vibrações que se
irradiarem dessa visualização entrarão em contato com o objeto real e se
harmonizarão com sua freqüência vibratória.
Convém salientar a necessidade de
colocarmos detalhe após detalhe no desenvolvimento de uma imagem mental. Um dos princípios psicológicos aqui
compreendidos é o de que, para a transmissão da imagem mental ou visualizada, é
preciso que ela seja formada lenta e minuciosamente na tela mental.
A coisa ou cena que visualizamos
deverá despertar nossas emoções. Devemos
senti-la, ter consciência vívida da mesma, como se estivéssemos realmente
tomando conhecimento dela através de nossos sentidos físicos de visão, audição,
olfato, paladar e tato.
Na comunicação com pessoas a
distância, sem contato pessoal, a Mente Cósmica ou Consciência Cósmica é usada
para transmitir vibrações. Na projeção
da nossa presença de um local para outro, a Consciência Cósmica é usada, assim
como as ondas de luz na projeção de um filme.
Aquilo que uma mente pensa, sente ou
sabe, pode ser liberado para a Mente Cósmica e, dessa forma, transmitido pelo
espaço, de modo a entrar em contato com qualquer outra mente. É como se a Consciência Cósmica fosse uma
central telefônica e todas as mentes humanas, como ramais, estivessem ligadas a
essa central.
Em
condições normais, é fácil para qualquer ser humano desenvolver certos
atributos e adquirir certos poderes ou aptidões, pelo conhecimento das leis e
sua aplicação prática. O estudante
rosacruz segue determinados princípios e leis que aprendeu, tais como os
princípios de respiração e aos quais é acrescentado a emissão de determinados
sons vocálicos, a concentração do pensamento, o desenvolvimento e o uso do
poder da vontade, nos momentos oportunos.
Através desse conhecimento e dessa prática, o estudante rosacruz é capaz
de se expandir em ilimitados campos de visão, audição, tato, olfato e paladar. Chamamos a isso perceber além da mente
objetiva. É assim que o Místico sente
Deus, a energia psíquica e as coisas ocultas ou veladas.
Do ponto de vista místico, é muito
importante nos conscientizarmos de que toda vez que respiramos, durante a vida
inteira, estamos praticamente regenerando o sistema. Quase se poderia dizer que, desse ponto de
vista, cada respiração profunda é uma nova introdução de vida no corpo e,
portanto, que estamos renascendo de segundos em segundos. Isso deve ser indicação para nós, de que há
um poder misterioso, criativo, regenerador, no ar que respiramos, o qual pode
ser usado para outros fins além da mera vitalização do corpo.
Os
Rosacruzes chamam esse poder de Energia Essencial de Vida ou Força Vital, que
penetra no corpo no nascimento, com a primeira inalação.
Uma vez que tenhamos infundido em
nossa mente a idéia de que Força Vital penetra no corpo com o primeiro alento,
através da respiração, teremos dominado um dos princípios mais importantes do
nosso estudo, do qual depende o trabalho de cura e o de projeção no plano psíquico,
além de muitos outros fenômenos místicos.
Em determinados experimentos, pode
ser levantada uma questão: de fato, projetamos nosso corpo psíquico ou nossa
consciência para um determinado local, ou é esse local projetado para a nossa
consciência, mediante nossa harmonização com o Cósmico ? Em eventos Cósmicos e psíquicos não há
movimento no sentido em que o compreendemos no plano terreno, assim como não há
distância, ou, mesmo, tempo. Na
realidade, em todo trabalho de projeção ocorre, simplesmente, que nos
harmonizamos com o local, de modo que, nem vamos para esse lugar, nem mesmo
fica parado, ou vem a nós.
A harmonização Cósmica, todavia, não
se destina a liberar-nos das obrigações terrenas; ela deve proporcionar ao Eu
psíquico o mesmo desenvolvimento, o mesmo poder, a mesma alegria, o mesmo
conhecimento e a mesma oportunidade de servir e evoluir que proporcionamos à
nossa mente objetiva, ao nosso Eu material.
A mente subconsciente não é escrava
do cérebro; a mente objetiva não é senhora dos poderes subconscientes. A mente objetiva, nosso Eu Consciente, pode
atribuir, sugerir ou transferir ao subconsciente certas coisas a serem feitas,
mas o subconsciente não pode ser forçado, não pode ser ludibriado a fazer
quaisquer coisas que desejamos, até que certa relação de confiança se
estabeleça entre a mente objetiva e a mente subconsciente.
A mente subconsciente é, desde o
nascimento, a principal diretora do corpo, ao passo que a objetiva é um
aprendiz inexperiente e que, na maioria das vezes, ignora a existência da
outra. Essa ignorância, que pode causar
um conflito entre o Eu objetivo, exterior, em processo de maturação, e o Eu
subconsciente, interior, deverá ser superada e a harmonia e a confiança devem
ser estabelecidas entre eles, em decorrência de consonância de propósito e
melhor compreensão da natureza e das funções um do outro.
A mente subconsciente é capaz de
comunicar-se com todas as outras mentes e com o plano cósmico; todavia, é
suscetível à sugestão e sua tendência é raciocinar dedutivamente.
A mente externa raciocina dedutiva e
indutivamente; entretanto, desde que o Eu material permaneça humilde,
tolerante, bondoso, amoroso, altruísta e elevado em seus ideais, ser-lhe-á
suficiente pedir o auxílio do plano interior, espiritual e isso lhe será dado.
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Obs: Se você
tem algum texto sobre Projeciologia (Viagem Astral, Projeção Astral,
Experiências Fora do Corpo (EFC) , Experiências Extracorporais (EECs)),
recomendações de livros (bibliografia), técnicas projetivas, indicações sobre
revistas (Titulo, numero, ano, paginas) que abordam esse tipo de assunto, links
de endereços de Homepages, indicações de filmes, tudo que se refere à
divulgação sobre Projeciologia, por
favor enviar e-mail para mauritiusphoenix@yahoo.com.br
nós pesquisadores agradecemos. Esses textos não tem fins lucrativos, somente de
divulgar à população (leigos) a projeciologia.
Exercício:
Concentrar a mente ou o pensamento
em todas as partes do corpo, iniciando pelos pés, enquanto respiram lenta e
profundamente (podem mentalizar o som RA enquanto exalam o ar).
Experimento:
Projetar o corpo psíquico ao lado do
corpo físico. Isso será fácil, após
algumas tentativas. Visualizando e
exercendo a vontade, poderão fazer o corpo psíquico sair do corpo físico e
colocar-se ao lado ou à frente do corpo físico.
Perceberão também a dualidade, os dois corpos, a dupla consciência, mas
não deverão pensar nisso, nem tentar analisá-lo ou fazer outra coisa além de
manter a mente concentrada na idéia de conservar a consciência psíquica fora do
corpo físico.
Após manterem essa condição por
alguns minutos, deverão lentamente permitir que os dois corpos se fundam
novamente, voltando ao estado normal.
Poderão então permanecer passivos por algum tempo, quando terão aguda
percepção do que o corpo psíquico sentiu quando se encontrava ao lado ou na
frente. Não deverão pensar nisso
enquanto estiverem fazendo o experimento, mas poderão fazê-lo em seguida.
Depois de várias tentativas, verão
que, durante a projeção, seu corpo psíquico estará estabelecendo contato com o
plano cósmico e a iluminação resultante trará um influxo de conhecimento. Poderão sentir uma grande esfera se formando
ao redor, como se estivessem dentro de uma bola de cristal, e poderão sentir
grande redução de peso, contudo não tentem analisar tudo isso senão após o
término do experimento.
Quando os nossos ensinamentos dizem
que projetaremos o corpo psíquico para um local fora do corpo físico, não
devemos entender que o corpo psíquico, como se fosse uma espécie de corpo
material, lenta e silenciosamente flutuará
pelo espaço, para o local desejado. O
que realmente se projeta é uma espécie de consciência ou inteligência, que
chamamos de corpo psíquico. Às vezes,
essa projeção psíquica se apresenta apenas como uma névoa de forma oval, como a
aura que circunda o corpo humano; ou como uma grande bola branca de luz,
flutuando no espaço; algumas vezes apenas a cabeça ou parte do corpo é visível.
A projeção não tem, absolutamente,
natureza material. É radiante e
apresenta um suave tom branco-violeta, ou violeta-branco que, às vezes, parece
ser somente branco e, noutras, azul-branco.
São os seguintes os passos
preliminares na projeção:
-
assumir
posição confortável numa poltrona, num quarto escuro ou a meia-luz;
-
quando
perfeitamente à vontade, relaxar por alguns minutos;
-
concentrar-se
na consciência de todo o corpo, começando pelos pés e subindo até o couro
cabeludo e o cabelo. Sensibilizar-se com
essa concentração, conscientizando-se de cada parte do corpo. Isso desperta a consciência psíquica em todas
as partes do corpo. Essa fase deve durar
pelo menos cinco minutos;
-
tomar
uma inalação profunda; retê-la; exalá-la lentamente; ao exalar, emitir o som
RA, lentamente. Inalar pelo nariz e
exalar pela boca. Ao exalar pela boca e
concluir a emissão de RA, usar a força de vontade para liberar o corpo psíquico.
Naturalmente, somente a prática poderá
nos conduzir ao êxito na projeção. No
início, o medo poderá bloquear ou impedir a projeção, todavia, nada temos a
temer. O medo pode ser classificado como
uma reação psicológica negativa diante do desconhecido e, como tal, é fácil
superá-lo, especialmente nos exercícios com expansão da consciência.
A aura humana é o resultado de
radiações de energia, que emanam do Ser humano.
Essas radiações provêm do corpo físico e da alma, em seu interior. A aura, portanto, é o campo magnético, ao
redor do corpo, formada pelas radiações dos corpos físico e psíquico. Ela é muito importante nas projeções, visto
que é sua qualidade magnética que permite a expansão de nossa consciência, para
longe do corpo. É na qualidade da aura
que reside a força das projeções, motivo pelo qual devemos desenvolvê-las ao
máximo.
Nestas práticas, estaremos lidando com
princípios psíquicos, não relacionados com a ilusão dos sentidos. As coisas para as quais dirigimos
psiquicamente a consciência serão percebidos como parte de nós mesmos.
Se não tivermos conhecimento do
controle do corpo psíquico, em nossas comunhões, ou períodos de concentração,
personalidades e forças indesejáveis poderão perturbar nossa consciência.
Nem toda personalidade psíquica com
que entremos em contato pertencerá a alguém que tenha deixado o plano
material. O oposto é uma idéia devida à ignorância das leis básicas dos fenômenos
psíquicos. Além disso, devemos
lembrar que, na projeção, aparecemos com a personalidade da última encarnação.
Pessoas afetadas por drogas ou de
algum outro modo induzidas a um estado subconsciente, podem, inadvertidamente,
liberar seu corpo psíquico e, em conseqüência, não ter sobre ele o menor
controle.
Outrossim, devemos ter em mente que a
visualização é essencial à projeção correta e controlada. A verdadeira visualização consiste em termos
consciência de atualidade em nosso estado de concepção mental ou, em outras
palavras, em formarmos a imagem mental de algo até que ela exerça sobre nós
todos os efeitos e as sensações de uma experiência real.
A projeção de nós mesmos depende da
perfeição com que nos visualizarmos na cena; devemos nos sentir como parte do
local em que desejamos nos projetar.
Um bom método consiste em escolher um
local do quadro visualizado, onde seria natural nos colocarmos e
concentrarmo-nos nesse ponto até sentirmo-nos ou vermo-nos ali.
Muitos membros têm êxito na
visualização, mas não na projeção. Após
analisarmos seus métodos, verificamos que a dificuldade reside em sua falta de
habilidade para se identificarem ou se relacionarem verdadeiramente com a cena
visualizada. Vêem a cena em sua visão
mental, como a pintura de uma paisagem, porém não conseguem se colocar nessa
paisagem; conseqüentemente, falham na projeção.
Portanto, como pudemos perceber, a
projeção depende da natureza positiva da aura, bem como da correta
visualização.
Exercício:
Visualizar uma paisagem bem
familiar. Formar um quadro com todos os
detalhes conhecidos (cheiro das flores, ruído da água, canto dos pássaros,
silêncio, etc.), sentindo sua presença no local, como se lá estivessem.
A projeção psíquica permite ainda a
transmissão do aroma de flores ou incenso, de melodias e harmonias musicais,
além de inumeráveis cenas e condições.
Em nossas projeções, devemos Ter em
mente o código de ética e a consideração com as outras pessoas, da mesma forma
como em nossa vida cotidiana. Tão logo
estejamos em presença da pessoa a quem nos dirigimos, devemos aguardar e
escutar o que tem a dizer o Guardião do Umbral, nosso sentinela interior. Ele informará se recebeu algum aviso do
Guardião da outra pessoa. Ele nos dirá
se estamos violando a ética ou as normas de delicadeza e consideração.
Devemos Ter em mente, também, que
sinceridade é fator necessário ao domínio, em qualquer empreendimento.
Se ao nos projetarmos não tivermos em
mente o aspecto com que nos apresentaremos ao receptor, provavelmente
apareceremos em uma névoa branca e com a personalidade de encarnação anterior.
Se ao nos determinarmos projetar a
personalidade atual, estabeleceremos um princípio e, as futuras projeções,
inconscientemente, assumirão essa mesma personalidade.
Caso tenhamos dificuldade em
visualizar-nos, é conveniente praticar diante de um espelho, refletindo-nos em
diversas posições e aparentando vários estados emocionais, até podermos reter
uma boa imagem de nós mesmos.
Para tornar a projeção efetiva,
devemos converter a realidade visualizada em uma realidade imaginada. Isto é, devemos agir como faríamos na
presença física de alguém, conferindo assim atualidade à realidade da projeção.
Quando nossa consciência e nossos
sentidos são expostos a uma experiência, determinadas células do cérebro,
certos centros do sistema nervoso e células específicas de consciência são
estimulados pela experiência. A
repetição da experiência, estimulando periodicamente as células e os centros
específicos assim afetados, faz com que os mesmos se desenvolvam, no sentido
físico, e evoluam, no sentido psíquico.
Um centro nervoso após o outro, célula
após célula, o Eu psíquico se desenvolve e evolui até que, finalmente, alcança
a consciência total.
O verdadeiro Rosacruz, assim como
qualquer estudante de misticismo, é o indivíduo que julga seu processo em
função da evolução psíquica, que vem ciente e gradativamente ocorrendo no âmago
de sua alma, de sua mente, a despeito da compreensão intelectual.
Assim sendo, somos levados a concluir
que as experiências psíquicas, resultantes de exercícios, fazem mais pelo
desenvolvimento de nossa consciência do que o mero entendimento intelectual dos
ensinamentos. Naturalmente, a
compreensão das monografias também é necessária, pois capacita-nos a aplicar
concretamente os princípios apresentados que, por sua vez, possibilitam-nos as
necessárias experiências.
Os
conceitos emitidos neste Discurso são de responsabilidade integral do autor e
não representam, necessariamente, o ponto de vista oficial da Ordem Rosacruz, a
não ser quando assim seja afirmado.