quinta-feira, 27 de julho de 2017

PRIMADO DE UMBANDA

Fundamentos básicos litúrgicos , por José Ricardo de Souza Ribeiro


ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA NACIONAL PELO PROGRESSO, DIFUSÃO E DEFESA DA RELIGIÃO DE UMBANDA
47 ANOS DE TRADIÇÃO
FUNDADO EM 05 DE OUTUBRO DE 1952

FUNDAMENTOS
BÁSICOS LITÚRGICOS ADOTADOS
DEPARTAMENTO RITUALÍSTICO
E DOUTRINÁRIO

CAPÍTULO I

APRESENTAÇÃO DO PRIMADO DE UMBANDA

1 - O que é:

A fundação do Primado de Umbanda ocorreu na Cidade do Rio de Janeiro - Brasil onde tem sede e foro , em 05 de outubro de 1952, como uma Organização Federativa Nacional de caráter religioso e iniciático , sem fins lucrativos, com o tempo de duração indeterminado, tendo por finalidade a formação de sacerdotes de Umbanda, e a difusão e defesa dos reais princípios Teosóficos , Filosóficos, Artísticos , Científicos e Religiosos da Tradição Umbandista como Lei Universal, herdada por nós , dos nossos Ancestrais à Raça Tupy, que formava a grande Nação Brasileira do passado, com o objetivo no aperfeiçoamento moral e cultural da criatura humana independente de cor, raça, credo ou ideologia política e partidária , e motivada ainda , pela insatisfação de grandes brasileiros adeptos e eméritos propagadores da Umbanda, em ver a nossa Ancestral Tradição Religiosa ser perseguida, profanada e difamada por autoridades governamentais e segmentos religiosos em um passado não tão distante, e que ainda nos dias atuais é constante alvo de perseguição por pseudo cristãos, desrespeitando ainda a nossa Carta Magna, que garante no Brasil a Liberdade de Religião à todos que aqui vivem.
O Primado de Umbanda é uma organização dinâmica e atuante não só no movimento Umbandista, mas também presente nos movimentos sociais de ajuda social, humanitária e em defesa da ecologia e do meio ambiente, pois a Umbanda tem como santuário maior o homem e a natureza. Nessa trajetória é que o Primado de Umbanda através de sua Diretoria está sempre desenvolvendo e participando em conjunto de atividades religiosas, ecumênicas, educacionais e sociais que possam de alguma forma contribuir para o fortalecimento da célula familiar, estimular o sentimento de cidadania, viabilizando a conseqüente melhoria de vida de nosso Planeta.

2 - Objetivo do Primado de Umbanda:

O Primado de Umbanda visa congregar em seu seio as Instituições Umbandistas do Brasil, com vistas ao fortalecimento da Umbanda e a maior união e entendimento entre seus responsáveis e adeptos, procurando estabelecer, o quanto possível, maior uniformidade nos trabalhos espirituais e práticas do ritual, através de normas e instruções que são divulgadas pelo seu órgão oficial, bem como através de publicações editadas periodicamente (livros, jornais e revistas), realização de curso de formação sacerdotal, palestras e ainda através das giras de confraternização que são realizadas anualmente de acordo com o calendário litúrgico da Instituição, todos os quartos domingos de cada mês, começando em março e terminando em Outubro, com a realização da gira festiva de comemoração do aniversário de fundação da Organização, com a participação de todas as Instituições Umbandistas Federadas ao PRIMU, simpatizantes e adeptos da Religião.
Primado de Umbanda ainda dentro do seu programa de atuação presta vários serviços as Instituições Umbandista independentes de serem ou não federadas, como assistência jurídica, fiscal, administrativa e organizacional através de seus departamentos competentes.
CAPÍTULO II

POSTULADOS, ORDENAÇÕES E SEUS SIGNIFICADOS

1 - POSTULADOS DO PRIMADO DE UMBANDA

TUPÃ é a própria vida.
OXALÁ é a ação sublime da manifestação da vida.
YEMANJÁ é a reação na sublimidade da Criação
I - A Umbanda é um conjunto de leis que rege a vida e a harmonia do Universo.
II - Como religião ou como ciência, na Umbanda, tanto na prática ritualística material como na esfera espiritual das comunidades umbandistas, só se conhece uma hierarquia: a da evolução de cada Espírito nos diversos planos da criação e a vibratória estabelecida pelo mérito de cada um.
III - A par do conhecimento perfeito da vida, a Umbanda aproveita o ambiente material fornecido pela vibração humana para abrir o verdadeiro caminho da sabedoria, onde se aprende que a verdade ou a realidade final do Universo é imutável.
IV - Dentro da concepção de que o aproveitamento material fornecido pelo homem, é força ativa indispensável às realizações da Umbanda, sobre o médium é que repousa integral responsabilidade, somente excedida pela sua própria compreensão quanto à missão que lhe é, por destino imposta.
V - A Umbanda é uma síntese expressiva de Amor, Sabedoria, Respeito, Tolerância e Renúncia, tal qual se nos depara através do Evangelho de Jesus. O umbandista dela se serve como meio de progresso e defesa, mas nunca como instrumento de ataque.
VI - Esta síntese de concepção atende tanto à uniformidade das comunidades umbandistas, como diretamente se subordina às manifestações dos diversos planos da Criação, quando emanadas de uma determinação superior, única e universal.
O Primado de Umbanda não impede nem seleciona o ingresso em seus quadros de pessoas desejosas de seguir a sua Escola. Apenas, e tão somente, procura dissuadir, mediante rigorosos "testes", os curiosos levianos que nada querem da vida e com a vida. É, pois, indispensável exigir de cada pretendente à admissão um preliminar "juramento de honra", isto é, um solene compromisso assumido consigo mesmo: de respeitar a boa-fé e a sinceridade dos que querem, honestamente, despertar a sua espiritualidade.
A Umbanda, sabemos todos, não é propriamente a vida, mas, o ato de tomar conhecimento com Ela, sentido-a através dos Sete Princípios(denominados Herméticos) ensinados pela sua Escola e que tem por fim proporcionar a cada um de nós o ensejo de ocupar na Vida a Posição determinada pelo nosso próprio potencial vibratório, habilitando-nos, assim, a subir sozinhos ou sem auxílio estranho os primeiros degraus da escada ascensional da Vida.
Não esquecendo que o "Princípio de Vibração" é um dos mais importantes nas práticas umbandisticas , e que este princípio está sempre presente no Universo e nos ensina a verdade: "que tudo está em movimento; tudo vibra; nada está parado", é que o Primado de Umbanda estabeleceu sua estrutura hierárquica de iniciação do 1º ao 7º grau e adotou os nomes que identificam as Entidades Espirituais que assistem aos médiuns em sua jornada evolutiva constante do quadro abaixo ilustrado , do vocabulário Nheengatu (Boa Língua, Boa Fala), língua falada pelos nossos ancestrais da Nação Tupi, face a antigüidade deste idioma que já se admite cientificamente ser mais antiga que o sânscrito e o Yoruba. Respeitando ainda a supremacia da raça vermelha na tradição umbandistica , ficou assim estabelecido os respectivos termos usados nas "Ordenações" do Primado de Umbanda e sempre sob o aspecto religioso iniciático . Assim teremos como Guias Espirituais de um iniciado de 7º Grau - CCT, Entidades no Grau de Morubixaba, que se incorporam nos médiuns para assumirem a direção espiritual e material de um Terreiro de Umbanda, que terá sob seu comando os filhos de fé do 6º ao 1º grau, com suas respectivas Entidades Espirituais, Abaréguassú , Abaré, Abarémirim, Bojáguassú, Bojá e Bojamirim.

2 - Ordenações Iniciáticas no Primado de Umbanda


7º Grau – Nomenclatura – CCT - (Comandante Chefe de Terreiro)
6º Grau - Nomenclatura – SCCT – (Sub Comandante Chefe de Terreiro)
5º Grau - Nomenclatura – CT – (Chefe de Terreiro)
4º Grau – Nomenclatura – SCT – ( Sub Chefe de Terreiro)
3º Grau – Nomenclatura – T – (Terreiro)
2º Grau – Nomenclatura – B (Banco)
1º Grau - Nomenclatura – I (Iniciando)



3 - Significado em Tupy dos Termos Utilizados para Designar as Entidades Espirituais que em Ordem Decrescente estão Colocadas num Terreiro de Umbanda.

7º Grau - Morubixaba - palavra de origem Tupy que corresponde à Chefe das Tribos Indígenas Brasileiras.
6º Grau - Abaréguassú – palavra de origem Tupy que significa Homem mais elevado – Bispo.
5º Grau – Abaré - palavra de origem Tupy que significa missionário - Homem de Cristo - Homem Diferente - Um Padre.
4º Grau - Abarémirim – palavra de origem Tupy que significa Sacerdote Menor.
3º Grau – Bojáguassú – palavra de origem Tupy que significa discípulo, súdito de nível considerável, nível maior.
2º Grau – Bojá – palavra de origem Tupy que significa discípulo, súdito, servo de nível médio.
1º Grau - Bojámirim – palavra de origem Tupy que significa discípulo, súdito, neófito, iniciante, discípulo novo – pequeno, novo.



CAPÍTULO III

FUNDAMENTOS HERMÉTICOS DA FORMAÇÃO

DO COMANDO DAS GIRAS E SEU SIMBOLISMO

Segundo as tradições filosóficas e religiosas de todos os povos, Deus ao se manifestar, o fez de forma trina, estabelecendo o conceito do Uno-Trino, que é o conceito da unidade dentro da trindade, daí o uso do Triângulo como símbolo dessa manifestação, pois como figura geométrica é una e trina ao mesmo tempo.
O Triângulo como unidade traduz o conceito de um Deus Uno, e, como trindade, a figura geométrica traduz o conceito dessa trindade.
O Primaz e os Vice-Primazes quando se colocam no terreiro formando o Triângulo, estão simbolizando Deus manifestado, representando cada um deles um dos seus atributos, isto é, Vontade, Sabedoria e Atividade, ou seja, Tupan, Oxalá e Yemanjá.
O Setenário representa a segunda etapa da manifestação, ou sejam os Sete Raios Primordiais que emanam de Deus, que são as sete energias básicas na formação do Universo.
Simbolicamente podemos representar o Setenário por um círculo que representa o absoluto manifestado e seus componentes os Sete Raios ou Sete Colunas da Umbanda.
Na formação do Terreiro, a união do Triângulo com o Setenário, têm um sentido ainda mais amplo, pois representa o próprio Universo.
Sob outro aspecto a formação do Triângulo com o Setenário representa a união de Deus com o homem, que é o objetivo máximo de todas as religiões.
Iniciar e terminar as giras conjuntas do Primado de Umbanda com a formação do Triângulo e do Setenário, é iniciar e terminar os trabalhos com Chave de Ouro, homenageando a Deus em todo o seu esplendor.
O desenrolar das sessões conjuntas do Primado de Umbanda, são feitos em forma de "Giras", representando o movimento dos átomos até o movimento do Universo como unidade.
Este movimento é tomado como base da própria manifestação, como resultado da ação do espírito sobre a matéria, e nas antigas tradições dos rituais das danças circulares.
O Primaz do Primado de Umbanda é um Iniciado de 7º Grau - C.C.T., que tem como Guias Espirituais Entidades no Grau de Morubixaba, que assume o comando espiritual e doutrinário da Instituição, que quando incorporado de seu Guia Espiritual no comando das Giras Conjuntas do Primado de Umbanda, recebe a designação de Tubixaba, sendo auxiliado por dois Vice-Primazes, que são Iniciados de 7º Grau e Cabeças de Morubixabas, que faz com o Primaz a formação do Triângulo da Vida. O Setenário é também formado por sete Iniciados de 7º Grau Cabeças de Morubixabas. Todos os integrantes do Alto Comando do Primado de Umbanda são juramentados, isto é, prestaram juramento de honra e fidelidade ao comando espiritual da Instituição e perante as suas respectivas Entidades Guias para assumirem tal responsabilidade.
Pedimos desculpas aos caros leitores por termos nos estendido um pouco sobre a organização interna do Primado de Umbanda, que foge um pouco do objetivo desta obra, mas não poderíamos deixar de dar ao leitor algumas informação por mais resumida que fosse da nossa Instituição, para que a mesma seja melhor conhecida pelos Irmãos de Fé, que queiram em um futuro que esperamos ser próximo participar desta Organização.
Assim sendo daremos a seguir o esquema de como fica a formação do Terreiro de Umbanda, quando da realização das Giras de Confraternização do Primado de Umbanda realizadas em sua sede, bem como nas diversas Instituições Federadas.
Essas Giras de Confraternização são realizadas de acordo com o calendário litúrgico da Instituição que começa a cada ano no mês de março e termina em outubro do mesmo ano com a Gira Comemorativa do Aniversário do Primado de Umbanda.
As Giras de Confraternização do Primado de Umbanda sempre são realizadas nos 4º(quartos) domingos de cada mês, iniciando-se impreterivelmente às 15:00 horas e terminando às 20:00 horas.
A formação do comando das Giras do Primado de Umbanda tem um caráter essencialmente esotérico, levando-se em conta a numerologia e a geometria sagrada encontrada em sua formação, conforme abaixo demonstramos de forma resumida e velada o porque deste simbolismo em nossas Giras, que dá também origem a algumas cifras esotéricas.
Temos então na formação do comando da Gira a doutrina dos Três Princípios doutrinários(Trindade na Unidade), que é a base do ensinamento esotérico, representada pelo Triângulo formado pelo Primaz e os dois Vice-Primazes, significando a tríplice potência divina constitutiva do Universo, que também expressa as três letras arquetipais do Alfabeto Devanagari, Vatan ou Adâmico(Ÿ Ÿ - s ), correspondente as letras (A - S - Th) do nosso alfabeto que da o som do mantra místico ÔM OU AUM Védico, que é o mesmo do AVAM esotérico e o mesmo que AM ou Ave Maria dos primeiros Patriarcas do Cristianismo, que é o mesmo que o ASTH ou AXÉ de nossa Umbanda, significando Deus ou o Supremo Ser.
Em seguida temos a representação do Setenário composto por 7 Morubixabas, cada qual representando uma das 7 letras evolutivas do alfabeto solar, formados em torno do Triângulo representando as Sete Hierarquias Planetárias, os Sete Chacras fundamentais, as Sete Linhas da Umbanda e a união do Espírito com a matéria.
Temos ainda a soma dos números 5+7=12 correspondentes as 12 letras involutivas do alfabeto solar, o número 19 correspondente ao Arcano Maior do Taro O Sol com seu atributo de manifestação da perfeição e da harmonia divina e a sua soma o máximo da década, o próprio numero 10 que representa o Todo e a volta à Unidade. Encerraremos neste ponto este capítulo na certeza de que as explicações acima são suficientes para que o adepto arguto possa compreender melhor a liturgia e os objetivos do Primado de Umbanda.
(*) O numero cinco se forma a partir da soma do espírito(D ) como unidade mais a matéria(Œ ) dando o total de 5 o homem perfeito( ).
CAPÍTULO IV

INTRODUÇÃO A COSMOGÊNESE

Ao iniciarmos nosso trabalho sobre Fundamentos Básicos Litúrgicos Adotados no PRIMU, devemos fazer uma breve viagem a origem e causa de nosso Universo. No dever de elucidarmos um ponto obscuro de nossa transcendental religiosidade, que é a causa primeva de nossa existência, e do todo que nos envolve, cujo conhecimento desse arcano é imprescindível para que o adepto possa ter perfeito entendimento sobre tudo que se processa na Umbanda, podendo dessa maneira adquirir sólidos conceitos, que lhes ajudarão à levar avante seus desejos de melhor conhecer à sagrada Doutrina de Umbanda.
Sempre foi do conhecimento de todos os povos do mundo, que houve um início, e que desse início foi dado o saber, de tudo que existe como conhecimento humano, ou seja, a ciência, filosofia, arte, religião, e magia.
O Primado de Umbanda, como Escola Iniciática de Umbanda, tem por princípio básico, que todas as tradições e conhecimentos legados a raça humana, foram revelados a primeira Raça-Raiz , que habitou nas terras do nosso Brasil, em remotíssimos tempos, que antecederam as civilizações Lemuriana e Atlante, cujos nossos índios são remanescentes desta fabulosa raça, que consta em todos os anais iniciáticos, como sendo a raça vermelha(primeiro homem físico humano), que Moisés em sua Gênese deixou registrado no simbolismo do primeiro homem ter sido feito do barro pelos Deuses (o barro é vermelho como todos sabem), legou esses conhecimentos as demais raças que vieram a co-habitar em nosso globo. Assim é, que todo esse conjunto de conhecimentos que hoje chamamos de Umbanda(conhecida como Doutrina Secreta entre os Iniciados), após longa jornada de expansão a todos os recantos do planeta, hoje reaparece em seu solo natal em forma de um movimento filo-religioso, para restabelecer a antiga tradição do saber humano, a Protosíntese dos primeiros Patriarcas da humanidade, que floresceu em remotíssimos tempos nas terras do Brasil(Brashith - Continente do Verbo Criador, ou seja, Continente onde surgiu a Lei dos Patriarcas como consta das antigas tradições), a fim de preparar a humanidade para as transformações que ocorrerão em nossa morada planetária, pois sabemos que tudo no Universo é cíclico e análogo, pois se a nossa Lua que hoje nos serve de satélite, foi em remotíssimos tempos um planeta com vida, e hoje não passa de um cadáver astral que vem se decompondo no espaço, lançando sobre nosso planeta as partículas de sua decomposição, e exercendo várias influências sobre nossa natureza, e nas operações magísticas várias, o mesmo acontecerá com a Terra, quando chegar ao fim nosso ciclo de evolução, sendo nossa vaga de vida transferida para outro planeta, ao qual nosso planeta ficará servindo de satélite, como hoje nos serve a Lua. Então a nossa Terra será um planeta morto, sem vida evolucionante , e terá seu tamanho reduzido pela perda de seus líquidos, gases e outras causas. Pode parecer estranho e mesmo ficcioso tal relato acima descrito, e mesmo de difícil aceitação pela maioria das pessoas, face ao grau de espiritualidade reinante entre a coletividade planetária, motivo pelo qual tais ensinamentos herméticos permaneceram por muito tempo guardados nos Templos Iniciáticos de todas as grandes civilizações, sendo de conhecimento exclusivo dos iniciados. Mas vejamos na prática como pode ser isso verdadeiro. Ora meus irmãos é só olharmos ao nosso redor e observaremos que tudo na natureza respeita a um ciclo de vida, tudo nasce, evolui, estaciona, e decai, ou seja, tudo nasce, cumpri o seu desígnio de vida e morre, desde a mais atrasada forma de existência, até os planetas, estrelas, constelações e galáxias, cada um tendo seu ciclo particular e pessoal de vida, pois tudo que existe no Universo Astral é aparentemente ilusório, pois o que aparenta ser eterno na sua existência nesse mundo, não passa de um aglomerado de matéria astral sem vida própria, sustentada pela força do espírito, que é a única realidade eterna, imortal, indestrutível, incriado e coeterno com Ele o Supremo Ser.
Como falamos, cada existência tem um ciclo particular, mas de alguma forma entrelaçado com o grande esquema de evolução do Universo Astral, assim é que no caso do Planeta Terra, ainda será necessário milhares de anos para que tal acontecimento astronômico aconteça, sendo quase impossível de precisar, pois falta ainda efetuar no planeta o trabalho de evolução da sexta e sétima sub-raça da quinta raça-raiz, e o grande ciclo de vida das sexta e sétima raças-raizes, ainda por vir, com todas as suas respectivas sub-raças e variações, e que ao final desta longa jornada de aprimoramento, os eleitos, ou seja, aquela parte da humanidade aprimorada, que cumpriu com êxito sua tarefa de aprendizado e evolução será contemplada com uma forma de existência em um planeta melhor, mais ainda dentro do nosso próprio sistema solar, tendo os repetentes outra sorte, terá um direcionamento, compatível com o grau consciencial alcançado por essa porção da coletividade planetária.
A Umbanda nos ensina que nossa existência por ser eterna, não está ligada ao plano terrestre, e sim que o enigma da existência espiritual transcende as barreiras do nosso sistema solar e mesmo a todo o Universo constituído pelos vários sistemas solares e galáxias existentes.
O Primado de Umbanda, seguindo a Sagrada Sabedoria da Lei de Umbanda, professa através de sua Escola Iniciática que a existência do Espírito é incriada e imortal, e que temos como ponto de origem uma dimensão espaço localizada no grande Espaço Sideral, onde não existe matéria(Universo Divino), e só o Espírito habita essa região com seus respectivos pares vibratórios, sendo eles as únicas realidades existentes nesse mundo impermeável a penetração de qualquer forma de matéria existente no Universo Astral. Dentro dessa região dimensional existem hierarquias, onde a mais elevada dessas hierarquias é a constituída pelos sete seres Espirituais portadores da pura Luz Espiritual emanada do Supremo Espírito Deus(São esses 7 Seres Espirituais o primeiro elo de ligação entre Deus e as demais Hierarquias Espirituais Constituídas), que se faz representar dessa maneira, desde esse Universo Divino, até o Universo Astral por sucessivas Hierarquias Espirituais setenárias, constituídas e ordenadas por Ele o Supremo Espírito Deus, que dirige dessa maneira todos os acontecimentos que se passam nas duas vias de evolução para o Ser Espiritual.
Assim é que toda as Hierarquias Espirituais constituídas dentro deste mundo divino, e no mundo astral, estão ligadas vibratoriamente de forma una entre si e com as Hierarquias subsequentes, formando assim um elo uno de consciência e comunicação, entre todas as Hierarquias existentes e o sempre eterno Deus. Todas essas Hierarquias são setenárias, e em número infinito para nossa capacidade de entendimento atrelada ao ver para crêr.
As Hierarquias espirituais vão descendo de plano a plano desde o Universo Divino ao Universo Astral, coordenando e mantendo em equilíbrio cada plano que lhes pertence. Chegando ao nosso Sistema Solar, vamos encontrar a Hierarquia Setenária constituída pelos espíritos que denominamos Orixás Maiores (Portadores da Luz ou Cabeça de Luz), que são os responsáveis pela criação (entende-se como os responsáveis pela realização da obra ideada pelo Supremo Espírito Deus) , manutenção e coordenação desse Sistema Solar, com tudo que nele existe. Estes Sete Seres Espirituais são Entidades pertencentes ao mundo Divino e altamente posicionadas na Hierarquia Espiritual, nunca tiveram passagem na vida Terrestre, isto é, nunca encarnaram em momento algum no Planeta Terra, e são conhecidos em Teosofia como os Sete Logoi Planetários, no Induismo são denominados os 7 Prajapatis (Senhores das Criaturas), no Zoroastrismo são os 7 Amesha Spentas (Os Santos Seres Imortais) , nas tradições Hebraicas e Cristãs os 7 Espíritos diante do Trono de Deus. As energias destes Sete Seres governam e dirigem tudo o que se passa no Sistema Solar, como se a aura desses Seres Espirituais interpenetrasse todo o Sistema Solar e a nossa Terra é obvio, registrando em suas consciências tudo o que se passa em todos os planos do nosso Sistema Solar, não existindo segredo, injustiça, ou qualquer acontecimento que Eles não conheçam e que não seja por suas mentes registradas. Cada um dos Sete Orixás Maiores é o chefe e governador das Hierarquias das Entidades Criadoras, chamadas na Umbanda de Orixás Menores. Esses Orixás Menores trabalham sob a direção e supervisão dos Orixás Maiores na construção, conservação e manutenção do nosso Sistema Solar. Esses Orixás Menores que estão sob as ordens de cada um dos 7 Orixás Maiores e a Eles ligados vibratoriamente , são denominados em outras tradições como Devas (Seres Brilhantes) ou as Coortes Angélicas, e chamados nas religiões orientais de Adityas , Vasus , Dhyâni, Buddhas , Dhyân Choans, etc..., e na tradição Cristã de Anjos, Arcanjos, Tronos Dominações, Principados, Virtudes, Poderes, Querubins, Serafins e no ocultismo indiano como Nirmanakayas. Esses 7 Orixás Maiores é que são os regentes e donos vibratórios das 7 Linhas da Umbanda, dos 7 Astros Sagrados e das 12 Casas Zodiacais. Nesse ponto, os adeptos devem estar se perguntando, o que tem isso tudo que já foi dito tem haver com a Umbanda. Nós respondemos que tudo tem haver, pois o adepto de Umbanda deve ter antes de mais nada, sólidos conceitos sobre a Doutrina Umbandista , para que não se torne imprudente e não se deixe iludir por falsas doutrinas e falsos profetas. Como veremos mais adiante, todo ser encarnado ou desencarnado promove a sua Ronda Individual Evolutiva no Planeta sempre debaixo de um dos Sete Raios emanados pelos Orixás Maiores, estando assim o Ser Espiritual ligado vibratoriamente a um desses Orixás, como também , os anos, os meses, os dias da semana as estações do ano, as fases da Lua, os horários, os signos, as constelações zodiacais, as ervas, os minerais, os perfumes, as raízes, os animais, as raças-raízes, as rondas, os períodos mundiais, etc...
CAPÍTULO V

CONCEITO TEOGÔNICO SOBRE A DIVINDADE

ABSOLUTA - TUPAN , OS ORIXÁS DA UMBANDA,

O PRINCÍPIO DO SER ESPIRITUAL, O UNIVERSO,

O PLANETA TERRA E SUA HUMANIDADE.

Ao iniciarmos mais esse assunto temos em mente contribuir para a formação sólida dos adeptos sobre os conceitos herméticos da nossa Lei de Umbanda a respeito da Divindade Absoluta.
Sabemos que muitos dirão não ter esse assunto nada haver com a prática aplicada no dia a dia da vida e do Terreiro, mas a esses respondemos que de nada vale o conhecimento prático sem o respectivo crescimento espiritual de nosso Ser, e o respectivo aperfeiçoamento de nossa personalidade e a depuração de nossos sentimentos, que só pode vir através de um conceito mais maduro sobre Deus, que antevém a tudo mais que se possa querer saber ou que se pretenda ter como iniciação dentro da Lei de Umbanda.
Sabemos também, que a maioria das criaturas tem a sua concepção do que acha ser Deus, e que até mesmo não vêem interesse algum em ler, ou ouvir falar sobre Deus, pois acham que tudo já sabem sobre a Divindade Suprema, e que qualquer coisa nesse assunto nada lhes acrescentará, pois querem é saber de como manipular a magia para fins diversos e interesses mesquinhos.
Alguns filhos de fé mais apressados em seus conceitos, e outros tantos mais de pouca fé, expressam como de chavão que Deus é a natureza e está em toda a parte, outros mais, pintam-no como um homem branco de dimensões enormes com longas barbas envolto em nuvens, com seu enorme dedo apontando para a Terra, como estivesse advertindo-nos por nossas faltas. Há no entanto nações que o tem como um Deus pessoal, sendo Ele, o pai e criador de sua humanidade, conceituando o resto da humanidade como povo banido, nascido de um outro princípio, por isso não sendo digno de existir, podendo ser escravizado, massacrado e aniquilado. Essas mesmas nações evocam o nome de Deus para os proteger em suas guerras que promovem contra outros povos. Hoje como no passado assistimos nações que mais se parecem filhos das trevas, vistos os requintes de crueldades que praticam em seus rituais satânicos que denominam de guerra, aonde a única oferenda são as vidas humanas de outros povos. Nações que hoje se julgam de primeiro Mundo negociam em troca do vil metal, seus fetiches mortais bélicos de devastação, desenvolvem pestes adormecidas nos reinos da natureza, sentam-se em pomposas conferências para em nome de Deus planejar com ardil qual será a próxima oferenda humana a ser sacrificada na pedra do holocausto.
Vivemos, hoje em nosso particular caso o crescimento de Instituições que se dizem obedientes as Leis de Deus, que apregoam o apartaide, pois proclamam-se os únicos filhos de Deus.
Vamos encontrar em épocas remotas que se vão nas eternidades dos tempos, quando se perdeu ou deturpou-se o conceito do Supremo Espirito Deus-Uno, as causas da perda do conhecimento Universal da Leis de Deus, e a conseqüente aparição das Nações predadoras e imperialistas de todas as eras, pois com a perda do conceito verdadeiro sobre a Divindade, perdeu-se o sentimento de irmandade universal que deve prevalecer entre os homens na Terra para a glória dEle no Céu.
A perda do conceito da tradição universal de todos os povos da unidade de Deus, fez surgir o politeísmo, que é um monoteísmo em dissolução, que teve sua origem por certo na crucial pergunta - quem é Deus, e nas falsas respostas dadas a esse questionamento.
Por certo esta simples pergunta arrastou o homem e muitas nações do passado ao declive, e aos poucos, a medida que não encontrava uma resposta compreensível, o homem e as religiões foram deixando-se dominar por uma onda de politeísmo, distanciando-se da verdade una, promovendo um verdadeiro recuo no caminho evolucional do homem.
Após as linhas acima, entraremos no assunto deste capítulo, que embora pareça simples falar sobre Deus, não é tarefa fácil, pois seus conceitos são metafísicos, fugindo da esfera do racional, sendo um Arcano dos mais complicados e de difícil entendimento, e como nosso trabalho não é de aprofundamento iniciático , trataremos o tema de forma mais básica possível, sem fugir a verdade.
As tradições esotéricas de todos os povos do mundo crê e ensina que existe um ser anterior a tudo que existe, e que tudo de uma forma geral proveio dessa realidade Absoluta Deus, ou que mesmo tudo encontra-se contido dentro Dele.
No entanto o Primado de Umbanda seguindo os ensinamentos herméticos da Lei de Umbanda, sobre a Divindade Suprema, transmite a seus adeptos que Deus em sua particular existência não pode ser atingido pelo homem, nem muito menos alcançado por qualquer Ser Espiritual, por mais que este Ser Espiritual possa ser evoluído, pois Deus é a única realidade absoluta, anterior a tudo o que é manifestado ou condicionado, é a dita Raíz sem Raíz, causa desconhecida, infinita e sempre eterna, que nunca entra em estado de repouso, como muitos admitem, pois quando um Universo entra em estado de dissolução, outro já se encontra em formação, pois Deus é o Divino Ferreiro, que malha incessantemente em sua bigorna cósmica plasmando tudo que existe, que não existe e que venha a existir. Deus está acima e por fora de todas as realidades existentes, que não existe e que possa vir a existir, é o único Senhor de tudo e do nada, é o princípio Onipresente, Onisciente e Onipotente, sem limites e imutável, sobre o qual toda e qualquer especulação é impossível de se fazer, porque transcende ao poder da concepção humana, e porque toda a forma de expressão ou comparação da mente humana só poderia diminuí-lo, limitá-lo e por fim antropomorfica-lo, torna-lo um ente tangível.
A Asseidade está fora do alcance de todo pensamento ou especulação, é o inconcebível Ser Supremo, que tudo dirige, através das infinitas Hierarquias Setenárias por Ele constituídas e ordenadas.
Deus em sua insondável existência está só, não existindo nenhum outro ser ao seu lado. Ele reina absoluto, pois se outra realidade pudesse existir junto ao Absoluto, Ele deixaria de ser Deus Único e Absoluto para dividir com outra realidade o seu reinado absoluto.
Da mesma maneira, que sendo Deus o criador, plasmador e ideador de tudo quanto existe, ou não existe, mas que pode vir a existir, não pode estar contido ou condicionado dentro de sua própria criação, e sim somente representado por Hierarquias Espirituais viventes em seus diversos planos dos Universos Divino e Astral, sendo a morada do sempre oculto Deus de seu único conhecimento.
Nós, seres espirituais eternos viajantes do Cosmo, em nossas contínuas existências por infinitos Mundos, só recebemos as vibrações do Eterno Deus, somente através das Hierarquias por Ele ordenadas e constituídas em todo o Universo, seja Divino ou Astral, dirigindo dessa maneira todos os acontecimentos a nós relacionados.
No Brasil, Pátria Luz Vibrada pelo Signo Cosmogônico da Hierarquia Crística, em remotíssimas épocas emergiu em nosso solo a primeira Raça-Raiz, denominada Raça Vermelha, que foi a primeira raça a grafar o nome do Sagrado Deus, como Tupã ou Tupan, que veio a dar o próprio nome a raça nascida nesta terra - Tupanos ou Tupy. O nome Tupã ou Tupan espalhou-se por toda a parte do mundo dando formação aos diversos nomes da Divindade em outras nações, como Pan e Thot Pan dos Egípcios, Thiar dos Hebreus, Tah dos Gauleses, Thor dos Germânicos, Tao ou Zeus dos Gregos.
Resta-nos ainda falar que sendo Deus Único, de absoluta sabedoria, justiça e misericórdia, não é, e nem nunca foi, nem será em época alguma humano, não tem em si nenhuma personalidade ou atributo humano, não é dúbio, uma ora sendo bom e justo e outra hora sendo vingativo e mau. Deus é sempre imutável em seu jeito de ser, é eternamente bom, justo, sábio e misericordioso, não clama por vingança a nenhum ser espiritual seja ele encarnado ou desencarnado. Assim como Deus em sua única pessoa é sempre benéfico, os Seres Espirituais que formam as infinitas Hostes de Hierarquias Espirituais representantes dos atributos e poderes divinos em diversos planos do Universo Divino e Astral, sempre vão refletir os atributos Divinos, jamais terão dupla personalidade, ou seja, ser bom e mau, sempre estarão refletindo a Luz de Deus e seus Atributos Divinos.
No caso de nosso Planeta, Deus se faz representar pelos 7 Orixás Maiores de nossa Umbanda(ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ, YORIMÁ, YORI E YEMANJÁ), esses mesmos Orixás estão sempre em sintonia com o poder de Deus, ligado que estão através das infinitas Hierarquias Constituídas, e vão também sempre refletir os atributos de Deus, assim sendo, os Orixás Maiores e todos os Orixás Menores que particularizam as emanações dos Orixás Maiores, bem como todos os Seres Espirituais, que se manifestam na Umbanda na forma de Caboclo, Pais Velhos, e Criança, sempre serão uma extensão dos atributos de Deus e assim sendo sempre benéficos a humanidade.
Embora ainda haja pessoas que acreditem em um Deus vingativo, em Orixás também vingativos que brigam entre si, e que atormentam os filhos de fé, mais uma vez frisamos que tudo isso não passa de um engano dos mais primitivos na concepção de Deus. Vamos refazer nosso interior, e crer em Deus, e em seus poderes representativos de maneira sábia, sem temor, com amor e sentimento construtivo, que com certeza edificaremos dias melhores para nós mesmos e para a humanidade.
Finalizando este capítulo, diremos aos filhos de fé que todo aquele que a noite contempla a imensidão das Estrelas terão a necessidade cedo ou tarde de admitir a existência de um Deus, de um pensamento poderoso que tenha originado as Leis que regem todo o Universo, e de crer na imortalidade do espírito, porque, se assim não fosse, não haveria lógica em tão incomensurável criação, se nós vivêssemos por alguns segundos, se comparados com o tempo de existência do Universo, e deixássemos de existir para sempre.
O próprio Cosmo é testemunho vivo da existência de Deus e dos Seres Espirituais imortais, e de uma Hierarquia Constituída, bem como da existência de uma Lei Ordenativa desse Universo, que a conhecemos como Lei de Umbanda.
CAPÍTULO VI

FUNDAMENTOS BÁSICOS DE ASTROLOGIA

A Astronomia difere da Astrologia, enquanto a primeira é considerada uma Ciência Acadêmica, que se ocupa dos estudos dos astros, a Astrologia é considerada como uma crença pagã, em que se acredita nas influências dos Astros sobre a vida dos homens e seu destino. Mas a ciência do Zodíaco vem das mais remotas antigüidades, onde quer que se mencione o número doze, este está invariavelmente ligado aos doze signos do Zodíaco, como a alusão aos doze Patriarcas judeus, os doze filhos de Jacob. E foi para perpetuar esta tradição ao número 12 que corresponde aos signos do Zodíaco, que o sol visita a cada doze meses, que Moisés dividiu a sua nação em doze tribos, instituiu os doze pães da proposição e colocou doze pedras preciosas no peitoral das vestes ritualísticas de seus sacerdotes. O Antigo Testamento está repleto de alusões aos doze signos zodiacais , e todo o seu esquema de heróis, personagens e acontecimentos se baseia nos signos zodiacais. Vamos também encontrar claramente no Livro dos Reis menção ao Zodíaco. Em todas as tradições antigas vamos nos deparar com a divisão do zodíaco em 12 partes e sempre com os nomes dos planetas enumerados na mesma ordem, que nos leva a crêr que tal ciência sempre fez parte do conhecimento Universal.
A ciência Astronômica considera como Zodíaco o círculo maior da esfera paralela à eclíptica, por onde se movem as constelações, sendo que, a Eclíptica é o círculo que o Sol parece descrever no céu em seu movimento anual.
A Astronomia, para diferenciar as estrelas na abóboda celeste, classifica-as em diferentes grupos ou constelações, como constelações zodiacais, austrais e boreais.
Na Astrologia utiliza-se dos cálculos astronômicos para se fazer o levantamento da carta natal do indivíduo, considerando apenas como influente sobre os destinos dos homens as constelações zodiacais, que são formadas por doze grupos de estrelas diante das quais a Terra executa a sua revolução anual. A zona celeste que as compreende é chamada de Zodíaco, que provém da palavra grega Zoé, que significa a vida, a existência.
As constelações zodiacais ou signos, a serem percorridos sucessivamente pelo Sol no período de um ano, produz as estações do ano e anima e conserva a vida de todos os seres do nosso Planeta, em razão do influxo especial de cada um destes doze signos, através do contato com os raios luminosos do Sol, que o faz passar invariavelmente, por estes doze pontos do Zodíaco, através do Éter Cósmico.
A Terra, que é considerada como um enorme aparelho eletromagnético, em seu curso anual entra em contato com cada um destes doze signos ou correntes de forças, que dão origem aos diferentes fenômenos, físicos e biológicos, que caracterizam cada um dos doze meses e cada estação, sendo que as modificações observadas a cada ano nas mesmas estações são provenientes das mudanças de posição dos planetas superiores e às suas recíprocas configurações, que se produzem ora num ponto do Zodíaco, ora noutro.
O círculo zodiacal é dividido em 360 graus; cada 30 graus são ocupados por um signo, dando um total de doze signos, como se nós dividíssemos uma laranja em 12 partes semelhantes, estas divisões chamamos de Signos do Zodíaco, que correspondem aos doze meses do ano. Cada um destes Signos é governado por um dos 7 planetas regente(Marte - Vênus - Mercúrio - Lua - Sol - Júpiter - Saturno), e de acordo com o mês do ano em que nascemos, poderemos dizer qual é o Signo que governa nossa vida e, consequentemente, que tipo de saúde iremos ter e quais serão as nossas características determinantes de nossa individualidade , o nosso lado positivo, o nosso caráter. Assim como a nossa personalidade, ou o nosso lado negativo será determinado pelo signo em que se encontra a Lua no momento de nosso nascimento, sendo essa tendência mais ou menos marcante de acordo com a fase em que a Lua estiver, ou seja: Lua Nova, Lua Crescente, Lua Cheia, Lua Minguante.
Cada Signo tem os seus respectivos arquétipos e influências diferentes e bem distintas dos outros. Cada um tem seu próprio fim e sua própria influência, e se compreendermos a significação destes signos, saberemos que o Sol é um símbolo visível da parte espiritual da humanidade. Que a Terra representa a sua parte física, os Signos do Zodíaco, os representantes da natureza dos desejos ou corpo astral, e os planetas regentes, os representantes das forças siderais.
Como dissemos, cada constelação Zodiacal, ou cada Signo, corresponde a um mês do ano, começando pelo Signo de Áries que entra no dia 21 de março ocupando na abóbada celeste um arco de 30 graus.
Em razão do movimento anual da Terra, o Sol parece entrar, na quarta semana de cada mês, em um novo Signo, percorrendo um grau aproximadamente por dia, e três Signos em cada uma das quatro estações do ano, e percorrendo os doze Signos em um ano, perfazendo assim os 360 graus do Zodíaco. Ainda temos a divisão dos Signos em dois grandes grupos denominados de setentrionais, os seis primeiros que estão ao Norte do Equador Celeste e meridionais, os outros seis que estão ao Sul do Equador Celeste.
Assim é que os signos de numeração ímpar - (1, 3, 5, 7, 9 e 11), Áries, Gêmeos, Leão, Sagitário e Aquário, são chamados de positivos ou masculinos; e os de numeração par - (2, 4, 6, 8, 10, 12), Touro, Câncer, Virgem, Escorpião, Capricórnio e Peixes, são os chamados Signos negativos ou femininos.
Além disto, os doze Signos do Zodíaco estão divididos e agrupados de três em três, segundo a sua natureza elemental, formando 4 grandes trignos, a saber:
1 - Signos do Fogo Masculino; Áries - Leão - Sagitário; polaridade positivos.
2 - Signos da Terra Feminino; Touro – Virgem - Capricórnio ; polaridade negativos.
3 - Signos do Ar Masculino; Gêmeos - Balança - Aquário; polaridade positiva
4 - Signos da Água Feminino; Caranguejo - Escorpião - Peixes; polaridade negativa
A Astrologia estuda a relação que existe entre a posição dos astros no momento em que o indivíduo nasceu e os fatos na vida desta pessoa. Se isto parece alguma coisa absurda, não devemos esquecer que o homem vem fazendo isto historicamente pelo menos a 5000 anos e que nestes anos todos, tem acumulado uma enorme experiência de erros e acertos. O princípio em que se sustenta a Astrologia é o axioma esotérico de que o microcosmo é um retrato do macrocosmo ou "ainda que o que está em cima retrata o que está em baixo". De uma maneira prática: assim como o ADN tem em si a fórmula de como o corpo do indivíduo será, o mapa astral (retrato do céu no momento do nascimento) aponta fatos e tendências de sua vida, pois que não há dois mapas iguais mesmo com diferença de um segundo entre os nascimentos, é uma impressão digital que não se repete.
Sabemos que a mais forte influência exercida sobre o destino do homem é, em primeiro lugar, a do Sol, depois a dos planetas mais próximos da Terra, ou então dos que são ascendentes na hora do nascimento, mas é preciso entender que nenhuma ação, de qualquer planeta, nem as fases do Sol, da Lua ou de qualquer corpo celeste é mais forte do que a vontade do homem. Por essa razão o homem consciente de si, que busca o caminho da espiritualidade constrói seu próprio destino, modificando até tendências desfavoráveis previstas em seu mapa natal, pois segundo o sábio Tomás de Aquino: "Tudo o que existe na superfície deste mundo sublunar está sujeito à influência dos astros, mas o sábio domina os astros".
A Astrologia sempre foi uma das ciências mais estudadas pelos grandes iniciados de todas as eras, devido a sua grande importância no entendimento das Leis de Deus. O próprio Cristo demonstrou a grande importância desta ciência, quando escolheu para seu discípulo 12 Apóstolos, 72 Adeptos(instrutores) e 360 afilhados, ficando claro que tal escolha devia-se a manifestação da Lei Cósmica(Umbanda), que se concretiza através das 12 constelações zodiacais, os 72 semidecanatos e os 360 graus do círculo eclítico celeste.
Todas as antigas tradições estão repletas de alusão ao zodíaco, como os 72 versículos de David, os 72 Gênios da Kabala. O homem que passou da fase de adormecido para a fase de despertamento consciencional vai estar sentindo em si que tudo no Universo se correlaciona e está em perfeita sintonia e harmonia. Os ritmos e ciclos do Universo abrange a tudo, nada foge a essa realidade, pois esses ritmos e ciclos são impressos no Universo através da poderosa vontade dos Orixás. Como exemplo desse magnífico sistema vamos encontrar as 72 pulsações do homem, correspondendo aos 72 anos que o Sol leva para retrogradar um grau através do céu. A História está cheia de casos que ilustram a imensa importância dada à Astrologia, como ficou bem expresso no mito das 12 Tarefas de Hércules, escrito com profundo conhecimento, tanto da Astrologia como do simbolismo, além de conter profundo significado oculto. No passado todos os sacerdotes e governadores tinham que ser versados na ciência das estrelas e dos números. Todos os grandes fatos históricos estão marcados por acontecimentos raros de conjugações astrológicas, como a rara conjugação de estrelas que marcaria o nascimento de Cristo, que tinha sido previsto antecipadamente pelos Três Magos, que eram Reis Astrólogos da Caldéia. Os antigos afirmavam que toda a história da evolução da humanidade, do sistema solar e do Universo está escrita e prevista nas estrelas, agrupadas como numa espécie de estenografia mística, passível de tradução.
Como comentamos no início de nossos estudos, que os Orixás são os Construtores de nosso Universo, logicamente a regência de cada Planeta e Constelação Zodiacal, bem como, todos os acontecimentos referentes a evolução do nosso sistema solar estará debaixo das linhas de forças provenientes dos 7 Orixás Regentes, que concebemos na Umbanda como Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá (Yofá-Obaluaê), Yori (Ibeji-Erês-Crianças) e Yemanjá.
São esses mesmos 7 Orixás Regentes, que nos dão a vida, quando de nossa reencarnação no corpo físico, daí a necessidade de conhecermos nossa regência, para que possamos, através desse conhecimento, atrair as forças cósmicas que necessitamos, para nosso benefício espiritual e material.
Assim é, que na dependência de nossa data de nascimento, estaremos debaixo da regência de um signo, que nos dará a regência do Orixá correspondente, conforme poderemos verificar na tabela objetiva das vibrações astrológicas para fins práticos, reproduzida na pagina seguinte.
Tais conhecimentos são muito antigos e se perdem nas noites dos tempos da existência da raça humana. As Escolas Orientais identificam os mesmos 7 Orixás da nossa Umbanda, como sendo as 7 Hierarquias ou Potestades Criadoras, que eles representam através do simbolismo de uma roda de sete círculos concêntricos, cujas respectivas cores são as sete do espectro solar, que os Católicos identificam como Arcanjos, e as Escolas ditas como Esotéricas como sendo os Espíritos Plantetários, ou os Regentes dos Sete Planetas Sagrados, que são os mesmos representados nas Rodas do sacerdote Ezequiel.
Assim é, que todo homem nasce sob a influência de determinado Planeta, e sobressai o princípio que tem a sua origem na Hierarquia da mesma cor. Também haverá em toda a sua constituição cores derivadas dos demais Planetas, porém o Planeta Regente será o mais forte.

ORIXÁ REGENTE; PLANETA REGENTE; SIGNOS REGENTE;

REGÊNCIA; ELEMENTO e POLARIDADE



OGUM

MARTE

ÁRIES

21.03 A 20.04

FOGO (+)


OXOSSI

VENUS

TOURO

21.04 A 20.05

TERRA (-)


YORI

MERCURIO

GÊMEOS

21.05 A 20.06

AR (+)


YEMANJA

LUA

CÂNCER

21.06 A 21.07

AGUÁ (-)


ORIXALA

SOL

LEÃO

22.07 A 22.08

FOGO (+)


YORI

MERCURIO

VIRGEM

23.08 A 22.09

TERRA (-)


OXOSSI

VENUS

LIBRA

23.09 A 22.10

AR (+)


OGUM

MARTE

ESCORPIÃO

23.10 A 21.11

AGUÁ (-)


XANGÔ

JÚPITER

SAGITÁRIO

22.11 A 22.12

FOGO (+)


YORIMÁ

SATURNO

CAPRICÓRNIO

22.12 A 20.01

TERRA (-)


YORIMÁ

SATURNO

AQUÁRIO

21.01 A 20.02

AR (+)


XANGÔ

JUPITER

PEIXE

21.02 À 20.03

AGUA (-)

Nesta altura o adepto atento que está observando esta tabela, e vem acompanhando o raciocínio dos nossos estudos, e que tem vivência dentro de Terreiro, deve estar perguntando-se, porque não consta na referida tabela o nome dos outros Orixás conhecidos do meio Umbandista e de Cultura de Nação. Como já viemos falando anteriormente neste trabalho, esta divisão setenária das Hierarquias Cósmicas e Planetárias não é invenção nossa, e todos de um modo geral sabem e concordam que a Lei de Umbanda é setenária, isto é, possui 7 Linhas, 7 Orixás Maiores que pela expansão setenária geram os Orixás Menores, discordando apenas quanto ao nome desses Orixás Maiores, o que não discutiremos em nosso trabalho pois fugiria ao nosso objetivo, mas afiançamos que os nomes dos 7 Orixás Maiores estão corretos, e que podem ser comprovados através do Arqueômetro de Saint-Yves D Alveydre, que dá a chave de todas as religiões e de todas as ciências da antigüidade. Esses 7 Orixás Maiores são unidades pares, isto é, possuem os dois princípios masculino e feminino, são pares vibratórios, agem em conjunto, refletindo cada par uno um dos 7 raios primordiais Cósmicos que nos dão o alento da vida. Esses 7 Orixás Maiores, como já dissemos nunca encarnaram no Planeta, são seres elevados, distantes das distorções que querem lhes atribuir de comportamentos humanos, quais sejam, de ira, vingança, vaidade, inveja, e outras tantas mazelas humanas. São esses seres que representam o poder de Deus na Terra, e que pelo signo de nascimento da pessoa lhes dá a cobertura e a altorga para o reencarne no corpo material, é o falado "Orixá de Cabeça", ou Olori, e que esses Orixás nada tem a ver com a mediunidade do filho de fé, que geralmente quando médiuns atuantes na corrente Astral de Umbanda, trazem em seu mediunismo Entidades Espirituais da faixa de Caboclo, Preto Velho, Criança e Exú, diferentes da vibração do seu Orixá Regente, pois a função deste Orixá Regente é propiciar as lições Kármicas que precisamos aprender durante uma determinada reencarnação no signo sob o qual nascemos . Quando da nossa reencarnação em nosso Planeta, a mesma se dá em determinado mês do ano, determinado dia do mês e da semana, determinada hora desse dia, e sob a influência de uma das 4 fazes da Lua, e tendo ainda uma força misteriosa e potente presidindo todo esse acontecimento, que são as forças Siderais conhecidas como os Tatwas( energias cósmicas presente em todo o Universo). Tudo isso não é por acaso, pois todas essas combinações nos trarão coberturas adicionais que virão através da co-participação dos demais Orixás Maiores, que completarão assim todo um esquema de reencarnação do ser espiritual no corpo material.
E é baseado em todo esse manancial de conhecimentos esotéricos que como já falamos anteriormente se perdem nas noites dos tempos, que o Primado de Umbanda fundamentou sua ESCOLA, transmitindo aos seus Federados e adeptos, alguns fundamentos esotéricos, pois muitas coisas se falam, e se ensinam na Umbanda sem conhecimento de causa, e sem a respectiva prova científica do porquê se faz. Não queremos, nem é essa nossa intenção de julgar ninguém, nem muito menos menosprezar ou de contestar quem pense diferente, mas como o Primado de Umbanda é uma Instituição que visa a preservação e difusão dos reais fundamentos da nossa Umbanda, não podemos ficar silenciados para agradar a esse ou aquele segmento, pois temos o dever e a obrigação de levar ao conhecimento do público em geral a informação de que nossa Religião possui toda uma Cosmogonia e não está fundamentada em lendas e fetichismos, e muito menos que seus sacerdotes são pessoas bestializadas, e sim que a Umbanda é "Coisa séria para quem é sério ou procura ser sério", como dizia o fundador dessa Instituição o Caboclo Mirim.
Antes de esgotarmos este assunto, a título de ilustração ao adepto esclarecemos que o calendário utilizado por nós é o calendário Gregoriano, porque o Papa Gregório I, há mais de 100 anos, observou que, devido aos 5 graus e 48 minutos e 47 segundos, a mais, que o Sol percorre a cada 24 horas, terminaria acontecendo um adiantamento de 6 horas em cada ano. No fim de 10 anos, teríamos 60 horas a mais em cada ano e, assim, o Sol não entraria a zero grau do Signo de Áries no equinócio de inverno, aqui no Brasil, que corresponde ao equinócio de verão na Europa. Então, o papa Gregório reuniu um grupo de astrólogos famosos e foram estudar um novo calendário, para poder acertar os ponteiros; por isso, depois de muitos dias de estudos, concluíram que acrescentando um dia a mais de quatro em quatro anos, o Sol somava ou multiplicava as seis horas de cada ano e dava um resultado de mais vinte e quatro horas e, por essa razão, foi criado o ano bissexto.

CAPÍTULO VII

LITURGIA DA GIRA DO

PRIMADO DE UMBANDA

Após termos tornado público uma pequena parte dos Fundamentos Herméticos Aplicados na Escola Iniciática do Primado de Umbanda, não daremos por encerrado tais estudos, pois em outra oportunidade aprofundaremos um pouco mais os princípios que foram basicamente tratados neste despretensioso trabalho elaborado pelo Departamento Ritualístico e Doutrinário dessa Instituição, visando o esclarecimento dos adeptos da Umbanda. Descrevemos na página seguinte a formação do Terreiro para melhor entendimento do Ritual.

1 - ABERTURA DOS TRABALHOS


Ordem do Comando para a Formação do Terreiro – todo o terreiro deverá estar formado conforme o esquema acima ilustrado.

Hino do Primado de Umbanda – Entonado pelo Mestre Guaú

Saudações a Corrente Astral de Umbanda para a abertura dos Trabalhos conforme abaixo a ser feita pelo Mestre Guaú:
Viva Tupã
Salve Yemanjá
Salve Oxalá
Salve o Povo da Mata
Salve o Povo da Costa
Saravá todo o Povo do Mar
Saravá todo o Povo do Oriente
Saravá o Caboclo Xangô 7 Pedreiras
Saravá os Morubixabas de Umbanda
Saravá todos os Caboclos
Saravá todas as Caboclas
Saravá Yofá
Saravá o Pai Benedito
Saravá todos os Pretos Velhos
Saravá todas as Pretas Velhas
Saravá todos os Trabalhadores
Assim Seja...
Defumador – Será feito acompanhado do ponto de defumador do Orixá do mês ou a critério do Comando da Gira e entonado pelo Mestre Guaú.
Saudação a ser feita antes do início do Defumador:
Saravá o Ponto do Defumador
Saravá (nome do Orixá cujo ponto será entonado)
Saudação a Gira de Umbanda - Salve a Gira de Umbanda

Ponto de Saudação e de Abertura da Gira:
Com os Pretos Velhos e os Caboclos
Vamos todos Saravá
Vamos pedir licença a Deus
Nosso Senhor
Para os Trabalhos Começar
Senhor dos Mundos
Oxalá! meu Pai
Baixai, baixai na Umbanda Meu Senhor
E a nossa Terra Iluminai


Eu abro a nossa Gira com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa Gira
Samborei Pemba de Angola


Prece de Abertura dos Trabalhos
Ponto de Proteção de Oxalá para início dos Trabalhos Espirituais:
Ah! quanta força tem meu pai no céu!
Quanta Grandeza tem grandeza tem meu Pai no Mar!
Ah! Quanta força, quanta força tem meu Pai
Quanta grandeza tem meu Pai Oxalá...


Chamada das Entidades do Comando da Gira que formarem no Triângulo.

Chamada das Entidades que formarem no Setenário.

Chamada dos Morubixabas – Chamada das Entidades dos Comandantes Chefes de Terreiros – CCT(7º Grau) que não formaram no Setenário.

Chamada dos Abaréguassú – Entidades dos Sub Comandantes Chefes de Terreiros – SCCT (6º Grau).

Chamada dos Abaré – Entidades dos Chefes de Terreiros – CT (5º Grau).

Chamada dos Abarémirim - Entidades dos Sub Chefes de Terreiros – SCT (4º Grau).

Chamada dos Bojáguassú - Entidades dos Médiuns de Terreiro – T (3ºGrau).

Chamada dos Bojás – Entidades dos Médiuns de Banco – B (2º Grau).

Chamada dos Bojásmirins – Entidades dos Médiuns Iniciantes – I (1º Grau).

Sequência dos Pontos que serão entonados no decorrer dos Trabalhos Espirituais:
Oxossi
Jurema
Boiadeiro
Jurema
Ogum
Yemanjá
Oxum
Nanã
Yansã
Xangô

Fechamento da Gira de Caboclo em Xangô.

Formação de Iniciante, Banco e Terreiro para a subida das Entidades que são supervisionados pelas Entidades dos Médiuns de 4º e 5º Graus.

Formação Inicial do Terreiro para a subida dos Guias dos Médiuns de 4º, 5º, 6º, 7º Graus, Setenário e Triângulo respeitando a ordem Hierárquica do menor para o maior.


Gira dos Pretos Velhos :

Chamada do Comando da Gira,

Chamada das Entidades dos Médiuns de 7º , 6º, 5º e 4º Graus respeitando a ordem Hierárquica do maior para o menor.

Sequência da Gira dos Pretos Velhos:

Congo

Angola

Minas

Bahia

Cativeiro

Almas

Fechamento da Gira – sequência dos Pontos a serem entonados pelo Mestre Guaú:

Santo Antonio

Café de Meia

Poeira da Saia

Ogum Tranca Gira

Araribóia

Ogum

Yemanjá

Cambinda

Xangô

Subida das Entidades - respeitando-se a Hierarquia do Menor para o Maior

Os Pretos Velhos e os Caboclos

Eu Fecho a nossa Gira

Prece de Encerramento dos Trabalhos Espirituais

Hino do Primado de Umbanda.
"Nosso olhar buscou focar o Ser Humano construtor de sua própria história..."

Acreditamos ter alcançado os objetivos propostos.