Um certo dia, o Príncipe ficou doente. Então o rei mandou chamá-la. Ela ao olhar o Príncipe se apaixonou.
Porém ele se casou com Amanda. Ela enfurecida rogou uma praga:
- A partir desta data, aqui não haverá mais Sol, só chuva e tempo nublado para sempre, o tempo fechou e permaneceu assim por anos.
Um belo dia, uma caravana de ciganos aproximou-se daquele reino e montou acampamento. Logo estranharam o mau tempo. Naquela mesma tarde eles desfilaram pelas ruas da vila trazendo muita alegria, dança, canto e harmonia.
O príncipe convidou-os para se apresentarem no castelo. Após o show, a cigana chamada Sol aproximou-se da princesa e comentou:
- Seu reino é muito bonito, pena que este clima nublado parece ser eterno.
Então a nobre comentou:
- Este clima é realmente eterno por causa de uma praga que uma feiticeira lançou. Diz a lenda que uma mulher estrangeira e virgem pode libertar a nossa terra desta praga se ela tocar um instrumento mágico feito de um animal que é manso de dia mas que, nas Luas Cheias, pode ser feroz.
Sol tentou tocar todos os instrumentos que o seu povo tinha, porém nada fez efeito.
Assim, a moça voltou ao seu acampamento e orou:
- Santa Sara, por favor, me dê uma luz!
Naquele momento Michel, o avó de Sol, estava sentado numa banqueta, quando, de repente, uma cabra saiu correndo em sua direção.
A jovem cigana pegou uma lança que estava ao seu lado e lançou em direção ao animal furioso, que morreu na hora. Ao se aproximar do bicho morto, ela achou um aro de metal caído no chão. Naquele instante ela teve uma idéia:
- Farei um instrumento musical com o couro desta cabra.
Esta jovem passou a madrugada fazendo o pandeiro. Às dez da manhã o instrumento já estava pronto e ela tocou-o no meio da tempestade.
De repente, a chuva parou, o Sol se abriu. As cores do arco-íris vieram em direção ao seu pandeiro e o iluminaram.
O príncipe como agradecimento presenteou os ciganos com um baú cheio de tesouros.
Assim surgiu a lenda da Cigana do Pandeiro.
Salve o Povo Cigano!