segunda-feira, 18 de novembro de 2019

OUTRAS RECEITAS

OUTRAS RECEITAS

FARINHA DE EBÔ (PARA FAZER ACAÇÁ)
Dê uma quebrada e deixe de molho 1kg de canjica branca em água por 3 dias sempre trocando a água. Depois de 3 dias escorra a água e deixe o milho secar. Passe no moedor ou no liquidificador até virar pó. Peneire e guarde. Está pronta a farinha de acaçá.

ACAÇÁ (DE EXU A OXALÁ)
Farinha de acaçá (que você mesma deve fazer) + folha de bananeira. Faz-se um mingau duro. Passe pedaços quadrados de folha de bananeira por cima do fogo e coloque pequenas quantidades do mingau e faça embrulhos e deixe esfriar. Desembrulhe quando for oferecer ao Orixá. Todos os orixás recebem acaçá de Exu a Oxalá.

CARURU (IBEJI)1kg de quiabo lavados e secos de um dia para o outro e picados em cruz na hora de fazer 2 cebolas grandes raladas 1 pedaço de gengibre ralado a gosto Sal a gosto 250gr de castanha de caju batido no liquidificador 250gr de amendoim batido no liquidificador 300gr de camarão seco em pó (deixe alguns inteiros) Azeite-de-dendê 7 quiabos inteiros Refogue a cebola ralada com o azeite e o gengibre, depois coloque o quiabo picado e os inteiros. Coloque um pouco de água e deixe cozinhar. Então, coloque os camarões, o amendoim e a castanha. Mexa sempre com a colher de pau. Dê uma correção de sal e deixe apurar. O caruru é comida de Xangô, mas deve ser servido nas festas de Ibeji, para agradecer as graças alcançadas. Quem for o premiado com o quiabo inteiro deverá ajudar no caruru do ano seguinte.

JACICOU OU JATICOM (OXUM)Refoga cebola ralada com azeite doce; mistura camarão fresco e cozinha (sem cabeça ou casca). Quando amolecer e o caldo estiver grosso, esmague os camarões com um socador. Prepare um arroz branco e misture, com a mão, no refogado de camarão + farinha de mesa até os dedos ficarem limpos. Formam-se bolos que são fritos de preferência no azeite de dendê.

AIPIM DE CABOCLO
Alguns pedaços de aipim descascados e cozidos em água e sal. Quando estiver macio, escorra, coloque num prato de barro e regue com mel.

AIPIM COM CARNE (CABOCLO)
Escalda-se um pedaço de carne seca para retirar bem o sal. Pica-se em pequenos pedaços (pode dessalgar já picada). Rala-se uma cebola grande e frita no azeite doce até quase corar, junta a carne seca, folhas de louro e deixa cozinhar. Quando a carne estiver quase cozida, junte alguns pedaços de aipim descascado e deixa cozinhar até ficar macio. Deixe esfriar e ofereça aos caboclos ou seu caboclo de fé, num prato de barro, com um copo de vinho moscatel e uma vela branca.

AIPIM DAS ALMAS
Alguns pedaços de aipim descascados e cozidos em água pura. Depois de cozidos, deixe esfriar, arrume em um alguidar e regue com melado.

MINGAU DAS ALMAS
½ litro de leite + 2 ½ colheres de sopa de farinha de acaçá + ½ xícara de açúcar. Misture todos os ingredientes e leve ao fogo, mexendo sempre até dar ponto de mingau liso, bem mole.coloque numa tigela branca e, depois de frio, coloque na casa das almas ou num cruzeiro de igreja, ou num campo limpo com uma vela branca oferecendo às almas.

ROUPA VELHA (PRETO VELHO)Dessalgue um pedaço de carne seca e pique. Refogue uma cebola ralada no azeite doce e coloque a carne seca picada e sem sal e deixe cozinhar bem. Depois de bem cozida, desfie a carne. Esta carne desfiada pode ser misturada com farinha de mesa ou com feijão preto (caroço).

FEIJÃO DE AZEITE (OGUM)Cozinha o feijão mulatinho ou fradinho (sem desmanchar) em água. Escorre-se. Refoga-se 1 cebola ralada no dendê, junta camarão seco batido. Misture no feijão que deve ficar tudo sequinho.


ALUÁ DE ABACAXI garaxó, de abacaxi ou milho (bebida servida nas festas em algumas casas de Axé do nordeste e em algumas manifestações culturais do Brasil)
Cascas de um abacaxi + 1 ½ xícara de açúcar + 2 litros de água + 1 pedaço de gengibre ralado a seu gosto.

Lave as cascas do abacaxi e coloque-as dentro de um pote com a água e o gengibre. Deixe fermentar por 3 dias, sem fechar completamente o pote para que o gás possa sair. Depois deste tempo, coe e acrescente o açúcar e ofereça aos participantes e convidados. No Candomblé antigo não se servia bebida alcoólicas.