domingo, 5 de agosto de 2018

Nêga Véia e a velhice verdadeira

Suncês que vivem na carne neste mundo de terra costuma ser extremistas e classificadores.
Se um fio só pratica virtudes e apenas tem atitudes fraternas para com o próximo e com a vida suncês classifica estes zifios na categoria do bem.
Se os fios só põe em prática os seus vícios e tem atitudes egoístas para com os outro, suncês classifica estes zifios na categoria do mal.
Os zifios da categoria do bem são aqueles que suncês chama de fios bons.
Os zifios da categoria do mal são aqueles que suncês chama de maus.
Mas será que existe aqueles zifios que são somente maus?
Será que existe aqueles zifios que são somente bons?
Suncês se alembra que tá escrito lá na bíblia que o “homem grande da cruz” recusou ser classificado de homem bom? Lembra quando ele disse que bom mesmo só o pode ser considerado Zambi nosso pai?
E o mestre Jesus zifios nunca que praticou uma só atitude que pudesse classificá-lo como um homem mau, então, porque Ele não quis que o chamassem de homem bom?
Nêga Véia não sabe de muita coisa não, mas acha que é porque Ele mesmo quis se fazer de exemplo para que suncês nunca fossem extremistas e classificadores em relação ao próximo.
Nêga Véia fala que a classificação que suncês usa pra dizer quem é bom e quem é mau só serve pra que suncês saibam por onde andar com segurança neste vasto mundo de terra, entretanto zifios suncês não deve usar essa classificação com gestos e atitudes extremistas buscando segregarem-se dos homens maus como se só eles fossem doentes da alma e suncês fossem totalmente sãos de virtudes.
Se o mestre Jesus quisesse que suncês agisse desta forma Ele, quando esteve na carne, não teria passado boa parte da existência junto dos homens maus, não é verdade?
O mestre Jesus viveu entre prostitutas, doentes, malfeitores e até quando estava pregado no madeiro para morrer teve por companhia a presença de dois ladrões que também se encontravam crucificados e suncês sabem por quê?
Nêga Véia fala que é porque Jesus sempre soube que o bem e o mal sempre formou os dois lados que compõe o rosto de Zambi nosso pai, pois ninguém é capaz de alcançar as esferas do bem se não expurgar todo o mal que existe dentro de si auxiliando o próximo a também agir desta forma, assim como ninguém é capaz de trabalhar por Zambi servindo a Sua lei e Sua justiça nas trevas se não tiver em seu coração o Divino conceito do bem a lhe guiar na jornada.
Bem e mal são os dois lados da face de Deus e é por isso que Nêga Véia pede que suncês tomem muito cuidado com a classificação extremista que suncês fazem do próximo por que isto afasta suncês uns dos outros e da essência divina que existe dentro de suncês.
Nêga Véia dá um exemplo pra suncês: muitos zifios ou olham pros velhinhos deste mundo terra classificando-os enquanto sábios e humildes ou olham pra eles classificando-os como merecedores de extrema pena e compaixão por causa da saúde deles.
Estes zifios classificam os velhinhos desta forma não por conhecimento de causa, mas tão somente pelos anos de vida que estes velhinhos possuem, ou seja, por classificar a velhice em atitudes extremas.
Nem todo velhinho deste mundo de terra fica sábio e humilde apenas pelas várias décadas de existência que repousam pelos seus ombros e nem todo velhinho tem a sua saúde debilitada apenas porque os anos passaram em sua vida.
Existem muitos zifios que suncês chamam de jovens, mas que Nêga Véia fala que se encontram muito mais ranzinza e desesperançado que muito velhinho deste mundo de terra, pelo contrário também existem muitos zifios com menos de duas décadas de vida que tem uma sabedoria infinitamente superior a muitos velhinhos deste mundo de terra.
Na verdade zifios a pele enrugada, os cabelos brancos e o andar vagaroso não deve fazer com que suncês classifiquem um ser humano idoso como velho.
Velho, zifios, são as pessoas deste mundo de terra, independente da idade, que não são humildes, caridosos, abnegados, batalhadores e esperançosos. Nêga Véia fala que esses fios em especifico é que são velhos por que são essas atitudes que, com o passar do tempo, fazem com que esses filhos percam a capacidade de amar a Deus, ao próximo e, infelizmente, a si mesmos, envelhecendo, assim, as suas mentes, suas emoções e seus espíritos: estes sim são os verdadeiros velhos realmente dignos de compaixão.
Sábio é aquele zifio que desde jovem vai se preparando pra que o envelhecimento na terra não o torne um velho de espírito, pois aquele que tem o espírito jovem será eternamente jovem e terá sempre a consciência de que: a pele enrugada é a armadura de que Zambi o dotou para enfrentar a “guerra” do preconceito, os cabelos brancos formam o capacete com que Zambi o presenteou para que mantenha sempre a mente jovem e o andar vagaroso é o reflexo daqueles que aprenderam a desenvolver verdadeiramente a perfeição a tal ponto de saber que não precisam se apressar tanto para se chegar a um determinado lugar, pois sabem que tem o tempo ao seu favor e que a pressa é inimiga do tempo e da perfeição.
Procurem não ser extremistas zifios, procurem, antes, a sabedoria, a perfeição e a humildade.
Que zambi abençoe a todos suncês que tão fazendo esforço pra ler estas palavras que Nêga escreve num português tão imperfeito, que suncês perdoe a Nêga e que as palavras possam alcançar a mente e o coração de suncês para que possam buscar desenvolver a perfeição que realmente importa aos olhos de Zambi e que não é a perfeição das letras, mas sim a do desenvolvimento das virtudes!!!
Que Zambi abençoe a todos suncês que são jovens de corpo com o equilíbrio e a humildade que possam torná-los, com o passar do tempo, velhinhos na carne e jovens de espírito, ou seja, eternamente jovens!!!
Que Zambi abençoe a todos os velhinhos que se encontram nos asilos e aqueles que se encontram desamparados!!!
Que Zambi abençoe a todos os velhinhos deste mundo de terra!!!!
Fiquem na força e na luz de Zambi nosso pai!!!!!


Saravá a Deus nosso pai!!!
Saravá a Divina falange dos pretos-velhos!!!
Saravá a sabedoria e a humildade!!!
Saravá ao dia-a-dia, pois todo dia é dia do idoso!!! 



Ass: Um amigo espiritual.




Escrito sob inspiração mediúnica por Pedro Rangel Telles de Sá