[Por Mãe Barbara de Iansã] Quando nós pensamos em obsessores, trevosos, quiumbas ou qualquer tipo de espírito considerado ruim e denso, nós imediatamente associamos a um ser estúpido, grosseiro, em roupas maltrapilhas, fedido e maldoso, certo? (Lembrando que nos post anterior eu comentei como devemos tratá-los com respeito e chamá-los de irmãos negativados. )
Bem, saibam que essa concepção de imagem de um irmão negativado já mudou a muito tempo e nem todos apresentam-se com essa roupagem.
Muitos não sabem, mas o chamado baixo astral tem toda uma estrutura de trabalho, que é mais complexa e cheia de “equipamentos” e “hierarquias” que muito filme do 007. São conhecimentos e mais conhecimentos de técnicas de magia negra e de tantas outras coisas que vocês não imaginam. Tanto que o nome dado ao covil onde permanecem é laboratório, conseguem imaginar o por quê?
Espíritos sofredores são aliciados por espíritos negativados que por sua vez trabalham para magos negros que servem aos dragões. O livro Tambores de Angola do Robson Pinheiro mostra um pouquinho disso, recomendo a leitura.
Então entendam que um irmão negativado (obsessor) grudado em uma pessoa fazendo com que ela beba pinga está vinculado a toda uma hierarquia complexa servindo a laboratórios super desenvolvidos. É muito maior do que simplesmente “está lá porque não consegue se desprender do vício de alcoólatra de quando era vivo”.
Então, se hoje eu estou escrevendo sobre isso com vocês é porque nós nos especializamos e entendemos que a manifestação do que chamamos de mal mudou (não gosto de chamar de mal, gosto de chamar de caos) e, muito obviamente, também nos estudou e se especializou.
E é aí que entra o que a gente costuma chamar aqui no terreiro de obsessor cheiroso (em brincadeira, obviamente).
Pensem comigo: se eles possuem conhecimentos avançados e laboratórios com equipamentos que podem fazer uma pessoa ter um surto nervoso e desenvolver doenças que nenhum médico consegue identificar, burlando sem muito esforço a lei, vocês não acham que trocar as roupinhas de sujas para banquinhas não é algo muito fácil a eles?
Relatos de amigos que trabalham em mesas de apometria e desobsessão, assim como já vimos aqui no terreiro em trabalhos de meio, mostraram uma coisa muito assustadora: lobos em roupas de cordeiro. Eles possuem tecnologia para confundir a nossa clarividência e apresentarem-se com roupas claras, aparência saudável e até um equipamento parecido com uma bola de emanação de luz que o tornava iluminado a beça.
E os discursos? Começam pregando coisas bonitas (porque quem diz que eles não sabem mentir?) e depois que adquirem confiança, começam a disseminar discórdias disfarçadas de bons costumes espirituais, doutrina de médiuns, discursos de religiões melhores que outras e o principal, fazer diferença entre médiuns, suscitando vaidades e posições prioritárias de uns contra outros. Foi-se o tempo que queriam viciar pessoas em álcool, isso não tem mais valor a eles.
“Obsessores cheirosos” se apresentam rodeados de equipamentos de luz magníficos, são médicos ilustres, caboclos famosos, exus poderosos e sempre com o mesmo discurso: “eu sei mais que o outro ali, manda ele calar a boca porque esta desvirtuando a/o verdadeira/o umbanda/kardecismo/shamanismo e etc.”
Gente, tomem cuidado. Não tem receita para saber quando estão disfarçados, mas eu posso dar uma dica: verdadeiro mentor de luz não faz diferença entre religiões, entre práticas, entre linhas. Ele aceita a todos que trabalham para a Luz e pela Luz, para o Bem e pelo Bem, não importa se os guias de dada religião apresentam-se como Mestre Ramatis, Dr. Bezerra de Menezes, Pai Joaquim de Aruanda, Senhor Tranca Ruas ou até mesmo como o Espírito Santo.
Vigilância constante meus irmãos, essa transição planetária precisa disso.
Axé!