sábado, 24 de junho de 2017

ORIGEM DO CANDOMBLÉ DE KETO

O Candomblé de Keto ou Alaketo, por nois praticado, é de origem Nigeriana.
Com a vinda do negro para o Brasil, vieram com ele sua religião, seus costumes e crenças. Assim surgiu o Candomblé no Brasil.
Os Orixás cultuados pelos negros aqui chegados, dessa região africana são :

01 = BARÁ E LEGBA ( EXU E POMBA GIRA )

02 = OGUM 

03 = ODÉ ou OSHOSSI
04 = OMULU ou OBALUAYIÉ
05 = OSHUMARÉ

06 = OSANYIN

07 = IROKO 

08 = LONGUN-ODÉ

09 = OSHUM 

10 = YEMANJÁ 

11 = YASÃN

12 = OBÁ
13 = EWÁ

14 = ANAMBURUCU 

15 = SHANGÔ 

16 = OSHALÁ ( OSHOGUIAN e OSHOLUFAN )

Por tanto são dezeseis os Orixás Africanos por nois conheçidos, mais os ERÊS, perfazendo o total de dezessete entidades.

Este culto da forma como é aqui no Brasil praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto à orisá, ou seja, cada região africana cultua um Orisá e só inicia Elegun ou pessoa daquele Orisá.
Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil.
Por esse motivo, antigos Babalorisás e Iyalorisás evitavam chamar o "culto dos Orisás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo à palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.
A palavra Candomblé possui dois significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa. NAÇÕES: Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme a seguir: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo, Candomblé da Nação Muxicongo.
A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos Mahin.
Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokuta, Ijesá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual às demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Esses yorubás, quando guerrearam com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.
Quando os yorubás chegaram naquela região sofrida e maltratada, foram chamados pelos Fons de Ànagô, que quer dizer na língua Fon piolhentos, sujos entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou Nàgó e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada Nàgó.
No Brasil, a palavra Nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Sangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes yorubás. Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijesá. Efan é uma cidade da região de Ilesá próxima a Osobô e ao rio Osun. Ijesá não é uma nação política. Ijesá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilesá, que caracteriza a Nação Ijesá no Brasil é a posição que desfruta Osun como a rainha dessa nação. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu.
Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras. Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketu que não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Ketu, cuja sua história no Brasil soma-se mais de trezentos e cinqüenta anos ao tempo dos ancestrais da casa.
A verdade é que o culto nigeriano de Orisá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os Orisás. Mesmo os que se tornavam Babalorisás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial.
Daí ter-se que se inserirem no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de Ogans. Hoje a palavra Candomblé no Brasil define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.


ALTO CANDOMBLÉ

O ALTO CANDOMBLÉ da nação do Ketu, NÃO é Umbanda e muito menos, Magia Negra. É uma religião trazida para o Brasil pelos negros que vieram da África como escravos e que cultuavam os seus ORIXÁS.Este culto dos ORIXÁS remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda a história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o EQUILIBRIO entre o ser humano e os ORIXÁS.A maior característica do ALTO CANDOMBLÉ da Nação Ketu é que a religião de ORIXÁ tem por base ensinamentos que DEVEM ser passados de geração a geração de forma oral. Ou seja, não existem anotações, fórmulas mágicas, etc...
Ou o “iniciado” aprende e desenvolve sua espiritualidade junto aos Orixás, ou então é melhor nem fazer uso dos BÚZIOS CONSAGRADOS.
ORIXÁ significa - ORI = COROA / XÁ = LUZ
Ou seja, a palavra ORIXÁ quer dizer “Coroa Iluminada”, “Espírito de Luz”.
É o princípio mais evoluído existente em nosso sistema, manifestado através das forças da natureza.
O Alto Candomblé é uma religião dinâmica, mas ao contrário da imaginação de muitos, devido à sua variedade de deuses é essencialmente monoteísta, crê em um único Deus e criador, Olorún (“olo” = dono, senhor; “orun” = céu, espaço celeste sagrado), que criou o céu e a terra, os orixás e o homem. O Orún sua moradia e dos Araorún, todos os ancestrais e elementais divinizados; o Aiyé, moradia dos Araiyé, os seres humanos, os animais, vegetais, minerais e toda forma da natureza.
Os Orixás, elementais da natureza por excelência, seus guardiões e fiscais, energia indispensável para toda a sobrevivência, com função dupla: reger e cuidar da natureza em si e da natureza humana.
O Homem, objeto principal da sua criação, para de tudo usufruir dentro dos critérios do seu CRIADOR.
A teologia Yorubana, só faz referência ao Orún e ao Aiyé.Em momento algum, em qualquer circunstância, o faz sobre as palavras - inferno e pecado - as leis, a lógica, o bom senso e os ensinamentos permeiam a conduta das pessoas, até porque estes são termos posteriores à criação do homem pela teologia Yorubana.
No Alto candomblé nada se inventa, tudo se aprende, o “saber” e o “conhecimento” só vem com o Tempo, Ensinamento, Humildade, AXÉ, Merecimento e Compreensão; já a sua prática tende a adaptar-se, ao Crescimento e Modernidade do mundo, professando a sua religião através dos seus rituais.

As casas de candomblé são frequentadas e habitadas por um número variável de pessoas, pode variar de 20 a 300 pessoas dependendo do tamanho da casa e da ocasião ou do evento.
Fora do período de festas na casa só ficam as pessoas residentes, mas nas obrigações e festas além dos residentes virão os outros 
filhos-de-santoda casa e os visitantes e convidados.
Quanto maior o número de pessoas, maior será a preocupação com a
 
higiene alimentação.Os animais são abatidos e limpos e as comidas são preparadas sempre sob a vigilância da Iyabassêencarregada da cozinha e responsável pela qualidade dos alimentosOrixás como para as pessoas. tanto para os
A maior preocupação nas casas de candomblé e das outras 
religiões afro-brasileiras sempre foi com asdoenças infecciosas principalmente a tuberculose ehepatitepor serem transmissíveis através decopos e talherespor esse motivo cada filho da casa deve ter seu prato caneca identificados,iyawos durante o período de recolhimento não usam talheres só passam a usá-los depois da caída de quelê. A higiene com pratostalheres e copossempre foi constante.Nos tempos modernos quando já existem os materiais descartáveis ficou um pouco mais fácil de lidar com o problema.
Com o surgimento de novas doenças como
 
HIV ouAids muitos hábitos e costumes do candomblé tiveram que ser mudados.
Na 
iniciação os Iyawos tinham suas cabeças raspadas e curas feitas por uma única navalha que a Iyalorixámãe-de-santo quando da posse do cargo, isso passou a ser feito com mais cuidado, adotando-se navalhas individuais ou descartáveis. recebia de suaUm dos maiores problemas enfrentados nas casas de candomblé tem sido com a dengue,principalmente nas regiões onde os focos domosquito estão sendo combatidos.Os potes de abô (infusão de folhas sagradas) foram esvaziados para evitar possível proliferação do mosquito, os banhos são preparados com água efolhas frescas e usados imediatamente.
Candomblé Ketu

Candomblé Ketu (pronuncia-se queto) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira. No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.Orixás Os Orixás do Ketu são basicamente os da Mitologia Yoruba.
Olorun é o Deus supremo, que criou as divindades ou Orishas (Orixás). As centenas de orixás ainda cultuados na África, ficou reduzida à um pequeno número que são invocados em cerimônias:
Exu, Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogum, Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.
Logunedé, Orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris.
Ossaim, Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas.
Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger  Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e amor.
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Ewá, Orixá feminino do Rio Ewá.
Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô
Axabó, Orixá feminino da família de Xangô
Ibeji, Orixá dos gêmeos
Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Onilé, Orixá do culto de Egungun
Oxalá, é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco) OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba. Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua Baiani, Orixá também chamado Dadá Ajaká Olokun, Orixá divindade
Sinal da Cruz em Yorubá
L"ORULÓ BABA ÓMÓ
ATI ÔMO MIMÔ
AMIN
PAI NOSSO em Yorubá
BABÁ UÁ TINGBÉ LORUM AWÓ LORÓ KORÉ IJÓ GBAREDÉ IFÓ
TIRÉ NIKÁ SI LAIÉ, DINÁUON TUN SI LI ORUN FUN - AWÁ LONJIEJÓ A LONIN
DÁRI ESÉ UÁ JI ÁUON TÓ - ESÉ UÁ MAFAUÁ SINURÉ IDAN UÓ SUGBON BUKURÓ
LONIN TU LA SIM, AMIN।
Babalorixá ou Iyalorixá

É o cargo mais alto dentro de uma Casa de Santo ou Ilê. É o Zelador ou Zeladora, aquele que cuida dos Orixás, que inicia os noviços, suspende e confirma Ogans, apresenta e confirma Ekedis, Olossães, Axoguns, etc. O Babalorixá ou Iyalorixá é o ponto de equilíbrio, a cabeça de uma Casa. O Zelador ou Zeladora trabalha como uma espécie de guia e mentor espiritual, aconselhando, discutindo, desenvolvendo métodos para o melhor andamento da Casa. É dele ou dela a palavra final sobre tudo o que será realizado, pois é o Zelador (Babalorixá) ouZeladora (Iyalorixá), aquele que está mais próximo do Orixá regente da casa. Todos os filhos, Ogans, Ekedis; Axoguns, etc., voltam-se para ele, pois os Orixás da cabeça destes, servem ao Orixá regente da Casa, numa situação de humildade que deve ser acompanhada pelos demais, facto que nem sempre acontece, pois existem aqueles que deixam a importância dos seus cargos subir-lhes à cabeça, extrapolando a sua autoridade. O Babalorixá ou Iyalorixá é o ponto de equilíbrio, pois ele ou ela é o formador dos demais cargos existentes no culto. O tempo exacto para que alguém assuma o cargo deBabalorixá ou Iyalorixá é de sete anos de iniciado, pois antes disso a pessoa não se encontra capacitada para iniciar outras pessoas no Culto। É o único cargo onde o tempo devido deve ser respeitado, para que haja harmonia.

Babá-Kekerê ou Iyá-Kekerê

Significa Pai-Pequeno ou Mãe-Pequena. São os segundos dentro da hierarquia de uma Casa de Santo. São os substitutos eventuais do Babalorixá ou Iyalorixá. Eles têm a função de orientar, educar, mostrar o melhor caminho aos filhos da Casa. São os supervisores gerais do bom funcionamento e cabe a eles, em primeira instância, inspeccionar a conduta, higiene e necessidades dos filhos-de-santo. É o Pai, ou a Mãe-Pequena que assume, caso o Zelador ou Zeladoraesteja fora ou incorporado com o Orixá. Neste caso exercem a mesma função do Zelador ou Zeladora, procurando manter bem equilibrado o Axé. Cabe também a eles a manutenção da Casa, para que não haja falhas no sistema. A sua função é da mais alta importância, pois na condição de substituto directo, é quem recebe todas as cargas e distúrbios que porventura aconteçam. Para exercer o cargo de Babá-Kekerê ou Iyá-Kekerê é preciso que a pessoa seja feita (iniciada dentro do Santo) e que tenha um mínimo de sete anos de feito, pois neste cargo exige-se experiência e muita tranquilidade, humildade, entendimento e resignação, além de sabedoria, competência e calma।

Ogan

Não pode ser considerado, tão-somente, o tocador de atabaque. O Ogan é uma figura importante dentro de uma Casa de Santo, pois ele actua como uma espécie de fiscal, ajudando na coordenação dos rituais. É da competência do Ogan a manutenção e preparação dos couros para os atabaques; coordenar os toques, entoando as cantigas dentro das sequências correctas. É também função do Ogan – juntamente com oBabalorixá ou Iyalorixá – entoar as rezas feitas nas obrigações e demais rituais. O Ogan principal é oAlabê, uma espécie de chefe dos Ogans, que coordena, trabalha e actua na boa conduta dos demais tocadores. O Ogan passa por dois estágios: o período de suspensão, quando ele é indicado pelo Santo da Casa, e o da confirmação, quando ele passa pelas obrigações de Roncó

Ekedi

Ekedi em seu papel de Mãe exerce a função de Dama de Honra do Orixá regente da Casa. É dela a função de zelar, acompanhar, dançar, cuidar das roupas e apetrechos do Orixá da Casa, além dos demais Orixás, dos filhos e até mesmo dos visitantes. É uma espécie de “noiva” que actua sempre ao lado do Orixá e que também cuida dos objectos pessoais do Babalorixá ou Iyalorixá. O cargo de Ekedi é muito importante, pois será ela a condutora dos Orixás incorporados no Egbê(barracão ou sala de festividades) e dela é a responsabilidade de recolhê-los e “desvirá-los”, observando as condições físicas daqueles que “desviraram”. O procedimento para se tornarEkedi é o seguinte: primeiramente ela é apresentada – não suspensa, como o Ogan – e logo depois será confirmada, com as obrigações deRoncó

Olossãe ou Babalossãe

É outro cargo da maior importância dentro do Axé, pois cabe a ele – e digo “ele” pois trata-se de um cargo estritamente masculino – o recolhimento e escolha das ervas que vão entrar nos rituais। O Babalossãe é quem procura, reza, cata e macera as ervas, num ritual de grande importância, pois sem folhas nada pode ser feito dentro de uma Casa de Santo.

Axogun

Cargo masculino. É aquele que cuida dos animais a serem sacrificados para os Orixás e aquele que os sacrifica. É ele que vai cuidar da alimentação dos animais, do seu banho (ossé) antes das matanças. Cabe a ele também abrir os bichos já sacrificados e separar os Axés (miúdos), além de tratar do couro e passá-los para os Ogans. Para se chegar ao cargo de Axogun é preciso ter aquilo a que se chama “Mão de Faca”, que é a autoridade para fazer os sacrifícios animais. Diga-se de passagem, os Oganstambém actuam como Axoguns, desde que tenham a “Mão de Faca”।

Yabassé

Cargo feminino. É aquela que cuida, separa ingredientes e executa a comida do Santo. Chamada a cozinheira do Axé, é dela a obrigação de ver aquilo que o Santo mais gosta e executar os trabalhos de cozinha. A Yabassé faz também a comida que será oferecida aos visitantes nos dias de festa na Casa। Para exercer esse cargo é preciso que a mulher seja iniciada no Santo e receba a autorização do Pai ou Mãe-de-Santo para ser a cozinheira oficial dos Orixás.

Dagã

Cargo feminino. É aquela que vai cuidar da casa deExú. Está sempre presente na cerimónia do Padê(que é a reunião para despachar Exú, ou seja, levá-lo para fora para que tome conta dos trabalhos). É a Dagã que vai tratar dos Exús da Casa, mantendo sempre tudo limpo, aceso e abastecido com os ingredientes da preferência de Exú, tais como o oti(cachaça), epô pupá (azeite de dendê), oyn (mel), etc॥

Ebomi

São aqueles feitos com mais de sete anos de iniciação. Eles agem na Casa como irmãos mais velhos, orientando os mais novos na conduta e procurando ajudar em tudo o que é possível।

Vodunci

São aqueles feitos com mais de três anos de iniciação। Trabalham para a manutenção da Casa, além de ajudar os mais velhos nas actividades.

Yawós

São os noviços ou noviças de zero a três anos। Estão no período de aprendizagem sobre os fundamentos da Casa. Cuidam de tudo, desde a limpeza até às obrigações.

Abian

É o iniciante। Aquele que está dando os primeiros passos no Candomblé e que terá o seu futuro, a nível de culto, decidido pelo Pai ou Mãe-de-Santo. Ajuda no que é possível.

Iá - Efun

É um cargo feminino. Cabe à Iá-Efun o preparo doatim, ou seja, dos pós que irão dar o desenho da família. É aquela que irá pintar a/o Yawô nas saídas de Santo, aquela que vai “marcar” com o atim, a pemba ralada, a/o Yawô com as cores e formas daquela determinada tribo। Para assumir este cargo é preciso ser iniciada no Santo e ter, no mínimo, sete anos de feitura.

Peji-Runtó

Nos rituais são utilizados muitos elementos, tais como: pembas, temperos, faca, navalha, tesoura, além do obi e orogbô, ervas, favas, toalhas, entre outras coisas. O Peji-Runtó é aquele que vai preparar a mesa, digamos assim. É aquele que vai dar condições ao Babalorixá ou Iyalorixá de desempenharem as suas tarefas, podendo concentrar-se ao máximo, sem preocupação de que este ou aquele elemento esteja faltando ao ritual. O trabalho de Peji-Runtó torna-se, assim, muito importante para o bom desempenho e andamento dos rituais।
tempo de obrigação
Um ano após a feitura, o nascimento no santo, oYawo deve fazer a sua primeira obrigação que tem como significado comemorar esse nascimento e o reforço dos seus votos. Nessa ocasião, são oferecidos: um Bori e um animal de duas patas.Os votos serão renovados ao completar 3 (três) anos. Serão então oferecidos: um Bori [...]



Na queda de Kelê não é necessário que se dê um toque. Pode-se fazê-lo se o desejar. recolhe-se oYawo e manda-se o mesmo dar Ossé no Santo. Pela madrugada, dá-se um Obi no Yawo, com um pombo ou Konkén e tira-se o Kelê, cantando a reza dasYabás, porque Oshun é a dona do Kelê. Quando desamarrar o Kelê do Yawo, pede-se o Hilá ouHilári brado de guerra ) do Orixá.