domingo, 4 de junho de 2017

IV – Assassínio


        746. O assassínio é um crime aos olhos de Deus?
        — Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um semelhante  interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso está o mal.          
     747. Há sempre no assassínio o mesmo grau de culpabilidade?
     —Já o dissemos: Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato.
     748. Deus escusa o assassínio em caso de legítima defesa?
     — Só a necessidade o pode acusar; mas, se pudermos preservar a nossa vida sem atentar contra a do agressor, é o que devemos fazer.
     749. O homem é culpável pelos assassínios que comete na guerra?
     — Não, quando é constrangido pela força; mas é responsável pelas crueldades que comete. Assim, também o seu sentimento de humanidade será levado em conta.
     750. Qual é o mais culpável aos olhos de Deus, o parricídio ou o infanticídio?
     —Ume outro o são igualmente, porque todo o crime é crime.
     751. Por que entre certos povos, já adiantados do ponto de vista intelectual, o infanticídio é um costume e consagrado pela legislação?
     — O desenvolvimento intelectual não acarreta a necessidade do bem; o Espírito de inteligência superior pode ser mau; é aquele que muito viveu sem se melhorar: ele o sabe.