sexta-feira, 23 de junho de 2023

Kiumbas - As entidades do mal

 Kiumbas - As entidades do mal


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Geralmente as pessoas leigas costumam achar que os Exus (entidades das religiões de matriz africana) são seres maldosos e demoníacos. Mas esses seres são em sua maioria considerados bondosos e desempenham a função de mensageiros dos Orixás. São seres superiores a nós na evolução espiritual, mas ficam muito abaixo dos Orixás.
Já as entidades conhecidas como Kiumbas (ou Exus não batizados), representam o mal e são moralmente inferiores a qualquer outra entidade. Seriam os bandidos do plano astral, na qual essas religiões se fundamentam.
São espíritos desajustados que se alegram com a doença e o caos e geralmente são eles que assombram e influenciam as pessoas a cometerem atrocidades, tais como assassinatos e suicídios.
Com frequência esses espíritos invadem terreiros para incorporarem nos médiuns, mas são expulsos geralmente pelos Exus, que desempenham o papel protetor de soldados nos estabelecimentos. Mas ainda assim, existem terreiros e centros espíritas onde o médiuns despreparados são enganados pelos Kiumbas e se deixam levar pela suas manifestações sinistras.
Quando um Kiumba assume a frente da mediunidade de um indivíduo, devido a sua má postura e opção pelo mal propriamente dito, a vida desta pessoa tende a envolver-se em doenças, vícios, deturpações sexuais, aversão social, afundando-se em trevas de seus próprios desejos e vaidades.
O Kiumba é aquela entidade que caminha nas periferias do baixo astral, é também considerado um tipo de obsessor. Geralmente fazendo o mal pelo simples prazer de fazê-lo. Tudo o que pertence ou representa a luz e o que é bom, eles desejam a todo o custo aniquilar e corromper. Esses espíritos atuam e moram no lugar conhecido pelos espíritas como "Umbral", o inferno no qual os espíritas afirmam que se encontram os seres menos evoluidos existentes.
As infiltrações destes seres das sombras são organizadas. São encaminhados para esse lugar para que adquiram consciencia de suas maldades e se arrependam. Segundo os religiosos esse processo pode levar séculos e em alguns casos o ser foge desse plano astral e volta para a sua "não vida" sombriamente maldosa.
Geralmente os Kiumbas são atraidos por pessoas de má índole, segundo os espíritas, as "vibrações" negativas de pessoas imorais costumam atrair esses seres pela sua similaridade. Mas apesar de esses seres sentirem atração por pessoas maldosas, eles constumam atormentar também pessoas com índole bondosa, justamente por odiar tudo o que é positivo e bom.
Os Kiumbas possuem um comportamento muito mundano, diferente de entidades bondosas os Kiumbas se manifestam através dos médiuns com jeito de machões, com deformidades contundentes, carrancudos, sem educação, com esgares horríveis e geralmente com olhos esbugalhados. Muitos se manifestam sem total falta de higiene, rosnam, babam, rosnam, comem carne crua, fumam desesperadamente, ameaçam a tudo e a todos e fazem de tudo para assustar os presentes (com sucesso na maioria das vezes). Eles costumam promover o desafeto e a discordia, se deleitam ao conseguirem o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para destruí-lo. Tentam a todo o custo convencer seus assistidos de que eles são vítimas de magia negra, olho gordo ou outras feitiçarias. Costumam dizer os nomes de quem os amaldiçoou, ou seja, identificando os autores da magia negra, geralmente pessoas inocentes e boas que nada fizeram realmente. Fazem com que a pessoa se sinta ameaçada e façam um contra feitiço através deles. Assim esses horriveis seres podem se nutrir com os sentimentos negativos gerados e atacar pessoas inocentes por eles citadas.
Eles se alimentam tanto do medo quanto de outros sentimentos negativos, portanto, a melhor arma contra esses seres é a coragem, a bondade e a honestidade.
Quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negra, solicitou seus serviços.
Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege. Uma Demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida. Mas esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas e etc... mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.
Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!). Muitas vezes os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.
Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de quiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria para tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc.

Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um quiumba como mentor.

Certamente será um quiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.

Os quiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.
Os quiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais faria. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.
Os quiumbas (e só os quiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.
Os quiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos quiumbas.
Curiosidade: Existem alguns centros de Quimbanda que permitem a manifestação dessas entidades com o intuito de gerar dinheiro e "popularidade" as custas de maldições e feitiços. Existe também a religião chamada Kiumbanda, a tão famosa "magia negra", na qual os médiuns trabalham somente com esses seres cruéis. Apesar de proibido por lei, geralmente esses rituais envolvem matanças de animais