quarta-feira, 30 de maio de 2018

Os Dogons



RAÍZES LONGÍNQUAS – A doutrina secreta dessa tribo informa que o nosso mundo terrestre surgiu da Constelação de Sírius B. Propriamente não de Sírius B, mas de uma estrela pequena e branca, situada próxima dela, possivelmente Sírius A. Suas lendas e tradições transmitem essa informação de geração em geração há milhares de anos e, durante todo esse tempo, vêm realizando rituais para a estrela que os criou. Os sábios Dogon dizem que essa estrela dupla é ao mesmo tempo a menos e a mais pesada do cosmo. Os astrônomos calculam que realmente a sua massa é 36 mil vezes mais pesada que o Sol e 50 mil vezes mais densa que a da água. Seu diâmetro é de 39 mil quilômetros, mas ela contém a mesma quantidade de matéria de uma estrela normal com um diâmetro de cerca de 1,3 milhão de quilômetros. Uma caixa de fósforos cheia de matéria de Sírius B pesaria no mínimo uma tonelada. Os Dogon creem que a terra ali consiste em algo chamado por eles de Sagolu, que significa terra podre e metálica.



CIÊNCIA CONFIRMA – Ocorre que essa estrela só foi descoberta pela ciência no século 19, e uma foto dela foi possível só em 1970. Sírius B pertence à categoria das anãs – implodidas -, descoberta em 1862, não através de observações diretas, mas por meio de cálculos matemáticos. Por estar quase acoplada à sua irmã gigante Sírius A, uma das estrelas mais visíveis a olho nu, a imagem de Sírius B confunde-se com ela, e só recentemente foi possível distinguir que havia duas estrelas no lugar de uma única. Sírius B é mil vezes menos luminosa do que Sírius A e totalmente invisível a olho nu. Ela só pode ser vista por meio de um telescópio de 320 milímetros, já que se encontra a apenas 11 segundos-luz de Sírius A. 


PROFUNDOS CONHECEDORES – Sem nunca se terem valido de instrumentos ópticos, os Dogon sabiam da existência de quatro luas em Júpiter. Na verdade, Júpiter possui dezenas de outras – são conhecidas 17 até o momento -, mas as maiores e as principais são realmente quatro: Io, Calixto, Ganimedes e Europa. Além disso, sabiam também que Saturno é rodeado por um anel e que os outros planetas giram ao redor do Sol, e afirmavam que os mundos ao redor das estrelas que se movimentam em forma espiral (como a Via-Láctea) são universos habitados.

Os conhecimentos desse povo, que hoje ultrapassam pouco mais de 200 mil indivíduos, não se limitam, contudo, a astronomia. Eles sempre souberam da função do oxigênio do corpo e da circulação do sangue, coisas que a ciência ocidental só descobriu em tempos modernos. Os dogon diziam que o movimento das estrelas podia ser comparado ao fluxo do sangue no organismo, denotando que estavam cientes da circulação sanguínea, fenômeno descoberto apenas no começo do século 17 por William Harvey. Eles reconheciam ainda a função do oxigênio nesse processo, cientes de que o sangue no corpo corre pelos órgãos que se encontram no ventre.

A CRIAÇÃO – Os Dogon acreditam que de Sírius A, flutuando em um “ovo dourado”, veio Amma, que criou a Terra. Mais tarde, Amma mandou os Nommo para o nosso mundo. Nommo (os “Mestres”) eram seres anfíbios, capazes de se movimentar tanto na terra como na água. Eles teriam chegado a bordo de um veículo cuja descrição lembra a de uma espaço-nave. 
A maioria das sociedades tradicionais africanas, entre elas, a dos Dogon, encara o mundo como um todo integrado em que se relacionam aspectos sociais com o tempo e o espaço. A vida social na sua totalidade insere-se numa constante busca de equilíbrio entre um sistema de forças que se expressam desde os tempos primordiais.

A festa mais importante dos Dogon é o Sigui, que tem lugar cada 50 anos (tempo de rotação da Po Tolo à volta de Sírio) e dura 7 anos. As próximas terão lugar em 2027. Trata-se de um importante ritual de regeneração e que comemora a revelação da palavra aos homens, assim como a morte e o funeral do primeiro antepassado.

Curioso não???