sexta-feira, 20 de outubro de 2017

LETRAS DE PONTOS - PRETOS VELHOS






Um galhinho de arruda
A vovó me deu
Um galhinho de arruda
Pra me proteger
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Um galhinho de arruda
Ela me ofereceu
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Pois em suas orações
Ela nunca me esqueceu

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Preto Velho
Vem de Minas
Caminhou o ano inteiro
Carregou sete calungas
Para salvar o Terreiro
Ê ê ê ê
Ê ê ê a
A banda é boa
Banda de Minas Gerais

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Benedito é Preto, calunga
Eu também sou Preto, calunga
Ora viva os Pretos, calunga
Eu também sou Preto, calunga
A minha Terra é de Preto, calunga
Eu também sou Preto, calunga

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Sou Preto, sou Preto,
Sou Preto só na cor
Na alma, na alma
Sou filho de Nosso Senhor

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A fumaça do cachimbo da vovó
Sobe bem alto
Só não ver quem não quer
O cachimbo da vovó tem mironga
Na barra da saia
Na sola do pé

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Vovó cochila
Seu cachimbo cai no chão
Vovó cochila
Seu cachimbo cai no chão
É no sopro da fumaça
Que seus inimigos vão
É no sopro da fumaça
Que seus inimigos vão

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Vovó Catarina
É dona do reino
Vovó Catarina
É dona de gongá
Ela já está no Terreiro
Ora vamos todos saravá

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Sou Pedro velho macumbeiro
Que me importa que falem de mim
Sou Pedro velho macumbeiro
Com meu pai e minha mãe eu aprendi
Sou Pedro velho macumbeiro
Minha filha cadê minha gongá
Sou Pedro velho macumbeiro
Minha filha olha cobra coral

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Ô Zé Miromba
Cadê sua dumba
Tá lá nas matas
Tocando macumba

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Vovó Luiza que chora mironga
Chora Luiza, mãe de Banguela
Vovó Luiza que chora mironga
Chora Luiza mãe de Banguela
Agora que eu quero ver
Vovó Luiza com a cuia na mão
Apanhando águas no rio Jordão

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O meu Pai Antônio
O meu Pai Antônio
É um preto de fama
O meu Pai Antônio
O meu Pai Antônio
Ele vence demanda
Eu tenho fé
Na Virgem Maria
O meu Pai Antônio
Seja o Nosso Guia

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Pai Joaquim ê ê
Pai Joaquim ê á
Pai Joaquim chegou de Angola
Pai Joaquim é de Angola, Angolá

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Pai Joaquim cadê Pai Mané
 lá nas matas apanhando guiné
Diga a ele que quando vier
Que suba as escadas
Não bata com o pé

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Vovó não quer
Casca de coco no Terreiro
Vovó não quer
Casca de coco no Terreiro
Traz lembrança com saudades
Dos tempos do cativeiro

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Lá vem Vovó descendo a serra
Com a sua sacola
Ela trás a pemba
Ela trás a toalha
Ela vem de Angola
Eu quero ver Vovó
Eu quero ver Vovó
Eu quero ver se filho de Umbanda
Tem querer

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Com o poder de minha Pai
Minhas cafio
Não há quem possa duvidar
Minhas cafio
Foi o poder que Deus te deu
Minhas cafio
Ê, ê, ê, minhas cafio
Tem Preto Velho no gongá
Ê, ê, ê,
Minhas cafio
Prá todos filhos saravá

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Preta Velha que fuma cachimbo
Preta Velha que cheira rapé
Preta Velha gosta de marafo
Preta Velha Saracondé
Ô, viva Saracondé
Ô, viva Saracondé

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Quem vem lá
Quem combate demanda
Filha de Congo é Maria Redonda

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Oh já vai Preto Velho
Subindo pro céu
E Nossa Senhora
Cobrindo com véu

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Na beira da praia
Cortando seu guiné
(bis)
Pai Benedito
Conhecido no Terreiro
Por gostar de moça branca
Amansador de feiticeiro

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Filho de Umbanda
Por que tanto chora
Filho de Umbanda
Por que tanto chora
É vovó Carlota
Que já vai embora
          ...
Que já foi embora

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Tatá na Aruanda
Eu na calunga
(bis)
Olha quanta dumba
Zig, zig, zig
Eu sem nenhuma

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Benedito é Preto, calunga
Mora no roseiral
Se ele é feiticeiro, calunga
Chefe de gongá

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Bahia ou África
Vem cá, vem cá, vem cá
Força baiana
Força africana
Força divina
Vem nos ajudar

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Na Bahia
Ninguém pode com baiano
(bis)
Quebra coco
Arrebenta sapucaia
Vamos todos saravá

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Oh meu Senhor do Bonfim
Valei-me São Salvador
Vamos salvar nossa gente
Povo da Bahia chegou

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Arriou na linha de Congo
É Congo, é Congo aruê
Arriou na linha de Congo
Agora que eu quero ver

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Eu corro a minha gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu corro a minha gira
Com todo povo de Angola

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Aruê minha São Benedito

A coroa de Zambi

Tem gongá
Auê, auê, auê
A coroa de Zambi
Tem gongá

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E ora vamos saravá Seu Rei de Congo
E ora vamos saravá Seu Rei de Congo
Saravá ele pequenino que ele seja
Seu Rei de Congo ora vamos saravá

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São Benedito na língua de Zambi
Também sabe ler ê, ê, ê, ê, ê
Se Mucambo é bom
Também sabe ler
(bis)

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Preta Mina que vem lá da Bahia
Quem, quem
Traz o rosário de Maria
Quem, quem
É o rosário azul e branco
Quem, quem
Para salvar nossos irmãos
Quem, quem

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Minha agulha, minha didá
Quem não tem agulha
Pra que quer didá
(bis)
Minha ponto é seguro no fundo do mar
Minha ponto é seguro Mamãe Iemanjá
Minha ponto é seguro no fundo do mar
Minha ponto é seguro meu Pai Oxalá

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Eu sou baiana, sou baiana de Terreiro
Eu sou baiana, sou baiana feiticeira
Com minha faca na cintura eu desafio
Com meu balaio pra salvar
Todos meus filhos

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Minha galinho cantou
Minha galinho cantou
Minha galinho cantou
Ki qui ri
Minha galinho cantou

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Venho de longe
Venho de Minas
Samba rê, rê Maxicorê
Minha sete zi cambone
Minha sete zi mucama
Samba rê rê Maxicorê

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Meu Santo Antônio pequenino
Corre Umbanda devagar
Meu Santo Antônio pequenino
Corre Umbanda sem parar

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Não tem saia, não tem saia
Não tem saia, mas tem paletó
Chega Vovó, chega Vovó
Chega Vovó é de Ganga Maior

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Na Bahia tem, que tem orobi
Que tem orobô
Que tem orobi, que tem orobô
Pimenta da Costa
Macumba ioiô

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É Congo, é Congo, é Congo
É Rei de Congo
É Congo, é Congo, é Congo
Minha Pai é Congo

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Olha branco que sabe ler
Olha branco que sabe escrever
Olha branco que ainda não sabe
Qual o dia em que vai morrer
Olha branco que sabe, sabe
Olha branco que é sabedor
Olha branco que ainda não sabe
O poder de Nosso Senhor

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Santo Antônio é santo de mesa
São Benedito é santo maior
Quero ver, quero ver
Na mesa de Umbanda eu quero ver

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Ora baixa meu povo baixa
Ora baixa devagar
Quando o povo chega no reino
É pra todo mal levar
Povo da Costa é povo bom
Ele é povo de maçada
Quando chega na Aruanda
Fica todo ensarilhado

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Eu venho de longe
Sem conhecer ninguém
À procura de uma rosa
Que na roseira tem

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Congos e Cambindas,
Todos vem pra trabalhar
Olha Congo vem por terra
Cambindá vem pelo mar

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O vento deu no mar
E a marola deu na areia
Pai Antônio é um Preto
Que não bambeia

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Os quindins, os quindins, os quindins
Ô Mujongo
Olha lá no mar
Olha lá no mar ô Mujongo
Olha Mujongo no mar
A sua Terra é muito longe
Ô Mujongo
Ninguém pode ir lá
Ninguém pode ir lá, ô Mujongo
Olha Mujongo no mar

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Santo Antônio era menino
Oi Benedito era rapaz
Corre, corre Santo Antônio
Eu quero ver quem corre mais

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Bate calunga que eu quero vê
Bate calunga que eu quero vê
Pedra que muda não cria limo
Meu Santo Antônio é da nossa curimba

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Laranjeira nova que não dá laranja
Laranjeira nova que não dá laranja
chega terra nela criança
que ela dá laranja

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É o vento que balança as folhas, Guiné
É o vento que balança as folhas
É, é, é, Pai Guiné
É o vento que balança as folhas
Ele é dono de Terreiro
Já firmou gongá
Saravá meu Pai Antônio
Saravá seu Jacutá

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Pai Antônio quando vem da Bahia
Ele traz Estrela Guia no peito
(bis)
Quem deu, quem deu
Quem deu, quem dará
Foi nosso Pai Oxalá

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Vou ralar meu coco
Vou fazer dendê
Vou botar na rua, baiana
Pra você vender

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És tu meu Santo Antônio
És dono do meu gongá
Se não fosse Santo Antônio
Não sabia corimbar
Se não fosse Santo Antônio
Não sabia trabalhar

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Pisa no caminho devagar, Preto Velho
Pisa no caminho devagar
Olha que o caminho tem espinho
Preto Velho
Pisa no caminho devagar, Preto Velho

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O Santo é que está de ronda
O meu Santo Antônio Aruandá
Na Aruandê,na Aruandê, na Aruandá
Santo Antônio na linha de Umbanda
É Ogum,
É o meu protetor
Santo Antônio é quem é meu padrinho
Neste mundo de Nosso Senhor

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Rei Congo Mujongo maravilha
É quem manda aruê saravá
Rei Congo mandou chamar
É quem manda aruê saravá

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Cadê a sua pemba
Cadê a sua guia
Ela é Vovó Maria
Seu gongá é na Bahia

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Se os Pretos Velhos têm
Os Pretos Velhos 
Corre gira Preto Velho
Corre gira no gongá
Corre gira Preto Velho
Com licença de Oxalá

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Santo Antônio de pemba
Segura seus filhos
Segura gongá
Eles são filhos de fé
Eles não podem cair
Eles não podem tombar
Mas como caminhou, pemba
Mas como caminhou, pemba
Mas como caminhou
Santo Antônio de pemba
Mas como caminhou

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(desobsessão)

Meu Santo Antônio pequenino
Olha esse mundo como está
Quem me abraçava antigamente
Hoje quer me apunhalar
Olha seu cordão preto,
Meu Santo Antônio
Eu também sou filho seu
Afastai meus inimigos,
Meu Santo Antônio
Pelo santo amor de Deus

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Meu cachimbo está no toco
Manda moleque buscar
(bis)
No alto da derrubada
Meu cachimbo ficou lá
(bis)
Que arruda tão bonita
Que Vovó mandou arrancar
(bis)
Mas não chore meu netinho
Que Vovó manda plantar
(bis)

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Santo Antônio de pemba
Caminhou sete anos
A procura de um filho
Que aqui deixou
Como caminhou meu Santo Antônio
Como caminhou meu Santo Antônio

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Tia Maria vem no Terreiro
Com saia de merinó
(bis)
No Terreiro de Pai Antônio
Eu vai sambar, eu vai sambar

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Ela vai, ela vai
Ela vai pra Bahia
Numa mão leva a pemba
N’outra mão leva a guia
Ela vai, ela vai
Ela vai pra Bahia
Vai levando o rosário
Da Virgem Maria
...
Ela foi, ela foi
Ela foi pra Bahia
Foi levando o rosário
Da Virgem Maria

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Estava na Bahia
Mandaram me chamar
Me deram de presente
Uma pemba e um gongá

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Vovó quer
Eu vou mandar buscar
Um galhinho de arruda
Pra Vovó vir trabalhar

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Está iluminada a sua banda
Está cheio de flor o seu gongá
Meu Pai Antônio
É tudo que eu faço
Meu Pai Antônio
Ilumina os caminhos por onde eu passo

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Quem encosta em mim não cai, calunga
Foi o poder que Deus me deu, calunga
Nesse mundo não há, calunga
Um coração igual ao seu, calunga

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É de ouro só,é de ouro só
É de ouro só o cachimbo da Vovó
Com o seu cachimbo ela defuma a sua banda
Vovó Maria que veio de Aruanda

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Maria Conga o que é que você quer
Maria Conga o que é que você quer
Quero pemba, quero rosa
Quero folhas de guiné

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Neste mato tem folha
Tem rosário de Nossa Senhora
Aruê minha São Benedito
São Benedito que nos valha dessa hora

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Tem vintém, mamãezinha
Não tem não minhas cafio
(bis)
Olha Tia Maria como vem sambando
Olha Tia Maria como vem gingando

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Santo Antônio é santo maior
Santo Antônio é santo maior
Quem pode com ele é o filho de Zambi
Quem pode com ele é o filho de Zambi
Quem amarra e desata é Santo Antônio
Quem amarra e desata é Santo Antônio
Quem pode com ele é o filho de Zambi
Quem pode com ele é o filho de Zambi

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Terra zi que Terra, zi que Terra
Zi calunga
Oi viva Congo, calunga

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São Benedito, é um santo padroeiro
São Benedito, é um santo padroeiro
Se não fosse Benedito
Não acabava o cativeiro

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Tem coco, tem coco, tem coco
Esse coco, tem dendê
Quem quiser zorô bem feito
Dá baiana prá fazer

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Preta Velha que vem da Bahia
Corimba de noite
Corimba de dia
Preta Velha com seu patuá
Segura a banda de branco sinhá

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No Terreiro desse gongá
Flor Branquinha está de pé
Viva a bandeira da Costa
Viva o povo de Guiné
Viva o povo de Aruanda
Saravá rainha de Umbanda
Viva o povo de gongá
Saravá meu Pai Oxalá

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Eu vim de Angola, bambaruê
Cheguei agora, bambaruê
Com a mão na pemba, bambaruê
Cantei vitória, bambaruê

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Arriou papai, arriou a sua banda
Salve o povo de calunga
Salve o povo de Aruanda

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Cadê a minha coco
De bater neste Terreiro
Ai quem mexer com filho meu
Tem que ver com feiticeiro

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Eu vim, da Aldeia
Brincar com Congo na areia
Brincar com Congo na areia
Brincar com Congo na areia

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Quando eu venho lá de cima
Eu passei à beira mar
Bota canga no sereno
Deixa canga serená


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   (pólvora)

Eu plantei mandioca
Formiga comeu
Já plantei não planto mais
Minhas zi filhos
Cadê minha gongá
Ô zing, zing, zing, zing
Zing, zing, zing, zá

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Adeus minha pemba
Adeus minha guia
Minha Terra é muito longe
Meu gongá é na Bahia

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Eu vim de Angola
Eu trouxe figa de guiné
Trouxe figa de guiné
Para salvar filhos de fé

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Vou me embora
Vou me embora
Vou daqui para a Bahia
(bis)
Bumba  que bumba, que bumba ioiô
Bumba  que bumba,  que bumba iaiá

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Mãe Maria lavadeira
Lava roupa de sinhá
Lavou saia de renda
E depois foi entregar
Na Aruanda, na Aruanda
Na Aruanda eu quero ver

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Andei sete noites
Andei sete dias
Chegou Maria Mina
Que veio da Bahia
Chegou Maria Mina
Dona de gongá
Chegou Maria Mina
P’ros filhos salvar
Pimenta da Costa
Azeite de dendê
Chegou Maria Mina
Pros filhos benzê

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O biju  no tacho
 no ponto de virar
Marafo  no coco
 bom de tomar

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Eu venho da Bahia
Com o pano da Costa, rosário e guias
Orobi, orobô
Com a mão nas cadeiras chamando ioiô

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Bate na cumbuca
Repenica no gongá
Chama nosso povo
E vamos trabalhar

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Aonde é que Preto Velho mora
Aonde é que Preto Velho gira
Ele mora na beira do rio
Onde o galo não canta
Onde o pinto não pia

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Oi Cambinda de Umbanda
Seu Pai é Congo
(bis)

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Se ele é Congo
Deixa Congo arriar
O le le, se ele é Congo
Deixa Congo trabalhar

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Na sua Urucaia tem mungunzá
Na sua Urucaia
Na sua Urucaia tem caruru
Na sua Urucaia
Quem é da Bahia tem seu patuá
Na sua Urucaia
Meu Senhor do Bonfim é quem saravou
Na sua Urucaia

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Santo Antônio entrou no fogo
Com sapato de algodão
O sapato pegou fogo
Mas o pé do santo não
tem mironga tem
Tem mironga tem

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Entrei na mata,
Da mata saia pó
Procurei Pai Joaquim
Só encontrei cobra cipó

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Eu mandei fazer um baile
Na fazenda do Sinhô
Foi no dia 13 de maio
Quem tinha escravo chorou

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João Batão, João Batelão
Tu és, tu és meu Pai São Pedro
João Batão, João Batelão
Meu Pai São Pedro em cima d’água

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Estrela do Céu
Que me disse o Guaiá
Povo de Umbanda que povo será
Povo de Umbanda que está no gongá

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Baixai, baixai como a rosa
Maria, nossa Mãe extremosa
Anda ver nosso povo de Aruanda
Trabalhando no gongá
Em nossa lei de Umbanda

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Preto D’ Angola é Preto Velho
Preto que nunca falhou
Galo cantou, Jesus nasceu
Inimigo estremeceu

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Pinto piou lá na serra
Galo cantou lá na Angola
Sucuri mordeu jibóia
Na barra da sua saia
Tem mironga, ô gente
Tem mironga, ô gente
Tem mironga na barra da sua saia

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No Terreiro de meu Pai tem pemba
No Terreiro de meu Pai tira mironga
No Terreiro de meu Pai chegou
A Preta Maria Conga

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A Bahia, a Bahia, a Bahia
A Bahia é de Cristina
Vamos sarava, vamos saravá
Vamos sarava o Terreiro e este Gongá

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Ai quem mandou à cidade
Negra velha já foi à cidade, ê ê
Fala na língua de Zambi
Oh! Cidade
Negra velha já foi à cidade

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Sou baiano de mussanga
Samba aqui, samba acolá
Eh, eh, ah, ah
Se tu és filha de mesa
Minha filha
Ninguém pode te levar
Se tu és filha de mesa
Samba aqui, samba acolá
Eh, eh, ah, ah
Deixa ver a tua guia minha filha
Ai deixa ver o seu gongá

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Tiana chegou aqui nesse gongá
E veio com ordens para trabalhar
Tiana trabalha para os filhos seus
E vence demanda
Com a graça de Deus

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Dá  licença Pai Antônio
Que eu não vim lhe visitar
Eu estou muito doente
Vim pra você me curar
Se a doença for feitiço
Bulalá em seu gongá
Se a doença
For de Deus ai
Pai Antônio vai curar
Coitado de Pai Antônio
Preto Velho curandô
Foi parar na detenção ai
Por não ter um defensor
Pai Antônio é quimbanda, é curandô
Pai Antônio é quimbanda, é curandô
É pai de mesa, é curandô
É pai de mesa, é curandô
Pai Antônio é quimbanda, é curandô
Pai Antônio é quimbanda, é curandô

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Oi dai-me forças Jesus de Nazaré
Oi dai-me forças pra mim vir trabalhar
Dizem que a Umbanda tem mironga
Tem mironga, Pai Antônio tem gongá

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Já foi o sol
Já veio a lua
Como é seu nome, minha filha
Eu me chamo Elvira
Olha a chuva que choveu
A terra já molhou
Quem me dera estar agora
Lá na Terra onde eu nasci

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Bahia é boa pra quem sabe aproveitar
Se não gosta da Bahia,
O que foste fazer lá
Lá na Bahia, corre água sem chover
Se a água de coco é boa
Eu também quero beber

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Nesse mato tem folha
Tem rosário de Nossa Senhora
(bis)
E aruê minha São Benedito
São Benedito que nos valha dessa hora

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Virgem Mãe da Piedade
Protetora desta Tenda
Iluminai Sete Encruzilhadas
Para que ele nos defenda
E ao bom velho Pai Antônio
Nós vos pedimos mais luz
Afim de que ele nos ajude
A carregar nossa cruz
E bom e pequenino Pai Joba
Guarda avançado desta Tenda
Nós vos pedimos Senhora
Que sobre ele seu manto estenda

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Preto Velho anda a pé
Por que quer
(bis)
Pé, pé, pé, Preto Velho
Anda a pé por que quer

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Cateretê de Preto Velho
É de Congo só
Cateretê de Preto Velho
É de Congo só

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Oh Vovó Catarina um dia vem
A Senhora é quem sabe
Mais ninguém
Olha seus filhos no gongá
Oxalá é quem manda trabalhar

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Ela vem salvar seus filhos
Ela veio de bem longe
Ela traz o terço na mussanga
Benedita é o seu nome

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Estão assoviando lá na Aruanda
Congo e Mujongo estão lhe chamando
Adeus, adeus
Que eu vai embora
Fiquem com Deus e Nossa Senhora

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Povo de Umbanda
É povo Malembe
Rei Congo, minha Pai, chegou

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Sou filha de Marimbá
Da rosa baiana
Ora vamos cortar dendê
(bis)

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Preto Velho foi escravo
Na Terra de Santa Cruz
Quando chega no gongá
Salve os filhos de Jesus

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Pedro Banguela
É chefe de Munganga
Lá vem Pedro
Desmanchando o arizamba

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Todo mundo está se rindo
Da corrente do cipó
Vai chamar Maria Conga
Pra cozer meu paletó

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João Banguela, meu Pai
É chefe de devoção
Quando baixa no Terreiro, meu Pai
Descarrega seus irmãos
João Banguela, meu Pai
É chefe de devoção
Quando baixa no Terreiro, meu Pai
Traz Luiza pela mão

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Hoje é dia de alegria
Quando o galinho cantou
Trazia fita nos pés
E a cruzinha do Senhor
É de có, é de có, é de có, é de co
No Terreiro de Umbanda
Pai Antônio chegou
(bis)

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Papai, Mamãe
Vamos fumuná
Olha a volta do mundo
Deus é quem dá

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Quem vem lá
Sou eu, sou eu
Quem vem lá
Sou eu gente nova

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  (pólvora)

O Sinhozinho quer que chame de doutor
Não pode ser, o cativeiro já acabou
Eu tenho pena, dona
Eu tenho dó, dona
O galo preto batendo no carijó

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Bahia, Bahia, Bahia de São Salvador
Quem nunca foi à Bahia
Não sabe o que é coisa boa

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Ora salve Santo Antônio, Mamãe ruê
Salve Luiza, Mamãe rua
Salve ............... que é Mãe de Terreiro
Salve os Pretos que vem saravá

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Pisa na corrente como gente
Eu piso

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Vamos ver juntos
Aonde é que eles andam
Eles vão reunir
Todos os filhos de Umbanda

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(pólvora)

Casamento de minha sinhá
Ora grande festejo se deu
Peixe nós comemos
Espinha de peixe, gatinho lambeu
Ca, ca, ca ro mia
Quem tem olho grande
Não olha pra mim

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(pólvora)

De longe eu vejo papai na Aruanda
Estão bulindo, estão mexendo
Estão demandando no Terreiro
de Umbanda

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Nós que somos Pretos
Rei de Congo não se dá
Seu Rei de Congo, ora vamossaravá
Dizer aruê, aruá
Seu Rei de Congo, ora vamossaravá

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Na linha de africano
Ninguém pode atravessar
Ô segura a pemba ê ê
Ô segura a pemba ê á
Ô segura a pemba ê ê
Ô segura a pemba no gongá

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Abre a porta do céu São Pedro
Deixa os Pretos trabalhar
Abre a porta do céu São Pedro
Deixa os Pretos curimbar

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O navio de São Salvador
Saiu da Bahia tão carregado
Bis
Trouxe cravo, trouxe rosa
Vovó Maria  que vinha do lado
Eu quero, eu quero, eu quero,
Eu quero, eu quero,
É ver Vovó

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Meu navio apitou
Apitou em alto mar
Vem trazendo da Bahia
Muita paz nesse gongá

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Vocês conhecem aquela casa
pequenina
Aonde Tiana morou
Lá morou Nossa Senhora
Na casa em que Jesus abençoou

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Ela vem sacudir
A toalha do gongá
Com licença de Oxalá
Deixa a Velha trabalhar

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Vovó Cambinda vai
Ela vai para o lado de lá
Mas ela vai caçar tatu na calunga
E tamanduá

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Era uma casa bem pequena
Onde morava um velho quimbandeiro
O velho tinha mironga
O velho tinha dendê
Mironga de mironguê
Miçanga de miçanguê

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Toma benção a velho
que velho vai caminhar
vai devagar, vai devagarinho
Quem caminha com velho
Nunca fica no caminho
(bis)

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A sineta do céu bateu
Oxalá já diz que é hora
Eu vou, eu vou, eu vou
Fica com Deus e Nossa Senhora

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Nego velho tem muita mandiga
Xangô na pedreira mandou lhe chamar
quero ver o velho subir
Sem o filho balancear