sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O CORPO E A INCORPORAÇÃO

 O CORPO E A INCORPORAÇÃO


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O CORPO E A INCORPORAÇÃO


Na Umbanda, não é apenas a mente que participa do transe mediúnico. Nosso corpo como um todo é envolvido no ritual. As entidades danças, giram, bradam, assobiam, encurvam, gargalham, cambaleiam, batem no peito, jogam-se no chão. Todo tipo de gestualidade e movimento compõe as mirongas de terreiro que promoverão todo tipo de formosura aos consulentes.


Erra quem chama a incorporação de psicofonia, são duas expressões mediúnicas distintas. Enquanto na psicofonia o médium empresta apenas sua voz à entidade, durante a incorporação todo o seu ser é envolvido. Há de se entregar ao espiritual.

No corpo do seu cavalo, a entidade afirma sua identidade por meio de sua gestualidade. Nenhum movimento está ali por acaso; os antigos, com frequência, são capazes de identificar quem se manifesta apenas observando o transe mediúnico.


Quando este encontro com o sagrado acontece, nosso corpo se enche de axé, transbordando-o para todo o território do terreiro. Cada gesto carrega poder, e transforma nosso estado com simples movimentos. Além disso, é muito belo assistir a manifestação natural de cada entidade.


Nem todos os movimentos corporais entenderemos. Cada guia espiritual têm os seus segredos. Mas confiamos que atuam sempre em benefício dos presentes. Exageros movidos por vaidade e ego existem, mas caberá ao sacerdote e à espiritualidade orientar cada um.


Por esta razão, aconselhamos os médiuns iniciantes a simplesmente deixarem fluir o que sentem. Muitos reprimem a expressão da entidade, cheios de insegurança e medo de errar. Confie, solte-se; com o tempo, todos os excessos serão lapidados.

Saravá a todos!



Escrito por @umbandacomsimplicidade/ Diego Paiva Pimentel