Este sabão e também o sabão de coco, são muito utilizados por sacerdotes africanos nos banhos antecedentes ao banhos de ervas, purificando assim o corpo mediúnico retirando as impurezas espirituais, muitos terreiros solicitam que o filho tome banho com estes produtos antes de efetuar qualquer trabalho espiritual.
Vamos conhecer agora um pouca da história do Sabão da Costa.
Por volta do início do século XVI (1501), navegadores ibéros, senhores dos 7 mares, passaram a designar toda a Costa Atlântica AFRICANA e seu interior imediato como COSTA e o que dali procedesse como DA COSTA. sabao-da-costa
Segundo relatos da época, de Cronistas e Viajantes portugueses, o SABÃO DA COSTA era importado pelo Brasil desde pouco depois de 1620.
Era o preferido dos escravos e libertos. Ele era oriundo de uma área entre GANA e CAMARÕES, e principalmente da NIGÉRIA, da República do BENIM e do TOGO.
Há praticamente 400 anos, garantem relatos de Cronistas e Viajantes da época, o Brasil importava um SABÃO DA COSTA da África que era usado por escravos e libertos.
Por que SABÃO DA COSTA ?
Porque é antigo. A palavra SABONETE é incorporada ao português somente na virada para o século 19 quando no Brasil “tudo” era “francês” e o “SAVONETE” dos franceses é aportuguesado. Antes disso era SABÃO mesmo. Mesmo os franceses continuam dizendo SAVON, os espanhóis dizem JABÓN (RABÓN) e os ingleses SOAP (SOLP) e portanto não deveria haver esse tipo de ‘distinção’.
O SABÃO DA COSTA mantém o nome SABÃO por uma questão de tradição.
O SABÃO DA COSTA é um sabão sólido, de cor parda-escura tendendo a preta, feito com ervas medicinais (nó de pinho, óleo de côco, benjoin, juá, etc) e além de ser usado prá descarrego promove uma profunda limpeza corporal sempre que usado normalmente durante o banho, combate a caspa, cravos, espinhas, manchas escuras, coceiras e fungos do couro cabeludo além de controlar o mau cheiro produzido pelo suor.
Oxé dudu era o nome dado pelos africanos ao sabão da costa.