Chorei, Chorei, o homem que amava eu matei

Chorei, Chorei, o homem que amava eu matei

Aline queria muito ser uma mulher atraente. Atraente para com todos os homens. Ela recorreu a magia da sedução.
Aline estava disposta em ter todos os homens que queria, todos aos seus pés. Também desejou ser famosa, seu grande sonho era ser namorada de um jogador de futebol.

Aline não mediu esforços.
Recorreu a Maria Padilha e pediu tudo o que queria. A pombo gira concedeu porém, alertou que esse prazo não seria eterno. Que tudo o que Aline tinha poderia terminar.
O pacto foi feito com sangue. Foi selado.

Aline acabou tendo TUDO.
Fama, amores, dinheiro, sucesso, poder, beleza, viagens. Sua conta bancária transbordava. Aline era uma prostituta, fazia book rosa.
Ela saia com homens importantes. Aline era conhecida como Louise, o nome de guerra.

Abortou dois filhos. Aline quase morreu no último aborto.
Um dia, apareceu um homem. Foi sua perdição.
Aline se apaixonou por ele. Nunca tinha sentido isso antes. Aquele homem a deixou alucinada. Ela recorreu novamente a Dona Maria Padilha.
Implorou que queria aquele cara de todo jeito. Não importava se ele era casado e tinha três filhas. Ela queria aquele homem com ela pra sempre.

Dona Maria Padilha assim fez.

O homem parecia o seu guia, seu mentor. Aline o comandava. O homem era uma marionete nas mãos dela. Ela se sentiu poderosa, uma deusa controlando tudo por intermédio de Dona Maria Padilha.
Um dia, houve uma discussão. Aline esfaqueou o homem que ela tanto desejou ter. Ele morreu.
Aline se viu destruída. Se olhou no grande espelho e viu o espírito daquele cara de pé olhando pra ela sentada no chão do quarto.

Não queria se separar daquele amor.
Aline se matou.

Maria Padilha, então, disse:

"Um amor sem limites é uma facada no peito. Mesmo que você ame alguém, nunca deixe de amar a si mesma, pois o maior amor é o seu próprio." 

Laroyê! 

Texto de Thau Ãn