segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Crianças e jovens podem frequentar a casa espírita?

 

Crianças e jovens podem frequentar a casa espírita?



Claro que sim! As casas espíritas são ambientes saudáveis para toda a família, inclusive para as crianças e os jovens. A não ser que sejam instituições muito pequenas, é comum oferecerem atividades de evangelização infantil e de jovens, tendo a criança oportunidade de entender e conhecer os princípios do Espiritismo desde cedo.

É exatamente objetivando atender este público que as casas espíritas apresentam dentro de suas atividades ordinárias uma área destinada à infância e juventude, com o oferecimento de cursos, seminários, palestras espíritas e outras atividades instrutivas. Desde os dois anos até os vinte e um, recebem atendimento específico segundo suas necessidades e faixa etária.

Por meio da evangelização infantil e de jovens, conecta-se o Espírito a Deus, auxiliando-o na compreensão da lei natural que rege todo o Universo, assim como dos Espíritos, sua natureza, origem, destino e relações com o mundo corporal. A criança e o jovem aprendem a ser agentes de transformação positiva da sociedade e do mundo.

Assim, é uma atividade de muita importância na casa espírita. Guillon Ribeiro, destacando a sua relevância, assevera ser ‘imperioso se reconheça na evangelização das almas tarefa da mais alta expressão na atualidade da Doutrina Espírita.”No mesmo sentido, afirma Viana de Carvalho: "[...] à Evangelização Espírita Infanto-juvenil cabe a indeclinável tarefa educacional de preparar os futuros cidadãos desde cedo, habilitando-os com as sublimes ferramentas do conhecimento e do amor para o desempenho dos compromissos que lhes cumprirá atender, edificando a nova sociedade do amanhã."


Conquanto a criança seja um Espírito adulto e antigo, na fase infantil, seus instintos permanecem adormecidos até os sete anos e vão, pouco a pouco, retornando, chegando ao ápice na adolescência. Kardec elucida que “na adolescência o espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era”. Emmanuel, no item 109 do livro “O Consolador”, traz esclarecimentos sobre o tema: "O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade [...]. Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, [...]."

Durante a fase infantil, portanto, é mais fácil incutir no Espírito novos e positivos valores, auxiliando no seu progresso e transformação moral. Os pais precisam dar, além do conhecimento acadêmico, formação espiritual, fazendo com que os jovens conheçam Jesus. Ele é a mais eficiente profilaxia contra o suicídio, as drogas, o aborto e todos os demais desvarios existentes na sociedade humana.

Por intermédio da evangelização infantil e de jovens cultiva-se no Espírito a compreensão das boas práticas, da caridade e da aquisição de valores morais, facilitando sua vida quando chegar à maioridade. Evangelizar uma criança e um jovem é, verdadeiramente, evangelizar o futuro da humanidade, contribuindo para a formação de adultos equilibrados e conscientes, de modo a viverem o Cristo em suas vidas e em seus corações.