terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A depressão está relacionada à mediunidade?

A depressão está relacionada à mediunidade?



Não. Conquanto a depressão possa decorrer de traumas de infância, de enfermidades, de um acidente, de vícios ou de stress, sabe-se ser a causa essencial um problema da alma de cada indivíduo. Nesta vida, todos nós trazemos uma bagagem pretérita de erros e acertos, os quais, no tocante aos equívocos perpetrados por nós, retornam na vida atual por meio da culpa que, em não sendo bem compreendida e trabalhada, desencadeia o processo depressivo, independentemente de se ter ou não mediunidade.

A depressão vem acompanhada de uma tristeza profunda, melancolia, isolamento e temor, sendo necessária a ajuda médica para tratar seus efeitos, com a inclusão, em sendo o caso, de medicamentos antidepressivos, mas essencialmente o tratamento espiritual, tratando as causas originárias e permitindo a compreensão de todo o seu processo.

Por outro lado, quem tem uma maior sensibilidade mediúnica, pode se contaminar mais facilmente pela influência da Espiritualidade inferior. O médium ostensivo é comparado a uma antena de rádio que capta todas as ondas vibratórias e, conforme sua maior ou menor capacidade de equilíbrio emocional e espiritual, sua educação mediúnica e seus estudos, poderá não saber neutralizar as frequências vibratórias captadas e com elas sintonizar, agravando um eventual quadro depressivo já existente.

Quando o indivíduo está em um processo depressivo, ele baixa a frequência vibratória e entra em sintonia com a Espiritualidade inferior, que se encontra naquela mesma faixa de vibração e passa a ser influenciado por tais Espíritos, entrando num processo obsessivo que agravará a depressão já existente. A obsessão pode ocorrer com médiuns ostensivos ou não, estando toda a humanidade sujeita a sua influência maléfica, não sendo algo exclusivo daqueles detentores de mediunidade.


É importante destacar, portanto, que o médium somente irá ser influenciado pelas energias negativas da Espiritualidade inferior se ele baixar o seu padrão vibratório, pois é sempre a sintonia a fazer com que sejamos influenciados, positivamente ou negativamente, e não o fato de ser ou não médium. Desta feita, depressão não está relacionada à mediunidade, mas sim a uma deficiência moral, da alma da criatura.

Segundo a Doutrina Espírita, não se pode afirmar que toda depressão deriva de uma causa obsessiva, da mesma forma que nem toda obsessão decorre de depressão, conquanto possam estar relacionadas e, em geral, estão. Diante da obsessão simples, é comum observarmos na criatura uma mudança de comportamento, indicando encontrar-se no que podemos designar de pré-depressão; na fascinação, de outro modo, a depressão encontra-se claramente caracterizada e, por fim, quando da obsessão por subjugação, uma depressão profunda é observada. Sendo assim, em tais situações, torna-se necessário aliar as terapias da ciência humana, para o tratamento dos efeitos, com as espíritas, que solucionam as causas.

É indispensável ter em mente que o melhor remédio e real cura para a depressão consiste na transformação moral do ser, porque quando a criatura se modifica por meio da vivência do Evangelho Redivivo, da lei de justiça, de amor e de caridade, deixa de sintonizar e de ser influenciado pela Espiritualidade inferior. Quando a conexão ocorre tão somente com Espíritos bons e superiores, adquire-se saúde integral, vida plena, recursos espirituais para superação das dificuldades necessárias ao crescimento e previstas em nosso planejamento reencarnatório.