terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Os Espíritos influenciam nossa vida e atos?

 

Os Espíritos influenciam nossa vida e atos?



Sim, muito mais do que possamos imaginar. Dizem os Espíritos que tanto nos influenciam que, de ordinário, são eles que nos dirigem. O plano espiritual está em constante interação e intercâmbio com o plano material, não existindo uma barreira intransponível, no que tange ao pensamento, entre os desencarnados e os encarnados.

Todas as pessoas têm a capacidade de influenciar alguém e de serem influenciados, estejam elas encarnadas ou desencarnadas, posto que pelo pensamento os Espíritos que se encontram na espiritualidade têm meios de se comunicarem conosco, estabelecendo-se, pela sintonia, vínculos entre nós e eles e vice-versa.

Segundo os nossos pensamentos, palavras e atitudes, entramos na mesma faixa vibratória de outros Espíritos que pensam, falam e agem como nós, estabelecendo-se então a sintonia, que nada mais é do que um processo de aproximação psíquica entre afins. Esses Espíritos acabam por se tornar simpáticos, dando origem a uma interferência de um sobre o outro.

Ficam invisíveis para nós por causa da nova dimensão em que se encontram, passando a vibrar em uma frequência mais alta do que nossos sentidos visuais podem captar.



Quando nos resguardamos no ambiente da prece, dos bons pensamentos e da prática do bem, nós nos subtraímos à sua influência e saímos de sua esfera de atuação, pois o fato de vibrarmos em frequência vibratória diferente, acaba por nos manter imunes à influência negativa dos Espíritos.

Os Espíritos não têm dificuldade para saber como influenciar os encarnados, pois conseguem acessar os nossos pensamentos e emoções, não precisando para isso que nós os verbalizemos. Kardec, ao questionar se podem os Espíritos conhecer os pensamentos mais secretos da criatura, obtém resposta afirmativa, inclusive podendo eles, muitas vezes, chegarem a saber “o que desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos se lhes podem dissimular”, mostrando nunca estarmos realmente sozinhos, mas constantemente ao lado de uma turba de desencarnados.

Desta feita, como estamos constantemente pensando em nossos interesses, fraquezas e problemas, os Espíritos não encontram obstáculos para identificarem os pontos fracos da criatura, sabendo onde as influenciarem. “Onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração”. O Espírito André Luiz designa como “desejo central” ou “tema básico” os nossos interesses mais secretos, asseverando que "todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um “desejo central” ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do “desejo central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo da nossa personalidade. Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa."

Conhecendo os nossos desejos centrais, os Espíritos buscam meios de os excitar ou inibir, conforme tenham índole positiva ou negativa e desejem auxiliar ou prejudicar os encarnados. Cada criatura será tentada naquilo que alimenta em seu íntimo. É deste modo que as criaturas, a partir das duas grandes chagas da humanidade, o orgulho e o poder, desenvolvem viciações na busca pela posse, prestígio, poder e prazer.



Essas quadro fragilidades humanas desdobram-se em outras tantas, como prodigalidade, avareza, apego, materialismo, exibicionismo, vaidades, afetação, exotismo, soberba, arbitrariedade, dominação, ira, prepotência, violência, arrogância, sensualismo, luxúria, preguiça, gula, consumismo etc. A influência, portanto, terá relação direta com as nossas ideias e atos.

Não imaginemos que apenas os médiuns ostensivos são influenciados pelos Espíritos. Na medida em que todos nós possuímos a mediunidade natural, recebendo intuições e inspirações dos desencarnados, por eles somos naturalmente influenciados. Lembremos estarem os Espíritos constantemente ao nosso redor, acompanhando-nos e nos observando.

Se quisermos nos tornar pessoas simpáticas a Espíritos nobres, sendo positivamente influenciadas, trabalhe-mos os sentimentos, agindo e pensando o bem, o amor, a paz e a fraternidade. De outro modo, simpatizando com Espíritos viciosos e atormentados, estaremos recebendo influências negativas que dificultam nosso caminhar, impedindo o nosso progresso.

Assim, todos estamos sujeitos à influência de Espíritos desencarnados, posto que essa influência é permanente. Advertem os Espíritos que as criaturas “que não se ocupam com os Espíritos, ou até não creem neles, estão expostos a sofrê-la, como os outros e mesmo mais do que os outros, porque não têm com que a contrabalancem”. Para distinguirmos se a mensagem sugerida é positiva ou negativa, basta examinarmos o seu conteúdo, visto que Espíritos bons somente para o bem orientam.