A UMBANDA para os pesquisadores espirituais do tema, remonta aos tempos da Lemúria e de Atlântida
A Lemúria
A Lemúria, segundo Ana Lucia Santana, que possui mestrado em Teoria Literária pela USP é um suposto continente perdido, mergulhado no Oceano Pacífico.
Esta idéia nasceu no século XIX, com especulações em torno de um conceito conhecido como Catastrofismo – linha de pensamento que defende as catástrofes como causas principais das mudanças geológicas ocorridas no Planeta. Logo depois esta hipótese foi assumida pelos ocultistas, bem como por uma população indiana, os Tâmil.
O nascimento e a queda desta civilização não podem, até hoje, ser concretamente provados através de documentos e descobertas arqueológicas importantes, embora muitos acreditem nesta possibilidade e busquem estas evidências. Ao longo da História sempre apareceram narrativas sobre sociedades avançadas, como as que também circulam em torno da existência da Atlântida. Mas o que se sabe hoje é fruto de uma ou outra pista arqueológica, de lendas e teorias desenvolvidas por pesquisadores diversos e também por grupos metafísicos.
Estes estudiosos divergem quanto à maior parte dos detalhes sobre a Lemúria, mas todos acreditam que este continente floresceu durante a pré-história, antes de submergir no oceano após a eclosão de fenômenos geológicos como erupções vulcânicas, terremotos e prováveis invasões do mar. Alguns cientistas discordam da possibilidade concreta da existência de civilizações afundadas no oceano, e se valem de uma teoria denominada Isostasia – a qual se refere às condições de equilíbrio gravitacional do Planeta - para sustentar suas crenças.
Ao longo da evolução geológica da Terra, as eras glaciais têm contribuído para cobrir de água e revelar trechos de terra mais vastos ou reduzidos. Este fenômeno pode ter se cristalizado no inconsciente coletivo dos habitantes desta esfera, gerando um saber agregado com a passagem do tempo, por muitas e muitas gerações. A própria localização geográfica da Lemúria causa polêmicas, variando conforme as pesquisas realizadas. Mas sabe-se que a Natureza está em constante transformação.
No local mais provável da existência anterior deste continente perdido, chamado por alguns de “Anel de Fogo”, depois de muito tempo silenciosa, a terra volta a se convulsionar, como se percebe pela eclosão, em 2004, de um tsunami nesta mesma região. Assim como os lemurianos podem ter sido avisados muitas vezes antes da catástrofe final, através de diversos sinais naturais, alguns estudiosos julgam que novamente os habitantes desta área devem estar revivendo a mesma história, e precisam estar atentos às advertências da Natureza.
Atlântida teria sido um paraíso, uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Era composta de exóticas paisagens, com clima agradável e belas florestas, ao lado de extensas e férteis planícies. Os animais eram dóceis, porém fortes. E havia as cidades, grandes e pequenas. Os atlantes eram senhores de uma civilização muito avançada. Palácios e templos cobertos de ouro e outros metais preciosos destacavam-se numa paisagem onde o campo e a cidade conviviam em harmonia. Jardins, fontes, ginásios, estádios, estradas, aquedutos, pontes. Estavam por todo o lado e a disposição de todos. Desta abundância nasceram e prosperaram as artes e as ciências. Eram muitos os artistas, músicos e grandes sábios.
Mas não viviam completamente tranquilos, pois não estavam sozinhos no mundo. Em razão disso, apesar de cultivarem a paz e a harmonia nunca deixaram de praticar as artes da guerra, já que vários povos, movidos pela inveja, cobiçando a sua riqueza, tentavam conquistar o continente. As vitórias obtidas contra os invasores foram tão grandiosas que logo despertaram o orgulho e a ambição de passar ao contra ataque. Já não pensavam em apenas defenderem-se, mas em aumentar o território de Atlântida. Assim o poderoso exército Atlante preparou-se para a guerra e aos poucos foi conquistando grande parte do mundo conhecido, dominando vários povos e várias ilhas em seu redor, uma grande parte da Europa Atlântica e parte do Norte de África.
Essa UMBANDA era o CONHECIMENTO INTEGRAL. Era a Religião, a Filosofia, a Ciência, e as Artes reunidas em um único bloco de conhecimento. Realmente, os Lêmures eram adiantadíssimos, e receberam a revelação da UMBANDA, a RELIGIÃO-PRIMEVA. Muitos pesquisadores espirituais respeitadíssimos atestaram a Tradição da Pura Raça Vermelha na Lemuria. Atestam também que na Lemúria tivemos a visita de “extra-terrenos”1, os quais teriam revelado a Umbanda.
A civilização que sucedeu a Lemúriana foi a Atlante que também citada por conceituados autores espiritualistas. A civilização atlante foi poderosa, mas, por vários motivos, entre eles o orgulho, a vaidade e o egoísmo, foi dizimada. Nesse período negro da civilização atlante, a Umbanda começou a se fragmentar e a se deturpar. Era na época a única Religião-Ciência da humanidade. AO fragmentar-se em plena Atlântida, daria origem às religiões, ciências, filosofias e as artes de todos os tempos. Era a Umbanda a Religio-Vera, a Primeva Religião que, ao ser deturpada, corrompida e fragmentada, deu origem a todas as religiões que conhecemos. É por isso que muitos dizem ser a Umbanda uma mistura de religiões. Na verdade todas as outras religiões surgiram das deturpações da Umbanda que iniciou-se em plena Atlântida. Isso bem entendido, caminhemos avante, até chegarmos aos dias atuais.
Dissemos que tanto na Lemuria como Atlântida a Umbanda era a RELIGIÃO-UNA, e era ensinada a todos pela Pura Raça Vermelha, a primeira raça a habitar o planeta Terra.
Após dizermos da supremacia da Pura Raça Vermelha, da qual os indígenas brasileiros e mesmo os norte-americanos são seus remanescentes, penetremos no âmago da Historia da Umbanda até o seu ressurgimento, em pleno Brasil do século XIX, entre os anos de 1988 e 1889.
Antes de entendermos como a Umbanda RESSURGIU no solo em que um dia havia surgido, ou seja, aqui no Brasil, observamos outros povos que, em resquícios, também guardaram Fundamentos sobre a Umbanda.
O Egito, milenar império do continente africano, teve sua poderosa civilização conhecimentos sobre a Umbanda, a qual era ensinada a raríssimos iniciados nos Templos de Osíris e Isís. Toda a Mesopotâmia também conheceu esses fundamentos. Os EGÍPCIOS, os MÉROE, os CALDEUS passaram esse conhecimento, da Umbanda, ao povo de Mídiã, os midianitas, que eram negros e tinham como grande líder e patriarca o poderoso Jetro, que viria a ser sogro de Moisés. Por aí já podemos observar como os Nagôs, os Angolanos, os conguenses, em fragmentos muito deturpados, aprenderam e guardaram, através da tradição oral, os Fundamentos da Umbanda.
Além da África, esse conhecimento alcançou o Oriente, inclusive a Índia, Nepal, China, Manchúria, Mongólia e Tibet. Chegou ao “cume” di Himalaia, alcançando também outros povos.
Sabemos que um celta europeu, de nome Rama, que há quase 90 séculos foi o primeiro patriarca legislador da Índia, Pérsia (I-Ram) e Egito, também foi conhecedor, em minúcias, desses fundamentos, os quais grafou em seu “Livro Circular Estrelado’ ou planisfério astrológico. Assim, esse conhecimento alcançou os 4 cantos do planeta, sendo cada vez mais deturpado e interpolado.
Os fenícios também possuíam pequenos ou quase nenhum dos Fundamentos da Umbanda. Citamos os fenícios, pois os mesmos, em obediência as Leis do Universo, reecarnariam como portugueses e espanhóis. Justamente ambos, tal qual os fenícios, eram exímios navegantes, chegando propositalmente às terras brasileiras. Ao aqui chegarem encontraram remenescentes das poderosas nações Tupy-Nambá e Tupy-Guarany. Não demorou muito, no próprio século XVI, e aporta no Brasil o negro africano. Veio como escravo, mas muitos deles, juntamente com alguns indígenas missionários reecarnados, iriam dar o INICIO LIBERTACIONISTA a milhões de conseqüências. Vejamos como isso tudo aconteceu e vem acontecendo.
Reunidos estavam no Brasil em pleno século XVI, indígenas, negros, amarelos e brancos. Embora o negro estivesse no cativeiro, no processo escravagista, muitos africanos eram evoluidissimos e estavam em reencarnações sacrificiais, o mesmo acontecendo aos indígenas e aos brancos.
Nessa terra vibrada pelo Cruzeiro do Sul as entidades superiores iriam fazer ressurgir a Umbanda, a priori através do MOVIMENTO UMBANDISTA. Dissemos MOVIMENTO UMBANDISTA, pois os indígenas, africanos e brancos tinham seus rituais, e os mesmos estavam muito distanciados da verdadeira Umbanda. Aproveitar-se-ia da miscigenação, racial, do sincretismo cultural e, por dentro desta mistura de rituais, far-se-ia ressurgir a Umbanda, através do Movimento Umbandista, que na verdade pretende fazer a sua restauração.
Na época, os africanos já eram monoteístas, pois acreditava numa só Divindade Suprema, criadora e que estava acima de qualquer outra menor. Demonstravam essa Divindade Suprema de OLODUMARE entre os Nagôs ou Yorubás e ZAMBY entre os Bantus (Angola, Congo). Acreditavam também em divindades menores as quais denominavam de ORIXÀ. Esse Orixá era um espírito altamente situado perante a Hierarquia Espiritual, sendo-lhe conferido o domínio de certas forças espirituais e naturais. Também tinham os Orixás como Espíritos que nunca encarnaram no planeta. Aqueles que encarnavam e desencarnavam eram denominados de EGUNS, e, portanto, diferentes do Orixá. Basicamente, de forma simplificada, era assim a crença dos irmãos africanos.
Os indígenas brasileiros remanescentes dos Tupy-nambá e Tupy-guarany também eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam em uma só Divindade Suprema, que denominavam TUPÃ. Abaixo de TUPÃ havia outras Entidades ou Divindades menores denominadas ARAXÁS. Tinham atributos naturais e sobrenaturais. Acreditavam em Cristo Cósmi ou Messias, o qual era denominado YURUPARI. Tinham a cruz como símbolo sagrado exatamente por conhecerem o mito solar, que velava a Tradição do Cristo Cósmico e seu Santo Sacrifício. Chamavam essa cruz, que era sagrada, de CURUÇA.
Os brancos, representados pelo europeu, trouxeram rudimentares noções do cristianismo, através do catolicismo romano. Mas da própria Europa chegou-nos em pleno século XIX, mais precisamente da França, o dito Espiritualismo ou Kardecismo. Não há de se negar que, em termos filo-religiosos ou mesmo cristãos, é o que de melhor havia da raça branca. Esse Kardecismo pregava a imortalidade da alma, as sucessivas vidas (reencarnações), a pluralidade dos mundos, a Lei de ação e reação e a aplicação, em sua alta pureza, dos conceitos crísticos.