segunda-feira, 25 de agosto de 2025

*OXUM E NANÃ* A LIGAÇÃO ENTRE AS ÁGUAS E A ANCESTRALIDADE

 *OXUM E NANÃ*


A LIGAÇÃO ENTRE AS ÁGUAS E A ANCESTRALIDADE

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Oxum é a orixá dos rios, das cachoeiras e da fertilidade, representando a beleza, a doçura e a riqueza. Ela está intimamente ligada ao poder da criação, pois governa a gestação e a maternidade, sendo protetora das mulheres grávidas e das crianças. Seu elemento principal é a água doce, símbolo de vida e renovação.

Já Nanã é a senhora das águas paradas, dos pântanos e dos mistérios da ancestralidade. Ela representa a sabedoria, o tempo e a transição entre a vida e a morte. Seu domínio sobre a lama reforça sua ligação com o ciclo da existência, pois a lama é a fusão entre a terra e a água, elementos fundamentais para a criação do ser humano.

A ligação entre Oxum e Nanã se dá, principalmente, através da água, mas em diferentes aspectos. Enquanto Oxum representa as águas límpidas e em movimento, associadas à fertilidade e ao começo da vida, Nanã simboliza as águas paradas e profundas, conectadas ao fim do ciclo e à ancestralidade. Além disso, em algumas tradições, Nanã é considerada uma orixá mais velha, uma avó, enquanto Oxum pode ser vista como uma mãe ou uma jovem mulher, mostrando assim a relação entre a experiência e a juventude.

Outro ponto de conexão é a criação do ser humano. Algumas lendas afirmam que Nanã foi responsável por moldar o corpo do primeiro homem a partir do barro, mas a vida só foi possível porque Oxum, com sua energia de fertilidade, trouxe a gestação e o nascimento. Dessa forma, uma complementa a outra no ciclo da existência.

Portanto, a relação entre Oxum e Nanã não é de oposição, mas de equilíbrio. Oxum traz a doçura da vida e Nanã carrega a sabedoria da passagem do tempo. Juntas, elas representam a dualidade entre nascimento e morte, juventude e velhice, águas límpidas e águas profundas, criando um elo sagrado dentro do panteão dos orixás.
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🌊 Oxum e Nanã: A Ligação Entre as Águas e a Ancestralidade

No vasto panteão dos orixás, duas forças femininas brilham em perfeita harmonia: Oxum , a rainha das águas doces, e Nanã , a sábia das águas paradas. Uma é ouro, doçura e encanto. A outra é lama, silêncio e memória. Juntas, formam um círculo sagrado entre a vida, a morte e a renovação — entre o que flui e o que se refere, entre o presente e o passado.

Elas governam águas diferentes, mas profundamente conectadas. Elas são faces distintas do sagrado feminino , e juntas revelam um dos mistérios mais profundos do Candomblé: a água como guardiã da ancestralidade .


💎 Oxum – A Rainha dos Rios e da Vida

Oxum é orixá das águas vivas , dos rios, das cachoeiras, das nascentes. Sua cor é o dourado , seu metal é o ouro , e seu símbolo é o leque de peixe . Ela é beleza, amor, riqueza, maternidade, fertilidade e encanto.

Mas não se engane: Oxum não é apenas doçura. Ela é força feminina em sua plenitude — a mulher que sabe atrair com graça, mas também importa respeito com firmeza. É a mãe que acolhe com ternura, mas exige justiça quando necessário.


Seu rio é claro, rápido, cheio de vida. Ela traz ameaças, mas também ensina:

"Quem não respeita a beleza, perde a vitória."

Oxum é energia de atração , de fertilidade , de alegria de viver . Ela é a força que faz brotar o amor, que atrai o bem, que transforma o desejo em realidade.


🌿 Nanã – A Anciã das Águas Paradas e da Sabedoria

Nanã Buruku é a mais velha dos orixás. Mãe de Obaluayê , ela habita as águas paradas , os brejos, as lagoas, as margens lamacentas. Sua cor é o azul-esverdeado , seu símbolo é o cetro de folhas , e sua energia é profunda, misteriosa, ancestral.

Ela é a guardiã dos segredos , a mãe dos eguns (ancestrais) , a curandeira do lama . É na lama que ela cura. É no silêncio que ela ensina. É na morte que ela prepara a vida.


Nanã não fala alto. Ela murmura nos ventos dos pântanos. Ela vê o que ninguém vê. Ela sabe o que ninguém lembra.


"A lama é suja aos olhos, mas pura à alma."

Ela é a memória viva da tradição — aquela que acolheu os corpos ao fim da jornada e os prepara para o retorno.


🌊 A Água que Conecta Tudo: O Elo Entre Oxum e Nanã

Oxum e Nanã são, juntas, a grande ponte entre as águas e os ancestrais .

  • Oxum representa a água que nutre a vida presente — o rio que corre, que dá de beber, que move as roças, que atrai o amor.
  • Nanã representa a água que guarda a memória — a lagoa que reflete o céu, que envolve os mortos, que conserva os segredos dos antigos.

Elas são duas faces do mesmo rio: uma que flui para o futuro, outra que relacionada no passado.

Na cosmologia do Candomblé, os ancestrais (eguns) não moram no céu — moram nas águas. Nos rios, nos brejos, nas fontes. E são Nanã e Oxum que os acolhem, os guiam, os honram.



Por isso, em muitos terreiros, antes de qualquer oferenda a Oxum, se faz uma reverência a Nanã. Porque sem a mãe dos antigos, nada é possível . A vida precisa da beleza, mas também da memória.





🌀 O Grande Ciclo: Nascer, Viver, Morrer, Renascer

Juntas, Oxum e Nanã representam o ciclo eterno da existência :

  1. Oxum traz a vida — com seu rio, sua fertilidade, seu ouro.
  2. Ao final da jornada, Nanã recebe o corpo — na lama, na cura, na transformação.
  3. E dos brejos, renasce a força para um novo ciclo.

É um movimento perpétuo: nascimento → vida → morte → renascimento .

E no centro desse ciclo, está a águasímbolo de purificação, de memória, de transformação.




🙏 Honrando as Duas Faces do Feminino Sagrado

Honrar Oxum é celebrar a beleza, o amor, a alegria, a borboletas. É dançar, rir, se enfeitar, se amar, cuidar da vida.

Honrar Nanã é respeitar o silêncio, a dor, a sabedoria, a morte. É ouvir os velhos, lembrar os nomes, acender velas para quem partiu.

Quando honramos ambas, estamos em equilíbrio . Porque a vida precisa de doçura… mas também de profundidade. Precisa de brilho… mas também de raiz.





🌿 Conclusão: Água e Ancestralidade — Raízes do Sagrado

Oxum e Nanã nos lembram que a verdadeira força feminina não se resume à beleza. É também sabedoria . Não é só vida. É também memória .


Elas são a prova de que, no fundo de todo rio, na lama de toda lagoa, vivem a voz dos que nos antecederam.


"Quem ouve Nanã, entende Oxum. Quem respeita a lama, recebe o ouro."


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