A malandragem do SrZé Pelintra
É Divina
Zé Pelintra, enquanto mestre de Jurema, sempre foi de vestimenta simples, no entanto ostentava seu tesouro desde o início:
Sua alegria sua versatilidade nos trabalhos, lhe davam condições de transitar em todos os níveis vibratórios para ajudar a quem o procurava.
Por isso lá na Jurema era conhecido como malandro, porque era amigo de todos e para ele nunca existiu e nem existirá portas fechadas; sejam elas na fumaça da esquerda ou na fumaça da direita.
Logo que veio pra Umbanda foi revestido da vestimenta do antigo malandro, chique, garboso, ostentador, porém simples e muito trabalhador como sempre.
Zé Pelintra é um mistério que quebra todo e qualquer preconceito ou a maioria deles.
Ele é simples e ao mesmo tempo muito complexo.
Sua figura principal é a de um senhor de meia idade mulato ou negro, que usa um terno branco, gravata vermelha e chapéu com fita vermelha, seu sapato é bicolor vermelho e branco e sua camisa também branca.
Ele está longe de ser um marginal, representa todos aqueles que se sentem marginalizados por preconceitos, sejam eles de qualquer origem, pois seu próprio nome já é repleto de simbolismo.
Seu trabalho é de recuperar a auto estima e ajudar os que mais necessitam e acima de tudo resgatar espíritos encarnados ou não da marginalidade, que muitas vezes são colocados por uma sociedade moralista, preconceituosa e inflexivel, com a qual não se
adaptam de alguma forma, com os seus mandamentos de viver tal como um robô pré programado, onde apenas se obedece e nunca se escuta a própria natureza.
Zé Pelintra veio para nossa religião, que por sua natureza é uma
religião plural e destruidora de tabus e preconceitos para mostrar que
bom é aquele que confia em si, levanta a cabeça e caminha.
