PRETO VELHO PAI JACÓ DA GUINÉ

Nascido em Guiné, na África, em 1764, ainda criança foi trazido ao Brasil como escravo. Comprado por um fazendeiro do norte de Minas, Jacó cresceu humilde, resignado e trabalhador. Com o tempo, passou a ser chamado carinhosamente de Pai Jacó.
Na véspera de um Natal, foi acusado injustamente de deixar escapar aves e leitões da fazenda. Preso, sem luz ou água, ele fez uma oração com o coração cheio de fé. Na madrugada, Pai Jacó recebeu a visita do Menino Jesus, que lhe trouxe pão e vinho divinos.
“Comi o pão do qual saía luz... bebi o vinho saboroso. Depois, o Menino Jesus subiu lentamente e desapareceu.”
No mesmo dia, os animais reapareceram misteriosamente no terreiro. Ao ouvir o relato, o fazendeiro — homem de coração endurecido — chorou pela primeira vez. A partir dali, mudou completamente: libertou Pai Jacó e passou a tratar com compaixão os que antes o serviam.
Pai Jacó desencarnou em 1847, aos 83 anos, próximo a Minas Gerais, dizendo-se mais feliz como humilde escravo do que grande médico que fora em vida passada.
“Como bendigo os sofrimentos pelos quais passei! Felizes os que sofrem com resignação e humildade...”
E quando Pai Jacó desce em Terra, sua missão continua:
Ele trabalha com amor, humildade e sabedoria, acolhendo filhos e filhas com palavras doces, passes suaves e rezas que curam.
Ensina a força da fé, limpa o espírito com ervas, fuma e oração. Alivia dores, desfaz demandas e guia caminhos com a luz da ancestralidade. Sua presença é calma, mas sua força é imensa.
Salve os Pretos Velhos! Salve Pai Jacó da Guiné!
Texto: Adaptado
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