*A COBRA GRANDE*

Envolta em uma trama de crenças populares e fundamentos religiosos, ganha cada vez mais notoriedade através de redes sociais… mas como tudo que se populariza, tem sofrido distorções!
Oriunda do culto de Terecô, dona Rosalina a Cobra Grande da Lagoa é uma Encantada legitimamente preta!
Filha legítima de Rei Kamundá, Entidade nascida entre os povos Bantus, há quem diga que um Moçambicano!
“Herança” das diversas etnias Africanas que se instalaram nas regiões do Codó e uniram tradições, acompanhada por mais quatro irmãs, normalmente descritas como sendo: Princesa da Pedra Fina, Cobrinha Verde, Boiuna e Jiboia Branca… há menções de outras tal como irmãos, dos quais posso mencionar: Preto Buriti e Antônio Kamundá.
Como todos os textos tratados aqui, respeito e não deixo de lembrá-los da VARIAÇÃO dos fatos narrados.
Mora nas regiões de Codó, para uns especificamente na Lagoa do Pajeleiro, onde protege portais de Encantaria e supostamente jazidas de ouro e outras riquezas… seu Encante se estende também a Amazônia onde se une a Corrente das Cobras Encantadas e passa a atuar-se nas Mesas de Curadores, como Sacaca e PenaMaracá além do Tambor de Mina, onde sua faceta de princesa impera.
Tem afinidade tanto as Correntes Encantadas Amazônicas quanto ao Grupos do Codo, em especial o de Légua, mesmo não sendo legítima destes.
Como mencionado acima, é PRETA, os mais velhos contam que essa Nobre Princesa junto aos irmãos foi Encantada pelo próprio Pai, que por seu temperamento forte e teimosia contra seus Deuses foi “carregado aos Encantes” onde tornou-se o “preto Velho Kamundá” (não segue a mesma ideia de vovô da umbanda), carrega uma pedra encravada na testa e se “engera” numa Grande Cobra de couro preto, contudo, também se apresenta metade mulher, para alguns.
Dizem que tem uma filha, a princesa Rosinha, que “não vive” com Ela, e esta sim é uma Encantada mestiça.
A internet infelizmente deu muitas facetas a dona Rosalina, mas poucas dessas características fazem jus a essa Grande Força provinda do Terecô Maranhense que reina nas Pajelancas amazônicas, com destaque no Pará.
(Texto de Pai Soleyl de Jarina - 13/05/2025)
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