CONHECENDO SEU GUIA NA UMBANDA
‘É muito comum no inicio das incorporações, quando a gente está ansioso, com medo , curioso e inseguro para saber quem são nossas Entidades, como trabalham, nomes, etc. Todos nós médiuns já passamos por isso
CONHECENDO SEU GUIA NA UMBANDA‘É muito comum no inicio das incorporações, quando a gente está ansioso, com medo , curioso e inseguro para saber quem são nossas Entidades, como trabalham, nomes, etc. Todos nós médiuns já passamos por isso… Quando há as incorporações o médium fica mais que atento a qualquer palavra que saia de sua boca “se eu falando ou a Entidade, o que vai acontecer agora, o que ele tá fazendo?? Tudo isso faz parte do início, pois ser consciente é perfeitamente normal e não é sinal de “falta de firmeza, ou imaturidade nas incorporações, ou fraqueza do médium". Todos somos conscientes no trabalho que executamos!
E é nessa fase onde o médium atua muito junto com a Entidade, por sua participação , ‘interatividade” que é peculiar nesse início, ocorre maior incidência de uma interferência do médium , sobrepondo a da Entidade.
Porém, com o passar do tempo, o médium vai ganhando confiança, vai aprendendo a ficar mais alheio das manifestações da Entidades, pois para ele não terá mais mistérios e se reservará da total abstenção de qualquer tipo de interferência, inclusive de sua própria opinião do que a Entidade deveria agir, falar ou conduzir numa consulta.
Muitas pessoas desistem no início, por não aceitarem sua consciência, não conseguirem trabalhar psicologicamente essa questão e acharem que são elas ali e não a Entidade. De não insistirem e entenderem que as incorporações vão se firmando com o tempo. Pois nossa forma de trabalhar mediunicamente é muitíssimo diferente de Candomblé e Espiritismo. E para a Umbanda a afinidade e sintonia nas incorporações é de fato, mais demorada.
E nesse processo de ajustes, equalizações e de estabelecer uma sintonia satisfatória, o médium deve entender que haverá sim erros, o seu sobrepor a própria Entidade e animismo, porque fazem parte desses ajustes. Por isso o médium não deve ser permitido ao estarem sob influência das Entidades; dar consultas e atender o público, quando essa sintonia não se estabelecer de fato, avaliado pelo Dirigente e Guias chefes da Casa.
Tudo no tempo certo acontece da melhor maneira.
Sobre os Guias não dizerem suas Falanges ou Pontos de força: não é que não podem dar. É normal as Entidades não darem nomes de suas falanges no início, pois o médium ainda não está preparado mediunicamente falando. Demora-se um tempo para estabelecer uma sincronia entre a faixa vibratória da Entidade com a do médium e somente quando houver harmonia, e com menos risco de animismos por parte do médium, é que Elas falam sobre suas Falanges. Tanto o Guia Chefe como o Dirigente, saberão conduzir o trabalho para isso acontecer.
Não se preocupe ou compare com o trabalho de outros médiuns.
Antes de tudo cada Guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham de sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito.
É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos Guias, então é comum escutar:
– Como é o Caboclo X?
– Me conte a estória do Preto Velho Y?
– Como é o ponto riscado do Exú Z?
Isso pode ocasionar vários problemas no início do desenvolvimento, o médium lê uma descrição de que o Caboclo Y fuma. E ele fica com “isso” na cabeça, assim que chega no momento de trabalhar com o seu Guia o Caboclo Y (também) ele pede um charuto, e a partir daí fica mais difícil de romper essa barreira anímica criada pelo médium.
Ou então o médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu Guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento.
Pra resumir, a melhor forma de conhecer seu Guia é através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com Ele, assim pouco a pouco vocês (Entidade e médium) vão se conhecendo; saber como Ele é; como gosta de trabalhar, etc.
Por isso mantenha bons pensamentos, confie no trabalho da sua Casa e respeite o limite que você e seu Guia possuem.
Nada de querer correr. O tempo Deles não é o nosso.
As orientações são sempre para o Bem de todos.' créditos do texto: geta.